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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Brasil possui a maior carga tributária da América Latina e Caribe

O Brasil possui a maior carga tributária da América Latina e Caribe. Nos últimos dez anos, o País oscilou no indicador que mostra o quanto os brasileiros pagam de impostos em cima dos produtos. A porcentagem da carga tributária não saiu da casa dos 30% durante esse período. Em 2006, o Brasil registrava 33,31%. Em 2013, foi registrado o maior índice nesses dez anos: 35,04%, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em 2015, os brasileiros estavam pagando 32,66%. Neste ano, o valor fica em torno dos 33%.

“Nosso sistema tributário é um pouco perverso com as pessoas que têm um menor rendimento”, atesta o presidente executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), João Eloi Olenike. Segundo ele, o atual sistema não consegue diferenciar a renda da pessoa que paga os tributos. “Mais de 70% da nossa arrecadação provém da tributação que incide sobre consumo. Não existe uma forma de saber aquele que pode mais ou aquele que pode menos, porque todo mundo no consumo paga uma carga igual.” Para ele, o ideal é que a cobrança dos impostos seja em cima da renda, não do consumo.



Para Hauly, momento é da Reforma Tributária  (F: Site do deputado)
O IBPT é responsável pela elaboração de um ranking que mede o retorno dos tributos para a população, o Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade. A última edição foi divulgada em junho deste ano. Pelo sexto ano consecutivo, o Brasil ocupa o pior lugar, numa lista com 30 países. Basicamente, o Brasil tem impostos demais e retorno de menos. Neste ano, a Suíça ficou com a primeira colocação, subindo alguns degraus em relação ao ano passado. Em seguida, Coreia do Sul, Estados Unidos e Austrália, que antes ocupava o topo da lista.

A proposta de Reforma Tributária que circula no Congresso Nacional transforma nove impostos em um: Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto Sobre Serviços (ISS), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e Salário-educação passariam a ser Imposto Sobre Operações de Bens e Serviços (IBS). "Esses noves tributos viram um único imposto IVA e um pedacinho do IVA, chamado seletivo. E o que é o IVA? É o imposto de bens e serviços, o mesmo que a soma do ICMS e do ISS, é a base tributária dos bens e dos serviços”, explica o autor da proposta de reforma, Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).

A reforma tributária prevê, também, o fim da cobrança de tributos em cima de remédios e alimentos e quer dar peso maior aos impostos sobre a renda.


Impostos

Em alguns produtos, o brasileiro chega a pagar de tributos mais da metade do valor real dele. Um exemplo é a gasolina: 56,09% do que você paga é só de impostos. Um tênis importado comprado no Brasil tem 58,59% de tributos em cima do valor. Em uma vodka que se paga o valor de R$ 100, por exemplo, R$ 80 são de impostos. Uma bola de futebol é 46,49% mais cara por aqui.


Por Jalila Arabi
Agência do Rádio Mais

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

94% são contra título de cidadão goiano para João Doria

Enquete realizada pelo jornal O Popular revela que 94% dos goianos são contra o título de cidadão goiano que será concedido hoje ao prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), pela Assembleia Legislativa (Alego). A votação ainda está no início.



A proposta da homenagem partiu do deputado José Vitti (PSDB), presidente da Alego. Como justificativa, o parlamentar argumenta que Doria ajudou a atrair empresas para Goiás. A sessão solene será às 17 horas e contará com a presença do governador Marconi Perillo (PSDB), entre outras autoridades.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

"Estamos destruindo o PSDB. Doideira", diz MBL

Tucanos sob ataque (Reprodução revista piauí)

Aliado de primeira hora do tucanato durante a campanha pela derrubada de Dilma Roussef, o Movimento Brasil Livre (MBL) agora quer desidratar o PSDB para tomar o partido para si ou atrair militantes tucanos para os seus quadros e para o partido preferido do movimento, o Novo.

É o que revela reportagem da revista piauí, que durante dois meses acompanhou conversas em um dos grupos de Whatsapp do MBL. "'A ideia é deixar todo esse povo podre afundando com o psdb e trazer a galera mais Jovem e liberal pro mbl', respondeu Kim Kataguiri em 22 de agosto a um participante temeroso de que o grupo se juntasse ao tucanato", diz trecho da reportagem de Bruno Abbud.

