segunda-feira, 10 de junho de 2024

Sinuca de bico em plena segunda-feira

Freepik/Wirestock
Marco chegou e logo reparou nas duas meninas que jogavam damas com tampinhas de garrafa pet. "Poderiam ir pra esses projetos de cadeiras de rodas ou abrigos de animais de rua - as tampinhas", pensou.

O cliente gordo e solitário dividia a coxa de frango frito de ontem com o cachorro de hoje. Parecia que ele morava lá, naquela praça que abriga o Segunda Opção. O cachorro.

Muita lascívia na mesa em frente, uma morena de cabelos artificialmente ruivos e shorts curtíssimos. Se atirava sobre o rapaz de camiseta cavada vermelha. "Toma uma atitude, rapaz!".

Três mulheres e duas crianças ali. A mamadeira dividindo espaço na mesa com os copos de cerveja. Terão essa imagem pra sempre, como eu sempre me lembro de meu pai pedindo aquele conhaque comigo no colo?

Quanto movimento nessa tarde. A revolta, revolução do oprimido pelas forças do dia a dia na mesa do bar nessa hora. O malandro, o maconheiro, as mães desempregadas com os filhos, os caras do plantão noturno... Augusto, o dono, quase não dá conta de repor, mesa a mesa, a cerveja barata. 

Ele corre de um lado a outro, alheio à barata de Kafka. Anota, cobra, serve uma coxa de frango e uma toscana.  

Há uma questão filosófica na mesa de sinuca: se eu mato, eu vivo. Devo?

O rapaz obeso insiste pra que o cãozinho fique por perto. "Sabe-se lá o que pensa essa gente?" O caramelo resiste ao carinho temporão. 

As meninas continuam jogando damas com tampas de garrafas. Poderiam ajudar tantos animaizinhos... 

A tarde cai e a presença de gente em plena segunda-feira mostra que a revolta contra tudo isso aí é legítima e pulsante.

Na mesa de sinuca permanece o dilema: se eu não mato, eu morro. Devo?

quarta-feira, 5 de junho de 2024

Ídolo dos bolsnaristas, Luciano Hang, da Havan, grava vídeo defendendo a "taxa das blusinhas"

Hang e o apelo à taxa das blusinhas
O empresário bolsonarista Luciano Hang, dono da Havan, continua sua ofensiva pela tributação das importações até US$ 50, cerca de R$ 260, que hoje são isentas do tributo federal. A volta da tributação das compras online, que ficou conhecida como "taxa das blusinhas", foi incluída pelo deputado federal bolsonarista Átila Lira (PP-PI) a pedido de empresários brasileiros, que se dizem prejudicados pela isenção, em um projeto do governo que trata de outro assunto - os incentivos a veículos sustentáveis -, ou seja, trata-se de um "jabuti". 

O texto está, agora, em discussão no Senado e pode ser votado ainda nesta quarta-feira (5). Para pressionar os senadores a manter a tributação, Hang gravou um vídeo (que você pode assistir abaixo) apelando para a "manutenção dos empregos", como sempre fazem empresários que querem lucrar mais e mais e mais.


Abaixo-assinado contra privatização das praias já tem 130 mil adesões

Dois abaixo-assinados contra a privatização das praias brasileiras - ferozmente defendida pela família do inelegível Jair Bolsonaro (PL) e pelo ex-craque Neymar Jr. - já receberam, juntos, quase 130 mil adesões nas primeiras horas de publicação.

Na plataforma change, são cerca de 40 mil assinaturas. Você pode assinar clicando aqui

Já no Avaaz, são quase 90 mil adesões e você também pode contribuir clicando aqui

O projeto propõe transferir os chamados "terrenos de marinha" (toda área a partir do mar até 33 metros continente adentro) para municípios, estados e particulares. O relator da PEC é o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o tema ganhou o noticiário e redes sociais depois dos posicionamentos públicos do jogador Neymar e da atriz Luana Piovani, respectivamente favorável e contrária à proposta. 

Se aprovada, a proposta permitirá aos futuros proprietários dos terrenos fechar o acesso ao mar. Na prática, é um aval para a indústria imobiliária degradar áreas que preservam nossa biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas costeiros, além de expulsar comunidades inteiras de seus territórios. A quem interessa privatizar as praias paradisíacas brasileiras?

