quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

14 municípios goianos recebem verba federal para fortalecer economia e reduzir desigualdades

Imagem: Cisbango
Os municípios de Posse e Campos Belos, no nordeste goiano, foram incluídas, ao lado de outras 12 cidades do Estado, no Programa Cidades Intermediadoras, comandado pela Secretaria Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial (SDR).

O programa visa diminuir a desigualdade entre os municípios de uma mesma região. “Pensar a diversificação produtiva nessas regiões imediatas, nas cidades intermediadoras, é o foco do programa. É importante considerar que, pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional, o Centro-Oeste é considerado também uma região priorizada”, comenta a secretária da SDR, Adriana Melo.

O programa, lançado em dezembro de 2024, tem o intuito de diminuir a pressão nas metrópoles e capitais brasileiras, promovendo a ativação em rede das cidades que se conectam no território, como intermediadoras de bens e serviços públicos. “Entendemos que planejar o território significa pensar nas cidades enquanto núcleos estratégicos para o aumento da capacidade produtiva, oferta de serviços de maior qualidade, retenção de capital humano e promoção do desenvolvimento nas áreas de sua influência”, argumenta a secretária Adriana.

Na região Centro-Oeste, 20 municípios serão beneficiados. No contexto do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), o programa irá estabelecer vetores de desenvolvimento em nível sub-regional. Com isso, ampliará o acesso a oportunidades de trabalho e renda e difundirá bens e serviços públicos. Além disso, aprimorará infraestruturas econômicas e urbanas por meio da articulação de políticas setoriais federais, coordenadas pela União e demais entes federativos.

“Se tratando do programa, especialmente no Centro Oeste, em Goiás, nós temos a região imediata de Posse e Campos Belos, com 14 municípios integrantes; No Mato Grosso a região imediata de Cáceres, que é uma região de fronteira, e no Mato Grosso do Sul a região imediata de Corumbá, composta por dois municípios”, explica a titular da SDR. “As Cidades Intermediadoras no Centro-Oeste vêm fortalecer centralidades para além das capitais, que consigam levar o desenvolvimento para outras porções do território”, completou.

Conforme salienta a secretária, é importante considerar que, pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional, o Centro-Oeste é considerado também uma região priorizada, e já existem ações, por parte da pasta, que trabalham com processos de agregação de valor, principalmente em áreas onde a produção de commodities é mais forte. “A proposta é trabalhar, também iniciativas que fortaleçam as capacidades dos municípios, melhore o ambiente de negócios e impulsione uma gestão associada à prestação de serviços à população. Com isso, as pessoas terão outras centralidades mais próximas também ao seu local de moradia e de trabalho”, pontua Adriana Melo.

Além dos municípios citados, receberão recursos do programa: Alvorada do Norte, Buritinópolis, Damianópolis, Divinópolis de Goiás, Guarani de Goiás, Iaciara, Mambaí, Monte Alegre de Goiás, Nova Roma, São Domingos, Simolândia e Sítio d'Abadia

Com informações de: Brasil 61

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Lojistas reclamam de Mabel e relatam prejuízos com fim dos estacionamentos

(F: Wesley Menezes)
"Nós estamos com 7 mil lojas fechadas e não podemos mais deixar fechar nenhuma." Foi o que alertou hoje o presidente do Sindilojas-GO (Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás), Cristiano Caixeta, em audiência pública realizada na Câmara Municipal de Goiânia, nesta terça-feira, para discutir os impactos do fim dos estacionamentos em dez das principais avenidas da capital.

Proposta pela vereadora Kátia Maria (PT), a audiência reuniu cerca de 100 comerciantes, sendo que 90% deles são da Jamel Cecílio. É um dos polos comerciais mais afetados pela medida anunciada pela Prefeitura de Goiânia no início do mês, sob o pretexto de dar mais fluidez ao trânsito em vias arteriais da cidade.

"A nossa situação ali é dramática. Nós precisamos urgentemente de uma solução", disse o advogado José de Alencar, representante dos lojistas da Avenida 136, outra via onde já não é mais permitido estacionar. Os lojistas afirmaram, de forma unânime, que os consumidores 'sumiram' das lojas desde a proibição dos estacionamentos. “O movimento nas nossas lojas despencou. E agora, como vamos sobreviver e pagar os impostos?”, questionou Márcia José Stevanato, lojista da Jamel Cecílio.