Outro líder do movimento, Renan Santos, que responde a mais de 60 processos judiciais por fraudes e questões trabalhistas, confirmou a estratégia: "'Não bastava a gente tirar o PT do poder, estamos destruindo o PSDB ali, essa ala de esquerda tá desesperada, estamos pegando os melhores nomes deles e, ou eles vão sair, ou eles acabam fortalecendo e tomam partido e tiram essa esquerda aí. Mas a esquerda do PSDB tá desesperada, e não para de vir novas lideranças do PSDB pro time. Doideira. Bom dia, aí'”, complementou.

Ainda de acordo com a piauí, "Os alvos principais no partido são os senadores Aécio Neves e José Serra, e também o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin". Mas também existem ataques ao governador tucano do Paraná, Beto Richa.

O único tucano a receber apoio explícito do MBL é o prefeito paulistano João Doria, candidato oficial do movimento à Presidência em 2018.

PPS estuda lançar Luciano Huck candidato em 2018

Huck (Reprodução Facebook)
Uma reunião com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, na última segunda-feira, foi mais uma etapa do flerte entre o apresentador Luciano Huck e o Partido Popular Socialista (PPS). Integrante do movimento Agora!, uma start-up de formação de jovens lideranças políticas, Huck, que tem 3% das intenções de voto para presidente, também é disputado por DEM e Novo. As informações são da Folha de S.Paulo.

O PPS está disposto também a oferecer vagas de candidato a deputado federal aos integrantes do Agora!. O movimento, que financia a formação dos interessados, pretende lançar 30 candidatos à Câmara Federal no ano que vem.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

A prática comunista de João Doria

O ditador soviético Josef Stalin ficou conhecido, além da matança desenfreada de adversários, por apagar de fotografias personagens que ele considerava inimigos. Evidentemente que a História, que sempre, a seu tempo, retrata a verdade, corrigiu essa prática.

No livro 1984, de Gerorge Orwell - que criou o termo Big Brother em 1948 (não, não foi a Globo) -, o  ditador do momento também escrevia a história da maneira que bem entendia.

Prefeito anuncia distribuição de alimento (Reprodução Facebook)
A prática do governo João Doria, de apagar e alterar trechos de matéria publicada em site oficiaial da prefeitura de São Paulo para tentar desacreditar a imprensa, remete a esses dois momentos desprezíveis - um real e outro ficcional - do imaginário político mundial. Inacreditável imaginar que um veículo sério como o UOL não teria o cuidado de "printar" as páginas da Prefeitura para fazer o questionamento. A Secretaria de Comunicação presta um desserviço e coloca em risco sua credibilidade ao alterar notícia para fazer parecer que o jornalista estava falando de algo que não existia. Beira ao amadorismo.

Todos sabemos o lugar que a História reservou a Stalin. Doria deveria saber que um "ctrl X" não seria suficiente para desdizer o que foi dito.

Para entender o assunto, leia a matéria do UOL "Após repercussão, Prefeitura volta atrás e nega distribuição de reprocessado para pobres". Nela, o jornalista Fernando Cymbaluk revela a dificuldade em esclarecer as idas e vindas da Prefeitura paulistana em relação à "ração para pobre", termo pelo qual ficou conhecido o programa de distribuição de alimentos processados anunciado em vídeo pelo próprio prefeito João Doria.

PS: Doria disse, ainda, que, além de São Paulo, o produto seria distribuído também em todo o Brasil. Alguém pode explicar a declaração de um prefeito sobre questões nacionais?

domingo, 8 de outubro de 2017

MBL ataca Beto Richa e outros aliados: "Os do PSDB são pilantras"

PSDB: de aliado a "pilantra" (Imagem: revista piauí)
Durou pouco a lua de mel entre o autointitulado Movimento Brasil Livre (MBL), grupo que tem entre seus líderes um campeão em fraudes comerciais, e os partidos políticos que ajudaram, inclusive financeiramente, com a campanha pela deposição da presidente Dilma Rousseff no ano passado. O descolamento dos ex-amigos já é sabido por quem acompanha de perto a "nova" forma de agir dos emebelinos, que passaram a lotear cargos em governos das mais variadas extirpes políticas, como o PMDB de Iris Rezende, em Goiás, por exemplo.