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Alvo de bolsonaristas, taxação de importados é defendida por Luciano Hang

Pois é, nada como um dia após o outro. Alvo de gritaria bolsonarista nas redes sociais, o fim da isenção de impostos sobre produtos importados de até US$ 50 (cerca de R$ 250) vem sendo defendido com unhas e dentes pelos empresariado alinhado à extrema direita brasileira. Um dos ícones do bolsonarismo, Luciano Hang, dono da Havan, é um deles. 

Sua assessoria divulgou que o parceiro das motociatas do inelegível Bolsonaro (PL) está empenhado em convencer deputados a aprovar o projeto que revoga a isenção. O argumento? O de sempre, quando o empresariado quer defender lucros maiores mas não têm coragem de assumir: a manutenção dos empregos.

“O que os nossos representantes precisam colocar em discussão é a ameaça aos postos de trabalho no Brasil. Nós, empresários, comerciantes e entidades não estamos pedindo um aumento de impostos, mas a igualdade e isonomia de mercado. Ou todos pagam ou ninguém paga. Podemos também vender produtos com 50% de desconto se não pagarmos impostos, assim como fazem os estrangeiros e ainda nos tornarmos mais competitivos”, afirma Hang.

O empresário alerta ainda para o impacto nas pequenas e médias empresas. “Se a preocupação chegou às grandes empresas brasileiras, as menores já foram impactadas há muito tempo. Nossas empresas pagam mais de 90% em impostos, enquanto as asiáticas nada contribuem. Isso não é justo com nosso povo”, reforça o dono da Havan.

O projeto é de autoria do governo, mas a alteração em questão, que acaba com a isenção, é do relator, deputado Átila Lira (PP-PI).

Ou seja, quando se quer garantir vantagens, a pauta ideológica passa longe.

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Arroz comprado pela Conab terá preço máximo de R$ 4 o quilo ao consumidor

F: jcomp/Freepik
O arroz que será comprado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) chegará ao consumidor brasileiro por no máximo R$ 4 o quilo. No primeiro
 leilão, marcado para a próxima terça-feira (21), serão adquiridas até 104.034 toneladas de arroz importado da safra 2023/2024.

“O arroz que vamos comprar terá uma embalagem especial do governo federal e vai constar o preço que deve ser vendido ao consumidor. O preço máximo ao consumidor será de R$ 4 o quilo”, reforça o presidente da Conab, Edegar Pretto.

Conforme estabelecido pela Medida Provisória 1.217/2024, a compra de arroz será feita por meio de leilões públicos, ao longo de 2024. Os estoques serão destinados aos pequenos varejistas das regiões metropolitanas, de acordo com os indicadores de insegurança alimentar, exceto o Rio Grande do Sul. A importação de arroz visa enfrentar as consequências sociais e econômicas decorrentes das enchentes no Rio Grande do Sul.

A primeira remessa de arroz vai para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Pará e Bahia, segundo a portaria do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério da Fazenda n.º 3/2024. O valor da operação estabelecido no ato interministerial é de R$ 416.140.000.

O produto deverá ser descarregado nos portos de Santos (SP), Salvador (BA), Recife (PE) e Itaqui (MA). O cereal deverá ser empacotado em embalagem de 2kg padronizada, com a logomarca do governo federal.

quinta-feira, 9 de maio de 2024

CASACOR Goiás 2024 começa nesta quinta-feira

Espaço Sebrae Isis Dallarmi/Edgard Cesar
A antiga academia Athletics será a nova morada da 27ª edição da CASACOR Goiás, que começa na próxima quinta-feira, dia 9 de maio. O endereço no burburinho do Setor Bueno abrigará 37 ambientes planejados por 56 profissionais da arquitetura, design e paisagismo.  O novo endereço da mostra será palco de uma imersão no tema "De presente, o agora", convidando o público a celebrar a ancestralidade e o legado que queremos deixar para as futuras gerações.

Entre os dias 9 de maio a 23 de junho, o público poderá conhecer a mostra que traz soluções de como morar bem, inovações tecnológicas e as últimas novidades do mercado de acabamentos, revestimentos, mobiliário, iluminação, paisagismo, entre outros.