Secretário Municipal de Engenharia de Trânsito, Tarcísio de Abreu falou brevemente na audiência, em nome do prefeito Sandro Mabel. Ele defendeu o plano de mobilidade da Prefeitura de Goiânia, que não passou pela Câmara Municipal, e reconheceu: "São ações duras, que às vezes trazem um desconforto, mas são ações necessárias".

A vereadora Kátia Maria criticou os atuais moldes do plano de mobilidade e afirmou que o projeto não está claro nem para a própria Prefeitura de Goiânia. "É crucial que o plano de mobilidade passe pela Câmara, porque é aqui que nós vamos debater com transparência, com o maior volume de informações possível." Chefe de gabinete da Secretaria de Engenharia de Trânsito, Ciro Meireles se comprometeu a levar as demandas dos lojistas para possível reconsideração do plano de mobilidade, por parte da administração municipal.

Será que a cabecinha do bebê pode “amassar”?

(F: Divulgação)
Quando se trata de bebês, é natural que pais, avós e cuidadores se preocupem com diversas áreas que envolvem seu desenvolvimento. Uma das questões que mais gera dúvidas é a famosa "cabeça amassada". Muitos acreditam que o crânio do bebê fica torto devido ao hábito de dormir ou deitar sempre na mesma posição. No entanto, essa percepção está equivocada e precisa ser esclarecida.

A fisioterapeuta especialista em Assimetrias Cranianas Lígia Conte trabalha nesta área há muitos anos, e é estudiosa na área de pesquisas que envolvem o assunto. Ela explica que,  o que ocorre com a cabecinha do bebê  não é culpa dos pais nem simplesmente resultado de deitar muito tempo de um lado só, embora isso possa agravar o quadro. O verdadeiro problema vem de tensões em locais específicos do corpinho do bebê, gerando torções e restrições de movimento, condição que vai além de uma questão estética e exige atenção.

"O crânio do bebê deve ser naturalmente arredondado, com uma forma convexa. No entanto, alguns Bebês apresentam áreas de planificação craniana que precisam ser tratadas, pois indicam tensões no corpo que afetam o desenvolvimento motor, trazem desvios crânio- faciais e afetam a postura", esclarece Lígia.

Diversos fatores podem contribuir para a assimetria craniana, já registrados cientificamente,  como: dificuldades no parto (distocias), posicionamentos intrauterino específicos, condições materno- gestacionais e até alterações anatômicas, como a anquiloglossia (língua presa), que está sendo cada vez mais estudada em relação ao tema.

Pesquisas indicam que cerca de 12% dos bebês nascem com algum grau de assimetria craniana, segundo dados da Harvard Medical School. Para gestações gemelares, o número é ainda mais expressivo, chegando a 54%. No entanto, muitos pais e cuidadores desconhecem a condição e seus impactos, como mostrado em um estudo publicado no The Open Journal of Occupational Therapy em 2021.

"A assimetria craniana não é apenas uma questão estética. Se não tratada, pode causar desalinhamento das orelhas e dos olhos, problemas na arcada dentária, como dificuldade no fechamento mandibular, além de atrasos motores e escolioses", alerta Lígia Conte.

A boa notícia é que a assimetria craniana tem tratamento, e quanto mais cedo o diagnóstico, melhores são os resultados. O tratamento, diferentemente do divulgado amplamente nos últimos anos,  não seria o reposicionamento do bebê ou o uso de capacetes moldadores, mas sim,  intervenções personalizadas e altamente especializadas, feitas por fisioterapeutas habilitados.

"Procurar ajuda de um profissional qualificado o quanto antes é essencial para corrigir as tensões no corpo do bebê e garantir que ele se desenvolva de forma saudável", orienta a especialista.

