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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Site Me Representa ajuda eleitor a buscar candidaturas alinhadas aos direitos humanos


Você gostaria de eleger deputados que são contra a maioridade penal? Quem seria mais proativo no seu Estado para criar uma lei que combatesse a LGBTfobia? As candidatas ao legislativo do meu partido realmente entendem sobre desigualdade de gênero? Existe alguma pessoa trans concorrendo às eleições? Essas questões já podem ser respondidas com a estreia hoje da ferramenta de match eleitoral da ONG #MeRepresenta.

Depois de cadastrar o perfil e posicionamento de candidatos e candidatas que disputam uma cadeira no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas, a plataforma agora disponibiliza seu mecanismo de busca para que eleitores e eleitoras descubram quais deles compartilham da sua opinião sobre 9 temas ligados aos direitos humanos.

O uso da ferramenta é simples: basta entrar no site http://www.merepresenta.org.br/eleitora, clicar entre os assuntos que considera prioritários e esperar o resultado com os nomes de candidaturas que defendem essas bandeiras. É possível filtrar o resultado por Estado e por partido político.

"Apesar de os presidenciáveis serem o foco dos debates eleitorais, as candidaturas de deputados estaduais, federais e senadores merecem tanta ou maior atenção por parte da sociedade", lembra Ana Carolina Lourenço, cientista social e uma das articuladoras da plataforma. "Só um candidato ou candidata que vive a experiência da exclusão, da escassez de recursos, do racismo e outras mazelas das desigualdades no Brasil conseguirá propor bons projetos para esses problemas. Por isso, precisamos eleger quem, de fato, nos representa na política”, sentencia Ana.

Para construir uma plataforma suprapartidária, o #MeRepresenta enviou 28 mil emails a todos os candidatos/as a cargos legislativos, com um questionário de 22 perguntas abordando aqueles nove temas relevantes. As respostas recebidas pela plataforma foram cadastradas a fim de possibilitar ao algoritmo do site realizar o chamado match entre as escolhas informadas pelo eleitor e as candidaturas que priorizam os mesmos assuntos.

Também foi levado em conta o comprometimento dos partidos com essas pautas. Nesse caso, foi feito um estudo analisando, nos últimos 4 anos, a atuação de todos os partidos com representação no Congresso Nacional ao lidar com os direitos humanos. Cada coligação, portanto, recebeu uma pontuação para cada tema da plataforma.

Até o momento, o #MeRepresenta recebeu mais de 700 respostas, mas a cada dia retornam novos candidatos e  candidatas que querem expor suas ideias sobre as 9 pautas de direitos humanos à população. O processo é semelhante ao realizado nas eleições de 2016, quando a plataforma surgiu pelas mãos de diferentes organizações e coletivos de mulheres, pessoas negras e LGBTs da sociedade civil, com o financiamento da Alianza Latinoamericana para la Tecnología Cívica.

A fim de descobrir as demandas mais urgentes das LGBT+, foi feita uma pesquisa com mais de 6 mil entrevistados durante a Marcha de Mulheres Lésbicas e Bissexuais e a  Parada do Orgulho LGBTI+ de São Paulo, além de um levantamento online. O resultado mostrou que a Criminalização da LGBTfobia e a Educação para a Diversidade eram os temas prioritários que essa população gostaria de ver na pauta legislativa do novo Congresso.

Cabe destacar ainda que, nas últimas eleições municipais, o nome da vereadora assassinada em março, Marielle Franco – mulher negra, lésbica, representante de pautas humanitárias – estava entre as candidaturas que mais apareceram nas buscas da plataforma do #MeRepresenta.

(*) Com informações da assessoria de imprensa

Francischini quer barrar entrevista de esfaqueador Adélio. Tem algo a esconder?

Francischini, ao lado de Aécio: o que esconder? (Divulgação)
Nota divulgada pela assessoria do deputado federal Fernando Francischini (PSL-PR), candidato à reeleição, causa estranheza. Ele quer censurar uma possível entrevista de Adélio Bispo de Oliveira, o responsável pelo esfaqueamento de Jair Bolsonaro (PSL) em Juiz de Fora (MG). Segundo a informação, o deputado, que era secretário estadual de Segurança Pública à época do massacre de professores no Centro Cívico, em Curitiba, entrou na justiça para que o criminoso seja impedido de participar de um "programa de TV de grande audiência aos domingos".

O pedido causa estranheza porque seria uma oportunidade para Adélio esclarecer o que todo o Brasil quer saber: por que esfaqueou o candidato líder nas pesquisas? Houve algum mandante? A quem interessaria a morte de Bolsonaro? Quem ocuparia seu lugar nesse caso?

Perguntas que, caso Francischini sai vitorioso, continuarão ocultas. A quem interessa esconder a verdade?

Leia a nota:

"Delegado Francischini vai à Justiça para impedir entrevista de Adélio para TV

Delegado Francischini (PSL), deputado federal e candidato a deputado estadual pelo Paraná nestas eleições, protocolou nessa quinta-feira (20), na Justiça Federal de Juiz de Fora, pedido para que Adélio Bispo de Oliveira seja impedido de dar entrevistas. 

O site O Antagonista noticiou que a defesa de Adélio estava tentando obter autorização da Justiça para sua participação num programa de TV de grande audiência aos domingos.

