quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Espaço Villa di Luca, em Aparecida de Goiânia, é acusado de homofobia

O espaço de eventos Villa di Luca, em Aparecida de Goiânia, será denunciado à polícia por suposta prática de homofobia. A autora da denúncia é a analista de telecomunicações Amanda Paiva, de 26 anos. As informações são de O Popular.

De acordo com Amanda, ao entrar em contato para solicitar orçamento, questionou se no local já havia sido realizada alguma cerimônia LGBT. "Já, sim, mas te agradeço q não é nosso foco. Obrigado!", foi a resposta. Amanda ainda tentou retomar a conversa, mas acabou bloqueada no Whatsapp e no perfil da empresa no Instagram.

Nas últimas postagens, internautas questionaram os responsáveis pelo espaço sobre o tema, mas os comentários não foram respondidos.

Amanda se prepara agora para registrar formalmente uma denúncia. O espaço Villa di Luca foi contatado por mensagens no Instagram e no número de Whatsapp oficial da empresa para comentar o assunto, mas ainda não retornou as solicitações. Caso haja posicionamento, este texto será atualizado.

Atualização:

Em resposta por Whatsapp, um responsável pelo espaço afirmou que a empresa não pretende se posicionar.

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Deltan Dallagnol deve indenizar Renan Calheiros

 Do Gazeteiro:

A Justiça de Alagoas determinou que Deltan Dallagnol pague R$ 40 mil a Renan Calheiros (senador/MDB), por danos morais. Renan alegou que o ex-coordenador da Lava Jato foi às redes sociais para atacá-lo e tentar interferir na eleição para presidente do Senado em 2019.


O senador afirmou  na ação que Dallagnol publicava conteúdo em seu perfil no Twitter “em desfavor da referida candidatura”, agindo como “militante político e buscando descredibilização de sua imagem”.

Conforme reportagem da Folha de São Paulo, a ação destaca ainda que, após o senador retirar sua candidatura,  o procurador Dallagnol comemorou o fato nas redes sociais “quase como uma vitória pessoal”.

Ubes rechaça veto de Bolsonaro à distribuição de absorventes nas escolas

Rozana Barroso quer derrubada do veto (F: Divulgação)
Mais uma vez, Bolsonaro promove um ataque à vida, aos direitos e à saúde pública. Dessa vez, as mulheres e pessoas que menstruam em situação de vulnerabilidade são os principais afetados. 

O Projeto de Lei 4968/19 foi sancionado, mas com vetos perversos justo em dois itens: da distribuição de absorventes para as escolas públicas de ensino médio e de anos finais do ensino fundamental e para mulheres em situação de rua e na inclusão do mesmo na cesta básica. Os vetos foram publicados hoje (7) no Diário Oficial da União.

“Bolsonaro veta partes importantes e essenciais do 'PL da Pobreza Menstrual' e que oferecem sentido ao Programa. Recebemos na UBES relatos constantes de pessoas que menstruam que deixam de ir às escolas por falta de absorvente. O que o presidente faz novamente é atacar as mulheres e estudantes e mostrar o desprezo pela população”, comenta Rozana Barroso, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas.

Rozana esteve presente na Câmara dos Deputados para construir e aprovar este projeto de lei. “Essencial para evitar ainda mais a evasão escolar de pessoas que menstruam, ainda mais neste período de crise econômica e de fome da população. Sabemos que o valor dos absorventes é impraticável para uma parte dos estudantes de baixa renda”, explica.

A UBES afirma que voltará ao congresso para derrubar o veto. “É preciso garantir a dignidade menstrual e lutar contra a evasão escolar. Não vamos aceitar mais este ataque”, concluiu a presidente.

Lembrando que o Congresso pode decidir manter ou derrubar vetos presidenciais. O prazo para essa avaliação é de 30 dias após a publicação do veto no Diário Oficial.

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Silêncio de Bolsonaro e Carluxo confirma temor de prisão?

