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terça-feira, 31 de março de 2020

Deputado propõe restituição do imposto de renda em 48 horas após envio da declaração

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) apresentou projeto para permitir o pagamento da restituição do imposto de renda em até 48 horas após o contribuinte enviar a declaração. A matéria acrescenta o artigo 16-A à Lei 9.250, de 26 de dezembro de 1995. A medida valeria durante a vigência do Decreto Legislativo nº 06, de 2020, que reconheceu o estado de calamidade pública em todo o país em decorrência das medidas de enfrentamento ao coronavírus.  As declarações anuais entregues antes da publicação da lei serão imediatamente processadas e as restituições liberadas.

“O projeto é uma ferramenta de socorro às famílias. A restituição é uma obrigação do poder público, ou seja, a União deverá pagar esses valores nas datas estabelecidas no cronograma fixado pela Receita Federal. A entrada desse recurso de forma mais rápida representará um fôlego extra para a economia nesse momento de tanta dificuldade para os brasileiros”, afirma o deputado Elias Vaz.

quarta-feira, 31 de julho de 2019

Apenas 13% acham que a economia vai bem, revela CNDL/SPC


Brasileiros desalentados (F: jcomp/br.freepik.com)
Embora quase metade dos brasileiros (44%) tenha começado o ano de 2019 com expectativas positivas em relação à economia do país para o primeiro semestre, o desenrolar dos fatos só manteve o otimismo de 13%, que avaliaram o período como acima do esperado. Enquanto isso, 49% consideraram o desempenho pior quanto à perspectiva inicial.

A sensação de decepção pode ter origem no impacto gerado pela situação macroeconômica do país nas finanças pessoais do brasileiro. Segundo levantamento realizado nas 27 capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), três em cada dez consumidores (30%) sentiram uma piora em sua situação financeira no primeiro semestre do ano – em grande parte motivados pela alta dos preços (54%) e pela diminuição da renda familiar (38%).


Isso explica por que sete em cada dez consumidores (69%) tiveram de realizar cortes no orçamento no primeiro semestre de 2019, enquanto 53% acabaram recorrendo a bicos e trabalhos adicionais para complementar a renda. Outras situações comuns vivenciadas foram o desemprego (do próprio ou de alguém da família), com 46% de citações, passar vários meses no vermelho (45%) e ter o CPF negativado por não pagar alguma conta (34%). Há ainda 33% que recorreram a um empréstimo para organizar o orçamento e 27% que chegaram ao ponto de ter que vender bens para conseguir dinheiro.

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Em desaceleração, inadimplência das empresas cresce 2,15% em abril, apontam CNDL/SPC Brasil

Em desaceleração desde o início no fim do ano passado, o número de empresas com contas em atraso cresceu 2,15% em abril na comparação com o mesmo mês de 2018. Na passagem de março para abril de 2019, sem ajuste sazonal, houve uma queda de -0,85%. Os dados foram calculados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
“Embora a retomada econômica esteja mais lenta do que o esperado, frustrando as expectativas de diversos setores da economia, já se observa uma recuperação do faturamento das empresas, o que melhora sua capacidade de solvência. Mas ainda assim, estamos distantes do período anterior da crise, com o mercado de trabalho desaquecido e do consumo das famílias avançando pouco. Tendo em vista a dificuldade que a economia vem apresentando para engatar uma recuperação mais consistente, a tendência é de que a inadimplência das empresas continue crescendo, mas a patamares mais moderados”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

(*) Com informações da assessoria de imprensa

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Pesquisa XP: aprovação de Bolsonaro entre agentes do mercado cai de 28% para 14%. 43% dos investidores rejeitam Planalto. Em abril, taxa de aprovação era de 28%

Do Gazeteiro:




Despencou a aprovação do governo de Jair Bolsonaro entre importantes agentes financeiros que atuam no mercado brasileiro. Em abril, 28% consideravam o desempenho do presidente “ótimo” ou “bom”. Agora, a taxa caiu para 14%.

Ao mesmo tempo, disparou de 24% para 43% os que rejeitam Bolsonaro.