Por fim, é importante desmistificar a ideia de que a cabeça do bebê "se amassa". Essa condição não pode ser negligenciada e deve ser tratada com seriedade. Para mais informações e orientações, siga Lígia Conte no Instagram: @desenvolvecrianca.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Mais de 489 mil famílias em Goiás recebem o Bolsa Família a partir desta segunda

Neste mês, Goiás tem mais de 489,6 mil famílias contempladas pelo Bolsa Família. O investimento federal supera R$ 326,2 milhões, o que assegura um valor médio de benefício de R$ 666,41 aos contemplados nos 246 municípios do estado. O cronograma de pagamentos tem início nesta segunda-feira, 17 de fevereiro, e segue até o dia 28, de acordo com o final do Número de Identificação Social (confira abaixo).


No pacote de benefícios incluídos na retomada do programa desde 2023, 269.823 crianças de zero a seis anos recebem o Benefício Primeira Infância em Goiás, um adicional de R$ 150 destinado a cada integrante dessa faixa etária na composição familiar. O investimento para assegurar o repasse a esse público é de R$ 36,9 milhões.

O Bolsa Família também prevê outros benefícios complementares, no valor adicional de R$ 50, que chegam a mais de 411,8 mil crianças e adolescentes de sete a 18 anos, além de beneficiar 22.767 gestantes e 8.851 nutrizes. Para esses pagamentos, o investimento federal supera R$ 19,4 milhões.

BPI: 9,2 milhões de crianças (F: Lyon Santos/MDS)
Em fevereiro, o Bolsa Família alcança, em seu grupo prioritário, 3.263 famílias em situação de rua, 329 famílias indígenas, 5.898 famílias quilombolas, 1.371 famílias com crianças em situação de trabalho infantil, 1.572 famílias com pessoas resgatadas de trabalho análogo ao escravo e 6.700 famílias de catadores de material reciclável. No total, são mais de 19,1 mil famílias contempladas nos grupos prioritários no estado de Goiás.

Com 72,9 mil famílias contempladas, a capital Goiânia é a cidade com maior número de beneficiários do Bolsa Família em Goiás neste mês. Na sequência dos cinco municípios com maior número de famílias atendidas no estado estão Águas Lindas de Goiás (24.636), Luziânia (21.756), Aparecida de Goiânia (20.776) e Rio Verde (12.528).

NACIONAL — Em âmbito nacional, o Bolsa Família contempla em fevereiro de 2025 um total de 20,56 milhões de famílias em todos os 5.570 municípios do país. O investimento do Governo Federal é de R$ 13,8 bilhões. Das quase 54 milhões de pessoas beneficiadas neste mês, 9,12 milhões são crianças de zero a seis anos, 12,3 milhões são crianças e adolescentes de sete anos a 16 anos incompletos, e 2,6 milhões são adolescentes de 16 anos a 18 anos incompletos. O valor médio neste mês é de R$ 671,81.

41 itens do Farmácia Popular serão oferecidos de graça

(Foto: Ricardo Stuckert)
Os 41 itens oferecidos pelo Farmácia Popular à população brasileira passam a ser distribuídos gratuitamente. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou nesta sexta-feira, em entrevista à Rádio Clube do Pará, a informação anunciada pela ministra Nísia Trindade (Saúde) durante encontro com novos prefeitos e prefeitas, em Brasília, na quinta-feira.

"Todos os remédios que a farmácia popular entrega para pessoas que têm o uso continuado, aqueles que a pessoa precisa ter, como remédio para pressão, para diabetes, que tem de tomar obrigatoriamente, serão distribuídos gratuitamente para todo o povo brasileiro”, disse Lula.

Segundo estimativa do Ministério da Saúde, a medida vai beneficiar diretamente mais de 1 milhão de pessoas por ano, principalmente idosos, que antes pagavam coparticipação em alguns insumos. O anúncio se estende a toda a população brasileira.

Com a ampliação da lista, as fraldas geriátricas passam a ser fornecidas de graça ao público elegível, como pessoas com 60 anos ou mais. A Dapagliflozina, medicamento usado no tratamento da diabetes associada à doença cardiovascular, também será ofertada sem custos.

“Estamos acrescentando na gratuidade as fraldas geriátricas, ou seja, estamos falando também de envelhecimento da população. Eu sei a real importância dessa ação. Tivemos mais de 24 milhões de pessoas beneficiadas em 2024 e vamos aumentar ainda mais esse alcance”, explicou a ministra Nísia.

