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quinta-feira, 23 de julho de 2020

Vice-prefeito promove churrasco e é multado por descumprir decreto municipal de combate ao coronavírus

Isso é Brasil. O país do "Você sabe com quem está falando?", tão bem retratado no célebre livro O Que Faz o Brasil, Brasil?, de Roberto DaMata, tão atual. Da famosa Lei de Gerson. O país do desembargador que dá carteirada porque acredita que obedecer a lei é ser diminuído, ser menos cidadão.

O caso a seguir poderia ter se passado na lendária Sucupira. Mas foi aqui mesmo no Brasil, em Paranacity. Não é que o vice-prefeito da cidade, Rodolfo Vismara (MDB), foi multado pela prefeitura por descumprir um decreto municipal de combate à Covid-19? As informações são do G1.

Em uma postagem nas redes sociais, o político publicou uma foto em que celebra um churrasco com o deputado estadual Soldado Adriano José (PV).

Para a prefeitura, a postagem comprova que o vice-prefeito desobedeceu às determinações impostas pela administração da qual ele mesmo faz parte. De acordo com o decreto municipal que entrou em vigor na sexta-feira (17), eventos, festas e churrascos com pessoas que não vivem na mesma casa estão proibidos. A multa para quem descumprir a regra é de R$ 2.742,20.

A foto foi foi tirada no sábado (18), um dia após a norma da prefeitura. Nela, os dois políticos e os demais convidados aparecem sem máscara. Rodolfo Vismara se defendeu dizendo que a imagem foi feita na hora do almoço, o que justificaria o fato das pessoas estarem sem máscaras. Ele também disse que não tinha intenção de desrespeitar o decreto e pediu desculpas.

Já o deputado estadual Soldado Adriano se justificou em entrevista ao portal G1. Ele disse que não conhecia o decreto e que só tirou a máscara para almoçar, quando a foto foi tirada.

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Caixa vai renegociar acordo de empresário que ficou 50 horas acorrentado em agência

Arlindo Magrão (de touca), com o presidente da Abrabar (dir) e empresários
A Caixa Econômica Federal aceitou renegociar o acordo para a liberação de uma linha de crédito, após o empresário Arlindo Ventura, o Magrão de O Torto Bar, permanecer mais de 50 horas acorrentado em frente à uma agência na Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico de Curitiba. Ele foi chamado para conversar na manhã desta quarta-feira (15), depois de dormir duas noites seguidas e em jejum no local.

Segundo o empresário, o banco corrigiu um erro técnico, bem como ele solucionou um impasse na documentação, permitindo a retomada do processo. Diante da solução, o dono do bar, no bairro São Francisco, afirma ter ganhado um fôlego para mais três meses com a liberação dos recursos.

"Foi um processo burocrático que levou a tudo isso, mas conseguimos abrir uma condição melhor na pessoa física para cobrir a situação jurídica de cheque especial", ressaltou Arlindo Magrão. Agora, de acordo com ele, com o GiroCaixa em análise, a possibilidade é um pouco maior.

"Então é preciso falar com gerente, dialogar e ver o que você tem direito. Fiquei aqui por mais de dois dias para ter uma atenção interna", ressaltou o empresário logo após sair da reunião. "É preciso que as pessoas insistam e mostrem que não aceitamos determinadas condições", pontuou.

Lutar por direitos

Magrão também chamou atenção de trabalhadores e empresários para seus direitos. "Parece que a liberação de crédito é um favor que as instituições financeiras estão nos fazendo. Não é. Nesse momento, precisamos de todo o apoio possível para manter os empregos dos trabalhadores", disse ele, em referência a pandemia do novo Coronavírus.

"Estamos no limite e ainda sendo tratados dessa forma”, desabafou Arlindo Magrão. Esta não foi a primeira vez que isto aconteceu. Em 2012, o empresário ficou preso em um corrimão da escada da agência do Banco no Brasil na Praça Tiradentes, no centro de Curitiba. O motivo do protesto foram as cobranças de taxas altas.

Acompanhamento

O presidente da Associação Brasileira de Bares, Restaurantes e Casas Noturnas (Abrabar), Fábio Aguayo, acompanhou a luta de Magrão para restabelecer seus direitos. A entidade entrou em contato com o deputado federal Rubens Bueno (Cidadania), relator da Medida Provisória (MP) da linha de crédito.

"Ele (Bueno) vai nos escutar. Vamos dar subsídio para o deputado e mostrar o que nossa categoria está passando durante a pandemia", disse. Aguayo informou também que irá repassar ao parlamentar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida pela Abrabar no Supremo Tribunal Federal (STF) no final de março.

Ele lembra que o ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu ao Banco Central e ao Conselho Monetário Nacional manifestação sobre a ADI movida pela Abrabar e a Confederação Nacional do Turismo (CNTur), para renegociação de dívidas do setor.

O caso do Magrão, informa o presidente da Abrabar, sensibilizou inclusive o deputado federal Jerônimo Goergen (RS), autor da Lei da Liberdade Econômica que viabiliza o livre exercício da atividade econômica e a iniciativa. "A atitude extrema do Magrão chamou a atenção até de parlamentares de outros estados", completou Aguayo.

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Médico goiano que se automedicou com invermectina está na UTI e família suplica por plasma

Joaquim: automedicação, invermectina e UTI (Repdodução)
O médico Joaquim Inácio Melo Jr, cirurgião do Hospital Geral de Goiânia, usuário e distribuidor do vermífugo Invermectina para o combate à Covid-19, está internado na UTI devido à doença. A revelação é da jornalista Fabiana Pulcinelli, do jornal O Popular. No último dia 06, o médico ganhou  oito minutos na TV SerraDourada/SBT para propagandear o tratamento, que não é reconhecido por nenhuma entidade médica no mundo.