Esses são os principais resultados de uma pesquisa (íntegra) que vem sendo realizada regularmente pela XP Investimentos com 1 público seleto de investidores institucionais. Trata-se de 1 grupo formado por gestores de recursos, economistas e consultores. Foram entrevistadas 79 pessoas nos dias 22,23 e 24 de maio.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Tiro, porrada e bomba: manifestante pede e recebe intervenção militar

Manifestante pede e recebe intervenção (F: O Livre)
Parece piada, poderia ser, mas não é. Pelo menos um manifestante pró-intervenção militar levou tiros de balas de borracha e foi atacado por bombas de efeito moral por soldados do Exército em Cuiabá. As informações são do site O Livre.

Segundo a notícia, cerca de 200 pessoas sentaram na pista próxima ao Distrito Industrial para tentar impedir a passagem de caminhões escoltados pelo Exército, quando foram atacados pelos soldados. “Nós sentamos na pista e eu comecei a filmar. Não sabia que o Exército ia reagir dessa forma. Não apareceu no vídeo, masum dos soldados disse que atiraria até na cabeça se o pessoal não saísse”, contou Rodrigo Camargo, motorista de Uber que, momentos antes, cantou o hino nacional e pediu intervenção militar. Segundo ele, provavelmente outros manifestantes ficaram feridos.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Número de empresas inadimplentes cresce 5,35% em 2017

Seguindo a onda de más notícias econômicas do governo interino de Michel Temer, levantamento mostra que o número de empresas inadimplentes continua crescendo no país. De acordo com o indicador calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a alta foi de 5,35% em 2017 – em 2016 a variação anual havia sido de 5,01% e em 2015 de 11,9%.

“A crise econômica vivida pelo país nos últimos anos impôs severas dificuldades para empresas e consumidores, afetando a capacidade de honrarem todos os seus compromissos”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro. “Ainda há efeitos da crise, mas também há sinais de retomada da economia. Para este ano, espera-se que, à medida que os negócios se recuperem, o fenômeno da inadimplência desacelere”, explica.


Outro indicador também mensurado pelo SPC Brasil e pela CNDL é o de dívidas em atraso. Neste caso, o crescimento foi de 3,64% na comparação anual.

“Ter acesso ao mercado de crédito é fundamental para a manutenção e expansão dos negócios. As empresas que se deparam com a restrições ao seu nome devem buscar uma boa negociação para suas pendências, algo que pode ser favorecido pelo ciclo recente de queda dos juros””, avalia a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.


Os números revelam que o discurso de salvação da pátria adotado para justificar o impeachment não passava de uma falácia para tentar obter o apoio da sociedade. As práticas, continuaram as mesmas do governo derrubado, com sensível piora em diversos setores.

(*) Com informações da assessoria

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Confiança do consumidor termina o ano em baixa

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) caiu 0,5% em dezembro e atingiu 100,5 pontos. Ao longo do ano, o indicador tem alternado entre altas e baixas e, em dezembro, ficou em nível muito próximo ao do fim de 2016. As informações são de pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira, 19 de dezembro.

Conforme o levantamento, o índice está 7% menor do que a média histórica de 108,1 pontos. De acordo com o economista da CNI Marcelo Azevedo, embora as expectativas dos empresários apontadas na Sondagem Industrial de novembro sejam de aumento da demanda, as expectativas dos consumidores continuam oscilando em patamar baixo. “A recuperação da demanda tende a ser moderada”, declara.

Os quatro componentes de expectativas do INEC apresentaram queda entre novembro e dezembro. Os índices de expectativas para o desemprego, que caiu 5,3% em dezembro frente a novembro, e o para a inflação, com retração de 2,6% no período, tiveram as maiores quedas. O recuo desses indicadores sinaliza que os brasileiros esperam redução das vagas no mercado de trabalho e aumento dos preços.

O indicador de expectativas sobre a renda pessoal caiu 1% e o de compras de bens de maior valor teve queda de 1,3%. Apesar da falta de confiança sobre a renda pessoal e a economia, os consumidores estão mais satisfeitos com a situação financeira atual, cujo índice teve alta de 3,8% frente a novembro. O índice de endividamento cresceu 3,7% no período, sinalizando redução das dívidas das famílias.

