sexta-feira, 16 de julho de 2021

Hospital da UFPR busca voluntários para novo tratamento contra covid-19

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) está em busca de voluntários para testar um novo tratamento para a covid-19. Trata-se do antiviral Molnupiravir e a iniciativa é internacional. As informações são da jornalista Jess Carvalho, do site Plural.

Segundo a reportagem, "os testes clínicos preliminares indicaram segurança e eficácia, mas o estudo deve passar por mais uma etapa de testes e precisa de voluntários para que esse tratamento possa ser validado".

Para participar, os critérios são os seguintes: 

  • Ter testado positivo para Covid nos últimos 4 dias;

  • Ter a confirmação via PCR ou teste rápido com até 5 dias do início dos sintomas;

  • Não ter recebido nenhuma dose de vacina contra a doença;

  • Apresentar ao menos um fator de risco: idade maior que 60 anos, obesidade, doença renal crônica, diabetes, problemas cardíacos graves, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou câncer ativo.

Para os paranaenses interessados, este é o contato: (41) 99116-0066. 

terça-feira, 13 de julho de 2021

Braga Netto terá que ir à Câmara explicar ameaças ao trabalho de parlamentares

Braga Netto (último à esq.) deverá comparecer à Câmara (F: Divulgação)
A Comissão de Fiscalização e Controle aprovou requerimento do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, terá que ir à Câmara para explicar nota, em tom de ameaça, contra o trabalho realizado pela CPI da Covid no Senado. “Não vamos aceitar intimidação ao trabalho parlamentar de fiscalização de agentes públicos. A lei é para todos, doa a quem quer. O papel das Forças Armadas e do Ministério da Defesa não é tentar esconder irregularidades e atacar quem investiga corrupção, mas sim identificar e responsabilizar quem comete crime”, afirma o deputado. O requerimento foi subscrito pelos deputados Kim Kataguiri (DEM-SP), Léo de Brito (PT-AC), José Nelto (Podemos-GO), Padre João (PT-MG) e Hildo Rocha (MDB-MA).

A nota, assinada por Braga Netto e pelos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, afirma que “As Forças Armadas não aceitarão ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”. Foi um ataque ao presidente da CPI, senador Omar Aziz, depois que ele afirmou que há muitos anos “o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”.

Irregularidades


Ao defender o requerimento na Comissão, Elias Vaz reforçou que as Forças Armadas não estão imunes a práticas irregulares. E contou detalhes de representação que fez na semana passada, com outros deputados do PSB, ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União de indícios de fraude em licitações das Forças Armadas para beneficiar empresas ligadas a militares e a um ex-capitão do Exército expulso por irregularidades e condenado em 2019 por corrupção. O esquema pode ter movimentado R$150 milhões no fornecimento de alimentos para as Forças Armadas. Só o grupo econômico ligado ao capitão expulso já venceu R$47 milhões em processos de compra em 2020 e no primeiro semestre deste ano. Todas as empresas funcionam no Mercado Municipal de Benfica, no Rio de Janeiro.

O parlamentar também revelou, em fevereiro, compras milionárias de picanha, cerveja, bacalhau, filé mignon e salmão para atender Exército, Marinha e Aeronáutica. O Ministério Público Federal abriu processos de investigação em vários estados. “Nós defendemos a democracia e faz parte do processo democrático e das funções do parlamentar investigar o poder público e os órgãos mantidos com o dinheiro do povo”, destaca Elias Vaz.

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Por "ameaças à Democracia", movimentos de direita vão às ruas contra Bolsonaro

Parlamentares e movimentos de direita anunciam protestos (F: Livres) 
Responsáveis pelos protestos que levaram ao golpe contra Dilma Roussef e a consequente eleição de Bolsonaro, agora os movimentos de direita Livres, Vem Pra Rua e MBL convocam protestos pelo impeachment do atual presidente. “Convoco a todos e todas que se sentem representados pelos movimentos de oposição ao presidente Bolsonaro, que se juntem a nós e que vão às ruas no dia 12 de setembro”, afirmou o cientista político e diretor-executivo do Livres, Magno Karl.