O que não se sabia era do tom jocoso com que os meninos emebelinos, que vivem de doações de fãs - talvez isso seja a tão falada meritocracia -, se referem aos amigos. Mas o jornalista Bruno Abbud começou a derrubar a máscara dos bons mocinhos em uma excelente reportagem publicada pela revista piauí, hospedada no portal da Folha de S.Paulo, portanto, nada de um "blog sujo de extrema esquerda", como os rapazotes do MBL costumam classificar quem denuncia suas contradições.

Abbud teve acesso a dois meses de conversas de um grupo de Whats App dos garotos, agora engravatados e com camisas de marca - dinheiro dos fãs? - tema para outra postagem.

Nesse período, não faltaram ironias, piadinhas, desrespeito e, por que não, ingratidão contra ex-aliados como Aécio Neves (PSDB), José Serra (PSDB), Michel Temer (PMDB) entre outros. Sobrou até para o governador do Paraná, o tucano Beto Richa:


“A ideia é deixar todo esse povo podre afundando com o psdb e trazer a galera mais Jovem e liberal pro mbl”, respondeu Kim Kataguiri em 22 de agosto a um participante temeroso de que o grupo se juntasse ao tucanato. Outro líder do movimento, Alexandre Santos, emendou: “Mas não estamos nos juntando ao PSDB. Muito menos ao Aecio, Beto Richa e Alckmin.”

Em outro ataque aos ex-aliados, o líder emebelino, Kim Kataguiri dispara:

“Com os do PSDB temos preconceito, conceito e pós-conceito. São pilantras.”

Nas conversas, também ficou claro que ao MBL pouco importa a continuidade da corrupção no Brasil, desde que praticada por forças políticas que não sejam da esquerda. Quanto ao flagrante feito pela Polícia Federal com gravações e imagens que mostram o senador Aécio Neves (PSDB) achacando o empresário Joesley Batista e recebendo R$ 2 milhões, diz o grupelho:

"(Renan Santos) justificou o que prenunciaria uma mão leve nas críticas públicas feitas pelo MBL ao senador: 'Só não vamos alterar a configuração atual das forças políticas nem fornecer uma narrativa que favoreça o ressurgimento da esquerda enquanto isso. Essa é a tônica do que defendemos.'”

Os emebelinos não deixam dúvida, porém, que têm um único objetivo: eleger João Doria presidente:

“Com ou sem psdb. A aliança q pode lhe eleger está no pmdb dem evangélicos agro e mbl. Nosso trabalho será o de unir essa turma num projeto comum.” E completou, menos de meia hora mais tarde: “Espero, de coração, q a tese q a gente defende (aliança entre setores modernos da economia + agro + evangelicos) seja aplicada. É a melhor forma de termos um pacto politico de centro-direita, q dialoga com o campo e com a classe C.”


segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Senado começa debater lei que pode criminalizar o funk

Nesta quarta-feira, 13, a partir das 11h, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza a primeira audiência pública para debater a Sugestão de Lei nº 17 de 2017, que pede a criminalização do Funk como crime de saúde pública a criança aos adolescentes e a família.

A ideia foi enviada pelo cidadão Marcelo Alonso, de São Paulo, por meio da ferramenta ‘Ideia Legislativa’ do Portal e-Cidadania no dia 23 de janeiro deste ano e obteve mais de 20 mil apoios de outros internautas no dia 16 de maio.

A SUG está sob Consulta Pública e já registrou mais de 90 mil votos. 57% da população é a favor da proposta.