SAIBA MAIS - Acesse a página do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC)para conhecer todos os detalhes do estudo.

(*) Da assessoria

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Conselho de Medicina de São Paulo assina documento contra desmonte do SUS

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) está preocupado com o "desmonte" do SUS. Em material encaminhado à imprensa, o Conselho informa ter assinado o documento elaborado pela Frente Democrática em Defesa do SUS, que tem o apoio de diversas entidades médicas e de outros setores, entre eles, o Conselho de Secretários Municipais de Saúde. O Cremesp afirma estar alerta para a crise enfrentada pelo SUS e o que considera um desmonte do Sistema promovido pelo governo de Michel Temer. O ministério da Saúde é comandado pelo político paranaense Ricardo Barros (PP), que também foi vice-líder de governo de Dilma Roussef. Confira o texto:


Lavínio Camarim: alerta (F: Cremesp)
"O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) é contra o desmonte do Sistema Único de Saúde e, em união a outras entidades médicas, assinou o documento  'Frente Democrática em Defesa do SUS'.
O documento formaliza a crise enfrentada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e chama a atenção para a necessidade da união de forças de pessoas, instituições e gestores, para barrar o prosseguimento do desmonte do Sistema e reverter a situação desesperadora do desfinanciamento do SUS no País.
Além disso, apresenta o panorama da redução de gastos e investimentos do Governo Federal desde a década de 1980 no Sistema Único de Saúde (SUS) e reforça que há uma visão distorcida em relação ao Sistema.
"A rede pública possui um importante e significativo patrimônio de saber acumulado ao longo dos anos, alicerçado em pesquisas de campo e na prática do dia a dia que a habilita, desde que existam as condições adequadas, a ofertar serviços de saúde com qualidade e resolubilidade", informa a 'Frente Democrática em Defesa do SUS'.        
O presidente do Cremesp, Lavínio Nilton Camarim, reforça o envolvimento do Conselho na luta contra o desmonte do SUS. "Estamos vivendo um momento extremamente preocupante, em que médicos estão sendo impedidos de exercer a boa medicina e os pacientes, em decorrência, de obter condições adequadas de tratamento e atendimento. Por isso, precisamos do envolvimento do setor da saúde e da sociedade como um todo para defender e garantir os direitos dos usuários do SUS e da autonomia profissional dos médicos", destaca."

segunda-feira, 5 de junho de 2017

REDE, PSB e PPL realizam "ato cívico" no TSE para acompanhar o julgamento da chapa Dilma/Temer

A Rede Sustentabilidade, o PSB e o PPL realizam na próxima terça-feira, 6 de junho, um ato cívico cultural em frente ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), para acompanhar a retomada do julgamento do processo da chapa Dilma Rousseff/Michel Temer. Em clima de arraial, integrantes dos três partidos farão debates com os presentes sobre a necessidade de cassação dessa candidatura vencedora em 2014 para que se realize uma nova eleição presidencial. Outro objetivo do ato é reiterar o apoio à Operação Lava Jato.
 
A mobilização começa às 14h e contará com as participações das principais lideranças, parlamentares e militantes das três legendas. No local, será montada uma tenda onde acontecerão as atividades do ato ao longo da tarde, até o início do julgamento, previsto para as 19h. Para a REDE o julgamento e a cassação da chapa são os melhores caminhos para contornar a crise política do país, pois permitirá a realização de uma nova eleição para presidente.
 
Já no fim da tarde, o ato cívico cultural também contará com apresentações artísticas e culturais, com bandas musicais. Essa atividade prosseguirá até 19h, quando o julgamento deve começar. Para acompanhar todos os passos do plenário do TSE, os organizadores montarão um telão na tenda que irá transmitir a sessão aos presentes.
 
O julgamento da chapa Dilma/Temer
O julgamento começou no dia 4 de abril, mas foi suspenso para que outras testemunhas fossem inseridas no contexto. Desde o fim de 2015, a REDE tem defendido que o melhor caminho para a crise é o processo de cassação da chapa em tramitação no TSE.
 