Em entrevista coletiva na Câmara dos Deputados, o diretor-executivo falou sobre a urgência do momento e pediu unidade entre as várias correntes ideológicas que convergem na oposição a Bolsonaro. "Para a gente é muito importante fazer parte desse momento. É um momento que a gente precisa reconhecer que todas as nossas divergências políticas precisam ser colocadas de lado. O momento é de união. As nossas instituições estão em perigo. É um momento equivalente à união do povo em 1985. Precisamos ir às ruas defender a democracia de forma literal”, declarou Karl.

O cientista político, pediu reflexão sobre as falas de Bolsonaro contra o sistema eleitoral brasileiro e como esse comportamento é uma ameaça à democracia, conquistada com muito esforço, após 21 anos de ditadura. “Pensem quantas vezes nós vimos o presidente da República falar que as nossas eleições são fraudadas. Desde as Diretas Já, nunca foi tão necessário que coloquemos nossas bandeiras políticas de lado e nos sentemos à mesma mesa”, falou o diretor-executivo.

Para Karl, Bolsonaro sempre foi incapaz de liderar o Brasil. “A gente não pode ficar à mercê de um presidente que jamais teve condição de governar e isso ficou muito evidente ele foi chamado a agir, quando nos deparamos com uma pandemia seríssima”, disse.

O deputado federal DEM/SP Kim Kataguiri explicou sobre a escolha da data, reforçou que o ato é para todos e suprapartidário. “A nossa responsabilidade de chamar uma manifestação no momento que a vacinação vai estar avançada. A manifestação é ampla, todos serão bem-vindos, justamente por isso, nenhum ato de vandalismo e violência vai ser aceito”, concluiu.

"Cagamos para Bolsonaro", dizem resultados das pesquisas

 Após a corajosa declaração de Jair Bolsonaro em sua protegida live semanal nas mídias sociais, em que disse "caguei para a CPI, não vou responder nada", em resposta a questionamentos da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid no Senado, os resultados das últimas pesquisas retribuíram o comentário, bem ao nível de um chefe de estado: "cagamos para Bolsonaro", afirmaram os gráficos dos levantamentos sobre a avaliação do governo.


"Nunca estive tão em alta. Caguei para o presidente", disse o gráfico do Instituto Poder Data, do alto dos seus 55% de rejeição. O gráfico da pesquisa XP Ipespe, também em seu maior nível desde o início do governo (?!) Bolsonaro, com 52% de avaliação ruim e péssimo, alfinetou: "daqui a pouco vão dizer que eu sou comunista, mesmo sendo uma corretora de valores totalmente voltada ao mercado financeiro".

"Eu já sou mesmo da 'Foice de S.Paulo'. Nem me incomodo", gargalhou o gráfico do Instituto Datafolha, a mais recente pesquisa, que registrou rejeição de 51% da população a Bolsonaro. "Eu já tinha avisado. Vocês só confirmaram que os números continuam crescendo", avaliou o gráfico da pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, realizada pelo Instituto MDA.

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Pesquisa XP: rejeição a Bolsonaro mantém tendência de alta; Lula abre 14 pontos em cenário eleitoral

Rejeição a Bolsonaro atinge maior patamar
Mais uma pesquisa, a terceira em uma semana, confirma que a avaliação do governo Bolsonaro segue ladeira abaixo. O levantamento XP Ipespe divulgado hoje revela que 52% dos brasileiros consideram a gestão de Bolsonaro ruim ou péssima. É a maior rejeição desde o início do governo. Em contrapartida, no mesmo período, o número dos que consideram a gestão bolsonarista boa ou ótima despencou para 25%. A tendência de queda na aprovação do presidente se manteve durante as 11 rodadas da pesquisa.

Em um momento em que o governo é confrontado com suspeitas em negociações sobre a compra de vacinas, a percepção de que o noticiário é negativo para o presidente segue em alta e atingiu 60% – indicador que mantém correlação com a avaliação do governo, avalia a XP.

Sobre as suspeitas de desvios, 81% dizem ter tomado conhecimento – elas são consideradas provavelmente verdadeiras por 63%. Para 41% há envolvimento de membros do governo e para 15%, de Jair Bolsonaro. Outros 28% avaliam que há envolvimento dos dois.

