O Ministério da Saúde, em parceria com o governo
da Paraíba e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis
(CDC) dos Estados Unidos, iniciou hoje um estudo de
caso controle de microcefalia relacionada ao vírus Zika no Brasil. A
pesquisa contará com a participação de 17 técnicos do CDC, nove do
Ministério da Saúde, além de técnicos do governo da Paraíba. O objetivo
da pesquisa é estimar a proporção de recém-nascidos com microcefalia
associada ao Zika, além do risco da infecção pelo vírus. As informações são do Ministério da Saúde.
“O Brasil tem atuado em parceria com outros países, estando à disposição
da OMS desde o início, priorizando a investigação e o investimento em
novas tecnologias que colaborem na busca de soluções e melhoria da
assistência”, ressaltou o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
O anúncio foi feito pelo ministro durante
reunião nesta terça-feira (16) com 24 embaixadores dos estados membros
da União Europeia, em Brasília, para apresentar as medidas adotadas pelo
Brasil para o enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da
dengue, febre chikungunya e vírus Zika. Na ocasião, o embaixador da
União Europeia, João Cravinho, informou ao ministro da abertura de uma
linha de crédito para pesquisa no valor de 10 milhões de euros para
estudos sobre Zika. Todas as instituições do mundo poderão participar do
edital que deve ser lançado no dia 15 de março.
A Paraíba é o segundo estado com maior número de casos
suspeitos de microcefalia no país. Ao todo, foram noticiados 756 casos,
sendo 54 confirmados, 275 descartados e 427 em investigação.
O trabalho será realizado durante 50 dias com a coleta de informações de
mulheres que tiveram bebês com ou sem microcefalia, recentemente, no
estado. Para cada caso com microcefalia, serão escolhidas três mães da
mesma região cujo bebê não possui a doença. A expectativa é que cerca de
800 pacientes sejam avaliados. O estudo deve terminar em abril deste
ano.
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