"Parecem que querem matar Jair Bolsonaro pela segunda vez. Permitir que seu quase assassino dê entrevista aos grandes meios de comunicação é matar moralmente o candidato que ainda está em recuperação e é a maior vítima de tudo isso. Não podemos permitir que um presidiário vá a público denegrir a imagem do Bolsonaro mais uma vez", sentencia Francischini."

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Rola neles!, é o slogan de candidato no Mato Grosso do Sul; ouça o dingle

Meme pronto, a hashtag #rolaneles, utilizada pelo candidato a deputado estadual pelo Mato Grosso do Sul Hugo Rogério Santos ganhou as redes sociais. Tudo graças ao nome de urna escolhido pelo servidor público de 32 anos, Rola.

"Vamos gritar: Rola neles!
A Assembleia merece...
Eu quero Rola na Assembleia
Eu quero Rola na Assembleia..."

Ouça o dingle:


Invasão ao grupo de mulheres contra Bolsonaro aumentou a visibilidade do movimento, segundo a Mackenzie

Invasão de grupo de mulheres provocou onda de reação (Reprodução)
A provável ideia de inviabilizar a mobilização de mulheres contra Bolsonaro invadindo o grupo no Facebook pode ser um tiro no pé dos apoiadores do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Segundo o professor de Marketing da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio, Alexandre Coelho, a repercussão do ato está dando ainda mais visibilidade ao grupo que até ontem contava com a adesão de mais de 2 milhões de mulheres.

A comunidade no Facebook "Mulheres Unidas Contra Bolsonaro" foi invadida, saiu do ar por duas vezes, mas já voltou às mãos das administradoras.

"A estratégia de divulgação nas redes sociais precisa levar em consideração diversos fatores e não é tão simples como se pensa já que na internet qualquer um tem voz. Se a iniciativa dos invasores era frear a mobilização, eles acabaram criando um movimento contrário. O grupo acabou ganhando mais repercussão e até visibilidade internacional", explica o professor.

(*) Da assessoria do Mackenzie

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Cida quer Beto Richa fora da coligação

Cida: PSDB já não está na campanha (F: Divulgação)
A governadora Cida Borghetti (PP) e candidata à reeleição defende a saída do ex-governador e candidato ao Senado Beto Richa (PSDB) fora da coligação de campanha.

A informação é do Gazeteiro. Beto é investigado por suspeita de corrupção no programa de locação de máquinas do governo do Paraná Patrulha Rural. Está solto graças a um salvo conduto de Gilmar Mendes.

"Estou solicitando aos partidos da coligação a retirada da indicação de Beto Richa ao Senado para que ele possa se dedicar a sua defesa”, disse durante coletiva em Toledo, nesta segunda-feira (17).

Segundo Cida, a operação do Gaeco batizada de Rádio Patrulha e a divulgação das gravações dos diálogos de Beto Richa tornaram a situação insustentável.

“Não aceito, não admito, não compactuo com nenhum ato de desvio de conduta. Quando assumi o Governo do Estado um dos meus primeiros atos foi a criação da Divisão de Combate à Corrupção”.

Diversas lideranças do PSDB como o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Ademar Traiano, vice-presidente do PSDB, e o ex-chefe da Casa Civil, deputado federal Valdir Rossoni, e o ex-deputado federal e ex-Chefe da Casa Civil, Cesar Silvestre, estão apoiando abertamente o candidato Ratinho Jr (PSD).
E ainda que o próprio Beto Richa, já vinha realizando campanha solo sem assumir a candidatura de Cida ao Governo.

Não há portanto, razão para que a coligação continue a atender o PSDB, já que sua maioria não apoia Cida, a candidata da coligação.

FATOS DO PRIMEIRO MANDATO –
A operação Rádio Patrulha investiga desvios relacionados ao programa Patrulha no Campo.

Os fatos investigados ocorreram no primeiro mandato do ex-governador Beto Richa, nesse período Cida era deputada federal.

Já dois dos principais coordenadores da campanha de Ratinho Jr ocupavam posição de destaque na primeira gestão. Norberto Ortigara era o secretário da Agricultura e o deputado estadual Guto Silva ocupava sub-chefia da Casa Civil.

domingo, 16 de setembro de 2018

Padre Marcelo divulga vídeo desmentindo apoio a #elenão

As simulações de segundo turno que apontam derrota do Bolsomico, em todos os institutos de pesquisa, para todos os candidatos, exceto Fernando Haddad, com quem tem empate técnico, parece ter desesperado a jumentaiada.

Em um áudio de 16 minutos e 57 segundos de uma suposta pregação, um suposto padre Marcelo Rossi declara apoio e pede votos para o inominavel. Apesar de conter aberrações de raciocínio como "se vencerem, qualquer partido de esquerda vai implantar o comunismo no Brasil (?!)", a gravação é muito bem feita, com voz, trejeitos, interjeições que imitam com quase perfeição Marcelo Rossi. E, claro, com a limitação intelectual generalizada que é característica inerente aos apoiadores do Mico, enganou muita gente.

Não vou reproduzir aqui para não contribuir com a fake news. Mas, neste domingo, o verdadeiro padre Marcelo Rossi divulgou um vídeo desmentindo os bandidos e pedindo ajuda para compartilhar a informação.