No requerimento apresentado pelo relator do projeto, Senador Romário (PODEMOS/RJ), foram convidados para participar da reunião as cantoras Anitta, Valeska Popozuda, Tati Quebra Barraco; os MC’s Marcinho, Cidinho e Doca - compositores do Rap da Felicidade, Koringa, Bochecha, Bob Rum – compositor do Rap do Silva; O autor do Livro “O mundo funk carioca”, Hermano Vianna; a antropóloga, Mylene Mizrahi; o autor da Proposta, Marcelo Alonso; e a promoter, idealizadora do Baile da Favorita, Carol Sampaio.

A audiência é de caráter interativo e todo podem participar enviando perguntas e comentários por meio do Portal e-Cidadania ou do Alô Senado, no telefone 0800 61 22 11.


Ricardo Vaz
Da assessoria

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Entidades reclamam de excessos da fiscalização da prefeitura de Curitiba em bares e restaurantes

A Comissão de Turismo da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) recebeu reclamação de duas entidades contra os excessos da fiscalização em bares, restaurantes e casas noturnas promovidos pela gestão Rafael Greca em estabelecimentos de Curitiba.

Participaram da reunião com o presidente da Comissão, deputado Ney Leprevost, o presidente do Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares do Município de Curitiba (Sindiabrabar), Fábio Aguayo, e o diretor executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PR), Luciano Bartolomeu.

A principal crítica feita pelos representantes do segmento foi em relação à participação policial ostensiva em ações consideradas apenas burocráticas, que não representam risco à segurança. “Nosso maior concorrente está sendo o poder público. O que me preocupa não é fechar estabelecimentos por problemas de vigilância sanitária ou de segurança, mas por burocracias do dia a dia e que podem ser resolvidas em outro momento do expediente e não na hora em que o estabelecimento está atendendo clientes”, afirmou Aguayo.

Já o diretor da Abrasel Paraná reconheceu que a fiscalização tem um propósito positivo, mas é feita de maneira abusiva. Segundo ele, a presença ostensiva de policiais assusta e espanta os clientes e não ajuda a coibir o crime. “A Abrasel defende que haja mais policiamento, de forma contínua, e que a fiscalização de alvarás e documentação seja feita durante o dia”, disse.

Segundo o deputado Ney Leprevost, presidente da Comissão, a adoção de regras claras para a realização das Ações Integradas de Fiscalização Urbana é uma das medidas que podem coibir possíveis excessos. “Nós fomos procurados e vamos apresentar um projeto de regulamentação de ações que são feitas em bares e restaurantes”, concluiu Ney.

(*) Com informações da Alep

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Surreal: PF encontra malas de dinheiro de Geddel

Dinheiro foi encontrado em bunker de Geddel (F: Divulgação PF)
A Polícia federal deflagrou hoje, 5, a Operação Tesouro Perdido, com vistas a cumprir mandado de busca e apreensão emitido pela 10ª Vara Federal de Brasília.

Após investigações decorrentes de dados coletados nas últimas fases da Operação Cui Bono, a PF chegou a um endereço em Salvador/BA, que seria, supostamente, utilizado por Geddel Vieira Lima, homem forte de Michel Temer, como “bunker” para armazenagem de dinheiro em espécie.

Durante as buscas foi encontrada grande quantia de dinheiro em espécie. Os valores apreendidos serão transportados a um banco onde será contabilizado e depositado em conta judicial.

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Paraná libera venda de cerveja nos estádios

Projeto foi aprovado na quarta, 30 (F: Pedro de Oliveira/Alep)
Se depender da Assembleia Legislativa, a venda de chope e cerveja será liberada nos estádios de futebol e ginásios esportivos do Paraná. A lei autorizando o comércio foi aprovada em terceira discussão pelos deputados e agora depende da sanção do governador Beto Richa para entrar em vigor. Onze parlamentares assinaram o projeto original, que permite apenas a venda de chope e cerveja - nenhuma outra bebida será liberada. A proposta exige ainda que 20% desse comércio sejam destinados a produtos artesanais paranaenses.