No vídeo, Joaquim, que já estava com a doença, ironizava a situação, dizendo "tô de quarentena, já tem oito dias; desse jeito aqui, ó, na UTI", dando tapinhas no rosto. O apresentador pergunta: "O senhor chegou a ir para a UTI, doutor?". "Claro que não", respondeu o médico.

O cirurgião reclamou da "censura" a que um grupo de médicos defensores do tratamento teria sofrido com a limitação do número de usuários no Whats App. Na entrevista, Joaquim usou de fake news para justificar a indicação, conforme Fabiana: "Joaquim fala de exemplo da Etiópia (informação falsa), diz que é médico da linha de frente e que não tem tempo para "pesquisinha randomizada". E diz: "Previna-se, senão vocês vão pro tubo e não tem mais vaga na UTI, não".

A quarentena do médico terminaria no último dia 12, mas, não só não ocorreu, como ele está em estado grave. Segundo Fabiana, a família, agora, pede doação de plasma para auxiliar o tratamento. A jornalista lembra ainda que "O cirurgião Joaquim Inácio Melo Júnior é um dos líderes de uma campanha de médicos goianos para distribuição de medicamentos para 'prevenção' da Covid-19. Doaram 1,8 mil kits numa paróquia em Aparecida de Goiânia no dia 5/7."

Ao encerrar a entrevista, Joaquim alerta: "Eu sou paciente de mim mesmo. Eu não procurei infecto nenhum pra tratar de mim, não. Eu tratei a mim como tratei a todos os meus pacientes, mais de cem. (...) E nós vamos estar, o nosso grupo, distribuindo de graça esse medicamento. Não vamos cruzar os braços".

Resta agora desejar sorte ao dr. Joaquim e, especialmente, aos mais de cem pacientes tratados por ele. E reflexão aos veículos de comunicação sobre dar espaço a teorias sem nenhuma comprovação por qualquer entidade médica do mundo.

Covid-19 aumenta 365% em Goiás em um mês

A região Centro-Oeste do país vê a Covid-19 avançar nas últimas semanas. Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul viram o número de casos do novo coronavírus mais do que triplicar em 30 dias, o que fez a taxa de ocupação de leitos de UTI se aproximar de 100% em Goiânia, por exemplo, e provocou falta de vagas nos hospitais matogrossenses.

Recentemente, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, afirmou que a pasta tem preocupação especial com a propagação da doença no Centro-Oeste e também no Sul do Brasil. Para te ajudar a entender o cenário, o Brasil 61 fez um levantamento dos principais indicadores sobre a Covid-19 no DF e nos três estados e buscou explicações para o aumento.

Segundo o infectologista Hemerson Luz, está claro que a região Centro-Oeste atravessa o momento mais difícil no enfrentamento à pandemia desde março. “Analisando os gráficos de crescimento da Covid-19 no Centro-Oeste, percebemos que estamos em pleno pico, como era previsto para meados de julho. É bem provável que a tendência de crescimento persista por algum tempo até começar a decair o número de casos”, avalia.

De acordo com a última atualização da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), são 38.299 casos confirmados e 910 mortes pelo novo coronavírus. Há um mês, eram pouco menos de oito mil ocorrências, o que aponta para um crescimento de 365% no período.

Estudos mostram que o estado enfrenta o momento mais crítico da pandemia, superando os mil casos diários. Dos leitos de UTI dos hospitais estaduais destinados para tratamento de pacientes com o vírus, 85% estão ocupados. A situação na capital, Goiânia, é crítica. De acordo com o último boletim epidemiológico, apenas seis leitos estão disponíveis. A taxa de ocupação é de 96%. Há a previsão de 38 novas vagas, que estão em implantação, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO). 

Para tentar frear a curva de contaminação, o governador Ronaldo Caiado decretou, em 30 junho, uma quarentena diferente da adotada por outros estados e países: o isolamento intermitente. A estratégia é um sistema de revezamento das atividades econômicas, intercalando 14 dias de suspensão e 14 dias de funcionamento. Nesta terça-feira (13), após duas semanas de restrições, o governador liberou a abertura do comércio em geral, bares, academias, eventos esportivos e atividades religiosas.

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, seguiu a mesma linha do decreto estadual e flexibilizou o funcionamento das atividades não essenciais. Ele afirmou que pode voltar atrás na decisão. "Nós não teremos dificuldade em modificar itens desse decreto caso a aplicação do mesmo possa nos mostrar que tenhamos cometido excesso ou falhas."

(*) Com informações de Felipe Moura, do Brasil 61

Caixa vai receber empresário após dois dias acorrentado em frente a agência em Curitiba

A diretoria da Caixa Econômica vai receber, na manhã esta quarta-feira (15), o empresário Arlindo Ventura, o Magrão de O Torto Bar, após dois dias acorrentado em frente a agência do Centro Cívico de Curitiba. O ato extremo foi motivado pela falta de acesso à linhas de crédito, fundamental para manutenção do bar e pagamento dos três empregados e a própria existência.

O presidente da Associação Brasileira de Bares, Restaurantes e Casas Noturnas (Abrabar), Fábio Aguayo, e empresários do segmento estão acompanhando Magrão nesta manhã. Desde que se acorrentou em frente a agência, o dono de O Torto tem recebido a solidariedade de diversos empresários de bares, restaurantes e casas noturnas, a maioria também não conseguiu acessar as linhas crédito.

Após dois dias acorrentado, empresário será recebido (F: Gentileza)
Os recursos foram anunciados pelos governos estadual e federal, para ajudar os empresários durante a crise econômica provocada pelas quarentenas da pandemia do novo Coronavírus. Aproximadamente 97% dos empresários do setor não conseguiram acesso aos financiamentos, segundo levantamento da Abrabar.