Assista:


Chegou a marchinha do Bolsomico. É bom Jair embora

Contém cenas inadequadas para crianças.

#elenão


Após ser hackeado, grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro ganha mil participantes por minuto

Após ter sido hackeado e excluído, ontem, por Bolsominions, o grupo de Facebook Mulheres Unidas Contra Bolsonaro voltou à ativa neste domingo, com crescimento similar ao anterior, quando já atingia 2,2 milhões de integrantes.

Mesmo sendo classificado, na nova versão, como secreto, modalidade que não permite que ele seja visualizado por não membros, o grupo ganha, em média, mil integrantes por minuto. Eram 60 mil no momento em que esse post começou a ser escrito e está agora, 10h27, com 85.447 participantes.
Houve divergências, porém, entre as criadoras. A URL original foi usada para retomar o grupo como público, que se somou a mais de uma dezena de outros com o mesmo nome ( obviamente com URLs diferentes), mas com interação menor. Alguns aceitam homens.

Para participar do que está com crescimento acelerado é necessário ser convidada. As criadoras do grupo também emitiram uma nota de repúdio contra a invasão.

Ficou claro, portanto, que a mobilização gerada pelas mulheres, especialmente com a hashtag #elenão, provocou um profundo impacto entre os bolsominions.

Confira a nota de repúdio:


Em tempo: segundo as administradoras, o grupo original não foi excluído pelos hackers. Está suspenso pelo próprio Facebook, em ação conjunta com a Delegacia de Crimes Cibernéticos. Os invasores já foram identificados.

Em tempo 2: o grupo original foi recuperado, porém, também transformado em secreto. Esta com 2,4 milhões de integrantes.

(*) Atualizado às 10h32

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Em Goiânia, Cabo Daciolo diz que vai derrubar todas as estátuas da Havan no país

Elas podem ser de extremo mau gosto. Mas as réplicas da estátua da liberdade em frente às lojas da Havan em todo o país ganharam um inimigo indignado. Conforme revelou o portal da rádio Banda B, de Curitiba, o candidato à Presidência do Patriota, Cabo Daciolo, promete derrubar cada uma delas caso seja eleito.

"Se quiser colocar, no máximo de dois metros", avisa.

O vídeo, segundo a nota, foi gravado em junho, em Goiânia. "Tá repreendido!", grita Daciolo. Assista:



Ninguém pode dizer que o Cabo não tenha programa de governo.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

HaddadÉLula está entre os assuntos mais comentados do mundo no Twitter; petista já vence Bolsonaro em simulação de 2º turno

A hashtag HaddadÉLula figurou durante boa parte do dia entre os assuntos mais comentados nos Trending Topics do Twitter mundial. Nesta terça-feira, o PT definiu o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, como substituto de Lula como candidato a presidente. A comunista Manuela D'Ávila, conforme acordo, foi definida como vice na chapa.

Lula está impedido de disputar a eleição devido à Lei da Ficha Limpa, por ter sido condenado em segunda instância. Haddad vive um bom momento. Pela primeira vez ele aparece na frente de Jair Bolsonaro (PSL) em uma simulação de segundo turno, em pesquisa Datafolha divulgada ontem. O petista era o único dos possíveis adversários que era derrotado pelo ex-militar no embate direto.

A pesquisa também revelou que, ao contrário do que esperavam analistas políticos, a rejeição a Bolsonaro aumentou, de 39% para 43%, após o ataque sofrido em Juiz de Fora, quando o candidato foi atingido por uma facada.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Ratinho Júnior diz que secretário de Estado não precisa de carro oficial. Será?

Ratinho propõe criar a GOVTÁXI (F: Rodrigo Félix Leal)
A notícia divulgada pela assessoria de campanha de Ratinho Junior (PSD) informa que o candidato, caso eleito governador do Paraná, vai retirar do secretariado - e, consequentemente, cargos de terceiro escalão - os carros oficiais hoje à disposição dos agentes públicos em vários escalões de governo. A proposta foi feita durante reunião com representantes dos dez mil taxistas de Curitiba. Para atender o secretariado, Ratinho propõe convênios com cooperativas de táxis.

“A situação dos taxistas no Paraná está crítica e não temos encontrado apoio para resolver nossos problemas”, comentou o presidente da Rádio Táxi Capital Julio Barbosa. Renato Pieritz, presidente da Mega Táxi, reforçou a necessidade de incentivo por parte do governo e gostou de ouvir do candidato a proposta de criar o GOVTÁXI, um serviço que movimentará, só na capital, 20% dos táxis, e trará economia para os cofres públicos, segundo o candidato. “O Ratinho Junior se comprometeu a estudar a nossa situação. Se pudermos prestar serviço para o governo, será um grande ganho para a categoria”, declarou o taxista.

A implantação do GOVTAXI é uma das alternativas previstas no Plano de Governo de Ratinho Junior para reduzir os custos da máquina pública. O candidato pretende diminuir a frota de veículos do Estado usada por agentes públicos e fazer parceria com os taxistas de todo o Paraná para o transporte dos servidores estaduais. “A frota de veículos no Estado atualmente é de 22 mil carros e, por ano, são gastos na manutenção destes automóveis, 60 milhões de reais. Vamos reduzir consideravelmente este número, utilizando o serviço de táxi. Secretário e diretor não precisam de carro oficial, podem andar de táxi. Vamos seguir o exemplo do Ministério do Planejamento em Brasília que implantou este sistema e, em um ano, conseguiu economizar cinco milhões de reais”, afirmou Ratinho Junior.

