terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Flow Podcast perde patrocinadores após defesa de partido nazista no Brasil

"O Flow Podcast, comandado pelos apresentadores Igor e  Monark começam a perder patrocinadores após Monark defender a legalização de um partido nazista no Brasil. A declaração absurda foi dada em debate com os deputados federais Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP) na noite desta segunda-feira.

"Eu acho que tinha de ter partido nazista reconhecido pela lei", afirmou. Apesar de não endossar a opinião do apresentador, Kim Kataguiri criticou o fato de o comunismo não sofrer as mesmas restrições legais e morais que o nazismo. Talvez tenham se esquecido dos milhões de mortos nos campos de concentração de Hitler e sua turma de assassinos.

A Flash Benefícios, uma das patrocinadoras do programa, emitiu uma nota de repúdio: "Diante do absurdo, é preciso se posicionar (...). Não há sociedade livre quando há intolerância ou busca de legitimação de discursos odiosos, nazistas e racistas, tecidos a partir de uma suposta liberdade de expressão", disse a empresa. Confira a nota completa abaixo.

Nota de repúdio Flash Benefícios - Flow Podcast

Diante do absurdo, é preciso se posicionar. No último dia 07 de fevereiro, durante a exibição do episódio 545 do Flow Podcast, um dos apresentadores fez comentários inadmissíveis e dos quais discordamos de forma veemente. Diante disso, solicitamos o encerramento formal e imediato de nossa relação contratual com os Estúdios Flow.

A Flash Benefícios acredita em uma sociedade igualitária, sem qualquer tipo de discriminação. Não há sociedade livre quando há intolerância ou busca de legitimação de discursos odiosos, nazistas e racistas, tecidos a partir de uma suposta liberdade de expressão. Reforçamos que todo e qualquer tipo de opinião jamais pode ferir, ignorar ou questionar a existência de alguém ou de um grupo da sociedade.

Acreditamos que liberdade de expressão, diálogo, pluralidade, e até mesmo a individualidade, só existem em uma sociedade onde há respeito mútuo. Qualquer atitude que fere e subjuga a existência de qualquer ser humano é crime e deve ser encarada como tal."

Hoje à tarde, Monark publicou um vídeo se desculpando, alegando que foi insensível, estava bêbado e que "defendeu uma ideia de forma burra."

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Vice-prefeita diz para professores "irem fazer faxina"

 Isso, é assim que se trata a educação nesse país. A vice-prefeita de Valparaíso de Goiás, Zeli Fritsche (PDT), do PDT de Ciro Gomes, disse que os professores insatisfeitos com os salários pagos pelo município devem ir "fazer faxina" se não estiverem satisfeitos com a profissão. A declaração foi dada em entrevista à rádio Metropolitano e citada pelo jornal Opção, ao ser questionada sobre a ameaça de greve dos professores da rede municipal da cidade, que fica no entorno de Brasília.

"Eu sou completamente contra a greve. Não está satisfeito, procure outro caminho na sua vida, mesmo que você tenha se preparado para isso. Um dentista pode largar a profissão e ir ser faxineiro. Vai ser feliz em outra coisa”, disse.

Em Valparaíso, município administrado por Pábio Mossoró (MDB), os professores estão há cinco anos sem aumento e há dois sem reposição da inflação. Marcillon Duarte, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Valparaíso cobrou soluções da vice-prefeita. "Marca uma reunião com o prefeito e a direção do Sindicato. Façam o rateio. Cadê o piso do magistério? Além disso, inicie um processo de negociação com os servidores representados pelo Sindicato. Assim, quem sabe, evitaremos uma greve" cobrou.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Em Goiás, reduto bolsonarista, Lula tem 40%


Reduto bolsonarista, Goiás, como o restante da região Centro-Oeste, parece estar dando adeus ao atual mandatário. Pesquisa realizada pelo Instituto Serpes, a pedido da Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg), coloca o ex-presidente Lula (PT) 12,2 pontos percentuais à frente de Jair Bolsonaro (PL) nas intenções de voto para a Presidência. Na pesquisa estimulada, o petista aparece com 40% do eleitorado, contra 27,8% de Bolsonaro.

Na sequência vem o ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro Sergio Moro (Podemos), com 8,1%; Ciro Gomes (PDT), com 2,5%; o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD), com 1%; o govenador de São Paulo, João Doria, com 0,9%; Luiz Felipe D'Avila, com 0,5%; e a senadora Simone Tebet, com 0,1%. 