Mais uma vez, a CASACOR Goiás conta com um elenco composto por jovens talentos e nomes consagrados do Estado de Goiás, que criaram espaços inspirados no tema “De presente, o agora”, reforçando a importância de pensar, mais que nunca, o legado que queremos deixar no planeta.

A Mostra discute a importância de fazer as pessoas enxergarem a cidade como um mecanismo vivo e pulsante, em constante transformação. “É um manifesto, que propõe uma imersão na biodiversidade cultural do país, na beleza de nossa origem, feita de resiliência, alegria e encantamento”, aponta Pedro Ariel, curador da CASACOR.

Para Eliane Martins e Sheila Podestá, franqueadas da CASACOR Goiás, o novo local vai ao encontro do tema da mostra. “Ao revitalizar esse local nostálgico, a CASACOR não apenas celebra o passado, mas também convida a sociedade a contemplar o presente. Unindo a história da antiga academia Athletics ao tema provocativo da mostra, “De presente, o agora”, um convite para os visitantes desacelerarem e reafirmar o compromisso da CASACOR em revitalizar espaços emblemáticos, conectando-se de maneira especial com a essência da cidade”, afirma Eliane Martins.

Entre as novidades da CASACOR Goiás 2024, que é reconhecida como a maior e mais completa mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo das Américas, está a participação do chef Lucas Duarte à frente do Famu, um dos restaurantes queridinhos da cena gastronômica da cidade e um dos destaques do já consagrado Grupo Íz, do chef Ian Baiocchi, que será o restaurante oficial da mostra.

Com cardápio criativo, baseado em influências tanto asiáticas, quanto norte-americanas, além de ingredientes altamente selecionados, o spot é conhecido ainda pela delicadeza das sobremesas. A carta de drinks também carrega a influência da cozinha, no estilo minimalista, moderno, com ingredientes característicos da cozinha asiática, valorizando a parte autoral.

Inspirada pelos corações efervescentes de Tokyo, Nova York e Hong Kong, o restaurante investe na tradução de tradições atemporais asiáticas, criando uma fusão entre o fine dining e o casual, onde a sofisticação se encontra com o descomplicado com naturalidade. Desde o frenesi dos coquetéis autorais até a serenidade e elegância do sushi bar, o Famu oferece um universo de possibilidades gastronômicas que encantam e provocam os paladares mais exigentes.

Já o café leva assinatura do Il Café, comandado pela chef Cinara Matteucci. O cardápio da CASACOR Goiás será exclusivo, com novos pratos de petiscos, entradas, principais, e sobremesas. Para os amantes de cafés,  novos métodos, como o shypon e o Clever dripper. Além disso, a casa, que tem a proposta de um café bistrô, vai oferecer drinks e carta de vinhos e espumantes.

A 27ª edição da CASACOR Goiás conta com o patrocínio master da Deca, banco oficial BRB, tinta oficial Coral e patrocinador local Ázus Casa Conceito. Como apoio local estão a Saga BYD, Chesp, Guararapes, Sebrae. A segurança oficial é de responsabilidade da Tecnoseg, o Castro´s Hotel é o hotel oficial, internet Ultra Telecom, Plano de Saúde Unimed e bufê oficial Hanna Buffet.

Expectativa

A mostra do ano passado apresentou números consideráveis. Durante os 57 dias de duração, o evento recebeu mais de 29 mil visitantes. A CASACOR Goiás 2023 contou com 36 ambientes numa área de 7 mil metros quadrados de área construída, 59 profissionais no elenco, além de mais de 600 mil profissionais envolvidos e 114 empresas participantes. Sheila Podestá afirma que a expectativa é superar os números do ano passado na mostra 2024.

“A gente trabalha para que os números sejam sempre crescentes. Então a expectativa é ter um acréscimo a partir dos números de 2023. Esse ano a gente muda um pouco de endereço, vai para um lugar icônico, no coração do setor Bueno, um lugar que praticamente todas as gerações contam a história daquele local. Eu considero a somatória, as pessoas que estão vindo, as pessoas que estão entregando com a gente, só faz o desenvolvimento crescer e também essa expectativa”, explica Sheila de Podestá.