CRESCIMENTO - Entre 2022 e 2024, o Governo Federal ampliou o número de pessoas atendidas pelo Farmácia Popular em quase 20%, aumentando em 4 milhões o número de beneficiários. No período, o total de pessoas atendidas passou de 20,7 milhões em 2022 para 24,7 milhões em 2024.

ORÇAMENTO - Em 2024, o orçamento destinado ao programa alcançou R$ 3,6 bilhões, superando os R$ 3,1 bilhões de 2023 e os R$ 2,5 bilhões de 2022. A previsão para 2025, de R$ 4,2 bilhões, representa um aumento de 69% em relação a 2022.

NOVOS CREDENCIAMENTOS — Além da ampliação da gratuidade, anunciou nova fase de credenciamento para farmácias privadas localizadas em municípios que ainda não são atendidos. O credenciamento foi retomado em 2023, após oito anos sem nenhuma nova farmácia incluída. Com as novas habilitações, a expectativa é a universalização do Farmácia Popular. Atualmente, o programa está em 4.812 municípios, abrangendo 86% das cidades e cobrindo cerca de 97% da população por meio de mais de 31 mil farmácias.

COMO CREDENCIAR — Para credenciar um estabelecimento ao Farmácia Popular, é necessário que ele esteja em um município com vaga aberta e reúna a documentação exigida. O processo inclui o preenchimento de formulários e a apresentação dos seguintes documentos autenticados ou com certificação digital:

  • Comprovante de CNPJ com CNAE específico (4771701 e 4771702);
  • Registro na junta comercial ou certificação digital;
  • Licença sanitária estadual ou municipal;
  • Autorização de funcionamento emitida pela Anvisa;
  • Certidão de regularidade fiscal junto à Receita Federal;
  • Certificado de regularidade técnica emitido pelo Conselho Regional de Farmácia;
  • Documentação do representante legal e do farmacêutico responsável;
  • Comprovante de conta bancária da empresa.

Em Goiás, R$ 276 milhões foram renegociados no Desenrola Pequenos Negócios

Até o fim de 2024, 4.445 empresas goianas renegociaram 6.606 contratos que movimentaram R$ 276,11 milhões pelo Desenrola Pequenos Negócios. Com isso, Goiás figura como a unidade da Federação com o maior volume repactuado na região Centro-Oeste — e na 8ª posição em todo o país.

Entre maio e dezembro de 2024, o Desenrola Pequenos Negócios viabilizou a renegociação de R$ 7,5 bilhões em dívidas bancárias em todos os estados e o Distrito Federal para mais de 120 mil microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte. Desenvolvido em conjunto pelos Ministérios da Fazenda e do Empreendedorismo, a iniciativa do Governo Federal ofereceu descontos de até 95%, garantindo alívio financeiro e a reinserção desses negócios no mercado de crédito.

SISTEMA FINANCEIRO – A renegociação foi conduzida diretamente pelo sistema financeiro, com incentivos tributários do governo para que bancos oferecessem condições vantajosas. Os descontos variaram entre 20% e 95%, permitindo que milhares de negócios regularizassem os débitos e voltassem a acessar linhas de crédito.

ACESSO AO CRÉDITO – O ministro do Empreendedorismo, Márcio França, ressaltou o impacto da medida: "ao quitar ou renegociar dívidas, essas empresas não só recuperam o acesso ao crédito, mas ganham fôlego para crescer. Só em 2024, programas de crédito para pequenos negócios injetaram R$ 39 bilhões em 600 mil empresas, fortalecendo toda a cadeia produtiva".

ACREDITA – O Desenrola Pequenos Negócios integra o Programa Acredita, que inclui ainda o ProCred 360 — linha de crédito com taxas de juros 50% menores que as de mercado para MEIs e empresas com faturamento anual de até R$ 360mil. Para viabilizar as concessões de crédito, o governo destinou R$ 1,5 bilhão em garantias para os bancos, usando recursos remanescentes do Fundo Garantidor de Operações (FGO) do programa Desenrola, que renegociou dívidas de mais de 15 milhões de pessoas físicas. Com essa garantia inicial, serão disponibilizados R$ 5 bilhões em crédito, dos quais R$ 1,4 bilhão já foram emprestados a 47 mil empresas. A expectativa é que novos recursos sejam alocados para ampliar ainda mais a oferta de crédito.