Na última semana, o ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu ao Banco Central (Bacen) e ao Conselho Monetário Nacional (CMN) para que se manifestem sobre a ação movida pela Associação Brasileira de Bares, Restaurantes e Casas Noturnas (Abrabar) e da Confederação Nacional do Turismo (CNTur), para renegociação de dívidas do setor.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) foi movida no mês de março pelo advogado Orlando Anzoategui Jr., quando tiveram início as medidas de isolamento social e fechamento de bares e restaurantes no Paraná. Desde o início do mês de junho, o STF aguarda a manifestação do Bacen e CMN no processo.

Abaixo nota da Caixa sobre o empresário acorrentado em Curitiba:

"Informamos que CAIXA busca estar atenta às necessidades das micro, pequenas e médias empresas, especialmente nesse momento de desafios.

A CAIXA lançou o portal www.caixa.gov.br/caixacomsuaempresa, que permitiu que qualquer empresa manifeste seu interesse em contratar as linhas de crédito anunciadas, onde as empresas aptas ao crédito são contatadas pelo Gerente da agência da CAIXA mais próxima da empresa.

Sobre a linha Giro Caixa Pronampe, informamos  que a Receita Federal analisa o enquadramento da empresa e envia o comunicado onde consta a HASH CODE (código de validação), conforme critérios e regras estabelecidas pelas Portarias RFB nº 978 e 1.039. Para todas as empresas, será exigido o HASH CODE - código fornecido pela Receita Federal, além do documento de constituição da empresa, documento dos sócios e faturamento.

Cabe destacar que a empresa não poderá ter restrição cadastral no CNPJ da empresa ou no CPF do sócio."

terça-feira, 7 de julho de 2020

Covid-19: Pesquisas comprovam eficácia do uso da máscara facial

Estudo realizado por uma equipe de pesquisadores norte-americanos descobriu que não usar máscara facial aumenta drasticamente as chances de uma pessoa ser infectada pelo coronavírus. A equipe examinou as chances de infecção pela COVID-19 e como o vírus é facilmente transmitido de pessoa para pessoa. A partir de tendências e procedimentos de mitigação na China, Itália e Nova York, os pesquisadores descobriram que o uso de uma máscara facial reduziu o número de infecções em mais de 78.000 na Itália, e em mais de 66.000 na cidade de Nova York, entre abril e maio.

De acordo com Bárbara Gionco Cano, especialista em microbiologia e professora do Colégio Marista de Londrina, o uso da máscara respiratória funciona como uma barreira física de proteção para que fluídos do usuário não contaminem quem está ao redor. O equipamento é eficaz tanto para prevenir a contaminação pelo novo coronavírus, como para outras doenças respiratórias. “A máscara respiratória é uma medida válida de proteção coletiva, já que nem todos os contaminados apresentam sintomas, sendo assim seu uso é importante para evitar a contaminação de outras pessoas e contribuir com a contenção da doença. Seu uso é fundamental para pessoas com sintomas e para os profissionais de saúde”, explica.

Caseira ou não?

Ao contrário do álcool gel, a versão caseira das máscaras é tão eficiente quanto a industrializada. Bárbara esclarece que o equipamento de proteção pode ser feito de algodão ou TNT, por exemplo, desde que tenha no mínimo três camadas e seja fixada bem rente ao rosto. “Três camadas são suficientes para que os fluidos corporais não respinguem do usuário para o ambiente. Seria ideal que as pessoas fizessem uso das máscaras caseiras para que não faltem equipamentos de proteção para os profissionais de saúde e para os casos confirmados”, pondera.

Preferência é por máscaras caseiras (Foto: Divulgação)

Recomendações e limpeza

Segundo a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), é importante que a máscara não seja usada por mais que duas horas ou depois que o tecido fique úmido. O ideal nesses casos é a substituição do produto.

Outro cuidado necessário é lembrar que a máscara é individual e não deve ser compartilhada. Vale ressaltar que deve ser colocada com cuidado, cobrindo boca e nariz e que durante o uso é importante evitar tocá-la e ficar ajustando. Para tirar a máscara, é preciso removê-la pelo laço ou nó da parte traseira, evitando tocar na parte da frente e lavar as mãos logo após. Além disso, a máscara deve ser descartada a qualquer sinal de desgaste.

Depois do uso, a máscara deve ser lavada com uma mistura de 50 partes de água para uma parte de hipoclorito de sódio (água sanitária). O equipamento de proteção deve ficar imerso nessa mistura por 30 minutos e depois deve ser lavado em água corrente e sabão. Quando o tecido estiver seco, é importante passar o material com ferro quente (caso seja de algodão) e acondicionar em saco plástico. “O usuário deve lembrar-se de higienizar bem as mãos após lavar a máscara”, afirma a especialista.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Goiânia tem R$ 47 milhões "guardados" para combate ao coronavírus, diz deputado

O deputado federal Elias Vaz (PSB) identificou no Portal do Fundo Nacional da Saúde que a prefeitura de Goiânia recebeu R$ 73,6 milhões para o combate ao coronavírus, mas só aplicou até agora R$ 26,4 milhões, segundo o Portal Transparência COVID-19 (https://www.goiania.go.gov.br/sing_transparencia/coronavirus-despesas/). “Isso significa que a prefeitura mantém R$ 47 milhões em caixa enquanto faltam testes nas unidades de saúde e leitos de UTI para atender os pacientes com coronavírus. É uma prova de má gestão. Essa verba é carimbada e o Município, se não aplicar na contenção da doença, terá que devolver ao governo federal”, explica Elias Vaz. O deputado vai informar os gastos como complemento de representação feita há duas semanas ao Ministério Público de Goiás contra a secretária Municipal de Saúde, Fátima Mrué, por omissão na contenção da COVID-19 em Goiânia.