Serviço
CASACOR Goiás 2024
Tema: De Presente, o Agora
Quando: 9 de maio a 23 de junho
Local: Antiga academia Athletics (Av. T-12 esq. com Rua T-37, Setor Bueno, Goiânia, GO)
Ingressos: appcasacor.com.br/events/goias-2024

terça-feira, 7 de maio de 2024

O Brasil voltou: Goiás tem 15,6 mil novas empresas em um mês

Depois dos anos de terror do desgoverno bolsonarista, que destruiu a credibilidade do país nos cenários interno e externo, com o grupo mais incompetente de todos os tempos no comando da Nação, o Brasil se mantém, mês a mês, surpreendendo o tal "mercado" e os profetas da catástrofe. Além de apresentar crescimento do PIB acima do projetado por terroristas da informação, e voltar a ocupar a 9ª colocação entre as maiores economias mundiais, o país volta a mostrar números sólidos de avanço nas atividades econômicas.

Dados do Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian revelam que, em janeiro de 2024, foram abertos novos 381.746 novos negócios, o segundo maior número da série histórica. Considerando-se apenas os dias úteis, foram 12 aberturas por minuto.

No Centro-Oeste não foi diferente. A região ganhou 35.980 novos negócios em janeiro. Goiás liderou o ranking com 15.639 novos negócios. O setor de serviços foi o que mais ganhou empresas, seguido pelo comércio e pela indústria.

Confira abaixo:  



segunda-feira, 6 de maio de 2024

Hospital de Uruaçu realizou 9 procedimentos de captação de órgãos para doação em 2023

(F: Divulgação/HCN)
Nos dias 25 e 26 de abril, o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), unidade do governo de Goiás em Uruaçu, promoveu palestras sobre o processo de captação e doação de órgãos, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO). O hospital realizou um total de 9 procedimentos de captação de órgãos para doação apenas em 2023. 

As representantes da Central Estadual de Transplantes (CET) da SES-GO Nathalia Mendonça e Dirce Gomes ministraram palestras sobre o processo de doação de órgãos e tecidos, apresentado dados, lista de espera e critérios técnicos, ressaltando a importância do trabalho das equipes de captação. Durante as palestras, elas destacaram o trabalho da CET e das instituições públicas e particulares parceiras, entre elas o HCN que vem ganhando notoriedade como referência nos números de notificações e captações de órgãos em Goiás, alcançando a 4° posição de notificador do estado.

Além disso, a psicóloga da Central de Transplantes, Patrícia Vasconcelos, liderou uma oficina sobre comunicação em situações críticas e entrevistas familiares, enfatizando a importância da empatia e do acolhimento aos entes queridos, orientando sobre a abordagem correta e respeitosa durante esse momento delicado. Patrícia também destacou o protocolo de doação, que busca sempre minimizar traumas psicológicos e respeitar as necessidades de cada caso.

“Sabemos que é um momento difícil lidar com a dor da perda, por isso as famílias são abordadas e amparadas pela equipe multidisciplinar da comissão responsável com todo cuidado e atenção”, afirma o presidente da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) e coordenador da UTI do HCN, Dieimys Lucas Cândido.

A Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do HCN é composta por profissionais do serviço social, psicólogos, equipe médica e de enfermagem, entre outros departamentos importantes para a efetivação da captação.

Doação de órgãos

No Brasil, mais de 65 mil pessoas aguardam na lista de espera por órgãos, um dos maiores números dos últimos 25 anos. A posição da pessoa na fila depende de diversos fatores, tais como compatibilidade, idade, doenças associadas e grau de urgência, conforme avaliação da equipe cirúrgica e sempre com o conhecimento do receptor. Quem regula a fila é o Sistema Único de Saúde (SUS) e os órgãos doados vão para pacientes que aguardam na fila nacional única, controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.

Consumidor quer informações sobre origem da carne em embalagem, mas higiene e preço do produto ainda é o que mais pesa na hora da compra

Freepik/fabrikasimf
O que mais importa na hora de decidir comprar carne no supermercado? Preço, condições de higiene, impacto ambiental, bem-estar animal? Para tentar entender qual é a percepção das pessoas consumidoras sobre o consumo de carne, o Idec (Instituto de Defesa de Consumidores) encomendou uma extensa pesquisa sobre o tema, incluindo também o tema dos alimentos feitos à base de plantas para substituir a carne, os chamados plant-based. A pesquisa inédita foi realizada pelo Instituto Locomotiva em agosto de 2023, e ouviu mil pessoas nas cinco regiões do Brasil. Todas elas com 18 anos ou mais, sendo 58% dos entrevistados da classe C e a maioria residente de alguma capital brasileira.