PRONAMPE — Além do Procred 360, os pequenos negócios podem procurar os bancos para acessar o Pronampe. No ano passado, o governo criou ainda o Pronampe Solidário Rio Grande do Sul, contribuindo para a recuperação econômica de 36 mil empresas afetadas pelas enchentes que atingiram o estado em maio.

domingo, 16 de fevereiro de 2025

Cúpula do BRICS será no Rio de Janeiro, em 6 e 7 de julho

(Imagem: Divulgação)
A reunião de cúpula do BRICS em 2025 já tem local e data. Será no Rio de Janeiro, nos dias 6 e 7 de julho. A partir de autorização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o anúncio foi feito neste sábado, 15 de fevereiro, pelo ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores), ao lado do prefeito da cidade, Eduardo Paes.

"Receberemos os chefes de Estado dos 20 países que integram o BRICS nas duas categorias, de membros plenos e parceiros. Vamos tomar decisões muito importantes para o desenvolvimento, para a cooperação e para a melhoria da condição de vida de todos os habitantes desses países”, comentou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira
 

“É um grande prazer mais uma vez estreitar a colaboração e a parceria entre Governo Federal e o Rio de Janeiro. Receberemos os chefes de Estado dos 20 países que integram o BRICS nas duas categorias, de membros plenos e parceiros”, afirmou Vieira. “Vamos tomar decisões muito importantes para o desenvolvimento, para a cooperação e para a melhoria da condição de vida de todos os habitantes desses países”, completou.
 

Para o prefeito Eduardo Paes, a oficialização da cidade como sede fortalece a face internacional do Rio de Janeiro. “O Rio mais uma vez será a capital do mundo. Foi assim no G20, ano passado, e agora com o BRICS”, afirmou.
 

PRESIDÊNCIA - Em 1º de janeiro, o Brasil assumiu a presidência do BRICS até 31 de dezembro. Segundo a coordenadora-geral da presidência brasileira do BRICS, a ministra Paula Barboza, do Ministério das Relações Exteriores, os dois eixos da atuação do país, ao longo de 2025, são a reforma da governança global e a cooperação entre países do Sul Global.
 

CATEGORIAS - Há duas categorias de participação no BRICS: países membros e países parceiros. Os 11 membros – África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia – participam de todas as reuniões. Nelas, o processo decisório baseia-se no consenso.
 

CRITÉRIOS - Para ser admitido como membro, os países interessados precisam cumprir os seguintes critérios: ter boas relações diplomáticas com todos os membros plenos, apoiar o multilateralismo, ser membro das Nações Unidas, não adotar sanções sem autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e assumir compromisso com a reforma da governança global. A manutenção do equilíbrio geográfico do bloco também é critério para novas admissões.
 

PARCEIROS - A modalidade de países parceiros foi criada em 2024, na Cúpula de Kazan, na Rússia. Nela, países são convidados a participar da Cúpula de Chanceleres e de Líderes do BRICS, e podem estar presentes em outras reuniões se houver consenso entre os membros. Atualmente, os parceiros são Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. Ao longo de 2024, mais de 30 países mostraram interesse em participar do BRICS tanto na qualidade de membros como de parceiros.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Ouvidoria da Mulher da Câmara de Goiânia promove aulão de defesa pessoal para mulheres cis, trans e outras transidentidades

A vereadora Aava Santiago (PSDB), por meio da Ouvidoria da Mulher da Câmara de Goiânia, promoverá, no dia 16 de fevereiro, às 10 horas, na Academia de Artes Marciais Krav-Maga Bukan, um aulão de defesa pessoal voltado para mulheres cis, trans e outras transidentidades. A iniciativa, realizada em parceria com o Dojô Padma e com o Dojô Bukan, reforça o compromisso da parlamentar com a segurança e com a autonomia das mulheres, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade.