Segundo o levantamento, a verba foi dividida em parcelas a partir de março. O primeiro repasse foi de R$ 4,2 milhões. Em abril, o Município recebeu o maior valor até agora: R$ 57,2 milhões. O recurso passou de R$ 5,4 milhões em maio e de R$ 8 milhões em junho. O valor bruto sofre desconto de R$ 1,4 milhão, restando o montante líquido de R$ 73.621.489,06.

A análise dos dados revela que a prefeitura só contratou empresas para a compra de máscaras de proteção destinadas aos servidores da Saúde no dia 10 de junho, em pleno avanço da pandemia na capital. A mesma situação se repetiu na aquisição de luvas para as equipes. O contrato com a empresa responsável por fornecer esses itens, no valor de R$ 1,2 milhão, só foi formalizado no dia 5 de junho.

“Recebemos várias reclamações de falta de Equipamentos de Proteção Individual nas unidades de saúde. Havia o recurso em conta. É claro que compras no setor público não são tão simples quanto nas empresas privadas, mas quase quatro meses se passaram e a prefeitura não teve a competência de oferecer a estrutura necessária para o combate ao coronavírus”, finaliza o deputado Elias Vaz.

segunda-feira, 29 de junho de 2020

7% acreditam que alho protege contra Covid-19; 22% acham que se expor ao sol é que resolve; e é o 5G quem transmite

Um estudo realizado pela Ipsos em 16 países avaliou o grau de aceitação da sociedade sobre diferentes teorias a respeito da transmissão do novo coronavírus. Aos participantes do levantamento, foram apresentadas nove menções a serem classificadas como verdadeiras ou falsas. A teoria mais aceita globalmente é a de que o vírus pode sobreviver por até 3 dias em superfícies. No Brasil, 61% acreditam na premissa. O Reino Unido e o Canadá, ambos com 69%, são os países cujos entrevistados mais corroboram a hipótese. Por outro lado, na China, somente 39% classificam a alegação como verdadeira.

Outra hipótese com um índice alto de aceitação é a de que a Covid-19 pode ser transmitida por pacotes e caixas enviados do exterior. Entre os ouvidos brasileiros, 45% concordam com a tese. Aqueles que mais acreditam são os indianos (54%) e os que menos, italianos (11%).

Drogas e medicinas alternativas

Para 18% dos entrevistados no Brasil, a hidroxicloroquina é uma cura para o novo coronavírus. A Índia é o país com maior confiança na teoria: 37%. No Reino Unido, em contrapartida, só 2% creem na eficácia da droga para o tratamento da doença.

Passando de fármacos para medicamentos alternativos, 7% dos brasileiros acham ser verdadeira a premissa de que comer alho protege contra a infecção por Covid-19. O percentual mais alto de confiabilidade é indiano, com 34%, e o mais baixo é britânico (2%).

Além disso, dois em cada 10 ouvidos (22%) no Brasil categorizam como verdadeira a alegação de que expor-se ao sol ou a altas temperaturas previne a Covid. Pela terceira vez, é a Índia quem mais (35%) e o Reino Unido é quem menos concorda (9%).

Crianças, animais e tecnologia

No Brasil, um em cada dez (11%) acha que crianças não podem ser contaminadas pela Covid-19. Entre os 16 países participantes do estudo, o México é aquele cujos entrevistados mais consideram a teoria verdadeira: são 17%. Já no Japão, é apenas 1%.

Ainda falando sobre imunidade, 19% dos brasileiros acreditam ser verdade que, se um teste de anticorpos mostrar que uma pessoa foi previamente exposta ao vírus, ela não corre o risco de ser contaminada novamente. Na Alemanha, 28% corroboram a alegação; no Japão, somente 4%.

Com relação aos métodos de propagação do coronavírus, de acordo com a pesquisa, 17% dos entrevistados no Brasil creem que animais de estimação podem transmitir Covid-19. A China é a nação que mais aceita a teoria, com 40%. Na Itália, só 6% concordam com a afirmação. Por fim, 5% dos brasileiros assumem ser verdade que a tecnologia 5G é transmissora da Covid-19. Na Índia, onde há maior adesão à hipótese, são 15%; no Reino Unido, com menor adesão, apenas 2%.

A 15ª onda da pesquisa on-line Ipsos Essentials foi realizada com 16 mil adultos de 16 países entre os dias 28 a 31 de maio de 2020. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 p.p..

segunda-feira, 22 de junho de 2020

ATENÇÃO, PAIS: OMS alerta que inflamação grave em crianças pode estar ligada à Covid-19

Desde o início da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus é noticiado que os grupos de risco envolvem mais adultos e idosos do que os mais jovens. Recentemente, algumas crianças em vários países da Europa e da América do Norte desenvolveram um quadro inflamatório sistêmico, o que fez a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitir um alerta sobre a possibilidade de o quadro estar relacionado à Covid-19.

Os pequenos apresentaram dores no estômago, diarreia e vômito, seguidos de febre e, em alguns casos, vermelhidão na pele, fadiga e dificuldade para respirar. Os sintomas são causados por uma doença misteriosa que foi observada em países como Estados Unidos, Reino Unido, França e Itália. O problema é que alguns dos pacientes testaram positivo para o novo coronavírus ou apresentam anticorpos para a doença, o que significa que foram infectados pela Covid-19, mas se recuperaram.

O alerta da OMS não é para a população e sim para os médicos. Segundo Daniella Moore, pesquisadora do Instituto Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz, a observação dos casos pode mostrar aos profissionais de saúde a possibilidade de outras abordagens em relação ao novo coronavírus. 

“Esses estudos mostram que pode haver outra manifestação clínica e não somente a respiratória convencional que estamos habituados. Pensar em Covid-19 e agora relacionada a essas doenças, vai abrir o espectro de tratamento que temos para fazer”, ressalta.