Dentre os principais resultados, destaca-se o interesse do consumidor em saber o que come: 9 em cada 10 pessoas afirmaram que as informações do rótulo/embalagem são levadas em consideração para escolher um alimento e, entre os que costumam comprar carne, 86% procuram informações sobre a origem desses produtos. Ainda entre os compradores de carne, 95% disseram que a origem deste alimento seria levada em consideração na hora da compra se tivesse essa informação no rótulo/embalagem. No entanto, ainda não há legislação que obrigue essa informação nos produtos. 

Outro dado importante da pesquisa é que, apesar do interesse em saber o que se come, o que realmente é mais importante na hora de decidir pela compra ou não da carne são as condições de higiene tanto da carne (34%) quanto do local de venda (20%). O preço foi o terceiro ponto relevante, citado por 16% dos entrevistados como o mais importante. 

Por outro lado, apenas 4% dos participantes consideram que o mais importante é como os animais são tratados e 2% consideraram o impacto da agricultura e da produção de carne nas mudanças climáticas. 

A coordenadora do programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Instituto, Laís Amaral, reforça que o Guia Alimentar para a População Brasileira enfatiza a importância da manutenção da cultura alimentar do país, que inclui a carne. O que não significa que devemos ignorar seu consumo excessivo e a forma como ela chega à mesa. "O Guia também aponta a necessidade de pensarmos a sustentabilidade da produção de alimentos, é essa a reflexão que queremos fazer. E como o consumidor pode realmente ter informações de que aquele produto que ele consome não é resultado de desmatamento, por exemplo", explica Amaral. 

Plant-based, o falso saudável

Pensando também em entender como a população tem tido acesso a produtos vendidos como possíveis substitutos da carne, foram elaboradas questões sobre os plant-based. Os resultados mostraram que 35% já consumiram algum produto plant-based ou à base de plantas, sendo que 1% afirma que consome esses produtos com frequência. 

Quanto aos motivos de consumi-los, 88% daqueles que consomem esses produtos afirmam que levam em consideração as informações sobre sustentabilidade e saúde existentes em suas embalagens/rótulos. Entre os entrevistados que conhecem algum produto plant-based, 51% os consideram mais saudáveis que a carne, sendo que 30% os consideram muito mais saudáveis.  

"Essa é nossa preocupação com os plant-based. Eles são vendidos como mais saudáveis e mais sustentáveis mas, na verdade, a grande maioria também são produtos ultraprocessados, ou seja, aqueles que o Guia Alimentar recomenda que sejam evitados", explica a coordenadora do programa de Alimentação do Idec. 

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Aeroporto de Goiânia recebe premiação como Aeroporto Mais Pontual do Brasil na categoria até 5 milhões de passageiros

Moreno (esq.), Tássia (centro) e ministro Silvio Costa Filho (F: Sérgio Francês)
O Aeroporto Internacional de Goiânia - Santa Genoveva (GYN) foi reconhecido como o Aeroporto
 Mais Pontual do Brasil na categoria até 5 milhões de passageiros pelo “Prêmio Aviação + Brasil 2024”, promovido pelo Governo Federal, através do Ministério de Portos e Aeroportos.

No ano passado, o aeroporto registrou um recorde histórico de movimentação, com mais de 3,4 milhões de passageiros entre embarque e desembarque, o que o colocou entre os cinco aeroportos do Brasil que recuperaram a movimentação em comparação com o período pré-pandemia.

Para Marcius Moreno, Gerente Executivo da CCR Aeroportos, que administra a unidade desde março de 2022, a premiação reforça o crescimento do Aeroporto de Goiânia consolidando-o como um aeroporto preparado para o desenvolvimento da região. “Este reconhecimento valida o compromisso incessante de nossa equipe em oferecer serviços de qualidade e infraestrutura, contribuindo diretamente para impulsionar a conectividade e a economia local”, completa.