Vale ressaltar que Lula lidera com folga em todas as regiões do país, exceto no Sul, ontem Moro tem seus melhores números, e justamente o Centro-Oeste, onde Bolsonaro aparece mais próximo do petista nas pesquisas dos diversos institutos divulgadas desde o ano passado.

A rejeição a Bolsonaro também é grande em Goiás, atingindo 38% de eleitores que não votariam nele de jeito nenhum. Lula vem em seguida, com 31,7%. A rejeição é analisada com bastante atenção pelos cientistas políticos porque aponta o limite em que determinado candidato pode crescer. Ou seja, ela é tão importante para os estrategistas quando as intenções de voto. E os números são bastante preocupantes para Bolsonaro.

A pesquisa Serpes ouviu 801 eleitores entre os dias 21 e 24 de janeiro. A margem de erro é de 3,5 pontos e o nível de confiança é de 95%. Está registrada no TRE sob o número GO-08447/2022.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Moro promete divulgar na sexta quanto ganhou ao auxiliar empresas que a Lava Jato quebrou

O ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) Sergio Moro (Podemos) já vinha sentindo na pele o que é deixar de ser herói para ser um político iniciante e errático. Hoje, perdeu sua primeira grande batalha na infrutífera caminhada ao Planalto: não resistiu à pressão popular e decidiu revelar quanto ganhou da consultoria norte-americana Alvarez & Marsal, responsável pela recuperação das empresas destruídas pela Lava Jato.

A decisão vem após o TCU ter determinado a divulgação dos ganhos, vistos como antiéticos por juristas, autoridades, políticos e por boa parte da população. Vale lembrar que, conforme revelou Reinaldo Azevedo, na época de "comandante da Lava Jato", como o próprio ex-juiz se intitula, Moro ignorou documentos oficiais da própria consultoria afirmando que o triplex que levou à condenação irregular do ex-presidente Lula pertencia à construtora OAS e não a ele.

Em postagem acompanhada de vídeo em suas redes sociais, Moro afirma que "Apesar da natimorta CPI e das ilegalidades do processo no TCU, eu, por consideração aos brasileiros e em nome da transparência que deve pautar a política, na sexta divulgarei meus rendimentos na empresa em que trabalhei."

A hora do anúncio será divulgada posteriormente, diz o ex-juiz. "Não estou cedendo ao TCU, o TCU está abusando. Mas eu quero ser transparente com você, com a população brasileira, como toda pessoa pública deve ser", afirmou.

É, Moro, a política é assim. Mas você já sabia, não é mesmo? Sempre atuou politicamente.

Assista ao vídeo:


terça-feira, 25 de janeiro de 2022

"Eu vou pegar um crioulo safado e vou cortar em pedaços", diz criminoso em vídeo; internet cobra punição

Circula pelas mídias sociais, aparentemente desde ontem, um vídeo em que um homem branco dispara comentários racistas e ameaças de morte contra negros. No vídeo, que tem duração de um minuto e meio, o jovem diz que foi abordado por "um viadinho, um afrodescendente" querendo saber onde estava o cachorro dele. "O filha da puta do macaco veio perguntar onde está o pit bull dele", diz, ao afirmar que ele cuida de cachorros abandonados na rua.

A agressividade continua: "Ainda bem que ele não roncou pra mim. Se roncasse ia fatiar ele todinho. Ia meter a porrada nele e cortar ele todinho de canivete. (...) Ainda mais se for de cor, aí me estimula mais a pegar e estraçalhar. (...) Hora que eu pegar um crioulo safado eu vou cortar em pedaços", continua.

Nas redes, pessoas pedem identificação do criminoso e punição para as ameaças.

Assista ao vídeo:


quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Ao fotografar para a Playboy, rainha da Unidos da Ponte entra na campanha para Lula

Radicada na Holanda, a modelo carioca Ana Lakker, de 24 anos, rainha da escola de samba Unidos da Ponte, decidiu entrar na campanha pela eleição de Lula em outubro. Durante os preparativos para uma sessão de fotos para a Playboy da África do Sul, Ana usou uma camiseta com o rosto do ex-presidente e a frase "Lula 2022".

Ela aproveitou para criticar o atual governo de Bolsonaro nas redes sociais pela falta de autoteste contra Covid-19. A modelo, que já foi vítima de racismo, trouxe autotestes para sua equipe de 12 pessoas. “Trouxe os testes rápidos da Holanda e toda equipe foi prontamente testada, com os autotestes para garantirmos a segurança de todos para a realização do ensaio. Isso deveria acontecer no Brasil, que atualmente está com testes em falta”, comentou.