A regra vale desde a abertura dos portões até o encerramento do evento. Apenas copos de plástico e papel serão permitidos e o torcedor não pode entrar no local já portando alguma bebida. Apesar da forte oposição da bancada evangélica na Assembleia, a expectativa é de que Richa sancione o projeto, já que a grande maioria dos autores é de sua base aliada, incluindo o próprio líder do governo.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Época revela imagens exclusivas das malas de propina de Aécio e Temer

Mala de dinheiro entregue ao primo de Aécio (Foto: Época)
A revista Época teve acesso com exclusividade às fotos das malas de dinheiro entregues a emissários do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Michel Temer (PMDB-SP) e à mulher do doleiro Lúcio Funaro, que, em delação que está sendo negociada, ameaça implodir de vez o governo. De posse das fotos, a revista reconstituiu todas as entregas do dinheiro sujo aos personagens citado: "notas, muitas notas, de dinheiro. Amarelas ou azuis. Em malas ou pastas.", cita a reportagem de Diego Escosteguy.

A revista lamenta ainda que, "após semanas e semanas de discussões jurídicas e políticas sobre a crise que se instalou no Brasil, esse elemento tão primário, tão fundamental, do que define os casos de Temer e de Aécio ficou convenientemente esquecido."

Leia a reportagem completa aqui.

"Doria é um exemplo de eficiência", diz Ratinho Júnior

Candidato ao governo, Ratinho "cola" em Doria (F: Facebook)
Em conversa com o prefeito de São Paulo, João Doria, nesta quinta-feira, 3, em Curitiba, o secretário de Desenvolvimento Urbano do Paraná, Ratinho Júnior, destacou a importância da parceria entre o poder público e a iniciativa privada para o desenvolvimento econômico do Brasil.

“É preciso ter uma agenda conjunta e sinérgica entre o poder público e as empresas, que promovam o desenvolvimento da sociedade, atraia investimentos e estimule a competitividade do mercado a partir de bases sociais sólidas”, disse.

Ao lado de Doria, Ratinho Júnior participou de evento na Universidade Positivo com a presença de mais de 400 empresários. O encontro debateu a “gestão pública e gestão privada: a experiência e os possíveis choques”. “O Doria é um exemplo de eficiência em gestão pública e boas práticas da iniciativa privada”.


Da Assessoria

terça-feira, 30 de maio de 2017

Defesa de Lula vai ao TRF contra decisão de Moro

Os advogados que defendem o ex-presidente Lula decidiram apelar ao TRF4 contra uma decisão do juiz Sérgio Moro. A defesa de Lula pediu uma perícia em documentos apresentados por José Adelmário Pinheiro Filho, da OAS. A alegação é de que, embora a troca de e-mails citada por Pinheiro seja datada de 2012, há uma referência a uma reportagem do Estadão de 2016. Moro negou a perícia. Abaixo, a nota da defesa:

"NOTA

A defesa de Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao TRF4 para rever o ato do Juízo da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba e determinar a instauração do incidente de falsidade documental e a realização das provas necessárias para apurar a extensão das alterações realizadas no documento apresentado por José Adelmário Pinheiro Filho nos autos da ação penal n. 5022040-92.2017.4.04.7000/PR.
 
A medida tem previsão no artigo 145 do Código de Processo Penal e a parte tem o direito de submeter à perícia papéis juntados no processo, quando houver possibilidade de falsidade total ou parcial do material.Os papéis foram apresentados por Pinheiro no dia 15/05/2017.
 
Há uma cadeia de supostos e-mails que, embora indiquem terem sido remetidos em 06/09/2012, fazem referência a uma reportagem do portal do jornal O Estado de S. Paulo de 04/03/2016.
 
O magistrado reconheceu ter havido inclusão de conteúdo nos e-mails, mas diz, sem qualquer base, tratar-se de "comentário descritivo”, colocado por um advogado “provavelmente contratado pela OAS ou por José Adelmário Piinheiro Filho”. Assim, segundo o juiz Sérgio Moro, o questionamento sobre a autenticidade "não faz sentido"
 
Cristano Zanin Martins"

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Joesley compra vibrador hi-tech em New York

A notícia não é de agora, mas tem muito a ver com a bagunça em que o Brasil se encontra. O empresário Joesley Batista foi flagrado comprando um vibrador hi-tech - y otras cositas - junto com a mulher, a jornalista Ticiana Villas Boas em Nova York, revela o Jornal Extra. O jornal ainda brinca: o gravador é "mequetrefe", mas o vibrador...