Falta apenas combinar com a torcida.



terça-feira, 4 de setembro de 2018

Lula livre. E Amoêdo presidente

Amoêdo em campanha: Estado eficiente (F: Facebook)
Votei em Lula em todas as eleições que ele disputou, à exceção de 1989, quando ainda não tinha idade. Sempre acreditei no operário nordestino que, contra todas as expectativas, se transformou no maior líder popular da história brasileira. Já em Dilma, votei apenas no segundo turno, nas duas eleições. Foi mais um voto contra seus adversários, sobre quem pairavam suspeitas antigas de envolvimento com corrupção, escancaradas depois com as denúncias de irregularidades na gestão de obras do metrô e roubo de merenda escolar em São Paulo, obras da Cidade Administrativa em Minas e, especialmente, as gravações de Joesley Batista.

Petista. Ainda assim, esse é o rótulo meio humorístico meio raivoso que ganhei de alguns amigos e colegas de trabalho e profissão. Ficou fácil, para os sem argumentos, utilizar pejorativamente o "adjetivo" para contradizer os "adversários" pela sua absoluta incapacidade de debater. De qualquer forma, não me faz nenhuma diferença a opinião alheia sobre mim. Comento aqui apenas para contextualizar. Beijinho no ombro.

Sim, fui de esquerda - nunca comunista ou socialista, como alguns pensam, nem na universidade, apesar da convivência diária com o PCdoB. Sempre moderado, porém, nunca deixei de compartilhar das melhores ideias que a esquerda tem. Vou resumir tudo, todos os conceitos, posições, políticas em um único aspecto: atenção ao ser humano.

Lula tinha, sim, uma preocupação genuína com os brasileiros desvalidos, quem mais precisa do Estado. Nunca duvidei de sua sinceridade ao proporcionar condições de vida melhores aos pobres e miseráveis, solenemente ignorados por governos anteriores. Foi um excelente presidente. Os números da economia, o reconhecimento internacional, a representatividade que o Brasil tinha no mundo durante seus governos falam por si só. Contra números, fatos, não há argumentos raivosos que possam refutá-los.

Lula e o pequeno Jeferson, em Salvador, durante a campanha eleitoral de 2002 (Foto: Ricardo Stuckert/Campanha)
Eu entendo perfeitamente a decepção sincera de parte dos brasileiros, especialmente os de centro-esquerda, com a submissão de Lula ao modus operandi do sistema de governo de coalizão que mina sistematicamente o fôlego do país. Com uma votação confortável, uma aprovação astronômica, Lula não precisava se submeter aos caprichos de muitos partidos brasileiros, que só apoiam um governo em troca de cargos e poder. Poderia ter enfrentado o Congresso sem entrar no jogo já conhecido. Não o fez. E decepcionou quem depositava nele toda a esperança de uma política mais decente.

Agora, dizer que isso ou as denúncias surgidas até agora são motivo para Lula estar preso é uma falácia. Há denúncias muito mais graves e provas contundentes contra inúmeros outros políticos, muito anteriores a Lula, inclusive, ao menos uma delas, nas mãos de Sérgio Moro, que não caminharam.

Prender um ex-presidente porque um executivo o delatou, sem nenhuma prova concreta, deixa claro que, o que há, é uma reação de vários setores da sociedade brasileira, por motivos ideológicos, políticos, partidários e, por que não, subterrâneos, às mudanças em nossa estratificação social. Ninguém, atenção!, ninguém seria preso apenas com os elementos usados para a condenação de Lula. Basta verificar, sem paixões, as análises de juristas das mais variadas extirpes, inclusive e especialmente os internacionais, que conseguem emitir um parecer distante, sem contaminação.


A madame não aceita registrar em carteira sua empregada doméstica. O apresentador de TV não aceita que um pobre compre seu carro - ele tem que continuar de ônibus, ora! O empresário não aceita que o filho do pedreiro esteja na universidade. Parte da elite brasileira - ou que pensa que é elite - quer manter cada um em seu devido lugar. É por isso, e só por isso, que Lula está preso. Lula é um preso político-ideológico.

Isto posto, creio que chegou a hora de o Brasil ter um choque administrativo de direita. Mas não a direita raivosa, preconceituosa, discriminatória, soberba, cruel. E sim uma direita moderna, que reduza a extrema e inacreditável burocracia nacional. Que tire da responsabilidade do Estado setores cujas paquidérmicas estruturas servem apenas como moeda de troca, para a nomeação de apaniguados, para abrigar larápios, para surrupiar ininterruptamente as riquezas do país.

Jamais deixarei de defender um Estado preocupado com o cidadão e responsável por educação e saúde gratuitas, universais e de qualidade. Responsável pela defesa do meio ambiente, pela segurança, pela regulação dos serviços comuns a todos. Mas, do ponto de vista econômico, temos que mudar.

