quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Richa rebate Requião e diz que aumentou participação na Sanepar

Em entrevista à imprensa em Salgado Filho, o governador Beto Richa disse que o novo acordo entre os acionistas da Sanepar traz equilíbrio, segurança financeira e jurídica na estatal paranaense. "Ampliamos a participação acionária do governo em relação aos sócios privados. As decisões, cada vez mais, são do governo. Decisões que são tomadas pelo conselho de administração, no qual o governo tem maioria absoluta. É bom lembrar que entre os sócios privados a Copel tem participação de 45%", disse Richa.

O governador adiantou que o Estado tem mais de R$ 1 bilhão de reais a receber e que a iniciativa privada vai fazer esse aporte. O governo vai receber os recursos e ampliar a participação acionária na companhia. "Não há prejuízo nem para a Sanepar, nem para o Governo do Estado. Estamos simplesmente regularizando uma situação que estava incorreta em relação a segurança financeira e jurídica", disse.

Richa adiantou que o novo acordo não trará qualquer impacto na tarifa da água. "Não tem o menor risco para isso. A Sanepar é reconhecida como uma das empresas de maior qualidade do Brasil e faz o maior investimento de sua historia: R$ 2 bilhões em obras de saneamento para garantir mais qualidade de vida para a população", completou.

As declarações são uma resposta ao senador Roberto Requião (PMDB/PR), que em seu site afirmou, ontem, que o governo Richa estava repassando o controle à iniciativa privada, conforme reprodução abaixo:

"“O governador assinou por mais oito anos um pacto de acionistas com o grupo minoritário da Sanepar. A Sanepar passa a ser gerida pelo tal consórcio Dominó que tem qualquer coisa como 19% das ações. E esse grupo é um grupo econômico privado que quer ganhar dinheiro aumentando tarifa e diminuindo investimento”, protestou Requião.
Este acordo de acionistas já existia em 2003, quando Requião assumiu o Governo do Paraná pela segunda vez. No entanto, ele não cumpriu o acordo e determinou como prioridade da Sanepar a implantação de programas sociais como a Tarifa Social e investimentos para ampliação da distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto. Além disso, as tarifas ficaram congeladas.
“É por isso que eu me revolto. É por isso que minha indignação é tão grande. O Paraná está sem oposição, sem transparência, sem informação. Tarifas altas, ‘tarifaço’ do Detran, aumento da despesa de custeio, terceirização, privatização. Precisamos organizar primeiro a transparência. Depois, a oposição e então a reconstrução do nosso Estado depois das próximas eleições”, finalizou."

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