A Organização Mundial de Saúde estuda o ocorrido para saber se está se manifestando em todo o mundo, se foram casos isolados em alguns países e se há alguma associação com a Covid-19. Ainda segundo Daniella, o Brasil não tem publicações científicas descrevendo essa síndrome, mas há conhecimento de, pelo menos, sete casos identificados e que estão sob investigação.

No Brasil, gestores, serviços e profissionais da Saúde estão atentos ao caso. O Ministério da Saúde, por intermédio do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e da Coordenação de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, assim como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) reconhecem a necessidade de alerta à comunidade pediátrica, reforçando a importância do diagnóstico e tratamento precoces da Síndrome Inflamatória Multissistêmica em Crianças e Adolescentes e da possível associação à Covid-19.

A maioria das crianças com infecção pelo novo coronavírus é assintomática ou apresenta sintomas leves da infecção. Vale ressaltar, também, que até o momento, as crianças responderam por uma porção mínima dos casos na pandemia global. Entretanto, a identificação da Síndrome Inflamatória Multissistêmica nos últimos dois meses, com sintomas semelhantes à rara Síndrome de Kawasaki, aumentou a atenção em relação à vulnerabilidade das crianças e adolescentes.

Por Luciano Marques, da Agência 61

Pela primeira vez pesquisa detecta coronavírus em 100% das amostras de esgoto em Belo Horizonte

Boletim de Acompanhamento nº 06/2020 do projeto-piloto Monitoramento COVID Esgotos, que traz resultado das amostras de esgoto coletadas nos sistemas de esgotamento sanitário das bacias do Arrudas e do Onça, em Belo Horizonte e Contagem (MG), aponta novo crescimento na detecção do COVID-19 no esgoto. Com resultados das amostras coletadas de 8 a 12 de junho, o boletim aponta que, pela primeira vez, 100% das amostras de esgoto da bacia do Arrudas testaram positivo para a presença do novo coronavírus.

Modelo em 3D do Coronavírus - Imagem: 123RF/Jornal da USP

Nessa bacia os percentuais de amostras positivas já haviam aumentado de 71% para 86% nas semanas anteriores do projeto, conduzido pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis/UFMG), em parceria com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Na bacia do Onça, por três semanas consecutivas, 100% das amostras resultaram positivas para a presença do novo coronavírus, segundo o boletim.

A estimativa de população infectada também aumentou na mais recente semana de coletas, chegando a 11,7% da população atendida por uma das sub-bacias de esgotamento analisadas, em um dos pontos de coleta. Na semana anterior (de 1º a 5 de junho), dados do mesmo ponto de coleta permitiam estimar que 6,9% da população atendida estaria infectada pelo novo coronavírus, causador do COVID-19.

Esse aumento indica que mais de 50 mil pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus, conforme carga viral identificada nas amostras coletadas entre 8 e 12 de junho. Esta população equivale a aproximadamente 2,5% de toda a população interligada aos sistemas de esgotamento e tratamento das bacias do Arrudas e do Onça. Na semana de coleta anterior, estimava-se em mais de 20 mil pessoas infectadas nas regiões pesquisadas.

“Os resultados e as estimativas com base no monitoramento do esgoto indicam tendência de aumento expressivo da população infectada pelo novo coronavírus em Belo Horizonte. Portanto, medidas de prevenção e controle para evitar a disseminação do vírus deveriam ser intensificadas” afirmam os pesquisadores, no boletim.

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Ministério da Saúde disponibiliza nova plataforma interativa para acompanhar dados de COVID-19 e aponta 41 mil mortos

Depois de flertar com uma censura só vista, provavelmente na Coreia do Norte, e pressionado pela sociedade civil - e, por que não, militar? -, o Ministério da Saúde voltou a divulgar números da Covid-19.

Diz que com mais transparência e detalhamento. Veremos. 

Segundo os dados, temos nesse momento 40.919 mortos e 802.828 casos.



De qualquer forma, continua a divulgação paralela do grupo de veículos de comunicação - alguns concorrentes, frise-se - com dados recebidos das secretarias estaduais de saúde para comparação.

Bolsonaro, censura não existe nesse país. Convença-se e acostume-se, capitãozinho.

Acesse a plataforma de dados aqui. Mas nunca se convença. Compare com os dados divulgados pela imprensa séria.

terça-feira, 2 de junho de 2020

Instituições da saúde realizam ato público em defesa da vida em Goiânia

Profissionais de saúde querem ser ouvidos (F: Divulgação)
O Conselho Municipal de Saúde e o Comitê Goiano em Defesa dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Saúde e Enfrentamento à Pandemia da Covid-19 realizaram um ato público nesta segunda-feira, 1º de junho, em defesa da vida.

Manifestantes se reuniram no Paço Municipal, às 10h, carregando faixas de alerta ao trabalho da linha de frente do Sistema Único de Saúde (SUS) e em defesa do isolamento social. Respeitando a distância de 2 metros, representantes de diversas entidades de saúde estiveram presentes e entregaram uma carta aberta ao prefeito de Goiânia, Iris Rezende, e à secretária Municipal de Saúde, Fátima Mrué.

O objetivo é alertar a Prefeitura de Goiânia sobre a reabertura do comércio, que deve ser debatida entre profissionais de saúde e técnicos da Secretaria de Saúde, além do setor empresarial. “Nós queríamos ter voz, pois estamos na linha de frente da luta desta pandemia. Conseguimos que o prefeito e a secretária nos ouvissem e se comprometessem a conversar com os setores relevantes antes de uma decisão tão séria em relação à flexibilização”, diz a presidenta do Conselho Municipal de Saúde, Celidalva Sousa Bittencourt.