Joesley e Ticiana observam a vitrine (F: Adriana Spaca)
O flagra foi feito por uma fotógrafa brasileira, Adriana Spaca, que estava na mesma loja. De acordo com Adriana, o modelo adquirido, que custou cerca de R$ 500, pode ser controlado por wi-fi.

A sacola ficou com Joesley (F: Adriana Spaca)

Confira mais fotos e a notícia completa no site do Extra.

A confiança em queda no governo Temer

Por Doacir Gonçalves de Quadros

No dia 17 de maio acompanhávamos atentos os desdobramentos da divulgação do áudio pelo Jornal O Globo, que sugere a participação e a cumplicidade do atual presidente Michel Temer em ações contra a maior atividade anticorrupção no país: a Operação Lava Jato. É mais um escândalo que passa a fazer parte das estatísticas de nosso país e estima-se que dezenas de escândalos políticos já foram divulgados em 2017.

No sentido literal, a palavra escândalo significa alguma ação ou atividade oculta que, depois de divulgada, mostra uma violação de certos valores e normas. No caso dos escândalos políticos, a maioria divulgada é do tipo “financeiro”. Este é o tipo de escândalo no qual o dinheiro público, que deveria ser investido para atender aos interesses da população, é desviado pelos representantes públicos para fins privados. Se, por um lado, felizmente a divulgação dos escândalos políticos tende a contribuir para coibir a falta de transparência da gestão pública, servindo também para recuperar a responsabilidade pública dos representantes públicos, por outro lado, há o risco de ruir a confiança e a denegrir a imagem de “toda” a política perante a população.

No Brasil espera-se que as estatísticas sobre a divulgação dos escândalos políticos aumentem e por algumas razões. A primeira é que eles são amplamente noticiáveis e, como vivemos em uma democracia, a imprensa tem a garantia do exercício da sua liberdade profissional e investigativa. Uma segunda razão é a de que os escândalos políticos refletem algo já indicado pelos brasileiros, desde as manifestações de junho de 2013, como o principal problema do país: a corrupção na política.  Essa percepção foi corroborada pelo levantamento da FGV, denominado Índice de Confiança na Justiça, que apontou que somente 11% dos brasileiros confiam na instituição Presidência da República e 10% no Congresso Nacional. Portanto, a imprensa mostra algo que o brasileiro já sabe e condena.

É bom lembrar que nos regimes democráticos os atributos como a confiança e a reputação recebidas da população são cruciais para determinar o sucesso ou o insucesso dos políticos e dos governos. Uma vez que no Brasil os políticos e governantes estão envolvidos com frequência no uso de atividades ocultas de violação de normas, exaure-se a sua reputação e a confiança recebida da população.

Nos próximos dias este é o desfecho esperado sobre o governo Temer. A divulgação do áudio maculou a reputação e a confiança que ainda se poderia ter ao seu governo. Com a confiança exaurida, o presidente Temer não terá como garantir e manter o apoio do Congresso Nacional e da população ao seu governo e aos seus projetos. Para confirmar é só aguardarmos as próximas pesquisas de opinião sobre a satisfação com o governo Temer.

Doacir Gonçalves de Quadros é professor do curso de Ciência Política e do Mestrado acadêmico em Direito do Centro Universitário Internacional Uninter.



terça-feira, 23 de maio de 2017

Se chapa Dilma/Temer for cassada, legislação exige eleição direta, defendem juristas

Cassação da chapa: solução ou um novo problema? (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
A solução apontada por muitos aliados para uma saída honrosa de Michel Temer do governo pode levar a uma situação ainda mais delicada. Diante da recusa de Temer em renunciar e da pouca probabilidade de um impeachment, as atenções se voltaram para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, a partir do dia 6 de junho, começa a julgar a chapa Dilma/Temer, em ação proposta pelo PSDB.


A saída de Temer por essa via é vista por muitos como a menos traumática. Não haveria um grande embate no Congresso e acalmaria os ânimos de governistas e oposicionistas.


