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quarta-feira, 8 de julho de 2020

"Oh raça vagabunda do caralho", diz engenheira "formada, melhor do que você", a jornalista

Casal de "engenheiros formados" sumiu das redes 
A engenheira química Nívea Dell Maestro, que aparece, ao lado do marido, o engenheiro civil Leonardo Barros, tentando humilhar o superintendente de Fiscalização e Projetos da Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro, não limitou sua ira a ele ao ser flagrada desrespeitando as legislações nacional, estadual e municipal em um bar da cidade no fim de semana. Além de avisar ao fiscal que o marido era "engenheiro civil, formado, melhor do que você", Nívea aparece em outro vídeo agredindo um jornalista, segundo o perfil do Sleeping Giants Brasil no Facebook, do Grupo Globo, que abordou o casal questionando se o mesmo gostaria de conceder entrevista. "Oh raça vagabunda do caralho", disparou a cidadã de bem.

O vídeo você pode assistir abaixo:


Segundo o jornal Extra, a engenheira não tem registro no Conselho Regional de Química do Rio de Janeiro, onde mora e trabalhava até ser demitida pela empresa Taesa (segundo a empresa, ele atuava na área financeira). A informação foi confirmada pelo Conselho.

De acordo com a entidade, se Nívea vinha atuando como engenheira química sem registro estava agindo ilegalmente e pode até perder a licença. A bolsonarista também é proprietária da empresa AC Engenharia e Consultoria Eirelli, localizada na Barra da Tijuca. Fundada em abril de 2017, a empresa tem capital social de R$ 94 mil.

Apesar da imprensa não ter divulgado o nome do casal, também em entrevista ao Extra Leonardo disse que, desde o episódio, eles não dormem nem comem e vêm recebendo inúmeras ameaças. Pudera, no vídeo em que tenta intimidar o jornalista, Leonardo esclarece: "Meu nome é Leonardo XX de Barros. CPF: xxx.xxx.xxx-xx. Qual o seu nome e CPF?", questiona. Ao ouvir o nome do repórter, questiona novamente: "Jornalista formado ou jornalista por tempo?", revelando mais uma vez sua preocupação com o nível de estudo das pessoas.

Curioso aqui é que o comportamento agressivo de quem se ofendeu com a arrogância dos dois - Leonardo se disse "patrão" do fiscal - é o mesmo utilizado pelos bolsonaristas para agredir adversários ou qualquer um que não concorde com qualquer coisa defendida pela trupe. O próprio Leonardo aparece no famoso vídeo filmando enquanto interpelava o fiscal, num movimento muito comum entre grupos bolsonaristas, provavelmente para ser distribuído nos grupos afins, incentivando o desrespeito à lei, às autoridades e ao bom senso. Além de taxar o fiscal como "comunista", claro, porque isso não pode faltar.

Sei que as reações virtuais são muito viscerais, raivosas, muitas vezes precipitadas e que merecem reflexão. Por outro lado, atitudes como a do casal "formado" são extremamente comuns em redes bolsonaristas radicais. Eu mesmo participo anonimamente de uma delas, desde a saída de Sergio Moro do governo. Os incentivos a ataques a pessoas e instituições são diários. Ataques verbais e ameaças físicas também. Posar postando armas, ameaçando matar comunistas não é raro, além de outras, literalmente, barbaridades, que contarei em outras oportunidades.

Sabe a lei da ação e reação? Pois é, apesar de bolsonaristas não acreditarem na ciência...

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Após oito meses, investigação sobre o assassinato de Marielle Franco parece um labirinto de caminhos inexplorados e becos sem saída, afirma Anistia Internacional

Assassinato há 8 meses sem resposta (F: Mídia Ninja)
Oito meses depois do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, a Anistia Internacional divulga um levantamento reunindo informações veiculadas publicamente sobre o caso. O objetivo é apontar questões graves que não foram respondidas, possíveis incoerências e contradições no decorrer da investigação e questionar o posicionamento das autoridades competentes.

"É chocante olhar para tudo o que já foi divulgado sobre as investigações do assassinato de Marielle Franco ao longo de oito meses e ver que o padrão foi de inconsistências, incoerências e contradições. As autoridades não respondem às denúncias graves que vieram à tona e, quando se pronunciam, parecem não se responsabilizar pelo que dizem. Marielle era uma figura pública, uma vereadora eleita. Seu assassinato é um crime brutal e as autoridades não estão respondendo adequadamente" afirma Renata Neder, coordenadora de pesquisa da Anistia Internacional no Brasil.

O documento traz as informações divididas em cinco categorias: disparos e munição, a arma do crime, os carros e aparelhos usados e as câmeras de segurança, procedimentos investigativos e o andamento das investigações. Além das informações, cada bloco traz perguntas que as autoridades precisam responder. Entre os pontos críticos destacados estão a falta de respostas sobre o desligamento das câmeras de segurança do local do crime dias antes do assassinato, o desaparecimento de submetralhadoras do arsenal da Polícia Civil do Rio de Janeiro, e o desvio de munição de lote pertencente à Polícia Federal.
"Desde a noite do assassinato foram divulgadas informações muito graves. Não podemos olhar todas essas informações isoladamente. O quadro geral aponta que as autoridades do sistema de justiça criminal parecem estar se esquivando de sua responsabilidade. O estado não pode deixar sem explicação o sumiço de munição e submetralhadoras de sua propriedade" afirma Neder.

