terça-feira, 14 de maio de 2019

Fim de abono na Nova Reforma amplia desigualdade social, afirma especialista

Reforma privilegia os ricos (F: Divulgação)
A proposta de Reforma da Previdência acaba com o pagamento de abono salarial para trabalhadores de cinco estados brasileiros, entre eles São Paulo e Rio de Janeiro. O benefício, destinado a quem recebe até dois salários mínimos por mês, garante o pagamento de R$ 998 como uma espécie de 14º salário. Com a mudança, só terá direito ao abono o trabalhador que tiver renda mensal de um salário mínimo. Nestes cinco estados o abono será cortado caso a Nova Reforma seja aprovada, porque vigora um piso de R$ 1,1 mil, mais alto que o salário mínimo nacional  (R$ 998). 
 
A medida, argumenta a advogada Dirce Namie Kosugi, especialista em Direito Previdenciário e coordenadora do Movimento Acorda Sociedade (MAS), ao contrário do que afirma o texto da Nova Reforma da Previdência, ampliará a desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres. "Essa reforma não combate realmente privilégios.  Pelo contrário, penaliza os mais necessitados retirando-lhes direitos fundamentais a uma vida  minimamente digna ao mesmo tempo que  privilegia os  afortunados, criando favorecimentos como isenções fiscais e perdões de dívidas para instituições financeiras,  não tributando grandes fortunas, não criando penalidades para devedores contumazes", comenta.
 
Deputados dos estados atingidos já preparam emendas na tentativa de evitar a mudança e garantir o abono à parcela mais pobre da população.

(*) Da assessoria

Spoleto e Fazenda Futuro fecham parceria inédita para receita com carne 100% vegetal

Depois de apresentar ao mercado o Futuro Burger, a Fazenda Futuro, primeira foodtech brasileira a criar carne vegetal idêntica à animal em sabor e textura, anuncia parceria com a maior rede de culinária italiana do Brasil, o Spoleto, do Grupo Trigo. Juntos, vão produzir três produtos com carne sem origem animal: almôndega, polpetone e o tradicional molho à bolognesa.

Assim como o hambúrguer (Futuro Burger), a carne usada no menu do Spoleto será toda de vegetais, com ingredientes de qualidade, sem glúten e transgênicos. A novidade tem previsão de chegada aos restaurantes da rede no segundo semestre de 2019.
A expectativa é de que a longo prazo esses itens respondam por 20% dos pratos. “Trata-se de um mercado em pleno crescimento no mundo inteiro. Estimamos que em curtíssimo prazo, seis meses, esses produtos já atinjam 5% do mix de nossas vendas, com um potencial de crescimento anual bastante elevado, de 10 a 15%. Acreditamos que metade desse mix será de clientes novos e a outra, de consumidores já habituais de carne, que estão optando por uma alternativa mais saudável em suas refeições”, projeta o CEO do Grupo Trigo, Antonio Moreira Leite.
“Na Fazenda Futuro estamos sempre olhando para frente no desenvolvimento de tecnologias capazes de criar alimentos sem origem animal idênticos em sabor, textura e cheiro de carne. Nosso objetivo é mostrar que é possível revolucionar a indústria alimentícia sem causar um impacto negativo ao meio ambiente. Minha meta é simples: evoluir com novas gerações (versões) da nossa carne e chegar em um volume de carne de vegetais que se torne mais barato do que carne de origem animal”, destaca Marcos Leta, da Fazenda Futuro.
Sobre a Fazenda Futuro
Lançada em abril de 2019, a Fazenda Futuro é a primeira foodtech brasileira voltada à produção de carne vegetal sem origem animal, mas com  um grande diferencial: a carne imita o sabor, a textura e o cheiro de carne bovina. O Futuro Burger, produto de estreia da Fazenda Futuro, usa em sua base de ingredientes proteína de ervilha, proteína isolada de soja e de grão de bico, além de beterraba para imitar a cor e o sangue da carne, tudo sem glúten, sem transgênicos e, claro, sem boi.

Saiba mais sobre a Fazenda Futuro:

Justiça autoriza quebra de sigilo de Flávio Bolsonaro, diz jornal

Flávio Bolsonaro sob suspeita (Foto: ARM)
O senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, teve o seu sigilo bancário quebrado pela Justiça. A autorização foi concedida em 24 de abril de 2019 pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, após pedido do Ministério Público fluminense.
O ex-assessor de Flávio, Fabrício Queiroz também teve o sigilo quebrado no período de 2007 a 2018. Além disso, segundo o jornal ‘O Globo’, a Justiça também autorizou a quebra do sigilo fiscal dos investigados, entre 2008 e 2018. De acordo com a decisão do juiz Flávio Nicolau, o afastamento do sigilo é "importante para a instrução do procedimento investigatório criminal" instaurado contra os investigados.
Ainda terão as informações bancárias investigadas a mulher de Flávio, Fernanda Bolsonaro, a empresa dela com Flávio, Bolsotini Chocolates e Café Ltda, as duas filhas de Queiroz, Nathalia e Evelyn, e a mulher do ex-assessor, Márcia.
Flávio Bolsonaro e Fabricio Queiroz são investigados pelo Ministério Público Estadual do Rio por conta de uma movimentação financeira atípica identificada pelo COAF. De acordo com relatório do órgão, os valores movimentados chegaram a R$ 1,2 milhão.
Fonte: João Paulo Machado/Agência do Rádio Mais

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Faculdades privadas querem curso de veterinária à distância

Pode parecer absurdo, mas não é. O assunto foi tema de recente disputa judicial. Na semana passada, a 6ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal indeferiu o pedido liminar da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), que solicitava a suspensão da Resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) nº 1.256/2019. O pedido de liminar também requisitava que o CFMV não divulgasse, nem fizesse qualquer tipo de campanha de comunicação sobre a Resolução, que proíbe a inscrição de egressos de cursos de Medicina Veterinária realizados na modalidade de ensino a distância.

