quinta-feira, 11 de abril de 2019

No Paraná, Bolsonaro é mais "péssimo" do que "ótimo", revela pesquisa

100 dias de governo em queda livre (F: Igo Estrela/Metrópoles)
O Instituto Paraná Pesquisas divulgou na última semana o primeiro levantamento sobre a avaliação do governo de Jair Bolsonaro. Ainda bem avaliado no quadro geral, Bolsonaro, porém, foi considerado "péssimo" por 12,6% dos paranaenses, contra 12,3% que consideram a administração do ex-militar "ótima". O estudo foi encomendado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

Para 33,5% dos habitantes, a administração de Bolsonaro é "boa"; 29,5% avaliam como "regular"; e 9,6% consideram o pesselista "ruim". Os números revelam o descontentamento com os primeiros 100 dias do governo Bolsonaro, já que, no estado, o então candidato teve 68,4% dos votos.

A aprovação da administração é maior entre os homens de classes A e B. A pesquisa ouviu 2.508 pessoas entre os dias 31 de março e 05 de abril e tem 95% de nível de confiança dentro da margem de erro de 2%.

Caiado lança 1ª Campus Party Goiânia nesta sexta

Nesta sexta, 12 de abril, acontece o lançamento da primeira edição da Campus Party Goiânia. Na ocasião, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e o presidente do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia, assinam o termo de compromisso e promovem o anúncio da realização do evento. A data, local e outras informações serão anunciadas no evento.

A Campus Party é a maior imersão tecnológica em Internet das Coisas Blockchain, Cultura Maker, Educação e Empreendedorismo do mundo. O evento conta hoje com mais de 550 mil campuseiros cadastrados em todo mundo. Já produziu edições nos seguintes países: Espanha, Holanda, México, Alemanha, Reino Unido, Argentina, Panamá, El Salvador, Costa Rica, Colômbia, Equador, Itália e Singapura. O evento está presente no Brasil há doze anos.

quarta-feira, 3 de abril de 2019

"Educadora" bolsonarista defende agredir bebês com vara porque "está na bíblia"

Bolsonarista defende agredir bebês pecadores (Reprodução)
Nos últimos dias vem causando espanto em pais e mães uma série de vídeos da educadora Simone Quaresma que têm circulado pelas mídias sociais, em que ela divulga seu livro O Que Toda Mãe Gostaria de Saber Sobre Disciplina Bíblica. Neles, a escritora e palestrante evangélica defende o castigo físico até em bebês, já que, segundo ela, os filhos "precisam de disciplina porque são pecadores".

Segundo revelou o site Pragmatismo Político, após questionamentos de pais e mães, chocados com os ensinamentos, os vídeos foram bloqueados para acesso, mas alguns deles ainda podem ser vistos no perfil da escritora no Facebook.

Veja o que diz a religiosa em um deles: “Se você tá falando com um bebê com menos de 1 ano de idade, às vezes, você precisa só dar uma chacoalhadinha nele, um tapinha na mão, na coxinha dele, pra que ele acorde. Mas com o passar do tempo, ele vai começar a entender. E quando você perceber que ele está entendendo, a coisa tem que ser mais incisiva, e largar esses ‘sustinhos’ pela vara mesmo".

Em outro trecho, deixa claro que a agressão deve provocar dor:

“Não, a aplicação da vara não depende do temperamento da criança. A criança pode ter o temperamento que ela quiser, o uso da vara é mandamento bíblico pra toda e qualquer idade, pra todo e qualquer temperamento. O objetivo é fazer com que doa".



Em seu site, Simone se autointitula como "professora de educação fundamental, por formação. É colaboradora do blog Mulheres Piedosas e dá palestras para mulheres, abordando questões que envolvem a vocação feminina. Deixou a carreira para se dedicar aos quatro filhos que tem com seu esposo, Orebe Quaresma, pastor da igreja Presbiteriana Ponta D’Areia, no Rio de Janeiro."

Em seu perfil, a escritora faz questão de deixar claro também seu apoio a Jair Bolsonaro, com fotos em que aparece, à época da campanha eleitoral, defendendo voto no ex-militar, encostado pelo Exército por indisciplina.

Como tem sido comum pela guerrilha virtual promovida por adeptos de Bolsonaro, mães que criticaram o posicionamento agressivo de Simone passaram a ser ameaçadas nas redes. 

"Como eu tenho uma rede social com um número expressivo de mães, compartilhei e pedi que elas denunciassem essa mulher. A partir do momento em que se compartilha ensinamentos em uma rede social pública, incitando a violência doméstica, isso se torna uma ofensa à lei e à integridade física das crianças. Depois de criticá-la, recebi ameaças à minha família, a meu filho… Isso me chocou muito. Os vídeos continuam salvos no perfil dela, mas ela bloqueou o acesso após as denúncias”, desabafou uma mãe, conforme o Pragmatismo Político.