Mesmo sem respostas definitivas ou adequadas, as informações divulgadas indicam que o assassinato de Marielle Franco foi cuidadosamente planejado e que pode ter contado com a participação de agentes do estado e das forças de segurança.

"Esse cenário de informações contraditórias, perguntas sem respostas e a possibilidade de que agentes do estado estejam envolvidos no crime reforçam a necessidade de que seja estabelecido com urgência um mecanismo externo e independente para monitorar as investigações do assassinato de Marielle e Anderson" afirma Neder.

Apesar da demora na conclusão das investigações, a família segue mobilizada exigindo uma resposta.

"Temos recebido muito acolhimento e solidariedade por parte das pessoas, tanto no Brasil como no exterior, e nossa família está cada vez mais unida. Oito meses se passaram e tudo o que a gente quer hoje é que se descubra quem matou e quem mandou matar a minha filha", disse Marinete da Silva, mãe de Marielle.

O documento "O Labirinto do caso Marielle Franco" está disponível aqui.

Da Anistia internacional

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Anistia Internacional divulga vídeo sobre a vida de Marielle Franco gravado com sua família

Anistia Internacional cobra respostas (F: Reprodução)
A Anistia Internacional produziu um vídeo com a família da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, executada há quatro meses junto com seu motorista, Anderson Pedro Gomes. As investigações iniciais davam conta de que o crime teria sido praticado por milicianos, com o suposto envolvimento de policiais. O crime continua, até agora, sem respostas. "Essa dor não vai passar. Então, que levem o nome da Marielle cada vez mais alto", Marinete da Silva, mãe de Marielle.

A Anistia também disponibiliza um abaixo assinado para cobrar das autoridades uma resposta. Você pode assinar neste link: bit.ly/QMmatouMarielle.

Assista ao vídeo:



segunda-feira, 4 de junho de 2018

Prefeito liberal se elege por partido socialista

Claussen, um liberal no partido socialista (F: Divulgação)
Que a política brasileira está perdida como cachorro que caiu da mudança todo mundo sabe. Ainda assim, algumas notícias mostram que ainda temos um bom caminho a percorrer até chegarmos ao fundo do poço, se é que ele existe. Uma delas é a eleição, ontem, de Vinicius Claussen como prefeito tampão de Teresópolis (RJ).

Integrante do Livres, movimento liberal que reúne lideranças e jovens em torno, obviamente, do liberalismo econômico, Claussen foi eleito pelo Partido Popular Socialista (PPS), sigla herdeira do antigo Partidão, o PCB, Partido Comunista Brasileiro.

Na eleição suplementar, o candidato recebeu 23,5 mil votos, 36,58% do total. A assessoria de comunicação do novo prefeito ressalta que sua escolha reflete o "movimento de renovação política" do país. "O empresário, de 39 anos, nunca havia sido candidato ou ocupou cargo público. Presidente do Teresópolis Convention & Visitor Bureau, Claussen é formado em administração e pós-graduado em gestão empresarial; e promete trazer essa experiência para a administração da cidade que teve sete prefeitos em sete anos, o último afastado pela Lei da Ficha Limpa", diz o texto.

"Teresópolis precisa de um gestor. Eu nunca fui político. Temos que encarar a prefeitura como uma grande empresa", afirma Claussen.

O prefeito promete, como uma de suas primeiras medidas, uma auditoria nas receitas e despesas do município, lembrando que as contas de 2016 foram reprovadas pelo TCE.

Claussen e o médico Ari Scussel Junior, seu vice, "registraram em cartório a promessa de doar os salários líquidos ao longo da gestão de dois anos e meio, num total de cerca de R$ 600 mil. Confira o programa de governo."

(*) Com informações da Assessoria de Imprensa

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Jornal Extra cria editoria de Guerra para assuntos do Rio

Apesar da convicção do ministro da Defesa, Raul Jungmann, de que a "inteligência" vencerá o crime organizado no Rio de Janeiro, até o momento, as ações de segurança na cidade não parecem ter dado resultado - nem os criminosos parecem ter se incomodado. Com os índices de violência crescentes, o jornal Extra decidiu criar a editoria de Guerra para tratar dos crimes praticados na Cidade Maravilhosa.

Segundo reportagem do Comunique-se, o jornal informa que “continuará a noticiar os crimes que ocorrem em qualquer metrópole do mundo: homicídios, latrocínios, crimes sexuais. Mas tudo aquilo que foge ao padrão da normalidade civilizatória, e que só vemos no Rio, estará nas páginas da editoria de guerra”.

"Vamos golpear o crime organizado, as operações não serão anunciadas, só quando forem deflagradas. O que vai presidir as operações é a inteligência. A palavra-chave é inteligência. Queremos chegar no comando do crime", anunciou Jungmann em julho.

Porém, citando dados sigilosos do próprio governo, o Extra avalia que a situação está longe de ser resolvida, apesar das promessas do ministro: "No Facebook, o post que anuncia a nova editoria traz a capa do jornal com reportagem especial de Rafael Soares. Na apuração, intitulada 'Dossiê secreto do Estado revela: É Guerra', o jornalista revela o teor de documentos que estão sob sigilo até 2021. O post já gerou mais de 2 mil compartilhamentos e 3 mil reações, além de inúmeros comentários dos leitores.", diz a reportagem do Comunique-se.