As inundações na Bahia, que já mataram 20 pessoas e deixaram mais de 470 mil desabrigadas, comove todo o país. Menos o mandatário Jair Bolsonaro (PL), que preferiu ignorar a tragédia e dançar funk em uma lancha, acompanhando de apoiadores, no litoral de São Paulo.
Enquanto o governo local e a sociedade brasileira se mobilizam para ajudar os baianos, Bolsonaro, após a dancinha, preferiu sair de férias até 5 de janeiro. Vai curtir o réveillon em Santa Catarina, afinal, ele trabalha demais.
O escárnio diante da tragédia, porém, não passou em branco nas redes. No Twitter, a tag #BolsonaroVagabundo figura, desde o início da manhã, entre os assuntos mais comentados do país.
Conheço Marquinhos Diet desde o primeiro ano de faculdade, em Londrina, em 1993. Tá aí um dos mais talentosos músicos brasileiros. Animava os corredores da UEL e as festas das repúblicas com suas composições, à época, mais humorísticas e até com alguns temas "politicamente incorretos", que abandonou ao longo dos anos, conforme nós, como sociedade, fomos evoluindo. Qual estudante de jornalismo de Londrina e região que não se recorda de "Universitário Tonto", a música que ironizava a errática escolha profissional, enquanto os pais preferiam "odonto"?
Marquinhos venceu, se não me engano, em 1994, o FestValda, um importante festival nacional de música com seu hit da época, "Efeito Pretérito". Ganhou clipe na MTV, divertidamente dirigido pela genial Tizuka Yamazaki, abandonou o curso de comunicação e seguiu para o Rio de Janeiro, em uma época que a internet apenas engatinhava, sem redes sociais e canais próprios de divulgação. Produziu muita coisa bacana, iniciando uma guinada na temática de suas composições.
De volta ao norte do Paraná, dividindo-se entre Londrina e sua cidade natal, Paranavaí, onde vive hoje, enveredou-se pela temática espiritualista, com o belo disco "Lagartas", onde está uma de suas mais belas músicas, "Prazo de Validade". Não deixe de ouvir, além da canção que dá nome ao CD. Tudo isso sem perder totalmente a veia humorística, claro. Não seria Marquinhos Diet sem isso.
Este ano, Marquinhos lançou sua mais bem acabada obra, "Da Lama ao Sucesso". O disco traz pérolas como "Quase Machuquei Meu Coração", um quase-brega-romântico que prega na cabeça, em que confessa:
"Cadê você? Já não era como antes, algo se quebrou. Da magia não sobrou nenhum lampejo. Se eu acreditei, hoje, nada vejo. Quase machuquei meu coração". Com uma melodia e um arranjo que só ouvindo.
Mas comecei a escrever esse texto porque a segunda música do disco, "De Louco Eu Tenho um Pouco", a mais divertida, gerou o clipe mais bacana de 2021, que você pode ver logo abaixo. Com participações que vão de Paranavaí a Paris, passando por Jericoacoara e Arraial D'Ajuda, o vídeo traz uma coleção de malucos fazendo maluquices pelo mundo. Dirigido por Henrique Medina e produzido por Luciano Galbiati, o clipe, cuja música ficou martelando na minha cabeça nos últimos dias, é diversão na certa. Afinal, eu não sou bom do coco.
O hino democrático de 2021, a música "Ele Não", gravada por orquestra e coral. Está no You Tube e circula nos grupos de Whats App. Ainda não sei qual é a orquestra, mas ficou espetacular. Que seja o hit de outubro de 2022.
A rodada de dezembro da pesquisa Ipespe, divulgada hoje, mostra uma ampliação da vantagem do ex-presidente Lula (PT) sobre os adversários nas duas listas de possíveis candidatos apresentada. O petista tem 43% das intenções de voto na lista mais ampla, contra 23% de Jair Bolsonaro (PL), que recentemente se aliou ao Centrão. O ex-juiz e ex-ministro bolsonarista Sergio Moro (Podemos) aparece com 9% das intenções, próximo de Ciro Gomes (PDT), que tem 7%.
O recuo de Moro e Bolsonaro em relação aos levantamentos anteriores ocorrem no momento em que o governo apresenta sua maior rejeição entre os brasileiros. Pelo levantamento 65% da população desaprovam a gestão Bolsonaro. O atual mandatário também tem a maior rejeição nas intenções de voto, com 62% dos eleitores afirmando que não votariam em Bolsonaro "de jeito nenhum".
Entre os assuntos que mais demonstram a incompetência do governo, segundo os entrevistados, está a atenção à saúde, o que revela que o negacionismo e a luta antivacinal de Bolsonaro estão cobrando seu preço. Por outro lado, o ex-pupilo Sergio Moro, que chegou a atingir 11% das intenções, terá muito trabalho para explicar suas atuações anteriores ao eleitor.
Pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em parceria com o Instituto MDA realizada entre os dias 9 e 11 de dezembro mostra, mais uma vez, a liderança do ex-presidente Lula na disputa eleitoral de 2022 com 30,1% das intenções de voto. Em segundo lugar permanece Jair Bolsonaro (PL), com 20,1%. O ex-ministro de Bolsonaro e ex-juiz Sergio Moro (Podemos) aparece distante, empatado com Ciro Gomes (PDT), com 1,9%.
O levantamento ouviu 2.002 pessoas em 137 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. Também foi perguntado sobre o governo Bolsonaro, avaliado como ruim e péssimo por quase metade dos brasileiros, com 47.9% de menções.
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) fez coro com as acusações de uso político da Polícia Federal (PF) pelo governo Bolsonaro contra aliados em referência à busca e apreensão realizada ontem contra o presidenciável Ciro Gomes (PDT). "É evidente que estamos diante de uma operação ilegal de espionagem, aprovada por um juiz que repete os métodos autoritários de Sérgio Moro, próprios de uma ditadura, cujos objetivos podem ser dois: buscar informações sobre as atividades dos dois políticos ou intimidar opositores do presidente Bolsonaro", diz a nota emitida pela entidade.
Ciro também recebeu o apoio de políticos como os adversários Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT). "Quero prestar minha solidariedade ao senador Cid Gomes e ao
pré-candidato a presidente Ciro Gomes, que tiveram suas casas
invadidas sem necessidade, sem serem intimados para depor e sem levar
em conta a trajetória de vida idônea dos dois. Eles merecem ser
respeitados", disse Lula.
Ao longo de seu mandato, Bolsonaro fez diversas trocas nos comandos da PF na tentativa de proteger seus filhos das inúmeras denúncias de corrupção que enfrentam, bem como para punir delegados que investigam aliados.
Confira a nota da ABI:
ABI denuncia operação contra Ciro e Cid Gomes
Bem ao estilo do
Estado policial que o presidente Jair Bolsonaro tenta implantar no
Brasil, a Polícia Federal realizou na manhã de terça-feira ações
de busca e apreensão nas residências de Ciro Gomes, pré-candidato
do PDT à Presidência da República, e de seu irmão, o senador Cid
Gomes.
Segundo informações, a PF teria levado consigo
computadores e telefones celulares de Ciro e Cid.
Considerando-se
que os fatos que teriam levado à operação, segundo a própria
polícia, aconteceram há cerca de dez anos, que provas poderia haver
nos equipamentos apreendidos?
É evidente que estamos diante de
uma operação ilegal de espionagem, aprovada por um juiz que repete
os métodos autoritários de Sérgio Moro, próprios de uma ditadura,
cujos objetivos podem ser dois: buscar informações sobre as
atividades dos dois políticos ou intimidar opositores do presidente
Bolsonaro.
Em qualquer dos casos, estamos diante de um atropelo
inadmissível numa democracia.
A Associação Brasileira de
Imprensa protesta duramente contra esse procedimento e exige a
punição dos responsáveis, na forma da lei.
General Heleno, bolsonarista de primeira, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), nunca escondeu suas intenções golpistas. Ontem, em áudio divulgado pelo jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, atacava, mas uma vez, o STF: "Eu tenho que tomar dois Lexotan na veia por dia pra não levar o presidente a tomar uma atitude mais drástica em relação às atitudes que são tomadas por esse STF que está aí".
Burro, aparentemente, general Heleno não é. Sabe da inviabilidade político-econômica de uma ruptura democrática em uma nação democrática ocidental. A economia não resistiria alguns meses e golpistas teriam que sair com o rabo entre as penas.
Mas, esquecido, general Heleno parece ser. Nunca mais cantou sua célebre musiquinha atribuindo a roubalheira do país ao Centrão, que hoje comanda o desgoverno Bolsonaro.
O ex-presidente Lula (PT) mantém a liderança das intenções de voto na mais recente pesquisa Modalmais/Futura Inteligência divulgada ontem. Na estimulada, em um cenário com todos os pré-candidatos anunciados, o petista tem 37,9% contra 30,6% de Jair Bolsonaro (PL). Em terceiro aparece Sergio Moro (Podemos), com 9,8%. Na espontânea, Moro caiu de 4,7% para 4,2%.
A rejeição de Bolsonaro é a maior entre os candidatos. Quase metade do eleitorado, 49,5%, diz não votar em hipótese alguma no atual mandatário. Nas simulações de segundo turno, Lula vence todos os adversários.