Da Assessoria

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Joesley compra vibrador hi-tech em New York

A notícia não é de agora, mas tem muito a ver com a bagunça em que o Brasil se encontra. O empresário Joesley Batista foi flagrado comprando um vibrador hi-tech - y otras cositas - junto com a mulher, a jornalista Ticiana Villas Boas em Nova York, revela o Jornal Extra. O jornal ainda brinca: o gravador é "mequetrefe", mas o vibrador...

Joesley e Ticiana observam a vitrine (F: Adriana Spaca)
O flagra foi feito por uma fotógrafa brasileira, Adriana Spaca, que estava na mesma loja. De acordo com Adriana, o modelo adquirido, que custou cerca de R$ 500, pode ser controlado por wi-fi.

A sacola ficou com Joesley (F: Adriana Spaca)

Confira mais fotos e a notícia completa no site do Extra.

A confiança em queda no governo Temer

Por Doacir Gonçalves de Quadros

No dia 17 de maio acompanhávamos atentos os desdobramentos da divulgação do áudio pelo Jornal O Globo, que sugere a participação e a cumplicidade do atual presidente Michel Temer em ações contra a maior atividade anticorrupção no país: a Operação Lava Jato. É mais um escândalo que passa a fazer parte das estatísticas de nosso país e estima-se que dezenas de escândalos políticos já foram divulgados em 2017.

No sentido literal, a palavra escândalo significa alguma ação ou atividade oculta que, depois de divulgada, mostra uma violação de certos valores e normas. No caso dos escândalos políticos, a maioria divulgada é do tipo “financeiro”. Este é o tipo de escândalo no qual o dinheiro público, que deveria ser investido para atender aos interesses da população, é desviado pelos representantes públicos para fins privados. Se, por um lado, felizmente a divulgação dos escândalos políticos tende a contribuir para coibir a falta de transparência da gestão pública, servindo também para recuperar a responsabilidade pública dos representantes públicos, por outro lado, há o risco de ruir a confiança e a denegrir a imagem de “toda” a política perante a população.

No Brasil espera-se que as estatísticas sobre a divulgação dos escândalos políticos aumentem e por algumas razões. A primeira é que eles são amplamente noticiáveis e, como vivemos em uma democracia, a imprensa tem a garantia do exercício da sua liberdade profissional e investigativa. Uma segunda razão é a de que os escândalos políticos refletem algo já indicado pelos brasileiros, desde as manifestações de junho de 2013, como o principal problema do país: a corrupção na política.  Essa percepção foi corroborada pelo levantamento da FGV, denominado Índice de Confiança na Justiça, que apontou que somente 11% dos brasileiros confiam na instituição Presidência da República e 10% no Congresso Nacional. Portanto, a imprensa mostra algo que o brasileiro já sabe e condena.

É bom lembrar que nos regimes democráticos os atributos como a confiança e a reputação recebidas da população são cruciais para determinar o sucesso ou o insucesso dos políticos e dos governos. Uma vez que no Brasil os políticos e governantes estão envolvidos com frequência no uso de atividades ocultas de violação de normas, exaure-se a sua reputação e a confiança recebida da população.

Nos próximos dias este é o desfecho esperado sobre o governo Temer. A divulgação do áudio maculou a reputação e a confiança que ainda se poderia ter ao seu governo. Com a confiança exaurida, o presidente Temer não terá como garantir e manter o apoio do Congresso Nacional e da população ao seu governo e aos seus projetos. Para confirmar é só aguardarmos as próximas pesquisas de opinião sobre a satisfação com o governo Temer.

Doacir Gonçalves de Quadros é professor do curso de Ciência Política e do Mestrado acadêmico em Direito do Centro Universitário Internacional Uninter.



quarta-feira, 24 de maio de 2017

Câmara divulga ofício e nega ter pedido Exército nas ruas

A Câmara Federal divulgou agora há pouco pelo Twitter a imagem do ofício encaminhado ao governo solicitando a "realização pela Força Nacional de Segurança Pública de atividades de coordenação de ações e operações integradas de segurança em grandes eventos".