O problema é que, nesse caso, em tese, teria que ser aplicado o parágrafo 4° do artigo 224 do Código Eleitoral, atualizado em 2015, na Minirreforma Eleitoral, pela lei 13.165, que diz:


Art. 224


(...)


§ 3o A decisão da Justiça Eleitoral que importe o indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda do mandato de candidato eleito em pleito majoritário acarreta, após o trânsito em julgado, a realização de novas eleições, independentemente do número de votos anulados. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)


§ 4° A eleição a que se refere o § 3° correrá a expensas da Justiça Eleitoral e será: (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)

I - indireta, se a vacância do cargo ocorrer a menos de seis meses do final do mandato; (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)


II - direta, nos demais casos. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)



Ou seja: se o cargo ficar vago faltando mais de seis meses para o fim do mandato, o Código, atualizado pela lei 13.165/2015, determina eleições diretas.

Nesse caso, não haveria nenhum conflito com o artigo 81 da Constituição, que diz:


Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.

§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.

§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. 

Ou seja: a vacância só ocorre se o mandato for considerado legal. Porém, se a chapa for cassada, é como se a eleição não tivesse ocorrido, portanto, não se trataria de vacância e sim de um mandato inexistente.


Um jurista ouvido pelo blog diz, sobre o artigo 224:


“Convive em perfeita harmonia com o Art. 81 da Constituição, sem nenhuma incompatibilidade. E isso pelo fato de que o Art. 81 fala que ocorrendo ‘vacância’ no último biênio se faz eleição indireta. Ocorre que o termo ‘vacância’ pressupõe que a investidura no cargo foi válida, o que não ocorre quando a justiça eleitoral reconhece que a eleição foi fraudada. Nesta hipótese, a cassação eleitoral retroage à data da eleição (como se o cassado nunca tivesse sido eleito). Portanto, não seria ‘vacância’, pois na realidade aquele cargo nunca foi ocupado de forma válida. Vacância só existe em caso de renúncia, morte ou impeachment do presidente e do vice-presidente”.


Ou seja, por essa visão, aos olhos da lei, se Temer renunciar ou for cassado pelo Congresso, valeria o artigo 81 da Constituição, com eleição indireta. Se a chapa for cassada pelo TSE, valeria o artigo 224 do Código Eleitoral, com eleição direta.


Essa tese já havia sido defendida por Glauco Salomão Leite (doutor em Direito Público pela Universidade Federal de Pernambuco e membro do grupo Recife de Estudos Constitucionais) no site Conjur em janeiro, portanto, muito antes de haver a possibilidade de queda do governo por outros meios que não a ação no TSE.

“(…) existe um entendimento consolidado na jurisprudência eleitoral segundo o qual a perda de mandato oriunda de eleições ilegítimas é situação distinta daquela prevista na CF referente à dupla vacância”, diz um trecho do artigo, também defendendo que não existe conflito entre as duas situações.

Ele relembra ainda o caso da cassação dos governadores e vices do Ceará, Cássio Cunha Lima e José Lacerda Neto, e do Maranhão, Jackson Lago e Luís Carlos Porto, substituídos pelos segundos colocados. "Esses dois casos são suficientes para se perceber que existe um entendimento consolidado na jurisprudência eleitoral segundo o qual a perda de mandato oriunda de eleições ilegítimas é situação distinta daquela prevista na CF referente à dupla vacância", diz o artigo.

O tema, de qualquer forma, está longe de ser unânime.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot,  ajuizou ação direta de inconstitucionalidade questionando a legalidade dos §§ 3º e 4º, do artigo 224, na redação conferida pela Minirreforma Eleitoral, por contrariarem, na avaliação dele, o artigo 81, da Constituição.

O próprio TSE tem decisões contraditórias sobre o assunto, conforme pode-se observar neste link.

Um outro jurista ouvido pelo blog diz: “Em caso de conflito sempre prevalece a Constituição. Eleição indireta em 30 dias”.