Os trabalhadores também exigiram do prefeito uma maior midiatização sobre os cuidados com o coronavírus e a importância do isolamento social. Outro ponto discutido é que a flexibilização do comércio deve estar sujeita a critérios como testagem de pessoas e não uso do transporte coletivo.

A carta aberta chama a atenção para a progressão dos números de casos e mortes da covid-19, caso o isolamento social não aumente. A projeção da pesquisa da Universidade Federal de Goiás (UFG) aponta até 162 mortes por dia no estado de Goiás.

Assinam a carta aberta o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde-GO); Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de Goiás (Sinfar-GO); Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Estado de Goiás (Sintsep-GO); Sindicato das(os) Técnicas(os) e Auxiliares em Saúde Bucal do Estado de Goiás (Sintasb-GO); a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS); Federação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias (Fenasce); o Conselho Estadual de Saúde de Goiás (CES); Conselho Regional de Serviço Social 19ª Região (CRESS); Conselho Municipal de Saúde (CMS); Conselho Regional de Farmácia de Goiás (CRF); Sindicato dos Nutricionistas de Goiás (Sineg); Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego); Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde (Sindacs); Sindicato dos Odontologista no Estado de Goiás (Soego) e Fórum dos Conselhos Regionais da Área da Saúde (FCRAS-GO).

Covid-19: fake news podem colocar em risco a vida de asmáticos

Ronaldo Macedo: tratamento não deve ser interrompido
Com a pandemia do novo coronavírus (covid-19) uma avalanche de fake news sobre o tema tem inundado a internet, muitos delas confundem as pessoas e podem até colocar em risco suas vidas. Nas últimas semanas, boatos que circulam pela internet têm alarmado pacientes com asma.

“Cerca de 40% dos pacientes com asma que tenho atendido nos últimos dias chegam querendo saber se, por causa da pandemia do covid-19, elas devem parar com suas medicações”, destaca pneumologista Ronaldo Macedo, que trabalha no Hospital de Clínicas da Unicamp há quase 10 anos, onde é coordenador do Ambulatório de Doenças Pulmonares Difusas /Intersticiais.

Isso se deve ao fato de circularem pela internet e pelas redes sociais várias informações que afirmam, por exemplo, que o uso de corticoide inalatório (popularmente conhecido como bombinha para asma) deve ser interrompido, como uma forma de reduzir os riscos de contaminação pelo covid-19.  E há até fake news que dão conta de que as pessoas com asma são imunes ao novo coronavírus!

“Essas informações não fazem sentido. Os pacientes asmáticos devem continuar seus tratamentos, para que seu quadro não se agrave e eles não tenham inclusive que ser internados, o que, no cenário atual, representa maior risco de contaminação pelo covid-19”, alerta Macedo, que é pneumologista formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.

“As medicações para tratamento da asma nunca devem ser suspensas. Os pacientes asmáticos devem manter o plano de tratamento traçado junto com seu médico e, se houver dúvida, procurar orientação médica. Manter regras de distanciamento social e higiene de mãos é imprescindível, bem como as medidas habituais para esta época do ano, como hidratação e vacinação contra gripe (influenza)”, completa Macedo.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Dados de morte materna pela COVID somem das estatísticas oficiais

Todo ano, aos 28 de maio, o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, gineco-obstetras, entidades médicas, organizações de mulheres e instituições plurais interrelacionadas à saúde destacam esse antigo drama das brasileiras de todas as classes, em especial das mais vulneráveis socialmente.

Neste 2020, a data ganha contorno de relevância ainda maior e de preocupação ímpar. O Brasil, que há anos distancia-se de cumprir o estabelecido pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), vê suas taxas piorarem ainda mais, em decorrência de um quadro que mescla falhas de gestão e falta de transparência na divulgação de óbitos provocados pela Covid-19.

A realidade – estarrecedora - é a de que não há dados oficiais sobre a morte de mulheres grávidas vítimas do Sars-CoV-2. São poucos os estados que oferecem estes dados, mas não são poucas as notícias veiculadas pela imprensa.

“Nosso país precisa se estruturar para o atendimento das gestantes com COVID”, afirma a presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do estado de São Paulo, SOGESP, Rossana Pulcineli Vieira Francisco.

Antes da pandemia, os índices de mortalidade materna do País já se encontravam elevados, colocando-o muito acima da meta da Organização das Nações Unidas para 2015 (isso mesmo, para cinco anos atrás), que previa a redução de 35 para cada 100 mil nascidos vivos. Estamos mais longe ainda do patamar tido como aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de 20 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos.

“É uma situação grave e extremamente triste, pois um óbito materno acaba mexendo com toda a estrutura familiar”, destaca Rossana. Além da perda teoricamente evitável de uma vida, há uma criança que ficará sem uma mãe para cuidar dela e um núcleo de parentes desestruturado por negligência com a questão. É urgente discutir essas mortes estão ocorrendo e como isso irá impactar na razão de morte materna do Brasil”.

Na atual conjuntura, é imperativo a conscientização da sociedade. O pré-natal, assim como todo o protocolo de assistência à gestante tem que continuar normalmente. É indispensável que as futuras mães estejam informadas de que prosseguir com o acompanhamento à gravidez pode salvar sua vida e a do bebê.

Aliás, não é hora nem de se cogitar em abandonar o pré-natal. As gestantes têm de se cuidar com mais e mais atenção, vislumbrando a meta de um parto tranquilo, seguro e humanizado, em uma estrutura organizada e estruturada.

Entre 16 países, Brasil é o que tem mais medo de retornar às aulas e ao trabalho, mostra Ipsos

Sete em cada dez brasileiros (68%) não desejam retornar aos seus locais de trabalho nas próximas semanas - sendo que 48% dizem que não se sentiriam confortáveis e 20% afirmam categoricamente que não voltariam a trabalhar no período proposto. É o que aponta a 12ª onda da pesquisa Tracking the Coronavirus, realizada semanalmente pela Ipsos com entrevistados de 16 países.