O ofício foi divulgado após deputados da Oposição acusarem o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) de ter solicitado a presença do Exército nas ruas. Segundo a assessoria de Comunicação, o objetivo era "proteger manifestantes, servidores e patrimônio público."

Confira


Atualizando: O Planalto informou que as Forças Armadas foram convocadas porque há apenas cem homens da Força Nacional de Segurança em Brasília.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Se chapa Dilma/Temer for cassada, legislação exige eleição direta, defendem juristas

Cassação da chapa: solução ou um novo problema? (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
A solução apontada por muitos aliados para uma saída honrosa de Michel Temer do governo pode levar a uma situação ainda mais delicada. Diante da recusa de Temer em renunciar e da pouca probabilidade de um impeachment, as atenções se voltaram para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, a partir do dia 6 de junho, começa a julgar a chapa Dilma/Temer, em ação proposta pelo PSDB.


A saída de Temer por essa via é vista por muitos como a menos traumática. Não haveria um grande embate no Congresso e acalmaria os ânimos de governistas e oposicionistas.


O problema é que, nesse caso, em tese, teria que ser aplicado o parágrafo 4° do artigo 224 do Código Eleitoral, atualizado em 2015, na Minirreforma Eleitoral, pela lei 13.165, que diz:


Art. 224


(...)


§ 3o A decisão da Justiça Eleitoral que importe o indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda do mandato de candidato eleito em pleito majoritário acarreta, após o trânsito em julgado, a realização de novas eleições, independentemente do número de votos anulados. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)


§ 4° A eleição a que se refere o § 3° correrá a expensas da Justiça Eleitoral e será: (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)

I - indireta, se a vacância do cargo ocorrer a menos de seis meses do final do mandato; (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)


II - direta, nos demais casos. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)



Ou seja: se o cargo ficar vago faltando mais de seis meses para o fim do mandato, o Código, atualizado pela lei 13.165/2015, determina eleições diretas.

Nesse caso, não haveria nenhum conflito com o artigo 81 da Constituição, que diz:


Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.

§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.

§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. 

Ou seja: a vacância só ocorre se o mandato for considerado legal. Porém, se a chapa for cassada, é como se a eleição não tivesse ocorrido, portanto, não se trataria de vacância e sim de um mandato inexistente.


Um jurista ouvido pelo blog diz, sobre o artigo 224:


“Convive em perfeita harmonia com o Art. 81 da Constituição, sem nenhuma incompatibilidade. E isso pelo fato de que o Art. 81 fala que ocorrendo ‘vacância’ no último biênio se faz eleição indireta. Ocorre que o termo ‘vacância’ pressupõe que a investidura no cargo foi válida, o que não ocorre quando a justiça eleitoral reconhece que a eleição foi fraudada. Nesta hipótese, a cassação eleitoral retroage à data da eleição (como se o cassado nunca tivesse sido eleito). Portanto, não seria ‘vacância’, pois na realidade aquele cargo nunca foi ocupado de forma válida. Vacância só existe em caso de renúncia, morte ou impeachment do presidente e do vice-presidente”.


Ou seja, por essa visão, aos olhos da lei, se Temer renunciar ou for cassado pelo Congresso, valeria o artigo 81 da Constituição, com eleição indireta. Se a chapa for cassada pelo TSE, valeria o artigo 224 do Código Eleitoral, com eleição direta.


Essa tese já havia sido defendida por Glauco Salomão Leite (doutor em Direito Público pela Universidade Federal de Pernambuco e membro do grupo Recife de Estudos Constitucionais) no site Conjur em janeiro, portanto, muito antes de haver a possibilidade de queda do governo por outros meios que não a ação no TSE.

“(…) existe um entendimento consolidado na jurisprudência eleitoral segundo o qual a perda de mandato oriunda de eleições ilegítimas é situação distinta daquela prevista na CF referente à dupla vacância”, diz um trecho do artigo, também defendendo que não existe conflito entre as duas situações.