“Esse reconhecimento nos impulsiona a dar continuidade ao trabalho que estamos desenvolvendo em Goiânia. Desde a chegada da CCR Aeroportos, estamos empenhados em fortalecer nosso relacionamento com companhias aéreas, controladores de tráfego e todos os envolvidos em uma operação aeroportuária, visando entregar o melhor para os passageiros”, destaca Tassia Fraguas, gerente do Aeroporto Internacional de Goiânia.

O prêmio Aviação + Brasil 2024 tem como objetivo estimular a melhoria na prestação de serviços de aeroportos, empresas aéreas e órgãos públicos atuantes nos aeroportos brasileiros, reconhecendo os aeroportos e companhias aéreas mais pontuais do país. Esse reconhecimento é baseado nos resultados obtidos na Pesquisa de Satisfação dos Passageiros realizada pela Secretaria Nacional de Aviação Civil ao longo do ano de 2023 em 61 aeroportos do Brasil.

Correios inicia processo para contratação da banca de concurso

Os Correios iniciaram o processo para contratação da banca organizadora do concurso público da estatal. A empresa publicou, na terça-feira (23) em seu site, a carta-edital para que as instituições interessadas participem do processo, desde que comprovem possuir os requisitos de habilitação exigidos.

A documentação comprobatória e a proposta econômica deverão ser encaminhadas para o e-mail constante da carta-edital até o dia 7/5/2024. O concurso dos Correios deverá ter dois editais – um para nível médio (cargo Agente de Correios) e outro para nível superior (cargo Analista de Correios). A previsão é que o edital de nível superior traga vagas para as especialidades Advogado, Analista de Sistemas, Assistente Social e Engenheiro, de forma a suprir a necessidade apontada pelos levantamentos iniciais da empresa. O número de vagas está em definição. 

Cronograma – Confirma abaixo o cronograma previsto para a realização do concurso: 

  • Até julho – Planejamento do certame e processo para contratação da empresa especializada; 

  • Agosto – Contratação da banca; 

  • Setembro – Edital do concurso; 

  • Dezembro – Início das contratações. 

Realizar o concurso público é um dos compromissos assumidos pela atual gestão e resulta do esforço conjunto da empresa e das federações representativas de empregadas e empregados durante as negociações o Acordo Coletivo de Trabalho. Além disso, é uma medida de fortalecimento da estatal, que foi retirada da lista de privatizações pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu primeiro dia de governo. 

terça-feira, 23 de abril de 2024

Busca por carros chineses 0Km cresce 220% entre 2021 e 2023 no Brasil

Ou o Brasil é formado majoritariamente por esquerdistas-comunistas ou o ultradireitismo bolsonarista é o que sempre pareceu ser: hipócrita. Quem não se lembra das bravatas da extrema direita e do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o Inelegível, contra a China?

Pois bem, levantamento realizado pela Webmotors, maior ecossistema automotivo do Brasil e principal portal de negócios e soluções para o segmento, revela que a procura por carros de marcas chinesas zero quilômetro cresceu 220% na plataforma entre 2021 e 2023. Dados do Webmotors Autoinsights também apontam um aumento de 111% nas buscas por modelos chineses usados no mesmo período.

No ranking dos veículos chineses novos mais pesquisados no marketplace em março deste ano, dois modelos da Caoa Chery aparecem nos primeiros lugares: Tiggo 7 Pro (1°) e Tiggo 5X (2°). Completa o pódio, em terceiro, o elétrico BYD Dolphin.

Já em relação aos seminovos, a Caoa Chery se destaca novamente, desta vez ocupando as três primeiras posições do levantamento com os modelos Tiggo 7 Pro (1°), Tiggo 5X (2°) e Tiggo 8 (3°).

“O comportamento dos nossos usuários sinaliza uma curiosidade e aceitação cada vez maiores dos modelos chineses no mercado automotivo brasileiro atrelada, principalmente, pelo crescimento dos veículos híbridos e elétricos na preferência e no interesse dos consumidores, uma vez que essas marcas se destacam por oferecer um portfólio eletrificado no País”, afirma Natalia Spigai, CMO da Webmotors. 

Vale ressaltar que se trata de modelos de luxo, longe dos populares comprados pela maioria da população. O elétrico mais barato da BYD, por exemplo, custa em torno de R$ 150 mil. Ou seja, o rico de direita fala mal e compra. O pobre de direita só fala mal.