A inscrição pode ser feita pela Internet (link no fim desta matéria), mediante doação de 1 kg de alimento não perecível, que será destinado à Butique Solidária Giselle Evangelista Gonçalves, voltada a reestruturar e a apoiar mulheres vítimas de violência doméstica. Dessa forma, além de promover o fortalecimento e a autodefesa, o evento também incentiva a solidariedade e o apoio mútuo entre mulheres.

“Aprender defesa pessoal não é só questão de segurança, mas um ato político de resistência. Mulheres e pessoas trans enfrentam diariamente o medo e a violência, e essa ação é um passo para que elas se sintam mais protegidas, fortalecidas e conectadas em comunidade. Queremos que todas saibam que não estão sozinhas”, afirma Aava Santiago.

O aulão será conduzido pela Sensei Carol Prestes (faixa preta 4° Dan de Karatê) e por Erick Ungarelli (faixa 1° Dan, instrutor sênior de Krav Magá). As participantes aprenderão técnicas básicas de defesa pessoal, com foco na prevenção e na resposta a situações de perigo.

“A proposta é justamente pensar em como a gente pega a via da autodefesa não pelo medo, mas pelo fortalecimento em rede, em comunidade. A ideia de a gente estar entre nós, entre nossos pares, e de conseguir trabalhar profundamente; e, principalmente, a questão da autoestima, da autoconfiança, da nossa autopercepção; e o conhecimento técnico, que vem por último, essa parte de aprender técnicas e a filosofia mais profunda das artes marciais”, explica a Sensei Carol.

Além do aprendizado prático, as participantes poderão fazer um mês de aulas gratuitas de Karatê ou de Krav Maga nos dojôs parceiros, incentivando a continuidade da prática em ambiente seguro e acolhedor.

Inscreva-se no aulão de defesa pessoal

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Lei goianiense que garante leitos separados para mães de natimorto pode ser nacionalizada

Nísia e Aava: nacionalização (F: Divulgação gabinete da vereadora)
A lei aprovada pela Câmara de Goiânia (nº 11.303/2024) que garante leito separado para mães de bebês natimortos ou com óbito fetal nas maternidades públicas e privadas da Capital pode ser estendida a todo o país. De autoria da vereadora tucana Aava Santiago, a medida deve ser incluída na Rede Alyne, uma iniciativa do governo federal que busca reduzir a mortalidade materna e promover um atendimento mais humanizado durante o pré-natal, parto e puerpério.

A adoção da legislação goianiense em todo o país foi discutida esta semana pela vereadora com a ministra da Saúde, Nísia Trindade. "Foi uma reunião muito produtiva. O apoio da ministra e a inclusão dos leitos separados dentro da Rede Alyne mostram que estamos construindo uma política pública robusta e duradoura. Estou muito feliz por contribuir para uma mudança que pode impactar milhares de mães em todo o Brasil”, destaca a parlamentar.

Com um orçamento de R$ 1 bi para 2025, o programa Rede Alyne - uma homenagem a Alyne Pimentel, jovem que morreu em 2002 devido a complicações na gravidez e à negligência no atendimento médico - prevê auxílio financeiro para que maternidades sem estrutura adequada possam receber recursos federais para implementação dos leitos separados. Além disso, o governo também destinará recursos para a formação dos profissionais de saúde no acolhimento das mães que passam por esse momento delicado.

A cada ano, o Brasil registra um número significativo de óbitos fetais. Segundo dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), o país teve mais de 50 mil mortes fetais em 2022. O alto índice evidencia a necessidade de estrutura adequada nas unidades de saúde para garantir atendimento digno e humanizado às mães que enfrentam essa experiência traumática.

Estudos apontam que a exposição prolongada de mães enlutadas ao ambiente de maternidade convencional pode agravar quadros de depressão pós-parto, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e outros impactos emocionais severos. A separação dos leitos é uma medida simples, mas essencial para mitigar esse sofrimento e oferecer acolhimento a essas mulheres.

“A dor da perda de um filho já é devastadora. Precisamos garantir que essas mães recebam um atendimento sensível e respeitoso, que minimize seu sofrimento. Nossa luta agora é para que essa lei seja aplicada em todo o Brasil, garantindo um cuidado digno a todas as mulheres que passam por esse momento difícil”, defendeu Aava Santiago.