Com fotos feitas no Brasil, a revista será lançada em março.

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Casos de covid-19 em Goiânia já ultrapassam o total registrado em dezembro, mas mortes e internações caem

Os casos confirmados de covid-19 em janeiro de 2022 já ultrapassam os registrados durante todo o mês de dezembro do ano passado. São 1.794 pacientes diagnosticados até ontem, data da última atualização do boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde de Goiânia. No mês passado, o total de casos chegou a 1.732.


Os casos de mortes e internações, porém, são menores, o que revela a eficácia das vacinas. O município já tem 73,5% da população totalmente vacinada. Em dezembro, 53 pessoas precisaram ser internadas e 18 morreram devido a complicações da doença. Em janeiro, o número de internações até o momento é de 36, com sete óbitos.

Nesta segunda-feira, primeiro dia do calendário de vacinação infantil, 2.201 crianças foram vacinadas.

Médicos pedem punição de Bia Kicis por crime de vazamento de dados

Médicos ligados à Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) pediram à Comissão de Ética da Câmara dos Deputados que investigue e puna a deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) por vazar para extremistas antivacina dados pessoais dos profissionais que participaram de uma audiência pública promovida pelo Ministério da Saúde (MS) sobre a vacinação infantil no dia 04 de janeiro.

A própria parlamentar se vangloriou nas redes sociais pelo vazamento, que configura crime diante da nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). 

"Diante do vazamento e de declarações da Deputada Bia Kicis em suas próprias redes sociais, nas quais confirmou o vazamento de dados e a divulgação de informações sigilosas a respeito da audiência realizada pelo Ministério da Saúde em relação ao estudo de vacinação de crianças em razão da covid-19, a SBP pede ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados a instauração de inquérito para apurar essa conduta. Se for confirmada a violação do decoro parlamentar, ela deve ser processada e julgada conforme o Código de Ética da Câmara dos Deputados.", diz nota de repúdio divulgada pela entidade.

A SBP pede ainda que o Ministério Público e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados investiguem a parlamentar.

Confira a nota:

NOTA DE REPÚDIO

Pediatras pedem respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) 

A audiência pública organizada pelo Ministério da Saúde no dia 4 de janeiro para discutir desdobramentos relacionados à vacinação de crianças de cinco a 11 anos contra a covid-19 serviu de palco para uma situação insólita, que não dialoga em nada com os princípios da ética e da moralidade, assim como desrespeita parâmetros legais em vigor no País. 

O País testemunhou o vazamento de informações pessoais dos médicos Isabella Ballalai (vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações -- SBIM), Marco Aurélio Sáfadi (presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP) e Renato Kfouri (presidente do Departamento de Imunizações da SBP e diretor da SBIM). 

A expressão vazamento já indica que o repasse desses dados para imprensa e outros grupos ofendeu parâmetros que deviam ser observados. Infelizmente, esse ato foi promovido por uma parlamentar, a qual foi eleita para trabalhar em defesa dos cidadãos e das instituições. 

Pela imprensa, a Deputada Bia Kicis (presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados) assumiu a responsabilidade pela publicização de informações, o que deixou os médicos acima citados em situação de vulnerabilidade, sendo alvos de ameaças e intimidações pelo seu posicionamento em relação ao tema da vacinação de crianças contra a covid-19. 

A Sociedade Brasileira de Pediatria entende que o gesto praticado pela deputada Bia Kicis não pode ficar impune. Por isso, além desse vazamento ser objeto de moção de repúdio pela SBP, informa que foram tomadas medidas junto a diferentes instâncias, as quais são detalhadas a seguir: 

AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS (ANPD) -- Diante do flagrante desrespeito aos pressupostos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a SBP requereu desta instituição a adoção de todas as medidas cabíveis para apurar e punir os responsáveis pela prática ilegal de vazamento de dados sigilosos, somada de fiscalização para que a Lei seja cumprida através das suas devidas sanções.


MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL -- A SBP pede que seja apurada a fonte do vazamento, com a responsabilização dos envolvidos por descumprimento da legislação em vigor, dando resposta à sociedade, principalmente aos pediatras do País, e mostrando que o MPF não compactua com atitudes ilegais no bojo de sua atuação. 