Mais uma baixa nesses tempos difíceis para os veículos de comunicação. O jornal espanhol El País anunciou hoje o encerramento de sua edição em português. De acordo com a nota divulgada no site do jornal, a publicação, "apesar de ter atingido grandes audiências e um número considerável
de assinantes digitais, ela não alcançou sua sustentabilidade
econômica, o que levou à decisão por sua descontinuidade".
Uma pena. O El País foi uma trincheira de defesa da democracia e de combate aos desmandos promovidos pelo bando de lunáticos irresponsáveis que tomou o poder no Brasil em 2018, catapultados pela mais intensa campanha de fake news e ataques já vista na história nacional.
O jornal promete manter a cobertura dos assuntos brasileiros a partir de sues correspondentes em São Paulo, na Edição América, que conta ainda com escritórios na Cidade do México, Buenos Aires e Bogotá.
Já foi o tempo em que
metaleiros comiam morcego no palco. Muita gente da turma do barulho,
agora se rendeu ao veganismo. É o que conta Derrick Green, vocalista
do Sepultura. O músico, de voz gutural, aceitou o
convite da organização sem fins lucrativos que incentiva o
veganismo, Veganuary, e é o novo embaixador da campanha em 2022.
Derrick é
vegetariano desde os 15 anos de idade e tem notado uma tendência
acentuada de metaleiros que se estão abrindo ao veganismo. Em
entrevista para a Interview Under Fire ele disse que a mudança é
perceptível na oferta de alimentação nos shows e festivais em que
toca. “No camarim, a comida vegana é a primeira a acabar.” Além
de Derrick Green, Luísa Mell também será embaixadora da campanha.
O cantor assume com
orgulho a sua escolha por uma alimentação vegana, e posta com
frequência conteúdos sobre o tema. “A empatia por todas as formas
de vida cria um efeito dominó que beneficia a existência do nosso
planeta”, afirma.
Entre as
celebridades participantes do desafio, que serão veganas durante um
mês inteiro, estão as atrizes Lucélia Santos e Valentina Bulc, o
escritor André Carvalhal e o ex-deputador federal Jean Wyllys.
Para participar do
desafio Veganuary em janeiro, basta se
inscrever para receber um conteúdo valioso durante um mês.
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) emitiu uma nota contra os animais que acompanham Jair Bolsonaro (PL) e agrediram covardemente jornalistas na Bahia.
Confira
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) apresenta sua
solidariedade aos repórteres Camila Marinho e Cleriston Santana, da
TV Bahia, e Xico Lopes e Dário Cerqueira, da TV Aratu, que foram
covardemente agredidos, nesse domingo, em Itamaraju (Bahia), por
seguranças e milicianos bolsonaristas.
Mais uma vez,
incentivados pelos discursos criminosos contra o exercício
constitucional do jornalismo pelo ainda presidente Jair Bolsonaro -
considerados pela Advocacia-Geral da União como “liberdade de
expressão” -, seguranças e milicianos bolsonaristas agrediram
profissionais da imprensa.
A ABI exige o
afastamento imediato do segurança do presidente Bolsonaro, além da
sua denúncia à Justiça, juntamente com o outro agressor, ambos
perfeitamente identificáveis pelas imagens.
Cabe aos democratas
repudiarem mais esta agressão, que tem o objetivo de cercear e
intimidar o livre exercício do jornalismo, na tentativa de impedir a
plena circulação das informações.
A possibilidade de o ex-governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, ser vice de Lula (PT) nas eleições do ano que vem é indiferente para 64% dos eleitores do ex-presidente. É o que diz a pesquisa Genial/Quaest realizada entre os dias 2 e 5 de dezembro, quando as especulações sobre Alckmin deixar o PSDB e ingressar no PSB, que já caminha com Lula, tornaram-se mais fortes.
Para 12% a presença de Alckmin aumenta o potencial da chapa e 13% dizem que não votariam no petista em caso de composição. Vale lembrar que Alckmin apoiou o impeachment de Dilma Rousseff (PT) e não é bem visto pela militância petista. Mas o pragmatismo de Lula faz líder das pesquisas, geralmente, olhar para o futuro sem se importar com o passado.
Há alguns dias circulando em grupos de Whatsapp e, agora, nas mídias sociais, vídeos de um improvável helicóptero caseiro tem divertido a rede. As informações iniciais dão conta de que se trata da obra de um morador da cidade de João Dias, no interior do Rio Grande do Norte, mas isso ainda não foi confirmado.
O fato é que a bizarra aeronave pega embalo e decola, como pode ser visto nos vídeos. Quem acompanha fica eufórico. Ainda não apareceu nenhum vídeo do fuscacóptero pousando, mas parece que o piloto já realizou mais de um voo.