Confira os modelos mais pesquisados:

Novos

Usados

1. Caoa Chery Tiggo 7 Pro

1. Caoa Chery Tiggo 7 Pro

2. Caoa Chery Tiggo 5x

2. Caoa Chery Tiggo 5X

3. BYD Dolphin

3. Caoa Chery Tiggo 8

4. BYD Song Plus

4. Caoa Chery Tiggo 2

5. Caoa Chery Tiggo 7

5. Caoa Chery Tiggo 5X Pro

6. BYD Seal

6. Caoa Chery Tiggo 3X

7. BYD Dolphin Mini

7. Caoa Chery Tiggo 7X

8. Caoa Chery Tiggo 5X Pro

8. BYD Song Plus

9. GWM Ora 03

9. GWM Haval H6

10.Caoa Chery Tiggo 8

10.BYD Dolphin

53% dos bancos não têm restrições a investimentos que causam sofrimento animal; Itaú e Nubank estão entre os piores

Itaú e Nubank estão entre os piores bancos brasileiros em relação à preocupação com o bem-estar animal e com sistemas alimentares sustentáveis. É o que revela o relatório “Além do lucro: Revisão Global de Instituições Financeiras em Bem-estar Animal e Sistemas Alimentares”, divulgado pela organização internacional Sinergia Animal, na última segunda-feira. O estudo, que apresenta a questão "Seu banco está financiando a crueldade animal com o seu dinheiro?", fornece uma análise abrangente de 80 instituições financeiras em 22 países, expondo uma defasagem significativa do setor financeiro com relação ao tema.

A avaliação global destaca uma tendência preocupante: apenas 10% das instituições financeiras possuem políticas para desinvestir em práticas que causam sofrimento animal ou para financiar alternativas à base de vegetais, sendo que 53% das instituições avaliadas receberam pontuação zero. Apesar de alguns progressos, com 11 bancos melhorando as suas políticas em comparação a 2023, instituições renomadas como Goldman Sachs e ICBC regrediram em seus compromissos anteriores.

“Atualmente, o nosso mundo enfrenta desafios sem precedentes: a crise climática, os riscos para a saúde pública e o aumento da insegurança alimentar exigem uma ação imediata de todos os setores. Avaliamos o desempenho dos bancos nessas áreas, a partir 21 critérios — desde políticas que proíbem o financiamento das práticas mais cruéis com os animais na pecuária a outras atividades prejudiciais, como o comércio de animais silvestres, testes em animais e o uso indiscriminado de antibióticos. Também levamos em consideração políticas voltadas a sistemas alimentares sustentáveis”, explica Merel van der Mark, que lidera o programa de Bem-Estar Animal e Finanças da Sinergia Animal.

No Brasil, os bancos com maior pontuação foram BTG Pactual com 12% e Impact Bank com 10%. Já no cenário internacional, os bancos Triodos, de Volksbank, Australian Ethical, Rabobank e ABN Amro mantiveram a sua liderança como os cinco bancos com as melhores políticas de bem-estar animal e sistemas alimentares sustentáveis.

O relatório revela que a maioria das instituições financeiras está atrasada com relação aos apelos globais pelo combate à crise climática, pela proteção dos animais e pela transformação dos sistemas alimentares — recentemente ecoados em declarações de importantes órgãos internacionais.

A Assembleia Geral das Nações Unidas, por exemplo, pediu maior ambição em reforçar a saúde e o bem-estar animal, como um fator significativo para se alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Além disso, a COP28 emitiu uma declaração priorizando sistemas alimentares resilientes e o combate à crise climática. A OCDE atualizou suas diretrizes para incluir provisões para o bem-estar animal e a Organização Mundial de Saúde fez um apelo para que se adotem dietas mais saudáveis, diversificadas e baseadas em vegetais.

“Os bancos têm o poder e a responsabilidade de promover um futuro onde o bem-estar animal, a saúde humana e o combate às mudanças climáticas integrem as práticas econômicas. Este relatório é um alerta para que o setor financeiro priorize a sustentabilidade a longo prazo ao invés de lucros a curto prazo, valorizando o bem-estar animal e promovendo sistemas alimentares mais sustentáveis”, afirma Van Der Mark.

Nubank e Itaú foram contatados, mas não enviaram manifestação até a publicação desta matéria. O espaço permanece aberto e será atualizado caso isso ocorra.