O Brasil é a nação que apresenta maior resistência ao retorno. Na segunda posição, está a Espanha, onde 56% dos ouvidos localmente demonstram desconforto com a ideia de sair de casa para trabalhar em um futuro próximo. A África do Sul completa o pódio, com 53%.

Na outra ponta do ranking, figura a Coreia do Sul, onde apenas 18% dos participantes locais do estudo dizem que não se sentiriam confortáveis em voltar aos seus locais de trabalho. Logo depois vem a Austrália, com 29%; e a China, com 35%.

Volta às aulas

A expectativa de entrevistados de todo o mundo para que crianças e adolescentes voltem às aulas também foi colocada em questão. Mais uma vez, os brasileiros encabeçam a lista dos mais resistentes a este retorno. No Brasil, 85% dizem que não se sentiriam confortáveis deixando que seus filhos frequentem a escola nas próximas semanas. Destes, 44% não permitiriam de modo algum que isso acontecesse.

A objeção também é alta na África do Sul e na Espanha. Em ambos os países, 80% dos ouvidos não se sentem confortáveis com a volta às aulas de suas crianças. No terceiro posto, há outro empate, desta vez entre Canadá e Itália, ambos com 78%.

A pesquisa on-line foi realizada com 16 mil adultos de 16 países entre os dias 07 e 10 de maio de 2020, sendo 1.000 entrevistas no Brasil. A margem de erro é de 3,5 p.p..

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Coronavírus: Afrebras repudia piada de mau gosto de Bolsonaro com tubaína


A Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil) repudia a infeliz declaração do presidente Jair Bolsonaro dizendo que "quem é de direta toma cloroquina; quem é de esquerda, tubaína", no mesmo dia em que o país registrou, pela primeira vez, mais de mil mortes por coronavírus em 24 horas. A entidade defende que o governo, em vez de politizar o uso do medicamento, deve acabar com as regalias fiscais milionárias concedidas a multinacionais de bebidas na Zona Franca de Manaus, para amenizar o momento de crise econômica agravada pela pandemia no país.

A declaração de Bolsonaro foi proferida nesta terça-feira (19), durante uma live. A Afrebras representa mais de 100 indústrias de bebidas regionais no Brasil, entre as quais os produtores de tubaína. Boa parte das fábricas regionais está se mobilizando para fazer doações de alimentos e álcool em gel a comunidades pobres para tentar diminuir os impactos da crise. A entidade destaca que vários hospitais ou leitos de hospitais de campanha poderiam ser construídos com o dinheiro da farra de benefícios fiscais.


Para que o governo federal use o dinheiro de incentivos fiscais no combate ao coronavírus, o presidente da Afrebras, Fernando Rodrigues de Bairros, pede que Bolsonaro revogue o Decreto 10.254/2020. Com essa medida, o governo federal permite dobrar, de junho a novembro, o valor do crédito tributário de 4% para 8% sobre o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) pago por multinacionais de bebidas. Há denúncias de que até a publicidade dessas corporações de bebidas é paga com dinheiro público.

"Se o presidente Bolsonaro, de fato, se preocupa com o Brasil, agora é a hora de acabar de vez com a concessão de benefícios fiscais para multinacionais na Zona Franca de Manaus e reverter o dinheiro para o combate ao coronavírus", afirma Bairros. "A revogação do decreto poderá representar uma economia de quase R$ 2 bilhões aos cofres públicos", destaca ele.


Mais informações aqui.

terça-feira, 19 de maio de 2020

Hospital Regional de Luziânia tem vagas de trabalho


Para começar a atender ainda nessa semana o Hospital de Luziânia, em Goiás, está com vagas de trabalho abertas. Nessa primeira fase o Instituto de Medicina, Estudos e desenvolvimento – IMED – abriu processo seletivo para contratação imediata de 138 profissionais entre enfermeiros, técnicos e pessoal administrativo. O edital está no site www.imed.org.br e os currículos são recebidos exclusivamente por e-mail. O endereço é selecaorh.luziania@imed.org.br.

O hospital, que se estrutura para começar a atender a população, recebeu 10 respiradores, recuperados pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e Senai. Há outros 12 já comprados pelo Município, com o que serão 23 para uso na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) que abre para atender, principalmente, casos de Covid-19. Dos 72 leitos, 20 são de UTI e 31 para casos semicríticos. A previsão é de que o atendimento à população comece na próxima quinta-feira.

Cerca de 1,2 milhão de pessoas moram na região e serão beneficiadas pela nova unidade de saúde. Luziânia tem 51 casos confirmados e três mortes causadas pelo Coronavírus.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Use máscara como um verdadeiro patriota

Assim como Bolsonaro, você acha que a covid-19 é "só uma gripezinha"? Acha que a mídia exagera? Quer o fim do isolamento? Posta fake news de hospitais e caixões vazios? Diz que quem é de Deus não é contaminado pelo coronavírus? E acredita que tudo o que acontece no mundo é um plano comunista pra dominar o planeta? Seus problemas se acabaram. Chegou a máscara de proteção facial Bolsovid-19.

Com ela, você pode participar de protestos pedindo a volta da Ditadura sem medo de pegar qualquer gripezinha. E atender ao mesmo tempo seu político de estimação e o Ministério da Saúde desse mesmo desgoverno.

Faça como a dona Margarete. Compre logo sua Bolsovid-19 e respire aliviado.