No dia 29 de setembro o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) publicou no Twitter o que seria o real motivo da surpreendente carta enviada por Jair Bolsonaro ao ministro do STF Alexandre de Moraes após os atos golpistas de 7 de setembro, incentivados pelo mandatário e com sua efusiva participação. Segundo o parlamentar, Michel Temer, amigo de Moraes, havia avisado sobre a possível prisão de Carlos Bolsonaro, que seria determinada pelo ministro.

Bolsonaro foi avisado por Temer q Carluxo seria preso depois depois do 7 de setembro. O Machão aos prantos ligou para Alexandre de Moraes, implorando, pedindo perdão, e prometendo 'nunca mais' ofender o STF ou seus Ministros. Quem assistiu relata a patética e vergonhosa cena”, escreveu o deputado.

A carta de arrego, soube-se depois escrita por Temer, deixou irados inúmeros bolsonaristas raiz, pelo recuo vergonhoso do comandante. Muitos afirmaram ser um “game over” para o Mito.

 Continuou Pimenta:

Quem acompanhou o desenrolar das tratativas afirma que foi pior do que meu relato. O desespero de Bolsonaro pedindo que Temer viesse as presas para Brasília foi 'comovente' e ainda será lembrado por muito tempo nos escaninhos do Palácio Alvorada. Carluxo nunca mais foi visto”.

A tese defendida por Pimenta não ganhou muita repercussão na mídia. Foi reproduzida basicamente  pelos canais assumidamente de esquerda, apesar da garantia do deputado de que a informação viera de interlocutores do Planalto que presenciaram a cena.

Ataques de Carluxo ao STF ficaram no passado

De qualquer forma, Bolsonaro, desde o arrego, nunca mais atacou o STF ou o TSE. Fraude nas urnas, não reconhecer o resultado das eleições, convocar o Exército em caso de (iminente) derrota, ditadura do STF, temas tão comuns no discurso do Mito, misteriosamente, desapareceram da retórica do Planalto. Vale lembrar que, em outras ocasiões, Bolsonaro havia se comprometido a encerrar os ataques a outros poderes e nunca cumpriu o combinado.

Carluxo, por sua vez, o mais provocativo membro da Familícia, em mais de 90 tuítes desde o 7 de setembro, nunca mais citou qualquer tema referente ao assunto. Isso enquanto o cerco contra o festival de rachadinhas denunciado por um ex-assessor e investigado pelo Ministério Público e pela polícia em seu gabinete na Câmara do Rio de Janeiro começa a se fechar.

Apesar da cena difícil de acreditar de um Bolsonaro implorando pela liberdade – ainda que provisória – do filho, o silêncio das hienas parece dar verossimilhança ao fato.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Genial/Quaest: Datena e Moro ultrapassam Ciro; Lula mantém liderança isolada

Pesquisa Genial/Quaest divulgada hoje mostra o apresentador José Luiz Datena (PSL) e o ex-ministro de Bolsonaro Sergio Moro (sem partido) à frente de Ciro Gomes (PDT) na disputa pelo Palácio do Planalto no ano que vem. No cenário em que disputa com o ex-juiz, Moro vence por 10% a 9%. Já o jornalista vence Ciro por 11% a 10%.

A pesquisa utilizou oito cenários, incluindo, pela primeira vez, a empresária Luiza Trajano (sem partido), cotada para a vice de Lula, que aparece com 4%, à frente do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), que atingiu 3%, e do também senador Alessandro Vieira (Cidadania), que marcou 2%. 

Em todos os cenários, Lula mantém liderança isolada, variando entre 43% 3 46%. Bolsonaro aparece em segundo, com intenções entre 24% e 27%. As projeções mostram a possibilidade de Lula vencer ainda no primeiro turno, caso a terceira via não se consolide.

Os resultados são da pesquisa estimulada. Na espontânea, Lula tem 22% e Bolsonaro 17%, mas 55% dizem não saber em quem votar.

