quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Que Omelete, que nada!

Notas, impressões, versões e alguma verdade
Há poucos bares que eu gosto em Goiânia. Um deles é o Omelete Club, um quase-pub com cara de bar da moda, mas gente e som legais. A minha surpresa, ao aparecer por lá essa semana, foram as artimanhas dos garçons – claro, orientados pelo dono – para obrigar a todos os presentes a beber Imperial, a nova cerveja goiana.

Primeiro, disseram que no lugar das costumeiras long necks só havia lata da cerveja Sol ou garrafa de 600 ml da Imperial. Pedi a Sol: estava quente – cerveja quente, num bar, às 22 horas? Depois de ser obrigado a tomar Imperial, eis que começam a aparecer clientes com long necks de Kaiser Summer e Skol nas mãos. Fui ao balcão. Pedi uma cerveja, qualquer uma, que não fosse Imperial. A resposta foi a mesma de horas antes: as long necks de outras marcas estão quentes.

O pior de tudo é que você via o constrangimento na cara dos garçons, tendo que empurrar uma bela porcaria nos clientes da casa. Querem priorizar uma marca, tudo bem: vendam mais barato e deixem o freguês decidir. Mas não sejam desonestos escondendo as outras opções. Na hora de ir embora, reclamei com o dono: “É o patrocinador oficial da casa”, limitou-se a responder. Os clientes? Danem-se. Aqui pra você, ó, Omelete!
PS: a Imperial tem todo o direito de desenvolver uma campanha agressiva de marketing – principalmente depois de lançar a pior cerveja do mundo desde os tempos da antiga Schincariol, a horrível e intragável Mulata. Mas um bar que tem clientes cativos, fiéis, se deixar levar por uns poucos trocados a mais no fim do mês correndo o risco de perder visitantes – como no meu caso – não tem nada a ver.
PS1: Publicado também no Chame o Gerente

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