Sobre um pedido de impeachment do presidente, há divisão da população: 49% dizem ser favoráveis e 45% são contrários –  há cinco meses, os favoráveis eram 46% e os contrários, 47%.


Lula na frente

A pesquisa mostra também que o ex-presidente Lula mantém sua trajetória de crescimento e atinge 38% das intenções de voto, contra 26% de Jair Bolsonaro. Na sequência aparecem Ciro Gomes (10%), Sérgio Moro (9%), Mandetta (3%), João Doria (2%) e Guilherme Boulos (2%).


Confira os números:



Quando Doria é substituído por Eduardo Leite, do mesmo partido, o governador do Rio Grande do Sul vai a 4%. Nesse mesmo cenário, Moro é substituído por Datena, que pontua 4%. A liderança permanece com o ex-presidente Lula, com 35% – 8 pontos à frente de Bolsonaro, que tem 27%.

Na pesquisa espontânea, Lula e Bolsonaro seguem na frente. O petista oscilou 1 p.p. em relação a junho, e tem 25%. O atual mandatário recuou 2 p.p., e aparece com 22%.

Em simulações de segundo turno, Lula amplia vantagem sobre Bolsonaro e atinge 49%, contra 35% do atual presidente.

Acesse o relatório completo aqui

Deputado quer convocação de Braga Netto para explicar ameaças ao trabalho de parlamentares

Braga Netto: bravata ou ameaça real? (Reprodução TV)
O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) apresentou requerimento convocando o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, para explicar à Comissão de Fiscalização e Controle nota, em tom de ameaça, contra o trabalho realizado pela CPI da Covid no Senado. “As Forças Armadas e o Ministério da Defesa deveriam ser os principais interessados em identificar e coibir práticas irregulares. O papel deles é responsabilizar quem comete crime e não esconder debaixo do tapete ou atacar quem está investigando corrupção. Ninguém está acima da lei e nós queremos saber exatamente o que significam as ameaças da nota emitida pelo governo e Forças Armadas”, afirma o deputado.

A nota, assinada por Braga Netto e pelos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, repudia declarações do presidente da CPI, senador Omar Aziz, de que há muitos anos “o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”.  O ministro e os comandantes afirmam que “As Forças Armadas não aceitarão ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”.

O deputado lembra que as Forças Armadas não estão imunes a práticas irregulares. Tanto que ele denunciou, em fevereiro, compras milionárias de picanha, cerveja, bacalhau, filé mignon e salmão para atender Exército, Marinha e Aeronáutica. O Ministério Público Federal abriu processos de investigação em vários estados. “Nós defendemos a democracia e faz parte do processo democrático e das funções do parlamentar investigar o poder público e os órgãos mantidos com o dinheiro do povo”, destaca Elias Vaz.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Urgente: Goiânia começa a vacinar pessoas de 45 anos

A Prefeitura de Goiânia recebeu, na manhã desta sexta-feira (25/6), nova remessa com 22.860 doses de imunizantes contra a COVID-19. Com isso, a capital amplia a faixa etária de pessoas sem comorbidades para a partir de 45 anos. O anúncio da ampliação foi feito pelo secretário Durval Pedroso, agora há pouco, durante a vacinação da primeira dama de Goiânia, Thelma Cruz. O atendimento a esse público será por agendamento através do aplicativo Prefeitura 24 horas, com agendas já liberadas, em 27 postos de vacinação. Ainda, por demanda espontânea no Drive Thru do Shopping Passeio das Águas.

Os locais de vacinação e os horários de funcionamento podem ser verificados no site: https://www.goiania.go.gov.br/imunizagyn/

Em resposta a Bolsonaro, Renan posta foto de criança se recusando a cumprimentar o presidente Figueiredo

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), fez mais uma provocação a Jair Bolsonaro. Em sua conta no Twitter, o senador postou uma foto em preto e branco que mostra uma criança se recusando a cumprimentar o presidente João Figueiredo - aquele que preferia o cheiro de cavalos ao do povo -, o último dos ditadores que mergulharam o Brasil nas trevas durante vinte anos. Foi uma resposta ao ato irresponsável de Bolsonaro, que retirou a máscara de uma criança em uma aglomeração em visita ao Rio Grande do Norte, colocando em risco o menino e a família. "É possível resistir ao atraso", disse Renan.