Ele relembra ainda o caso da cassação dos governadores e vices do Ceará, Cássio Cunha Lima e José Lacerda Neto, e do Maranhão, Jackson Lago e Luís Carlos Porto, substituídos pelos segundos colocados. "Esses dois casos são suficientes para se perceber que existe um entendimento consolidado na jurisprudência eleitoral segundo o qual a perda de mandato oriunda de eleições ilegítimas é situação distinta daquela prevista na CF referente à dupla vacância", diz o artigo.

O tema, de qualquer forma, está longe de ser unânime.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot,  ajuizou ação direta de inconstitucionalidade questionando a legalidade dos §§ 3º e 4º, do artigo 224, na redação conferida pela Minirreforma Eleitoral, por contrariarem, na avaliação dele, o artigo 81, da Constituição.

O próprio TSE tem decisões contraditórias sobre o assunto, conforme pode-se observar neste link.

Um outro jurista ouvido pelo blog diz: “Em caso de conflito sempre prevalece a Constituição. Eleição indireta em 30 dias”.

Emissoras internacionais repercutem crise política brasileira

A crise institucional brasileira provocada pela gravação de uma conversa de Michel Temer com o empresário Joesley Batista é notícia nos principais veículos de comunicação do mundo todo. Em um deles, a Mega TV, principal emissora chilena, falei sobre a conjuntura política em uma reportagem do Ahora Noticias. A reportagem é do dia 18 de maio, horas após a denúncia publicada em O Globo.



segunda-feira, 22 de maio de 2017

Rossoni defende saída do PSDB de ministério

O chefe da Casa Civil do Paraná e deputado federal licenciado, Valdir Rossoni, defende a saída do PSDB do governo Michel Temer (PMDB) e a entrega de todos os ministérios, mas a manutenção do apoio da legenda ao atual governo no Congresso Nacional. A declaração foi feita no domingo (21), durante transmissão ao vivo pelo facebook.

Rossoni é ex-presidente do PSDB-PR e um importante interlocutor da bancada estadual. “O PSDB é o segundo maior partido de sustentação do governo, atrás apenas do PMDB. Não podemos abandonar o país, a agenda econômica e as reformas. Ou corremos o risco de colaborar para o agravamento da crise. E isso vai atingir principalmente os trabalhadores e piorar o número de desempregados, que hoje já atinge perto de 14 milhões de trabalhadores. Neste momento é preciso ter responsabilidade e pensar na nação e no povo brasileiro”, explicou.

A cúpula do PSDB deve aguardar o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pedido de suspensão do inquérito contra o presidente, na quarta-feira (24), para decidir se mantem ou retira o apoio ao governo.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Em Curitiba, 64% mudaram hábitos alimentares devido à crise

Qualidade ainda é o principal (Foto: Divulgação)
Levantamento realizado pela Abrasel-PR em parceria com Núcleo de Estudos e Laboratório de Excelência em Serviços da Universidade Positivo aponta que 64% dos curitibanos que fazem as refeições fora de casa mudaram os hábitos alimentares devido à crise. Entre as mudanças estão a busca por lugares mais baratos, a diminuição na frequência e a composição do cardápio, ou seja, menos comida no prato.

A pesquisa ouviu 200 consumidores durante o mês de outubro, em dez estabelecimentos da capital. Metade deles declarou comer diariamente em algum restaurante. O número é maior do que a média nacional, que está em 30%. A qualidade foi apontada por 66% dos entrevistados como fator decisivo na hora de escolher o estabelecimento. O preço foi um dos últimos itens citados. “Para nós, este dado é fundamental. Ele comprova que a chave para manter o movimento não é diminuir o preço, mas sim oferecer produtos de qualidade e um ótimo serviço. As pessoas estão buscando o custo-benefício de tudo”, avalia
Luciano Bartolomeu, diretor-executivo da Abrasel-PR.


Veja os números da pesquisa:

- 68% dos entrevistados comem fora na hora do almoço;
- 71% preferem os restaurantes com buffet;
- 42% gastam em média entre R$15 e R$25 em uma refeição;
- 89% estão satisfeitos com os serviços gastronômicos oferecidos em Curitiba.