Sebrae Goiás promove evento sobre negociação de dívidas para empresas

O Sebrae Goiás realiza mais uma edição do Conexão Financeira, um evento gratuito que tem como objetivo capacitar e orientar empresários na gestão financeira dos negócios. O tema central que será abordado durante o evento é a negociação de dívidas, que terá como palestrantes o economista Mauricio Faganelo e a advogada Ludimila Lacerda Oliveira Braz, assessora no Tribunal de Justiça de Goiás, no Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos. O encontro acontece no dia 19, quarta-feira, no auditório do Sebrae Goiás, a partir das 8h30.

O Programa Conexão Financeira é direcionado para empresários, empreendedores, gestores financeiros e demais interessados em aprender sobre negociação de dívidas e finanças empresariais. O evento visa fornecer aos participantes conhecimentos e ferramentas práticas para negociar dívidas de forma eficaz, além de abordar a importância da gestão financeira para o sucesso dos negócios.

A negociação de débitos traz benefícios como a oportunidade de evitar a inadimplência, recuperar o crédito e reestabelecer o fluxo de caixa. Manter um bom score, por sua vez, é fundamental para acessar crédito facilitado, obter melhores condições de pagamento e firmar parcerias estratégicas. Empresas com boa reputação financeira desfrutam de maior credibilidade no mercado, o que se traduz em oportunidades de crescimento e expansão.

O currículo dos palestrantes é extenso, mas entre algumas formações e atuações, o economista Mauricio Faganelo é professor na FIA-USP e no MBA em Agronegócio do IPOG. Representante da Ordem dos Economistas do Brasil em Goiás, membro da ABCO e Diretor da Comissão de Jovens Empreendedores da FIESP. A advogada Ludimila Lacerda Oliveira Braz possui especialização em Direito do Trabalho e Previdenciário. É especialista em assessoria jurídica, elaboração de minutas, gestão processual e participação em projetos estratégicos, com formação complementar em gestão, oratória, direito e controle administrativo.

SERVIÇO

Evento: Conexão Financeira com tema Negociação de Dívidas

Data: 19 de fevereiro (quarta-feira)

Local: Auditório do Sebrae Goiás, na avenida T-3, nº 1000, Setor Bueno

Inscrição gratuita e vagas limitadas: https://tinyurl.com/conexao-financeira

Diálogos Musicais apresenta show com Bel Maia

O Instituto Biapó e o Sesc Goiás, com apoio do Museu Casa de Cora Coralina, da Rádio Nova Fogaréu, do Restaurante Flor de Ipê e da Associação Mulheres Coralinas, realizam a primeira edição da série Diálogos Musicais, que é resultado da parceria entre Instituto Biapó e Sesc, na lua cheia do dia 15 de fevereiro, sábado, na cidade de Goiás. 

O projeto traz à cena show de Bel Maia, em duas apresentações, às 17h, na Associação Mulheres Coralinas, e às 21h30, no Instituto Biapó. A compositora e cantora Bel Maia será acompanhada pelo músico e produtor Marco Aurélio Monteiro (violão).

 

Bel Maia

 

A compositora e cantora Bel Maia possui mais de 30 anos de carreira, 5 CDs autorais gravados (Rumo certo – 2001, Novo dia – 2008, Água no balde – 2011, Canções que minha avó cantava – 2014 e Pura melodia – 2019), 2 DVDs (Bel Maia – 2009 e Bem à vontade – 2015), todos trabalhos autorais.


Seu CD Água no balde teve apresentação honrosa de Gilberto Gil, foi gravado em Salvador com coprodução de Gustavo Di Dalva (ex-integrante da banda de Gilberto Gil e hoje integrante da banda de David Burne, em New York) e participação especial de Junior Marvin (ex-The Wailers – Bob Marley). Através deste CD, ela ganhou projeção nacional no programa Sr. Brasil (de Rolando Boldrin), na TV Cultura.

