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sexta-feira, 18 de junho de 2021

Fenafisco emite nota contra "doação de sobras de comida" proposta por Paulo Guedes

Nota de posicionamento - Fenafisco

Para Fenafisco, fala de Paulo Guedes demonstra total despreparo para redução das desigualdades no Brasil

F: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Em mais uma declaração absurda, desta vez em evento da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), o ministro da Economia, Paulo Guedes, demonstra seu total despreparo, preconceito e desconhecimento do funcionamento de seu próprio país. O povo brasileiro necessita de políticas sérias e efetivas para combater a desigualdade - e não de medidas paliativas que infringem normas sanitárias e preceitos humanitários básicos.

Além de afundar a economia, beneficiar os mais ricos e tentar privatizar o Estado brasileiro, principalmente por meio da fragilização dos serviços públicos com a reforma administrativa, Guedes novamente se posiciona de forma elitista ao falar que os brasileiros de classe média comem demais e as sobras de alimentos deveriam ser utilizadas para mitigar o problema da fome. Mais de 125 milhões de brasileiros vivem atualmente sem a certeza do prato de comida na mesa e com uma política econômica que ignora os mais pobres e reduz o atendimento público.

Há mais de 4 anos, a Fenafisco (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital), em conjunto com outras entidades, atua de forma ímpar na construção de projetos para tornar o país mais justo. Entre as propostas, está o documento ‘Tributar os Super-ricos para Reconstruir o País’, que demonstra a capacidade do governo de arrecadar R﹩ 292 bilhões ao ano com oito medidas tributárias. O montante pode ser utilizado para financiar programas sociais, além de ajudar na redução da desigualdade, aumentando a justiça fiscal no Brasil com um sistema tributário progressivo.

Falas como a de Paulo Guedes só reforçam o despreparo das cabeças que comandam atualmente a nação. Para sair da crise, aprofundada nos últimos anos por ações ineficientes, é necessário o fortalecimento dos serviços públicos e amparo à população mais vulnerável.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Declaração de Bolsonaro sobre combustíveis é "irresponsável e inconsequente", diz Fenafisco

A provocação de Jair Bolsonaro aos governadores nesta quarta-feira, alegando que zeraria os impostos federais sobre os combustíveis caso os estados aceitassem redução no ICMS - a principal fonte de receita dos estados - vem sendo criticada por entidades. Para o Fenafisco, a declaração constrange e chantageia publicamente os governadores e serve para "proteger os ganhos dos acionistas privados da Petrobras". Leia a nota:

NOTA DE POSICIONAMENTO

A declaração do presidente Jair Bolsonaro, dada nesta quarta-feira (5), em que se propõe a zerar os tributos federais sobre combustíveis se os governadores aceitarem a redução do ICMS nos estados, é irresponsável e inconsequente. Num momento de agravamento da desigualdade social, aumento da pobreza e redução dos recursos para saúde, educação, saneamento e segurança, o que o presidente propõe ao país é o aumento da miséria e da violência e exclusão social.

Além de irresponsável e inconsequente, por seus efeitos catastróficos, a declaração do presidente constrange e chantageia publicamente os governadores - exigindo-lhes que ajam como algozes da população - e funciona, portanto, como escaramuça para proteger os ganhos dos acionistas privados da Petrobras.

Charles Alcantara, presidente da Fenafisco (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital)