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quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Vaza xaveco de Carlos Bolsonaro para Playmate brasileira que chamou pai de machista: "Se desviar meu beijo avisa"


A playmate brasileira Mariah Fernandes, 27, é capa da Playboy Portugal de setembro. A cosmetologista revelou que jamais aceitaria o convite para o mesmo trabalho no Brasil. Em entrevista à publicação, ela explicou a decisão e fez um dedicatória ao presidente "O Brasil é um país machista e somos liderados por um cara machista e homofóbico", em referência ao presidente Jair Bolsonaro.

Em uma conversa revelada pela própria playmate no Instagram, Carlos Bolsonaro manda um "xaveco" para a moça dizendo. "Se desviar, me avisa". Mariah, disse que não entendeu a frase e o questionou: "O que?" e Carlos responde: "Meu Beijo".

Depois de ter chamado o pai de machista, o outro filho, Eduardo Bolsonaro, a bloqueou no Instagram.



quarta-feira, 3 de abril de 2019

Grupo Mulheres do Brasil repudia tentativa de minar representatividade feminina em espaços de poder

Um projeto de lei do senador Angelo Coronel (PSD/BA), que será avaliado nesta quarta-feira (03/04) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, quer pôr fim às cotas de 30% para candidatura de cada sexo a cargos do Legislativo.

O Grupo Mulheres do Brasil, que reúne 30 mil mulheres no Brasil e no exterior, repudia a tentativa de retrocesso no reconhecimento da importância feminina nos espaços de poder. Desde ontem, participantes do coletivo estão contatando senadores da CCJ para pedir que votem unanimemente pela rejeição do PL, assim como já orientou o relator Fabiano Contarato (REDE/ES).

Segundo Lígia Pinto, uma das líderes do Comitê de Políticas Públicas do coletivo, o Brasil ainda está muito aquém de outros países em termos de representatividade.

Um ranking do organismo internacional Inter Parliamentary Union mostra que o Brasil fica atrás de 151 países entre os que têm mais parlamentares femininas.

Ainda assim, as cotas já tiveram algum efeito nas últimas eleições. No pleito de 2018, os partidos foram obrigados a preencher 30% de suas vagas por candidatas mulheres e tiveram que distribuir a estas candidaturas os recursos do fundo partidário e do fundo eleitoral em igual proporção. A participação feminina no Congresso subiu de 10% para 15%, percentual ainda bastante inferior ao número de candidaturas femininas (em torno de 30% ) e do eleitorado (52%).

“Se não houvesse as cotas, esse resultado seria ainda pior. Desde que estabeleceram que os repasses de recursos deveriam contemplar também as candidaturas femininas dentro dos partidos a pressão de alguns senadores e deputados para acabar com o sistema de cotas aumentou. É uma tentativa de manter o velho modus operandi em que apenas candidaturas de homens ganham visibilidade”, diz Ligia.

Em 2018, o Grupo Mulheres do Brasil lançou a plataforma Appartidarias 2.0 para dar visibilidade às candidatas mulheres e exibir suas pautas. O site teve colaboração de centenas de voluntárias que avaliaram o apoio dado pelos partidos às mulheres que concorriam a cargos públicos e que encaminharam denúncias a Procuradorias Regionais.

Da assessoria

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

#MulherescomBolsonaro mobiliza mais perfis críticos que a favor a pré-candidato, aponta FGV DAPP

Um dos assuntos mais comentados do Twitter na última quinta-feira (26), a hashtag "MulherescomBolsonaro" mobilizou 209.780 tuítes de 50.016 contas, entre 0h de quinta (26) e 8h desta sexta-feira (27), chegando a ocupar o topo dos trending topics da rede social. Tais perfis organizaram-se em dois grupos bastante polarizados: um núcleo favorável à hashtag, com 11.738 usuários (23,7%), e outro crítico à iniciativa, com 36.850 perfis (73,7%).



Apesar de menor em número de contas, o grupo pró #MulherescomBolsonaro (em azul no mapa de interações) produziu o maior volume de postagens, ocupando 58,5% do debate (122.786 tuítes). Neste núcleo, uma das publicações mais retuitadas foi do perfil oficial de Jair Bolsonaro (PSL), que agradeceu o apoio e afirmou que as mulheres são importantes para o desenvolvimento do Brasil. A terceira publicação mais retuitada é do perfil de seu filho Carlos Bolsonaro. Para ele, o fato de a hashtag estar em primeiro lugar colocaria em xeque a construção da imagem de seu pai como um personagem contrário às mulheres.

Também se destacam entre as postagens a defesa de um "feminismo de direita" (ou a crítica a um "feminismo de esquerda"), e de pautas conservadoras ligadas à agenda do pré-candidato, como a defesa da "família tradicional", a exigência por medidas severas de combate à violência e o combate à dita "ideologia de gênero".