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

"Uma das maiores atrocidades cometidas contra a humanidade", diz associação de médicos sobre caso Prevent Senior

A confirmação dos depoimentos de médicos da Prevent Senior colhidos pela CPI da Covid no Senado "configura retrocesso à barbárie e coloca o Brasil como sujeito de uma das maiores atrocidades cometidas contra a humanidade." A afirmação é da Associação Paulista de Medicina (APM) em nota oficial divulgada hoje.

De acordo com os relatos, a empresa submeteu pacientes a tratamentos experimentais sem conhecimento dos mesmos ou da família, excluiu informações dos prontuários médicos e falsificou atestados de óbito, excluindo a causa da morte como sendo por Covid, apenas para tentar validar a administração de medicamentos sem eficácia defendidos por Jair Bolsonaro e aliados, muitos deles, também médicos.

"O objetivo seria a contraposição às medidas de isolamento social, de forma a privilegiar a atividade econômica.  A questão é gravíssima e exige apuração imediata, transparente e aprofundada.", diz a APM. Nos depoimentos, médicos se disseram coagidos pelos gestores da Prevent Senior a administrar os tratamentos comprovadamente ineficazes.

"A APM, em nome dos médicos, assim como toda a sociedade brasileira, clama pela apuração dos fatos e a responsabilização de quem tenha participado em eventuais ações criminosas.", finaliza o documento.

Confira a nota:

Nota oficial da APM sobre CPI da Covid-19, Prevent Sênior e Ética na Medicina

A Associação Paulista de Medicina (APM) registra perplexidade quanto aos recentes depoimentos colhidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito indicando suposto envolvimento de médicos em esquema que funcionaria para induzir a chamada "imunidade de rebanho".

De acordo com os depoimentos na CPI em curso, isso se daria por meio da administração de drogas comprovadamente ineficazes contra o vírus SARS-CoV-2 e, inclusive, envolveria experimentação em seres humanos realizada à margem dos padrões éticos vigentes.

O objetivo seria a contraposição às medidas de isolamento social, de forma a privilegiar a atividade econômica.  A questão é gravíssima e exige apuração imediata, transparente e aprofundada.

A Associação Paulista de Medicina é defensora intransigente da Ética e da qualidade da assistência médica.

A confirmação dos depoimentos que todos ouvimos configura retrocesso à barbárie e coloca o Brasil como sujeito de uma das maiores atrocidades cometidas contra a humanidade.

A Associação Paulista de Medicina já instou o Ministério Público com o intuito de trazer à luz a verdade e a aplicação das medidas judiciais.  Também foram notificadas a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Superintendência de Vigilância Sanitária em São Paulo e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo.

A APM, em nome dos médicos, assim como toda a sociedade brasileira, clama pela apuração dos fatos e a responsabilização de quem tenha participado em eventuais ações criminosas.

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Empresas começam a exigir comprovante de vacina para candidatos

Com o avanço da vacinação, algumas empresas já estão com a política de volta aos escritórios, mesmo que de forma híbrida e, por isso, para as contratações estipularam a obrigatoriedade da apresentação do comprovante de vacina.

Na Luandre, uma das maiores consultorias de RH do país, essa passou a ser uma exigência no processo seletivo de alguns contratantes. “O movimento ainda não é dominante, mas alguns empregadores têm sim exigido o comprovante de vacinação como um dos requisitos para que os candidatos passem para as próximas etapas”, afirma Gabriela Mative, superintendente de seleção da Luandre.

Entre os principais motivos está o fato de a vacinação ser categorizada como um equipamento de proteção coletiva (EPC), ou seja, o profissional que não estiver vacinado pode colocar em risco a saúde de seus colegas e, caso o setor lide diretamente com o público, dos clientes.

“É tarefa do empregador promover um ambiente seguro de trabalho a todos, por isso, a empresa que define a obrigatoriedade da vacina entre os colaboradores, precisa aplicar a mesma medida no processo seletivo”, diz Gabriela.