Amoêdo: Estado não deve interferir na vida privada (Reprodução)
Reduzir o Estado é, infelizmente, a única maneira de reduzir a corrupção, os compadrios, as negociatas. Um Estado mais enxuto, mais célere, ágil, pode ser também um Estado mais justo e correto com seus cidadãos.

João Amoêdo (NOVO) me parece reunir todas as condições para seguir nesse sentido. A despeito de caminhar ao lado de parte da escória da direita brasileira - a maior parte, felizmente, está com Bolsonaro, que não tem chance de vencer devido a seus índices de rejeição -, tem as melhores propostas. Uma visão, realmente, totalmente nova de administração pública - profissional, moderna e competente. E, muito mais importante: um Estado que não se intrometa na vida privada do cidadão, como querem alguns. Liberdade religiosa, artística, cultural, política.

São os pais, por exemplo, que devem decidir o que é ou não adequado para seus filhos. Não a igreja. Não os conservadores. Não os intrometidos. E essa liberdade Amoêdo defende e, ao menos para mim, a não interferência nos usos e costumes é tão ou mais importante do que os planos de governo na hora de avaliar um candidato.

Por que um Estado menor não pode ser um Estado Cidadão? Por que um Estado menor não pode ter saúde e educação de qualidade e universais? É preciso acreditar também nas nuances e não ficar preso ao preto ou ao branco.

Após vinte anos de social-democracia (sim, PT e PSDB são da mesma família), hora de virar a página, ao menos como tentativa.

Lula livre. E Amoêdo presidente.

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Bolsonaro votou em Lula em 2002

A informação é do Gazeteiro: a equipe de campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) avalia publicar um vídeo em que Bolsonaro, durante uma entrevista em 2002, anunciou que, em um segundo turno entre Lula e FHC, votaria no petista. O vídeo já circula nas redes.



quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Após início oficial da campanha, Amoêdo lidera engajamentos no Facebook, à frente de Lula e Bolsonaro, aponta FGV DAPP

Apesar de não figurar entre os principais nomes nas pesquisas de intenção de votos para a Presidência, o candidato do Partido Novo, João Amoêdo, conquistou, nas últimas semanas, a liderança em outro ranking: o de engajamento no Facebook. Desde o início da campanha eleitoral, em 16 de agosto, até a última segunda-feira (27), a página oficial de Amoêdo na rede mobilizou quase 4,9 milhões de curtidas, comentários, reações e compartilhamentos — volume mais de 50% superior ao de Lula, que foi o segundo colocado no período. Os dois e Jair Bolsonaro despontam em relação aos outros candidatos até o momento.


Amoêdo é, até o momento, um dos três candidatos que impulsionaram conteúdos diretamente em suas páginas no Facebook, ao lado de Guilherme Boulos (quarto lugar no total de engajamentos) e Henrique Meirelles (apenas o décimo em engajamento). De acordo com dados disponibilizados pela plataforma, o candidato do Novo impulsionou 18 anúncios até o momento, com investimentos situados em faixa de R$ 1 a R$ 10 mil cada (o Facebook não disponibiliza o valor exato). Meirelles, por sua vez, impulsionou até o momento pelo menos 270 anúncios, com investimentos de R$ 1 a R$ 50 mil, de acordo com dados do Facebook. Boulos, por fim, patrocinou 34 anúncios, com investimentos entre R$ 1 e R$ 5 mil. A coleta da análise foi realizada até as 17h30 desta terça (28).

Contribuíram para o significativo aumento de engajamentos de Amoêdo as publicações sobre a sua ausência em debates, em especial aqueles promovidos por emissoras de TV. Os dois maiores picos do período reafirmam essa tendência, classificando a participação de Amoêdo no programa Canal Livre, da Band, como uma conquista para sua campanha, diante da "dificuldade" de espaços para exposição da candidatura. No primeiro pico, registrado na sexta (24), apenas a publicação de uma foto da gravação da entrevista teve mais de 30 mil compartilhamentos; no segundo, na última segunda (27), o aumento de interações se refere sobretudo à discussão sobre a entrevista e à publicação de trechos da sabatina.



As publicações da página de Amoêdo sobre o resultado da pesquisa da BTG Pactual divulgada na segunda (27) também motivaram bom engajamento, bem como aquelas em que se destaca o próprio crescimento da participação de Amoêdo nas redes.

Ao contrário de Amoêdo, Lula apresenta tendência de queda em engajamentos no Facebook, após um grande pico no dia 15, motivado pela oficialização de sua candidatura junto ao TSE. Após esse momento, em que foram registradas mais 1 milhão de curtidas, comentários, reações e compartilhamentos em sua página oficial, o ápice de engajamento foi verificado no dia 17, devido a posts sobre a recomendação da ONU para que Lula fosse autorizado a concorrer à Presidência e sobre resultados de pesquisas de intenções de voto.

O engajamento verificado em publicações oficiais de Bolsonaro segue relativamente estável ao longo de agosto. Desde o dia 16, o maior volume de interações foi verificado no dia 22, principalmente graças a postagens sobre as agendas do candidato no interior de São Paulo e a falas sobre corrupção e terrorismo.

Menções no Twitter
Apesar de figurar em primeiro lugar entre as páginas de maior engajamento no Facebook, Amoêdo parece não conseguir apresentar o mesmo bom desempenho no Twitter, sendo o sexto candidato em volume de menções na rede.


