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terça-feira, 5 de setembro de 2023

Americanas diz que ex-CEO participou da fraude

Rombo bilionário (Reprodução)
A atual diretoria das Lojas Americanas, que enfrenta um escândalo contábil, acusa o ex-CEO da empresa Miguel Gutierrez de fazer parte da fraude fiscal. Gutierrez teria alegado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura o caso que não sabia da falsificação dos dados e que está sendo usado como "bode expiatório". 

Abaixo, a nota da empresa:

"A Americanas refuta veementemente as argumentações apresentadas pelo senhor Miguel Gutierrez à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na véspera da apresentação do relatório final. A companhia reitera que o ex-dirigente da Americanas não contestou em nenhum momento os documentos e fatos apresentados à Comissão no dia 13 de junho, que demonstram a sua participação na fraude.

A Americanas reitera que o relatório apresentado na Comissão Parlamentar de Inquérito em 13/06, baseado em documentos levantados pelo Comitê de Investigação Independente, além de documentos complementares identificados pela Administração e seus assessores jurídicos, indica que as demonstrações financeiras da companhia vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior da Americanas, capitaneada pelo senhor Miguel Gutierrez.

A Americanas confia na competência de todas as autoridades envolvidas nas apurações e investigações, reforça que é a maior interessada no esclarecimento dos fatos e irá responsabilizar judicialmente todos os envolvidos."

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Dono da Havan condenado a 13 anos de prisão


Hang: suspeita de coação de funcionários (Reprodução)
O empresário que protagonizou alguns dos momentos mais grotescos da campanha eleitoral em outubro, Luciano Hang, é, também, um condenado da justiça. Dono da Havan e defensor incansável de Jair Bolsonaro, Hang se notabilizou por, aparentemente, coagir funcionários e pregar o caos caso seu candidato não vencesse.

Dono de um discurso moralista, em defesa da família e tal, como ficou muito comum entre políticos que se aproveitaram da onda conservadora que varreu o país, o empresário, porém, não tem o mesmo comportamento em sua vida profissional. Hang foi condenado, no início do ano, pela Justiça Federal de Santa Catarina, a 13 anos, nove meses e 12 dias de prisão, além de multa de três mil salários mínimos, por crimes contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Hang teria mantido depósitos ilegais no exterior.

Ágil em condenar desafetos, no entanto, a Justiça perdeu os prazos para responder os artifícios da defesa e a pena contra o empresário prescreveu. Os crimes ocorreram entre 1996 e 1998.

Mas não é só isso. Em 1999, informa o jornal El País, “a Procuradoria da República em Blumenau deflagrou uma operação de busca e apreensão na empresa, que resultou na autuação da Havan em 117 milhões de reais pela Receita Federal e 10 milhões pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A autuação foi considerada a maior já realizada pela Receita Federal até então. A empresa recorreu a um financiamento da dívida por meio do REFIS e obteve um prazo, estimado pelo MPF à época, de 115 anos para quitar a multa.”

O jornalista Luis Nassif também lembra que, apesar de ameaçar seus funcionários com fechamento de lojas e demissões em caso de vitória de Fernando Haddad, em setembro, em uma matéria publicada também pelo El País, “o empresário admitiu que tomou empréstimo do BNDES ‘nos anos do PT’, para comprar ‘máquinas e equipamentos financiados pelo Finame [Agência Especial de Financiamento Industrial]. Mas quem se beneficiou, na visão dele, foi ‘a empresa de quem comprou o equipamento, não a minha pessoa’, tentou justificar.”

Enfim, com um currículo desses, não é de se admirar o lado que o “empresário” tenha tomado durante a campanha, não é mesmo?

Leia mais aqui e aqui.