O grupo crítico à hashtag (vermelho) embora mais expressivo em número de usuários, foi menos ativo no debate, produzindo 85.063 tuítes — 40,55% do total nas 32h pesquisadas. Aqui, o tom das postagens é mais irônico, tratando com humor a manifestação de apoio feminino ao presidenciável. Os tuítes de maior repercussão neste grupo também compartilham links de notícias sobre declarações de Bolsonaro consideradas contrárias às mulheres, questionando se as defensoras da hashtag se esqueceram de tais falas do deputado federal.

A análise realizada pela FGV DAPP não identificou presença significativa de robôs em atuação no debate geral sobre a hashtag.



A difusão de #MulherescomBolsonaro resultou, também, no impulsionamento da hashtag #MulheresContraBolsonaro, que mobilizou cerca de 48 mil tuítes, no período analisado. Entre as publicações mais retuitadas, aparecem, novamente, menções a falas polêmicas de Bolsonaro, como, por exemplo, as que abordam a presença da mulher no mercado de trabalho. Em função dessas declarações, os usuários acusam o pré-candidato e seus apoiadores de machismo.

Dificuldade de acessar o público feminino
A despeito do engajamento da hashtag, no dia 10 de junho, o instituto Datafolha divulgou pesquisa que mostra a dificuldade de Bolsonaro em angariar votos femininos, assim como Ciro Gomes, candidato pelo PDT. No cenário com Lula (PT) no páreo, Bolsonaro alcança 23% do eleitorado masculino, mas apenas 11% do feminino. Já Ciro possui 5% do eleitorado feminino e 8% do eleitorado masculino. Lula seria o candidato com maioria do eleitorado feminino, 31% contra 29% do eleitorado masculino. Segundo o TSE, mulheres representam hoje a maioria do eleitorado no Brasil, totalizando 52%.

(*) Da assessoria

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Assédio de brasileiros na Rússia provoca repúdio de internautas e mobiliza 55 mil tuítes no Brasil, mostra FGV DAPP

Um vídeo em que um grupo de brasileiros na Rússia assedia uma mulher de nacionalidade não identificada causou revolta nas redes sociais nos últimos dias, de acordo com levantamento realizado pela FGV DAPP. Entre as 15h de sábado (16) e as 18h desta terça-feira (19), o assunto mobilizou 55 mil publicações no Twitter, na sua maioria de repúdio ao comportamento machista e ao uso de termos depreciativos contra a mulher. Não se observa, entre os tuítes de maior repercussão, divergências ou relativizações quanto à gravidade do episódio.

Quatro dias depois da divulgação do vídeo, a discussão ainda apresenta fôlego na redes sociais e às 16h desta terça-feira (19) foi registrado o principal pico de menções sobre o assunto, com 39 tuítes por minuto. As publicações reverberam a divulgação das identidades de três dos homens que aparecem nas imagens.

O primeiro pico de menções ocorreu ainda no domingo (17), quando, às 16h, houve uma média de 30 tuítes por minuto sobre o assunto. Nesse dia, começaram a ser identificados os participantes do vídeo. A publicação mais retuitada no período, com 13,4 mil compartilhamentos, destaca, por exemplo, que um dos homens é ex-secretário de Turismo de Ipojuca, em Pernambuco.

Tuíte mais retuitado sobre o tema (link)


A partir de domingo destacou-se também um tuíte que convoca manifestações no aeroporto para quando um dos participantes do episódio chegar ao Brasil. Já na segunda-feira (18), iniciou-se ainda uma nova discussão, agora denunciando o racismo contido nas expressões usadas pelos homens, e que já conta com cerca de 2,5 mil menções (4,5% do total).


No debate sobre o vídeo, as hashtags #machismonacopa e #nãopassarão foram as que tiveram o maior número de menções, com 2,2 mil e 1,6 mil tuítes, respectivamente. Já entre as cinco palavras mais utilizadas, lidera a palavra "russa", que se especula ser a nacionalidade da mulher do vídeo, que consta em 26,9 mil tuítes (49% do total). As outras quatro são: "brasileiros", "vídeo", "secretário" e "jatobá".



Na distribuição regional dos tuítes, em números absolutos lideram os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro (12,1 mil publicações cada) e Pernambuco (4,4 mil), estado de Diogo Jatobá. Ponderado pelo número de usuários por região, Pernambuco lidera, seguido por Piauí e Ceará. Já o emoji mais utilizado foi o rosto aborrecido, que aparece em 2,5 mil postagens (ou 4,5% do debate).

(*) Da assessoria de imprensa