Já se você quer mesmo é mandar o corona pra longe, pode apelar para o modelo Jason.


terça-feira, 5 de maio de 2020

Artistas e jornalistas criam Inumeráveis, um memorial para vítimas da Covid-19



A mineira Eunice Farah era alegre. Muito alegre. Venceu uma batalha contra um câncer de laringe, com sessões de quimioterapia e bombas de medicamento, sem lamentar. Apaixonada pelo carnaval, buscava conforto e alívio na música. Ecumênica, frequentava o centro espírita às terças e, aos domingos, a igreja evangélica. A fé de dona Eunice era na vida e nas pessoas. Aos 77 anos, deu entrada no hospital com sintomas leves e não saiu mais.

Dona Eunice é uma das histórias dos mais de 7 mil brasileiros que perderam a vida por causa do novo coronavírus até agora. O Brasil tem a maior taxa de contágio por coronavírus do mundo, segundo estudo do Imperial College de Londres.

O projeto Inumeráveis, lançado em 30 de abril, nasce justamente com o intuito de reverter a lógica fria pela qual a pandemia está sendo tratada no Brasil. Por trás dos números em crescimento, por trás de falas e atitudes irresponsáveis de governantes, estão histórias de milhares de brasileiros. O Inumeráveis é dedicado à memória às vítimas do novo coronavírus no Brasil. O memorial nasce com a missão de valorizar, em forma de registros históricos, cada uma das vidas perdidas em função da pandemia do coronavírus no Brasil.

A ideia do Inumeráveis é montar uma rede voluntária de jornalistas, estudantes, escritores e contadores de história, de Norte a Sul do país, para narrar as histórias de forma sensível, pessoal e respeitosa às peculiaridades da vida de cada vítima, estimulando um processo reconfortante. As contribuições serão concentradas numa plataforma digital.

"O Inumeráveis nasce do incômodo em perceber que nas tragédias humanitárias pela qual a humanidade passa, transformamos as vidas perdidas apenas em números e estatísticas. Pandemias, guerras, genocídios, desastres recentes como Brumadinho. Não valorizamos, não registramos a vida, a história de cada única pessoa que todos nós perdemos. Hoje temos tecnologia e um sistema distribuído que pode colaborar para termos a ambição de registrar 100% das histórias, de cada pessoa" - explica Rogério Oliveira, empreendedor social e um dos idealizadores do Inumeráveis.

A plataforma digital permite duas possibilidade de colaboração:

a) direcionada para jornalistas, estudantes de jornalismo e outros profissionais que queiram reportar uma história;

b) e outra direcionada para familiares e amigos que gostariam de prestar uma homenagem à vítima.

Os voluntários serão auxiliados pela plataforma moderadora desenvolvida para captar de forma aberta e integradora os registros de histórias já realizados.

Além do memorial digital, a ideia é materializar o Inumeráveis por meio de uma instalação artística em local público e aberto ao ar livre, assim cada nome das vidas perdidas terá também seu lugar físico.

"Todos os dias ouvimos um novo número de pessoas que morreram vítimas do coronavírus no Brasil. Só que números não penetram o coração como histórias. Não há quem goste de ser número. Gente merece existir em prosa" - explica Edson Pavoni, artista plástico e um dos idealizadores do projeto.

Inumeráveis é uma obra do artista Edson Pavoni em colaboração com Rogério Oliveira, Rogério Zé, Alana Rizzo, Guilherme Bullejos, Giovana Madalosso, Jonathan Querubina e os jornalistas e voluntários que continuamente adicionam histórias à este memorial.

Confira as histórias em http://inumeraveis.com.br/

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Avaliação de Bolsonaro chega ao pior nível, mostra pesquisa XP; governadores são bem avaliados


A nova rodada da pesquisa XP Ipespe, concluída na última quinta-feira, revela que, desde o pedido de demissão de Sergio Moro, em 24 de abril, a avaliação positiva do governo Jair Bolsonaro caiu 4 pontos percentuais, de 31% para 27%, enquanto a avaliação negativa saltou 7 pontos percentuais, de 42% para 49%. Os valores são, respectivamente, o menor e o maior da série iniciada em janeiro de 2019.

O movimento na expectativa para o restante do mandato sofreu variação semelhante. A expectativa negativa passou de 38% para 46%, enquanto a positiva foi de 35% para 30%.

No período, caiu também a nota média atribuída ao presidente. Ela era de 5,1 na pesquisa divulgada em 24 de abril e atingiu 4,7 no levantamento atual. Já a nota média atribuída a Sergio Moro teve movimento inverso: passou de 6,2 para 6,5 desde sua saída do governo.

Sobre os efeitos da demissão de Moro do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, continua em 67% a fatia dos entrevistados que acreditam que ela trará impactos negativos para o restante do governo. Em relação ao novo ministro, André Mendonça, 69% dizem acreditar que ele terá uma atuação com interferências do presidente, enquanto 19% esperam uma atuação independente.

Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 28, 29 e 20 de abril. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Economia e coronavírus

A percepção negativa também se ampliou em relação à economia. Hoje, são 52% os que acham que a economia está no caminho errado, contra 47% na semana passada. Os que veem a economia no caminho certo caíram de 35% para 32%.

Sobre a melhor maneira de recuperar a economia depois da crise provocada pelo coronavírus , 62% acreditam que Bolsonaro deve mudar a política econômica, com mais investimentos do governo, enquanto 29% acreditam que o presidente deve manter as reformas e o enxugamento dos gastos públicos, com mais participação de empresa privadas.

O levantamento registrou ainda um aumento no percentual dos que dizem estar com "muito medo" do surto de coronavírus: são 48% nesta rodada contra 41% na semana anterior.

Ainda sobre o combate à Covid-19, a atuação de Bolsonaro foi considerada ruim ou péssima por 54% dos entrevistados. Já os governadores, constantemente criticado por Bolsonaro, tiveram a avaliação ótima ou boa por 53% dos entrevistados. Os números revelam que, apesar dos ataques diários do governo federal aos estados, a população reconhece a gravidade da doença e apoia as medidas restritivas.

Confira a pesquisa completa aqui.