Confira a postagem:

Em homenagem à criança que foi violentada pela ignorância do presidente da República, que tirou sua máscara numa aglomeração no Rio Grande do Norte em plena pandemia, lembro imagem do passado, quando outra criança mostrou que é possível resistir ao atraso.


quinta-feira, 24 de junho de 2021

Reprovação de Bolsonaro vai a 50%; aprovação cai para 23%

Não se sabe como nem por que, mas ainda existem 23% de brasileiros que apoiam o governo Bolsonaro. A percepção de que seu governo é um completo desastre, ao menos, disparou para metade da população. É o que revela a mais recente pesquisa Ipec, divulgada pelo G1

O levantamento foi feito entre os dias 17 e 21 de junho, antes, portanto, do escândalo de corrupção na compra da vacina Covaxin, refrendada e recomendada por Bolsonaro, apesar dos alertas de irregularidades apresentados por um servidor do Ministério da Saúde.

Veja o infográfico:




quarta-feira, 23 de junho de 2021

"E eu continuo delegado", diz Alexandre Saraiva, exonerado por investigar Ricardo Salles

O delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva, ex-superintendente da PF no Amazonas, tirou sarro do agora ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, que pediu demissão a Jair Bolsonaro no final da tarde. Em uma postagem no Twitter logo após o anúncio, Saraiva escreveu: "E eu continuo delegado da Polícia Federal!", ao lado de um emoji sorridente.


Ricardo Salles é investigado por ter aparentemente favorecido madeireiros ilegais. A denúncia alerta que seu escritório particular, inclusive, movimentou dinheiro incompatível com as atividades. Assim que determinou a investigação, Saraiva foi exonerado da Superintendência.

Em outra publicação, logo depois, o delegado disse: "Eu avisei que não ia passar boiada", ao lado de uma imagem em que Salles critica uma declaração de Saraiva sobre ele.

A investigação de Ricardo Salles, que estava nas mãos do ministro do STF Alexandre de Moraes, segue agora para a primeira instância.

Coincidência

Alguns internautas chamaram a atenção para o fato de a exoneração de Salles ocorrer justamente quando surgiu a notícia de que Bolsonaro foi avisado pessoalmente sobre a estranha transação para a compra da vacina indiana Covaxin, a mais cara entre todas no mercado, em uma operação inusitada que envolveu um intermediário privado.

A jornalista Andréia Sadi lembrou ainda que o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub deixou o cargo no dia em que o rei do laranjal Bolsonarista Fabrício Queiroz foi preso na casa do advogado da família, Frederick Wassef.

Como diria um conhecido jornalista, pode ser tudo, pode ser nada.

Índice de infelicidade dos brasileiros é o maior dos últimos 5 anos, aponta estudo

Foto: wirestock - freepik

Com alta taxa de desemprego e inflação crescente, o Brasil ocupa a 2ª posição em ranking que mede o mal-estar de 38 países, ficando atrás apenas da Turquia. De acordo com estudo do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre-FGV), o país tem 19,83% de desconforto socioeconômico, contra 26,28% da nação turca.

A lista de países que é avaliada relaciona membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que engloba economias avançadas e o Brasil, e quanto maior o índice de desconforto apresentado, pior é a taxa. Em terceiro lugar no ranking está a Espanha (16,09%), seguida por Colômbia (15,63%), Grécia (14,08%) e Chile (13,42%).

O índice de infelicidade, que é medido através da soma das taxas de inflação e de desemprego, atingiu o pior patamar dos últimos cinco anos no primeiro trimestre de 2021. O mesmo índice foi registrado em 2016, quando o país enfrentava uma grave recessão econômica.

Segundo Daniel Duque, pesquisador responsável pela pesquisa, o índice brasileiro é preocupante, pois, ao contrário da líder do ranking, o indicador brasileiro vem piorando ao longo do tempo, especialmente durante a segunda onda da pandemia causada pela Covid-19.