A Portaria 597/04, do Ministério da Saúde, artigo 5º, § 5º, já autorizava a exigência da apresentação do comprovante de vacinação, “Para efeito de contratação trabalhista, as instituições públicas e privadas deverão exigir a apresentação do comprovante de vacinação, atualizado de acordo com o calendário e faixa etária estabelecidos nos Anexos I, II e III desta Portaria” Lei 13.979 de 06/02/2020.

Ainda não existe consenso entre os especialistas sobre até que ponto as empresas podem obrigar os funcionários a se imunizar contra a covid-19. A lei 13.979, no entanto, permite que autoridades adotem a realização compulsória da vacinação e outras medidas profiláticas para enfrentamento da emergência de saúde pública, desde que com base em evidências científicas e em análises sobre as informações estratégicas de saúde. Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) já deu ganho de causa a favor da constitucionalidade da medida em dois casos.

Segundo a especialista da Luandre, a vacinação pode assim ser considerada interesse coletivo. “Acreditamos que mais empresas comecem a exigir o comprovante, na medida em que a vacina seja disponibilizada para toda população e conforme os colaboradores forem retornando ao trabalho presencial”, completa.

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Médico desabafa e conta como o 'kit covid' afetou a administração do hospital de campanha

Dr. Malek Imad e equipe do hospital (F: Acervo pessoal)
Nos primeiros momentos de pandemia no país, assim como no resto do mundo, quando pouco se sabia sobre o coronavírus e seu comportamento em relação ao nosso organismo, diversas avenidas de teste com medicamentos e terapias foram exploradas. Quando se tem uma doença tão destrutiva agindo de maneira rápida e sem controle é normal que se considerem diferentes caminhos, como foi o caso da hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina no começo de 2020.

“Conforme o tempo foi passando, com novos dados e entidades sérias se posicionando contra a eficácia destes medicamentos, como médico, não podia responsavelmente indicá-los à pacientes já tão debilitados”, comenta o doutor Malek Imad, especialista em medicina de Urgência e Emergência, sobre a sua experiência administrando um dos hospitais de campanha do Estado de São Paulo.

Apesar de ter sido recomendado e até usado em alguns pacientes logo na chegada do coronavírus, o chamado ‘kit covid’, não tem efeitos efetivos contra a doença. A comunidade médica, incluindo a OMS, vem deixando bem claro através de diversos pronunciamentos durante o último ano, que a melhor maneira de evitar a contaminação é através do isolamento, o uso de máscara e depois da sua criação, a vacina.

Claro, existem estudos publicados a favor do uso destes medicamentos, porém, nenhum deles traz um embasamento de pesquisa concreto. “Em qualquer estudo científico, em especial no campo da medicina, existe uma ordem que deve ser respeitada para ter resultados imparciais e corretos,” explica Imad sobre a pesquisa feita pelo médico francês Didier Raoult, publicada em março de 2020, usada por muitos que defendem o uso do kit. “Mas, neste caso a metodologia foi desrespeitada e um resultado obtido desta maneira não pode ser levado a sério, principalmente quando falamos de vidas humanas.”

Desde então, Raoult foi denunciado pela Sociedade de Patologia Infecciosa de Língua Francesa (SPILF), por promoção indevida de medicamentos. Apesar disso, de certa maneira, o estrago já havia sido feito. O estudo do francês foi usado pela comunidade contra o isolamento e como arma política em diversas ocasiões, e não só no Brasil.

“Depois que a informação falsa se espalhou e caiu na boca do povo, tivemos de lidar com uma situação delicada, tanto eu quanto minha equipe, durante o atendimento no hospital de campanha,” conta o especialista. “Muitas pessoas queriam de qualquer maneira, pacientes e familiares, que eu prescrevesse o kit covid”, acrescenta.

Imad compartilha como teve que, além da dificuldade de cuidar de pacientes com uma doença incurável, impedir que os pacientes sob o seu cuidado não recebessem nenhum destes remédios como tratamento, e se manter firme na decisão mesmo com uma forte pressão pública.