O candidato do Novo teve um pico de menções no dia 27 de agosto (49.479) – data em que foi divulgada pesquisa encomendada pelo BTG Pactual. Ainda assim, o melhor momento no debate sobre o candidato continua bastante distante até mesmo dos menores volumes de menções de Lula (69.373) e de Bolsonaro (118.566) no mês de agosto. Entretanto, observa-se que há uma tendência de crescimento de Amoêdo no Twitter.


Lula e Bolsonaro continuam figurando como os dois presidenciáveis com mais menções no Twitter. O candidato do PSL possui o maior volume de referências desde o início da campanha (2.965.188) e teve o ápice de engajamento desde então no dia 18 (1.852.366), em razão do debate na RedeTV!. Usuários comentaram, principalmente, seu "confronto" com Marina Silva. A candidata da Rede teve, desde o dia 16, 630.860 menções, com destaque também para o dia 18 por conta da repercussão do debate. Já o candidato do PT teve volume máximo de menções no dia 17 (281.498), devido à recomendação emitida pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU sobre sua candidatura.

(*) Da assessoria da FGV DAPP

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Bolsonaro drag queem? Marina fã de Black Sabbath? Ilustrador curitibano de Black Mirror faz releituras de candidatos

O cartunista curitibano Billy Mariano, o Butcher Billy, que trabalhou em dois episódios da 4ª temporada de Black Mirror, está com uma nova e divertida empreitada: a criação de pôsteres sobre os candidatos à Presidência em outubro. De Lula "Papai Smurf" a Bolsonaro drag queem, passando por uma Marina metaleira, a série conta ainda com Cabo Daciolo, Alckmin e Ciro Gomes. Os candidatos retratados foram confrontados com seus próprios conceitos, preconceitos e contradições. Veja todas as ilustrações em matéria da Superinteressante clicando aqui.




quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Para gringos, Lula é informal, Bolsonaro lembra a Alemanha, Alckmin não empolga, Marina é feliz e Ciro tem credibillidade

Novaiorquinos analisam visual de candidatos brasileiros (Reprodução)
Seth Kugel, do canal Amigo Gringo da Snack, maior rede multiplataforma brasileira de social vídeo, convocou um grupo de nova– iorquinos para dar opinião de qual candidato presidencial mereceria seu voto.
Os políticos avaliados foram os cinco primeiros nomes mais bem posicionados nas pesquisas: Geraldo Alckmin, Jair Bolsonaro, Lula, Ciro Gomes e Marina Silva.

Só um detalhe, os vídeos com as imagens dos candidatos não tinham legenda, dessa forma os gringos não sabiam o que cada um estava falando. Todos os comentários foram feitos baseados nas percepções de cada um.

O primeiro avaliado foi Geraldo Alckmin, comparado a Barack Obama e George Bush na forma de se vestir. Segundo um dos gringos o candidato não parece ser alguém que empolga as pessoas.

Mas não foi só o estilo do candidato do PSDB que chamou a atenção, segundo os gringos a forma informal de se vestir do ex -presidente Lula também merece destaque: " Ele nem está tentando usar uniforme de político, está sendo ele mesmo, confortável, parece que depois vai para a academia", contou Eric Hinojosa depois de ver um discurso do político.


Sobre Jair Bolsonaro a impressão é que se tratava de uma ex-celebridade devido a quantidade de flashs na direção do político, mas os gestos dele também chamaram a atenção: "A forma como ele movimenta as mãos lembra a Alemanha", lembra Paul Cohen.

Já o candidato Ciro Gomes, do PDT, parece ter tido mais credibilidade: "Um cara no meio do caminho. Parece uma escolha segura", avalia Paul.

Marina Silva foi considerada de personalidade forte e segundo os gringos foi a única em que teve uma equipe de pessoas mais leves, com pessoas felizes.

Seth pede para os amigos opinarem em quem votariam e deu empate. Cada um votou em um candidato, apenas Bolsonaro não recebeu nenhum voto.

(*) Com informações da assessoria de imprensa

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Transparência Internacional lança hoje plataforma para candidatos ficha limpa

A Unidos Contra Corrupção lança na tarde desta segunda-feira, em Curitiba (PR), no 2º Congresso Pacto Pelo Brasil, do Observatório Social do Brasil (OSB), o formulário online para adesão à campanha de candidatas e candidatos à Câmara dos Deputados e ao Senado. Por meio da plataforma da campanha na internet, todas/os postulantes a cargos no Legislativo Federal poderão mostrar ao eleitorado que têm (1) passado limpo e (2) compromisso com a democracia e (3) que endossam as Novas Medidas Contra a Corrupção. Para aderir, as/os interessadas/os devem acessar o sitehttp://unidoscontraacorrupcao.org.br/, escolher a opção "candidata/o" no cabeçalho e preencher o formulário.

De 31 de agosto até o fim das eleições, o eleitorado brasileiro poderá conferir as candidaturas na plataforma e também seus status em relação aos critérios da campanha. A adesão de candidatas e candidatos é voluntária. A intenção da campanha é levar ao eleitorado informação confiável, clara e acessível sobre quem tem passado limpo e está efetivamente comprometida/o com a luta contra a corrupção – não por discursos ou promessas vazias, mas por meio de reformas concretas e pela via democrática.

