terça-feira, 17 de abril de 2007

Dez mil reais por buraco na rua

Notas, impressões, versões e alguma verdade
A boa repórter Patrícia Melo, da TV Anhanguera de Anápolis, criou uma "nova" instituição durante uma de suas reportagens, o "Supremo Tribunal de Justiça". Como é de conhecimento de todos, existem, na verdade, dois tribunais superiores: O Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF). Não se trata de um erro imperdoável, afinal, durante a gravação da "passagem" (o trecho da reportagem em que o repórter aparece na tela) temos, geralmente, pouco tempo e nenhuma possibilidade de pesquisar dúvidas como essa. Grave mesmo é o fato de o erro ter passado pelo editor local e pelo editor estadual, já que a reportagem foi exibida no Bom Dia Goiás de hoje.
Erros à parte, a matéria em questão me chamou a atenção porque trata de uma atitude que durante muito tempo pensei em tomar e sempre adiei. Um aposentado obteve na justiça uma indenização de R$ 10 mil após sofrer uma queda de bicicleta devido a um buraco na rua. A prefeitura de Anápolis ainda vai recorrer ao STJ, mas, a meu ver, a sentença vai ser confirmada.
Em minhas idas e voltas a Birigui pela BR-153, nesses dez anos de Goiânia, tive vários prejuízos com meu carro causados por buracos na rodovia. Já perdi pneu, roda e suspensão. Em todas as vezes pensei em recorrer à justiça para obter ressarcimento do governo federal, mas, como é de hábito nessa nossa vida corrida, acabei deixando pra lá. O exemplo do ciclista de Anápolis, porém, reforça a tese de que, caso tivesse recorrido ao judiciário, teria sido atendido. Precisamos aprender a fazer com que o governo, em todos os níveis, respeite o contribuinte e, acima de tudo, o cidadão. Meus cumprimentos ao cidadão anapolino.

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