“Coisas das mais diversas aconteceram nesse período,” relembra. “Tivemos brigas da equipe com pessoas que queriam o tratamento precoce, visitantes levando o kit covid escondido para os internados, e houve até um protesto fora do hospital para que implementássemos os medicamentos no tratamento.”

Mesmo com ações por vezes hostis, para o médico a população não deve ser culpada. “Estamos falando de um momento de extremo medo e apreensão num âmbito mundial, lidando com uma doença devastadora. No final, a responsabilidade de acalmar as pessoas e fazer com que a informação correta chegue a elas é da política pública”, pontua o especialista.

Devido a falta de informação, e ainda a própria desinformação, o mito do tratamento precoce permanece até hoje, mesmo com a chegada da vacina. Imad destaca que esses remédios não são ineficazes sempre, como a hidroxicloroquina que é essencial no tratamento da lúpus. “Eles só são realmente vazios contra o coronavírus. Além de serem medicamentos de ação forte, que podem afetar o fígado e o coração, deixando sequelas desnecessárias.”

Mesmo com reações adversas, doutor Malek Imad conseguiu seguir com seu plano de tratamento baseado em dados científicos, assim como uma medicina humanizada. “Apesar das dificuldades, tenho muito orgulho de meu trabalho no hospital de campanha. Acredito que minha decisão ajudou muito a comunidade de que fiz parte durante aquele período, e reforço que no momento, a única via que temos contra a doença é a vacina,” finaliza.

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

87 baleias foram mortas no litoral brasileiro. O que faz o governo Bolsonaro? Nada

Os estragos da desastrosa atuação do ex-ministro Ricardo Salles na pasta do Meio Ambiente assombrarão o Brasil durante anos, talvez, décadas. E, a cada dia, revela-se um novo horror. Durante parte de sua gestão, 87 baleias morreram na costa brasileira. A denúncia é dos deputados Célio Studart (PV-CE) e Israel Batista (PV-DF), que protocolaram requerimento questionando o ministro Joaquim Leite sobre as ações e projetos, no âmbito da pasta e dos órgãos vinculados, que estão sendo adotados para evitar a morte dos cetáceos.

Segundo dados levantados pela assessoria técnica do Partido Verde, o encalhe e as redes de pesca clandestinas são, a princípio, os motivos principais da tragédia. Também tem se levantado outras hipóteses para a morte das baleias, tais como: a diminuição da disponibilidade, em função do aquecimento global, de pequenos peixes e de Krill (pequeno crustáceo, similar ao camarão, habitante do oceano austral, cuja biomassa alcança 380 milhões de toneladas, tendo papel chave na cadeia de vida marinha, se alimenta de um tipo de plâncton e, por sua vez, passa a ser o alimento preferido de pinguins, focas e baleias).

Foram registrados o encalhe e morte de 87 baleias jubartes no Brasil, oito no Rio Grande do Sul; 30 em Santa Catarina; cinco no Paraná; 21 em São Paulo; 11 no Rio de Janeiro; cinco no Espírito Santo; seis na Bahia; e uma em Sergipe.

O deputado Célio Studart reforça ainda a preocupação com a manutenção dos ecossistemas marinhos, relembrando o vazamento de óleo que afetou diversas praias em vários estados, em 2019. “Não tivemos uma elucidação deste lamentável episódio e, agora, estamos tendo mortes de animais extremamente importantes para a manutenção da vida nos mares. É urgente que a gente tenha políticas claras de preservação dos oceanos, bem como punição para quem pratica pesca ilegal”, cobrou o deputado.