O critério de passado limpo para a campanha Unidos Contra a Corrupção é rigoroso, exigindo-se além do mínimo legal para todas as candidaturas. A referência são os crimes listados na Lei da Ficha Limpa, mas o limite temporal é descartado (isto é, consideram-se "passado limpo" os/as candidatos/as que nunca tiveram condenação por nenhum daqueles atos). No caso daquelas/es que concorrem à reeleição no Congresso Nacional, as organizações integrantes da coalizão que lidera a campanha1 verificarão ainda os processos a que essas/es parlamentares respondem no Supremo Tribunal Federal (STF).

Os postulantes a cargos na Câmara e no Senado em 2019 poderão evidenciar também seu comprometimento com os princípios democráticos e, para tanto, será necessário assinar o Pacto pela Democracia – iniciativa da sociedade civil brasileira voltada a defender a preservação e o revigoramento da vida política e democrática do país.

No caso das Novas Medidas contra a Corrupção, a/o candidata/o deverá se comprometer a, caso seja eleita/o, trabalhar já no início de seu mandato a colocar as propostas em tramitação e atuar por sua aprovação. Ressalvas às medidas serão aceitas desde que identificadas e devidamente justificadas.

Participação da população – A adesão das candidaturas à Unidos Contra a Corrupção é importante para que, a partir de 31 de agosto, o conjunto do eleitorado tenha a seu dispor uma ferramenta de informação para decidir seu voto de forma mais consciente.

"Muitas candidaturas já têm nos procurado para demonstrar aos eleitores seu compromisso com a nossa campanha, e agora sim é o momento em que poderão aderir oficialmente", destaca Fabiano Angélico, consultor sênior da Transparência Internacional - Brasil, ressalvando que as candidaturas que não tomarem nenhuma atitude também estarão na mesma plataforma.

"Isso significa que a população poderá checar quais candidatos e candidatas ao Congresso Nacional assumiram um compromisso público com a agenda anticorrupção e com princípios democráticos e quais ainda não assumiram, o que pode ajudar na decisão de voto", acrescenta.

No final deste mês, o eleitorado poderá consultar as candidaturas na plataforma online www.unidoscontraacorrupcao.org.br. A plataforma já está aberta para cadastro de eleitores que querem participar da iniciativa e os cadastrados podem se engajar de diversas maneiras na divulgação da campanha. Em 31 de agosto, será possível também compartilhar informações com amigos e familiares sobre as candidaturas. Os eleitores também conseguirão exercer pressão sobre as/os candidatas/os para que se comprometam com o luta contra a corrupção.

"Apesar de todo o avanço das redes sociais e do próprio esforço da imprensa e da Justiça Eleitoral, ainda é muito difícil obter informações seguras sobre as candidaturas e descobrir seus compromissos. Por isso, a iniciativa da Unidos Contra a Corrupção de desenvolver uma plataforma digital em software livre tem enorme importância. Hoje a corrupção é uma das maiores preocupações do brasileiro e nesta plataforma será possível descobrir quais candidatos efetivamente se comprometem com medidas concretas para combatê-la. Será possível ainda usar a plataforma como "santinho digital" e também compartilhar candidatas e candidatos comprometidos por Whatsapp e outras ferramentas. É a tecnologia ajudando todas/os que enxergam as eleições como um momento decisivo para construir um Congresso mais comprometido com o combate à corrupção", esclarece Henrique Parra Parra Filho, diretor e fundador do Instituto Cidade Democrática (entidade que também está na liderança da campanha).

Depois das eleições – Os compromissos assumidos na plataforma online funcionarão como contratos públicos, os quais serão monitorados pelas organizações sociais que lideram a campanha Unidos Contra a Corrupção. Também a sociedade poderá contribuir mediante seu papel de fiscalização e cobrança da classe política. Esta não é, portanto, uma campanha que se encerra com as eleições. Após o pleito, quem estiver cadastrado na plataforma online passará, inclusive, a ser informado por e-mail – a campanha reuniu desde o lançamento mais de 300 mil assinaturas em seu website – sobre o passo a passo deste trabalho de acompanhamento e cobrança das/os candidatas/os eleitas/os.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Ursal, termo que tornou Cabo Daciolo piada nacional, foi inventado por professora da UEL

E o Cabo Daciolo acreditou na Ursal (Reprodução internet)
O termo Ursal, União das Repúblicas Socialistas da América Latina, foi criado, como uma piada, em 2001, pela professora aposentada da UEL Maria Lucia Victor Barbosa. À época, a socióloga ironizava justamente personalidades da esquerda latino-americana, como Lula, Fidel Castro e Hugo Chávez. A informação é da Folha de S.Paulo. O suposto movimento, na verdade, foi batizado com o termo "Republiquetas". A direita paranoica ou algum bom piadista, para dar mais veracidade à entidade, trocou-o por "República". E, aí, o estrago estava feito.

Daciolo e o mico (Rep. TV Câmara)
Dezessete anos depois, o candidato do Patriota à Presidência da República, Cabo Daciolo (RJ), provavelmente um adepto das fake news, abordou a Ursal como realidade, questionando o adversário Ciro Gomes (PDT) no debate da Band da última semana.

