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quinta-feira, 23 de julho de 2020

Justiça obriga homem a cumprir isolamento social

Com apenas quatro respiradores hospitalares e sem estrutura para atender pacientes graves na cidade, o município mineiro de Itamarandiba ajuizou ação para obrigar um morador com suspeita de covid-19 a cumprir medidas de isolamento e distanciamento social.

A juíza da Vara Única da comarca, Juliana Cristina Costa Lobato, deferiu o pedido de antecipação de tutela de urgência para que o homem respeite a quarentena e as demais normas médicas, evitando disseminar o vírus.

O morador também não pode se opor a realizar o teste para detectar o coronavírus e, em caso de atendimento médico de urgência, só deve transitar com equipamentos de proteção individual. Se desrespeitar a decisão judicial, o homem pode pagar multa de R$ 200 a cada ato.

Segundo o município, ele desobedeceu orientações do serviço médico local após procurar o hospital com sintomas da doença. Foram prescritos medicamentos e quarentena por 14 dias. Decorrido esse período, ele deveria submeter-se à realização de teste de covid-19, em conformidade com os protocolos sanitários vigentes.

Isolamento voluntário

O morador chegou a assinar um termo de declaração consentindo com o isolamento voluntário. Seis dias depois, ele ligou para o hospital relatando uma suposta melhora nos sintomas e o retorno ao trabalho no dia seguinte. O rapaz foi orientado da necessidade de cumprir a quarentena, mas técnicos da assistência social e integrantes da fiscalização municipal não o encontraram mais em sua residência.

A juíza Juliana Lobato ressaltou que o "desrespeito às orientações médicas e a negativa de cumprir isolamento domiciliar demonstram o descaso com a situação da gravidade vivida pela população mundial, menosprezo pela vida humana e ausência de responsabilidade social". A magistrada determinou que a Polícia Militar deve comunicar imediatamente à Justiça o descumprimento das medidas impostas ao morador.

O processo tramita em segredo de Justiça.

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Madero oferece brownie para clientes e recebe de volta #MaderoNuncaMais

Não deu certo a estratégia da hamburgueria Madero de oferecer minos para tentar reconquistar clientes. Em uma postagem de ontem no Facebook sugerindo que as pessoas baixem o aplicativo do restaurante para fazer pedidos, o Madero oferece como cortesia um brownie e um ketchup da marca. A ação vem depois que o proprietário da rede, que inclui ainda a hamburgueria Jerônimo, Junior Durski, causou revolta nacional ao defender o fim da quarentena imposta pelo coronavírus. "Não podemos parar porque 6 ou 7 mil pessoas vão morrer", disse.

Não satisfeito, Durski disse não ter se arrependido da declaração, em consonância com Jair Bolsonaro e contrariando todos os órgãos de saúde nacionais e mundiais. O empresário, que saltou de um para dezenas de restaurantes durante os governos Lula e Dilma, ainda reafirmou sua posição em defesa do governo federal.

Na postagem, as pessoas mostraram sua indignação com a insensibilidade do sócio de Luciano Huck. Das 327 reações registradas até agora, apenas dez demonstraram interesse na proposta. Todos os outros emojis são críticos.

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Nos comentários da postagem, porém, é onde fica mais claro que o Madero vai ter que trabalhar muito para recuperar a imagem - ou viver apenas de apoiadores de Jair Bolsonaro. Entre os 231 comentários ao anúncio, apenas dois - isso mesmo, dois - demonstram apoio à marca.

As críticas são duras e variadas:

"Enquanto a proprietária da Magazine Luiza doou 10 milhões para ajudar e disse que não vai demitir ninguém, o Sr Durski vai demitir 600 funcionários e não fez nenhuma doação. Mas tinha quase 2 bilhões para comprar o Beto Carrero.", disse Reginaldo Borowski.

"Faz de conta que estamos naquela contagem de 6 mil, 7 mil que se morrerem não vão fazer falta. Mas se deixarem de comprar seu hambúrguer talvez você feche as portas.", foi o comentário de Janaina Gasparin.

Já Frederico Burlamaqui sugeriu: "Em Curitiba, vou trocar pelo Riders Pub e pelo Mustang Sally. Tá na hora de apoiar o pequeno negócio que faz um produto tão bom quanto."

"Eu e minha família ADORÁVAMOS, mas em solidariedade às famílias que vão perder entes queridos, após a infeliz declaração do dono do Madero, nunca mais iremos frequentar este estabelecimento!", escreveu Luiz Néri Pfützenreuter, que ainda adicionou a hashtag  #maderonuncamais, que ganhou as mídias sociais desde a declaração de Durski.

Resta saber se, quando sentir o impacto, o Madero fará sua mea culpa e tentará consertar o estrago.