Apesar de defender a agressão física a crianças, Simone pede cautela: “Em primeiro lugar, a gente precisa ter cuidado com isso, porque, sabe como é, hoje em dia os pais não têm direitos mais. Mas não tem como você criar filhos da maneira como você acha, como você quer, tem que ser como a bíblia manda.”


Em outro vídeo, Simone ainda recomenda que os pais não devem sentir pena de crianças com atrasos cognitivos leves ou deficiência física, e diz que eles devem orientar as crianças a não comentarem com outros adultos os castigos físicos que sofrem dentro de casa. A educadora ainda sugere que os pais agridam seus filhos sem deixar marcas.

Grupo Mulheres do Brasil repudia tentativa de minar representatividade feminina em espaços de poder

Um projeto de lei do senador Angelo Coronel (PSD/BA), que será avaliado nesta quarta-feira (03/04) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, quer pôr fim às cotas de 30% para candidatura de cada sexo a cargos do Legislativo.

O Grupo Mulheres do Brasil, que reúne 30 mil mulheres no Brasil e no exterior, repudia a tentativa de retrocesso no reconhecimento da importância feminina nos espaços de poder. Desde ontem, participantes do coletivo estão contatando senadores da CCJ para pedir que votem unanimemente pela rejeição do PL, assim como já orientou o relator Fabiano Contarato (REDE/ES).

Segundo Lígia Pinto, uma das líderes do Comitê de Políticas Públicas do coletivo, o Brasil ainda está muito aquém de outros países em termos de representatividade.

Um ranking do organismo internacional Inter Parliamentary Union mostra que o Brasil fica atrás de 151 países entre os que têm mais parlamentares femininas.

Ainda assim, as cotas já tiveram algum efeito nas últimas eleições. No pleito de 2018, os partidos foram obrigados a preencher 30% de suas vagas por candidatas mulheres e tiveram que distribuir a estas candidaturas os recursos do fundo partidário e do fundo eleitoral em igual proporção. A participação feminina no Congresso subiu de 10% para 15%, percentual ainda bastante inferior ao número de candidaturas femininas (em torno de 30% ) e do eleitorado (52%).

“Se não houvesse as cotas, esse resultado seria ainda pior. Desde que estabeleceram que os repasses de recursos deveriam contemplar também as candidaturas femininas dentro dos partidos a pressão de alguns senadores e deputados para acabar com o sistema de cotas aumentou. É uma tentativa de manter o velho modus operandi em que apenas candidaturas de homens ganham visibilidade”, diz Ligia.

Em 2018, o Grupo Mulheres do Brasil lançou a plataforma Appartidarias 2.0 para dar visibilidade às candidatas mulheres e exibir suas pautas. O site teve colaboração de centenas de voluntárias que avaliaram o apoio dado pelos partidos às mulheres que concorriam a cargos públicos e que encaminharam denúncias a Procuradorias Regionais.

Da assessoria

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Elias Vaz cobra convocação do atual presidente do BNDES em CPI

Levy: de Dilma a Bolsonaro (F: Edilson Rodrigues/Senado)
O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) espera discutir nesta terça-feira (02), em mais uma reunião da CPI do BNDES, marcada para 14h30, requerimento já protocolado solicitando a convocação do atual presidente do Banco, Joaquim Levy. Apesar de ter sido ministro da Fazenda no governo Dilma Roussef, ele não está na lista de convocados apresentada na última semana, que inclui 22 pessoas. “A investigação não pode se restringir a um partido. O fato de Levy ter sido aproveitado pelo atual governo não significa que não tenha que prestar esclarecimentos”, afirma o deputado.
Levy ocupou a pasta da Fazenda entre 1º de janeiro e 18 de dezembro de 2015 e, nesse período, formulou e executou políticas econômicas que tinham total correlação com as atividades do BNDES. “Vários investimentos realizados em empresas brasileiras que se internacionalizaram foram feitos sob a gestão do ministro, o que o coloca como testemunha privilegiada das operações. Além disso, segundo o próprio estatuto do BNDES, cabe ao ministro indicar membros nos Conselhos Fiscal e Administrativo da instituição. Isso demonstra mais uma vez a interferência do ministro da Fazenda no BNDES”, ressalta Elias Vaz.
O deputado acrescenta que a Comissão deve ter caráter apartidário sob pena de cair no descrédito. “Corrupção não tem esquerda nem direita. Os envolvidos, independente de partido, devem ser exemplarmente punidos. Há fortes indícios de que o BNDES serviu para operações ilegais e precisamos levar essa investigação a fundo”.