Com o requerimento, o PV quer saber sobre os projetos, planos, ações e providências que foram efetivadas pelo Ministério para monitorar, prevenir e fiscalizar o presente tema, evitando-se a ocorrência de episódios semelhantes. Ainda dentre os questionamentos apresentados pelos deputados, estão: o montante orçamentário da pasta destinado às ações e projetos para preservação destas espécies, a quantidade de multas que foram aplicadas por pesca ilegal de baleias, entre os anos de 2018 e 2021, os quadros comparativos de valores arbitrados e arrecadados, bem como a utilização destes recursos em ações de prevenção e educação ambiental.

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Luciano Hang diz que "será um prazer" depor na CPI

O empresário bolsonarista Luciano Hang, dono da estátua da liberdade, digo, da Havan, que ficou milionário durante os governos Lula e Dilma, diz que será um prazer falar aos senadores na CPI da Pandemia. Em nota divulgada à imprensa, o negacionista, que ocultou o real motivo da morte de sua mãe por covid-19 para defender o kit Covid de Bolsonaro, aplicado a ela, Hang diz que vai falar "de todo o trabalho que nós fizemos, visando ajudar no enfrentamento da pandemia, buscando auxiliar na saúde do povo brasileiro e também na economia".

Segundo o empresário, que passou a vender gêneros alimentícios em suas lojas de utilidades domésticas apenas para burlar os decretos de fechamento do comércio não essencial, ele sempre defendeu os cuidados com a saúde da população.

Hang e a Havan não responderam os questionamentos do blog à assessoria de imprensa sobre as denúncias apresentadas à CPI dando conta de fraudes nos prontuários da Prevent Sênior para burlar as notificações de morte sobre Covid nem sobre a informação, repassada por médicos à Comissão, de que sua mãe foi submetida a tratamento experimental contra a Covid. O espaço permanece aberto.

Confira a íntegra:

NOTA À IMPRENSA

Recebo com tranquilidade a informação que serei convocado para depoimento, como testemunha, na CPI da Covid-19, na próxima quarta-feira, 29, de setembro de 2021. 

Será um prazer estar presente e falar de todo o trabalho que nós fizemos, visando ajudar no enfrentamento da pandemia, buscando auxiliar na saúde do povo brasileiro e também na economia.

Desde o princípio falamos que era preciso cuidar da saúde, sem descuidar da economia. 

Estou totalmente à disposição para esclarecer qualquer questionamento.

Luciano Hang

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

E os blogueiros bolsonaristas dançando e rindo das mortes pela Covid?

O desprezo de Jair Bolsonaro e seus fanáticos seguidores pela vida é notório. O escárnio com o sofrimento alheio, uma rotina. Mas é sempre bom relembrar.

Em março de 2020, quando o Brasil tinha cerca de 200 mortes provocada pela Covid-19, o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, antes de fugir para os Estados Unidos, debochava da incipiente pandemia.

Ele e os comparsas extremistas Italo Lorenzon e Fernando Melo, do site de fake news Terça Livre, zombavam das famílias enlutadas com uma dancinha provocativa. "Corona é o caralho", dizia Allan dos Santos. 

Fariam o mesmo agora, quando o país atinge quase 600 mil óbitos?

Veja o vídeo:

A bolha de Bolsonaro nos salvará

Muito se comenta sobre o discurso lunático proferido na Assembleia da ONU por Jair Bolsonaro. Vivendo em um mundo paralelo, quase esquizofrênico, ele mentiu, inventou, atacou e, acima de tudo, mostrou, mais uma vez, seu completo deslocamento da realidade.

Bolsonaro vive um uma bolha e nunca saiu dela. Catapultado ao poder em um momento de profunda insatisfação do país com seus governantes, como salvador da pátria, passou a agir sistematicamente como tal. E essa, felizmente, será sua perdição.

Além de nunca abandonar o palanque, Bolsonaro se revelou um refém e retroalimentador de fanáticos. Terraplanistas, negacionistas, conspiradores, adeptos da invasão da Terra por alienígenas para clonar o "Mito" etc estão entre seus principais apoiadores. E é para este e com este público que Bolsonaro dialoga.