E, claro, virou meme. "Em honra e glória do senhor Jesus"!

Será que vira presidente?


quarta-feira, 8 de agosto de 2018

81% dos perfis que postaram sobre aborto no Twitter são favoráveis à descriminalização, diz FGV

O número de perfis no Twitter que postaram mensagens a favor da descrininalização do aborto até a 12ª semana de gravidez no momento em que o STF discute o tema chegou a 80,6% de acordo com levantamento da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (DAPP FGV). 

A audiência pública no Supremo Tribunal Federal mobilizou 821 mil tuítes desde a 0h da última quarta-feira (1) até as 8h desta terça (7). Só na sexta, data de início da audiência, foram registrados 696 tuítes por minuto por volta das 16h, quando houve um pico de publicações sobre o tema.



Foram três as hashtags principais sobre a descriminalização. A primeira, #abortoécrime, esteve presente em mais de 246 mil menções (30% do total), e figurou nos Trending Topics (TTs) de diversos países para além do Brasil. A hashtag foi prioritariamente utilizada por usuários contrários ao aborto, mas também esteve presente em menções favoráveis ao procedimento, sobretudo através de ironias em relação aos altos índices de abandono paterno no país. A segunda hashtag mais mencionada, #nempresanemmorta (9%), e a terceira, #legalizeoaborto (6%), mobilizaram juntas cerca de 123 mil menções.

Apesar da predominância da hashtag contrária ao aborto, todos os dez tuítes de maior repercussão do período, com número de curtidas e compartilhamentos mais significativos, foram favoráveis à descriminalização da interrupção da gravidez.

Os usuários favoráveis à descriminalização do aborto concentraram-se nos grupos vermelho e verde, responsáveis, respectivamente, por 68% e 13% do total de perfis que se engajaram no tema. Tanto perfis ligados à imprensa e à pesquisa acadêmica (verde) quanto perfis de usuários comuns e de organizações de defesa dos direitos da mulher (vermelho) reivindicam o direito de escolha da mulher, em contraposição à hashtag #AbortoÉcrime, e criticam o abandono parental, identificado como um "aborto" praticado por homens. Além disso, houve críticas à massiva manifestação de homens sobre a questão que, segundo internautas, diz respeito prioritariamente às mulheres.



Já os usuários contrários ao aborto (grupo azul, 14% dos perfis) defenderam a humanidade de fetos e embriões e questionaram a interrupção da gravidez, comparando-a à descriminalização de outras questões, como o homicídio, e às penas impostas a outros crimes. Também julgaram incoerente a despenalização do aborto se comparada à restrição da venda de armas para a população. Por fim, defenderam ainda que a prática do sexo sem proteção pressupõe a gravidez como consequência, sendo o aborto uma irresponsabilidade.

A figura política de maior relevância para o grupo azul foi o presidenciável Jair Bolsonaro, em virtude da repercussão de entrevista realizada na sexta-feira em que o candidato afirma que vetaria eventual lei descriminalizando o aborto, caso eleito. A mobilização dos seus filhos ao redor do tema também repercutiu, com tuíte do deputado federal Eduardo Bolsonaro (@BolsonaroSP) figurando como quarto mais compartilhado do grupo, com mais de 2,2 mil retuítes.

Apesar da quantidade de perfis dos grupos favoráveis ao aborto (vermelho e verde) ter correspondido a 81% do total, o grupo contrário (azul) gerou uma quantidade de compartilhamentos proporcionalmente maior (24%), o que indica mais interação entre os usuários desse grupo.

(*) Com informações da assessoria de imprensa

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

João Arruda, que votou contra a investigação de Temer, será candidato ao governo do Paraná

Arruda, candidato ao governo (F: Divulgação)
O deputado federal João Arruda (MDB-PR) será confirmado hoje como candidato ao governo do Paraná, informa o partido. Arruda votou contra os pedidos de investigação de Michel Temer por corrupção, livrando o grupo que tomou o poder do país em 2016 das garras da justiça, apesar do farto material indicativo de práticas ilícitas, como a mala de dinheiro recebida pelo colega de partido Rodrigo Rocha Loures, flagrado em vídeo pela Polícia Federal.

A confirmação será feita pela Executiva Estadual do MDB, convocada pelo presidente do partido, o senador Roberto Requião, autorizada pela convenção a decidir o caminho a ser adotado pelos emedebistas.


A reunião será realizada na sede do Diretório Estadual (Avenida Vicente Machado, 988, Curitiba), às 17 horas.


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Após a publicação desta nota, com informações enviadas pelo MDB, o partido adiou a decisão para domingo. Segue a nota:

O presidente do MDB do Paraná (MDB-PR), senador Roberto Requião, adiou a reunião da Executiva Estadual que confirmaria a candidatura própria do partido, com o deputado João Arruda ao Governo do Paraná, desta sexta-feira (3) para domingo, às 10 horas

Na convenção do MDB-PR realizada no sábado (20), os convencionais do partido delegaram à executiva o poder de decidir entre coligação ou o lançamento da candidatura própria de Arruda.

SERVIÇO:
Data: Domingo (5),
Horário: Às 17 horas,

Local: Sede do Diretório Estadual, Avenida Vicente Machado, 988, em Curitiba – Telefone: (41) 3072-1515