CÂMARA DOS DEPUTADOS -- Diante do vazamento e de declarações da Deputada Bia Kicis em suas próprias redes sociais, nas quais confirmou o vazamento de dados e a divulgação de informações sigilosas a respeito da audiência realizada pelo Ministério da Saúde em relação ao estudo de vacinação de crianças em razão da covid-19, a SBP pede ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados a instauração de inquérito para apurar essa conduta. Se for confirmada a violação do decoro parlamentar, ela deve ser processada e julgada conforme o Código de Ética da Câmara dos Deputados. 

A SBP ressalta que os procedimentos adotados estão descolados de qualquer debate político, partidário, ideológico ou mesmo técnico-cientifico. As representações, queixas e denúncias apresentadas visam unicamente defender o respeito ao sigilo de informações de médicos em situação de trabalho, as quais estavam na oportunidade protegidas pela lei. 

Espera-se de agentes públicos, como uma deputada federal, a compreensão dessa responsabilidade de obediência legal que é condizente com seu papel na sociedade. Nada justifica a não observação desse compromisso que, sem a devida punição, pode ser quebrado em outras oportunidades, mais uma vez deixando indivíduos e/ou instituições em situação de risco. 

Rio de Janeiro, 17 de janeiro de 2022.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (SBP)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

72% são a favor da vacinação de crianças contra covid-19

A insana cruzada de Jair Bolsonaro (PL) e outros negacionistas contra a vacinação em geral e de crianças em especial, felizmente, não encontra eco na sociedade. De acordo com a  última pesquisa Genial/Quaest, divulgada hoje, 72% dos pais defendem a imunização de crianças de 5 a 11 anos. O levantamento ouviu duas mil pessoas. Entre os entrevistados, 20% discordam da vacinação, percentual próximo ao residual de eleitores que Bolsonaro parece manter no país.


O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sempre pronto a obedecer as ordens do chefe, tentou dificultar a vacinação de crianças - algo que parece insano do ponto de vista médico - criando uma consulta pública para analisar o posicionamento da população. A estratégia não deu certo. Lá, o resultado foi semelhante, além de os pais rejeitarem prescrição médica para a vacinação, outra invencionice do cardiologista que parece ter esquecido o juramento de Hipócrates, Marcelo Queiroga.

Vale ressaltar que, se a prescrição fosse necessária, milhares de crianças, especialmente as de famílias de baixa renda, encontrariam dificuldade para se imunizar, aumentando os riscos de morte devido à covid.

Enfim, a estratégia negacionista bolsonarista aparenta ser apenas direcionada a seu público raiz, formado por racistas, homofóbicos, antiambientalistas e outros seres provenientes do século 18. Bolsonaro, assim, parece garantir seus 20% de votos nas próximas eleições

Pesquisa Genial/Quaest: Lula mantém liderança e Moro patina em terceiro

 A pesquisa Genial/Quaest de janeiro manteve praticamente inalterado o cenário eleitoral registrado no final de 2021. Realizado entre os dias 6 e 9 de janeiro, o levantamento ouviu dois mil eleitores presencialmente em todas as regiões do país.

Lula (PT) mantém a liderança, com 45% das intenções de voto, seguido pelo candidato do Centrão e atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), que segue com 23%. O ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro Sergio Moro (Podemos), que esperava chegar aos 15% em janeiro, patina na terceira posição com 9% das intenções, seguido pelo pedetista Ciro Gomes (5%), pelo tucano João Doria (3%) e pela senadora do MDB Simone Tebet (1%). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) e o candidato do Novo, Felipe D´Avila não pontuaram.


A pesquisa também avaliou o governo Bolsonaro, que mantém 50% de menções negativas, 25% de regular e 22% de positivas.


36% dos eleitores de Bolsonaro dizem que ele está "pior do que esperavam"

 A avaliação do (des)governo de Jair Bolsonaro (PL), o presidente do Centrão, deteriora-se dia a dia. É o que revela a mais recente pesquisa Genial/Quaest divulgada há pouco. Mais de um terço de seus próprios eleitores responderam que seu governo está "pior do que esperava", um salto de oito pontos percentuais em relação ao registrado em julho do ano passado. Da mesma forma, os que consideram o governo "melhor do que o esperado" caíram de 35% para 29%.


A pesquisa, que também avaliou as intenções de voto para presidente (próximo post) foi realizada entre os dias 6 e 9 de janeiro e ouviu presencialmente duas mil pessoas em todo o país. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro de 2 pontos percentuais.