Longe de parecer ruim, isso é um benefício de médio prazo para o país. Ao ignorar a realidade, a inflação, a destruição do meio ambiente, a fuga de capitais, meio milhão de mortos pela Covid-19 e apostar na invasão comunista e no plano chinês para dominar o mundo, Bolsonaro fica cada vez mais isolado sem ter plena noção disso. 

Vivendo eternamente em seu cercadinho, ele parece o rei nu. Aplaudido por todos sem ninguém com coragem para dizer que é motivo de chacota, ele acredita ser o próprio rei, talvez um deus. E seus apoiadores, que vivem igualmente em uma bolha contra a "grande mídia esquerdista e os esquerdopatas" também acreditam que representam alguma maioria.

Quando acordarem, felizmente, será tarde. Teremos um país quase destruído, mas recuperável.  

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Homem aciona o MP afirmando que Bolsonaro foi clonado por ETs. Assista

A sessão virtual do Conselho Institucional do Ministério Público Federal (MPF) da última quinta-feira (16) foi, no mínimo, inusitada. Um homem identificado como Sérgio Soares da Silva Paim pediu para fazer a sustentação oral de uma denúncia que havia sido arquivada anteriormente pelo órgão. Segundo o denunciante, que falou sem acionar a câmera alegando problemas técnicos, mesmo contrariando a regra de publicidade das sessões, a Terra (não se sabe plana ou redonda) está sob ataque de alienígenas.

Ele garantiu que, desde o ano passado, reptilianos estão fazendo cópias de várias pessoas pelo mundo. E o mais copiado é justamente Jair Bolsonaro. Paim ainda afirmou que a Covid-19 é uma criação alienígena em parceria com os chineses e que "os efeitos mortais são desencadeados eletronicamente". 

Durante os dez minutos de sua sustentação oral, acompanhada por 15 conselheiros, Paim iniciou diferenciando cópia de clone. Segundo ele, no primeiro caso, a pessoa é exatamente a mesma, inclusive com as mesmas memórias. Já o clone seria como "um irmão gêmeo".

Assista a partir de 1h40':

O denunciante disse ainda que, desde 2010, quando foi submetido a um processo de robotização, os extraterrestres têm controle completo sobre ele, o que fez com que tivesse a capacidade de receber as informações que resultaram na denúncia por telepatia. Paim afirmou ainda que o procurador Carlos Frederico Francisco só recusou sua denúncia porque fez um acordo com a CIA e com a "ala sabotadora" em troca de uma cópia sua.

"O jornalista Glenn Greenwald (fundador do The Intercept Brasil), por exemplo, tem várias cópias", alega Paim. "Ele aparece (em imagens) conversando com as pessoas com idades diferentes", garante.

Já para provar que Bolsonaro tem várias cópias de si mesmo, Sérgio Paim afirma ter apresentado na denúncia várias fotos do abdome com e sem as cicatrizes da facada que levou durante a campanha de 2018. "Como é que ele pode ter um abdome sem as cicatrizes da bolsa de colostomia?, questiona. "Esses dois casos, qualquer criança consegue perceber a diferença".

Em resumo, o objetivo da denúncia, segundo Paim, é justamente provar que pessoas têm cópias. "Arquivar a notícia de fato dizendo que eu não apresentei provas? Eu apresentei", garante. "(Bolsonaro) queria comprar antrax e, como punição, a subespécie o obrigou a publicar fotos do abdome sem a facada", explica.

Ao encerrar a defesa da denúncia, Paim disse que quatro procuradores da República de São Paulo foram presos por associação com a CIA para assassiná-lo. Ele acusou ainda o presidente da Comissão, Francisco Rodrigues, de ter sido cooptado para não acolher as denúncias em troca de uma cópia de si mesmo.

Rodrigues encerrou o assunto ressaltando que nenhum procurador - ou cópia - citado foi preso. E que  afirmações desconexas e fatos inverossímeis impedem o prosseguimento da denúncia. E ainda deve sobrar um processo de calúnia e difamação contra Paim.