A Justiça Federal de 1º grau indeferiu o pedido de liminar com base no argumento de defesa apresentado pelo próprio CFMV, alegando que há falta de interesse processual, já que “não cabe mandado de segurança contra lei em tese”, conforme prevê a Súmula nº 266 do Supremo Tribunal Federal (STF). Dessa forma, a decisão judicial considerou sem fundamento o pedido da Associação, mantendo a eficácia da Resolução.
 
“A juíza acolheu a nossa tese e não concedeu a medida liminar para a entidade, mantendo a Resolução do CFMV em vigor e produzindo seus efeitos. Foi um primeiro passo da nossa constante luta pelo curso de Medicina Veterinária integral, presencial, com aulas práticas, estágio profissional e alunos com formação sólida”, defende o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti. 

“Enquanto trabalhamos pela qualidade do ensino e dos serviços veterinários prestados, visando proteger a sociedade de profissionais despreparados, as faculdades particulares, que cobram caro pelos seus cursos, defendem na justiça a mercantilização da educação e a graduação em Medicina Veterinária a distância, algo que consideramos preocupante e perigoso para a população”, complementa. 
 
#EADNÃO

O CFMV entende que a modalidade a distância impede a realização de aulas práticas essenciais para preparar o bom profissional. E destaca que o curso de Medicina Veterinária demanda inúmeras atividades práticas e de campo, como anatomia, fisiologia, clínica, cirurgia, patologia, análises laboratoriais, entre outras operacionais e de manejo técnico, cuja aprendizagem só ocorre por meio de aulas presenciais, conforme prevê a Resolução CFMV nº 595/1992.

Sem a inscrição no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), quem tiver concluído o curso a distância fica impedido de exercer a profissão de médico-veterinário em todo o país. E os profissionais que ministrarem disciplinas ou estiverem envolvidos na gestão dos cursos a distância estão sujeitos à responsabilização ético-disciplinar.

Atualmente, a Portaria nº 1.134/2016 (art1º, §1º) do Ministério da Educação (MEC) admite que 20% da grade horária da graduação de Medicina Veterinária seja realizada por aulas on-line. O CFMV defende a aprovação do Projeto de Lei (PL) nº 7.036/2017, de autoria do atual ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que é médico-veterinário. A proposta limita a 10% a carga horária na modalidade semipresencial. “Defendemos a aprovação desse PL para que 90% das aulas sejam ministradas exclusivamente sob a modalidade presencial, inclusive, com estágio profissional”, argumenta Cavalcanti.

Para o presidente do CFMV, “os avanços tecnológicos são bem-vindos e podem ser facilmente aplicados em cursos de pós-graduação, quando o aluno já passou por amplo e árduo treinamento durante toda a graduação”.

O Conselho já solicitou ao MEC para participar do processo de criação dos cursos de Medicina Veterinária, oportunidade que já é dada à Medicina, Odontologia, Psicologia, Enfermagem e ao Direito, por meio do Decreto nº 9.235/2017.

Globo, Record e SBT perdem R$ 3,2 bi em publicidade

O levantamento de um dado causou certa surpresa no mercado de comunicação na semana passada. Não pela decadência das TVs abertas, que não é novidade, mas pela velocidade com que isso está acontecendo. Segundo o site Notícias da TV, as três maiores emissoras de TV aberta do Brasil perderam, juntas, R$ 3,253 bilhões em faturamento entre 2015 e 2018.
Em 2015, Globo, Record e SBT faturaram, somadas, R$ 14,228 bi. Em 2018, foram R$ 12,898 bi. No acumulado dos três anos seguintes — e considerando a inflação do período — as três empresas deixaram de faturar os R$ 3,253 bilhões mencionados.
O fato é que os anunciantes não deixaram de investir em publicidade. Eles estão apenas realocando suas verbas. Quem tem abocanhado boa parte da receita que as TVs perderam são as mídias digitais.
Segundo dados da pesquisa Digital AdSpend 2018, da IAB Brasil, em 2017 a publicidade online movimentou R$ 14,8 bilhões — crescimento de 25,4% em relação ao ano anterior. Isso representa um terço do mercado publicitário do País.
Dentro da publicidade online, um dado se destaca. O investimento em vídeo foi um dos que mais cresceram: 48% em comparação com 2016. Isso sugere que as pessoas não deixaram de assistir a vídeos. Elas apenas migraram da TV aberta para opções digitais, como YouTube, Netflix e afins.

Takeaway para newswire

Embora newswire tenha uma relação muito mais direta com mídia espontânea do que com publicidade, os dados da publicidade servem como parâmetro. Eles sugerem que, na escolha de canais para mídia espontânea, priorizar mídias digitais em detrimento das tradicionais tende a ser uma boa ideia para a maioria das empresas.
Fonte: Blog Dino/Comunique-se