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Professores e estudantes protestam contra intervenção de Bolsonaro na UFG

Última colocada, Angelita é nomeada reitora por Bolsonaro 
Em mais um atentado contra o processo democrático e a autonomia universitária, Jair Bolsonaro (PL) interviu no processo de escolha de reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG) nomeando a professora de jornalismo Angelita Pereira de Lima para comandar a instituição. Angelita foi apenas a terceira mais votada na eleição, que teve como vencedora Sandramara Matias Chaves. Para honrar o nome da instituição em que é docente, especialmente na defesa da Democracia, tema tão presente nas faculdades de comunicação, Angelita deveria declinar da nomeação.

Abaixo, nota de repúdio emitida por entidades de professores e estudantes.

"Nota de repúdio contra a intervenção do Governo Bolsonaro em nomeação de nova reitora da UFG

O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos das IFEs do Estado de Goiás (Sint-Ifesgo), o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFG, a Associação de Pós-Graduandos da UFG, a Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), a União Estadual dos Estudantes de Goiás (UEE-GO), a União Nacional dos Estudantes(UNE) e a Associação de Egressos e Egressas da UFG repudiam a postura antidemocrática do presidente Jair Bolsonaro, que decidiu não nomear a professora Sandramara Matias Chaves como reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG), mesmo tendo sido a mais votada em consulta à comunidade universitária. O ato de Bolsonaro e seu ministro da Educação desrespeita a vontade da maioria dos professores, estudantes e trabalhadores técnico-administrativos da instituição e despreza a autonomia universitária.

A existência da autonomia universitária é tão importante que foi colocada na Constituição Federal, em seu artigo nº 207, como um direito fundamental para o funcionamento das universidades e instituições federais de ensino. Ela garante uma gestão independente, livre e plural, administrativamente e na produção da ciência e do conhecimento a serviço da sociedade, independente de governos e gestores. Ao desrespeitá-la, Bolsonaro quebrou uma tradição de décadas, que pode provocar instabilidade na UFG, e faz parte do projeto político deste Governo e seus generais que promovem o desmonte da universidade pública e o avanço do autoritarismo.

Bolsonaro desrespeitou a escolha da comunidade universitária, assim como desrespeita o povo brasileiro diariamente, com sua política desastrosa na educação, saúde, economia, meio ambiente e ciência. Desde o início do seu mandato, o presidente já escolheu mais de 20 reitores que não foram eleitos de forma democrática. Trata-se de um enorme retrocesso contra a democracia da universidade, promovido por um governo que reafirma diariamente seu perfil autoritário e coloca em risco a estabilidade do ambiente universitário.

Adufg-Sindicato, Sint-Ifesgo, DCE, APG UFG, ANPG, UEE, UNE e Egressos reafirmam seu compromisso com o respeito à vontade legítima da comunidade acadêmica, que fez, dentro dos marcos legais, sua escolha de quem deveria administrar a UFG nos próximos quatro anos. As entidades manterão a defesa intransigente do papel do Estado na garantia do ensino público gratuito federal no País.

Em defesa da autonomia universitária! Reitora eleita é Reitora empossada! Fora Bolsonaro!

Goiânia, 11 de janeiro de 2021"

Atualização: 12/01/2022

Os desdobramentos do caso revelam que a professora Angelita Lima integra o mesmo grupo da candidata mais votada, Sandramara Chaves. Em entrevista a O Popular, Angelita lamentou sua nomeação e ressaltou que o grupo permanecerá unido na gestão da UFG.

Ficou claro que a decisão de Bolsonaro teve como único objetivo confrontar a comunidade universitária. Até porque, Angelita é filiada ao PT, partido que, provavelmente, derrotará o candidato do Centrão nas eleições de outubro.

Twitter derruba postagens negacionistas de Silas Malafaia

Após pressão dos usuários e milhares de denúncias, o Twitter excluiu 11 postagens negacionistas do pastor bolsonarista Silas Malafaia. Na série de posts, o irresponsável líder religioso orientava seus fieis seguidores - a maioria pessoas simples e de pouco estudo - a não vacinar seus filhos. O assunto se tornou, desde ontem, um dos mais comentados da plataforma, com a hashtag #DerrubaMalafaia.

Em um dos textos, Malafaia dizia que vacinar crianças é "infanticídio". Antes, o pastor havia gravado um vídeo no You Tube com as mesmas informações, que gerou a repostagem no Twitter. Na plataforma de vídeos o material também foi apagado.