“A pandemia sem dúvidas tem um impacto profundo no índice de desconforto socioeconômico dos brasileiros, tendo em vista o crescimento das taxas de desemprego e alta da inflação”, comenta Thomas Carlsen, COO e co-fundador da mywork, startup especializada em controle de ponto online e gestão de departamento pessoal para pequenas e médias empresas. “Embora o PIB do país esteja voltando a crescer, os efeitos negativos sobre a economia vão perdurar por um bom tempo”, avalia ele.

Ministro das Comunicações terá que explicar à Câmara desvio de R$ 52 milhões

Fábio Faria terá que explicar desvio de verba (Reprodução)
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados aprovou agora há pouco requerimento do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) para que o ministro das Comunicações, Fábio Faria, explique o desvio de R$ 52 milhões. O recurso deveria ser aplicado em ações de combate à Covid, mas foi destinado a peças publicitárias de promoção do governo.

"O governo deve uma satisfação não só a nós, parlamentares, mas a toda a sociedade. A verba deveria ser aplicada em campanhas de conscientização, de uso de máscaras e álcool em gel e de incentivo à vacinação, por exemplo. Mas serviu para fazer palanque para Bolsonaro de forma totalmente irregular", explica Elias Vaz.

A verba alocada pela medida provisória 942, de abril de 2020, que liberou créditos extraordinários para o combate à doença, faz parte do Orçamento de Guerra (usado para enfrentar a calamidade pública decorrente da pandemia) e tinha o intuito de informar a população e minimizar os impactos decorrentes da proliferação da Covid-19. Mas, a partir de relatórios solicitados à Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), o deputado Elias Vaz comprovou o desvio do recurso. O parlamentar também analisou documentos públicos da CPI da Covid.

Elias Vaz descobriu que, para promover o governo, a Secom solicitou dinheiro dos Ministérios da Saúde e da Cidadania. Foram realizados quatro TED’s (termos de execução descentralizada) das pastas para a Secretaria. “Do ponto de vista orçamentário, o governo cometeu crime, que precisa ser investigado e os responsáveis devem ser punidos”, destaca.

Por iniciativa do parlamentar, a oposição entregou ao Tribunal de Contas da União representação para fiscalização do desvio. O documento cita como envolvidos nas irregularidades o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello; o ex-secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República, Fábio Wajngarten; o ex-secretário especial de Comunicação Social Adjunto, Samy Liberman; o ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, Antônio Elcio Franco Filho e o secretário-geral da presidência, Onyx Lorenzoni, que ocupava o Ministério da Cidadania na época da transferência de recursos para a Secom. Eles podem responder por crime de responsabilidade.

terça-feira, 22 de junho de 2021

Magda Mofatto desativa comentários de post em que aparece de fuzil para "capturar" Lázaro

Não deu muito certo a fanfarronice da deputada federal Magda Mofatto (PL-GO), que aparece à bordo de um helicóptero empunhando um fuzil e dizendo estar na captura do fugitivo Lázaro Barbosa, que há 14 dias desafia as forças policiais goianas e do Distrito Federal e permanece foragido.

"Te cuida, Lázaro. Se o Caiado não deu conta de te pegar, eu estou indo aí te pegar. Comandante, rumo a Cocalzinho", disse, vestida com roupa verde militar e com a porta da aeronave aberta.

Como não poderia ser diferente, a parlamentar passou a ser ridicularizada pelos seguidores, o que a fez desativar os comentários da postagem em seu perfil do Instagram. A tática, porém, não adiantou. As chacotas continuaram nas postagens seguintes. 

"Pegou o Lázaro, biscoiteira?", perguntou uma seguidora. "Já pegou o Lázaro, Keite Marrone tupiniquim?", questionou outro. "Deu uma volta pra fazer cena e gastar nosso dinheiro", criticou outra seguidora. 

Também houve críticas nem tão bem-humoradas. Muita gente interpretou a encenação como uma chacota às forças policiais, o que obrigou Mofatto a "explicar", em outra postagem, que criticava a atuação do governador Ronaldo Caiado (DEM) e não as polícias no episódio.