Emissoras internacionais repercutem crise política brasileira

A crise institucional brasileira provocada pela gravação de uma conversa de Michel Temer com o empresário Joesley Batista é notícia nos principais veículos de comunicação do mundo todo. Em um deles, a Mega TV, principal emissora chilena, falei sobre a conjuntura política em uma reportagem do Ahora Noticias. A reportagem é do dia 18 de maio, horas após a denúncia publicada em O Globo.



sexta-feira, 19 de maio de 2017

Senador Randolfe Rodrigues desmente áudio que fala em fechar o Congresso

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) gravou um vídeo desmentindo áudio que circula pelo Whats APP em que um imitador fala sobre a possibilidade de a ministra Carmen Lúcia, presidente do STF, convocar as Forças Armadas para fechar o Congresso Nacional e convocar eleições gerais.

Confira o falso áudio:




E, aqui, o vídeo em que o senador desmente a informação:


segunda-feira, 10 de abril de 2017

Editora tenta liberar livro "Diário da Cadeia", de "Eduardo Cunha"

A Editora Record entrou com recurso no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro solicitando a liberação do livro "Diário da Cadeia - Com trechos da obra inédita "Impeachment". A circulação do livro foi proibido pela Justiça devido ao autor se autointitular "Eduardo Cunha".

Apesar de, já na capa, o nome de Eduardo Cunha vir seguido do termo "Pseudônimo", a Justiça entendeu que a obra poderia causar confusão no leitor, já que existe a expectativa de que o próprio ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba, escrever um livro sobre o tema impeachment.

Em comunicado à imprensa, a Record alega que "jamais divulgou que o livro é uma autobiografia ou algo do gênero. Do mesmo jeito, fica claro na capa que o autor não é o senhor Eduardo Cunha, mas, sim,um pseudônimo, recurso artístico bastante antigo".

A editora afirma ainda que o tema do livro é um romance e que "vê com grande preocupação o impedimento à circulação de uma obra ficcional".

Leia um trecho da obra:

“Hoje cruzei com o Pallocci. Teve a coragem de colocar a mão em mim e disse que vai ficar tudo bem. Para os do PT nunca mais vai ficar. Eu conheço a história política desse país abandonado por Deus, então vou poder mostrar como os do PT foram se aninhando no poder e tomando conta de tudo. Os do PT adoram o Estado cuidando da vida dos outros.

Agora o Estado está trazendo todos presos aqui. Bem feito.

Escolhi a primeira frase do meu livro, uma citação: ‘A história vai ser gentil comigo, pois vou escrevê-la’. Winston Churchill.

Se estou hoje aqui, por causa dos do PT, também tenho essa missão. Resolvi começar meu livro Impeachment com o PC Farias para mostrar que não está todo mundo a salvo. Já caiu a Dilma, o Temer não está tão protegido como acha. Não recebi nenhum recado até agora, mas os rapazes de serviço não querem falar comigo e o advogado claro sabia que estavam gravando.

Uma dificuldade por aqui: contratar serviços.

Ainda não consegui organizar tudo porque estou completando a leitura. Deus está comigo nessa missão.”

Leia a nota da Editora Record:

"A Editora Record informa que interpôs, na última sexta-feira, 7 de abril, recurso no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro solicitando, entre outros pedidos, a liberação do romance "Diário da cadeia".

Acreditamos que esse é o momento oportuno para alguns esclarecimentos:

- A editora jamais divulgou que o livro é uma autobiografia ou algo do gênero. Do mesmo jeito, fica claro na capa que o autor não é o senhor Eduardo Cunha, mas, sim,um pseudônimo, recurso artístico bastante antigo;

- O livro está registrado como um romance e começou a ser distribuído, antes da proibição, como uma obra de ficção para as livrarias;

- A editora vê com grande preocupação o impedimento à circulação de uma obra ficcional.

Dessa forma, a Editora Record renova sua mais absoluta crença na liberdade de criação, na circulação livre e ampla da literatura e no aspecto desafiador da ficção.

Na verdade, nossa crença é na democracia. Vamos lutar por ela, por nossos livros e por nossos autores até o nosso último recurso. Essa é uma das funções mais importantes de uma editora e dela não abriremos mão."