 

Em 2017, 2018 e 2019, participou de vivências de mantras (cantados em sânscrito) aos pés do Himalaia, na Índia. Desde então, Bel Maia incorpora outras sonoridades em seus trabalhos, incluindo shows de rodas de mantras e sensações sonoras.

 

A cantora já participou de vários eventos culturais em Goiás, cinco edições do projeto Vozes de Goiás, Festival de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), todas as nove edições do Goiânia Canto de Ouro, cinco edições do Canto da Primavera, Executiva in Concert e duas edições do Revirada Cultural. Também realizou o show de abertura de Milton Nascimento e de Ivan Lins no Canecão (Rio de Janeiro), mostrando profissionalismo e maturidade para levar sua arte onde quiser. Suas composições são executadas em várias rádios, no Brasil e no exterior, além de estarem disponíveis em plataformas digitais como Deezer e Spotify.

 

Durante a pandemia, em 2020 e 2021, fez várias apresentações em formato de lives com seu show inovador de Roda de Mantras. Participou do projeto Claque Sesc, com o show de lançamento de seu CD, Pura melodia, no Teatro Sesc, em formato de live, gravado ao vivo, com transmissão pelo YouTube. Em 2022, realizou o show Pura melodia, através da Lei Aldir Blanc, participou do Empório da Música, com o repertório do seu 5° CD, Pura melodia, do Projeto Varanda, Sesc, 2023, com o show Singeleza, proposta diferenciada com o uso de guitarra e voz.

 

Marco Aurélio Monteiro


Em 1997, Marco Aurélio Monteiro realizou sua primeira produção musical, o CD infantil Fábrica de Sonhos, com músicas de Cristiane Antunes. De lá para cá, foram muitos trabalhos produzidos em vários segmentos musicais e diversos estilos diferentes, consagrado como um importante profissional da cena musical goiana.

 

Produziu o cantor Marcus Nunes, que teve seu disco muito bem aceito no meio sertanejo gospel e integrou o casting de artistas da gravadora Som Livre, conseguindo expressão nacional e participação em grandes eventos no país. Há 15 anos, atua também como técnico de gravação e edição de áudio junto ao estúdio Up Music, como parceiro de vários artistas da capital do segmento MPB, Rock e Sertanejo, como Bel Maia, Luis Chafin, Maria Eugênia e Fernando Perillo.

 

Ha dois anos atua com a Banda Lugar Secreto, que se apresenta em igrejas e eventos públicos, com artistas do meio musical goiano, como Marcelo Maia e Charles D'Artagnan, em várias apresentações pela cidade e programas de TV: Paulo Behrings, Fonte TV, Através da Música, Sr. Brasil. Cursa o último período de Licenciatura em Música pelo Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG).

 

Serenata


Após as apresentações, inicia-se, às 23h, o projeto Um Luar, Um Violão, Uma Serenata, realizado pelo Museu Casa de Cora, com curadoria de Marlene Vellasco. A concentração acontece no Largo do Rosário, de onde moradores e turistas saem para uma caminhada pelo Centro Histórico da Cidade Patrimônio Mundial ao som de um repertório de canções clássicas do cancioneiro popular.

 

Serviço:

Evento: Diálogos Musicais – Bel Maia

Data: 15 de fevereiro

Horário: 17h e 21h30

Local: Associação Mulheres Coralinas (Rua Benedita Lemes Assis, qd. 35, lt.5, sede das Mulheres Coralinas, Rio Vermelho) e Instituto Biapó (Rua Dom Cândido Penso, nº 25, Centro Histórico – cidade de Goiás), respectivamente.

Realização: Instituto Biapó e Sesc Goiás

Apoio: Museu Casa de Cora, Rádio Nova Fogaréu FM, Restaurante Flor de Ipê e Associação Mulheres Coralinas.

 

Evento: 2ª Serenata de 2025

Data: 15 de fevereiro

Horário: 23h

Local: Concentração no Largo do Rosário

Realização: Museu Casa de Cora Coralina

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Sindilojas e CDL criticam Mabel por proibição de estacionamento

Foto: Google Maps
Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas-GO) e Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), entidades representativas do comércio na Capital, criticaram, em notas, a decisão do prefeito Sandro Mabel (União Brasil) de proibir estacionamento de veículos em dez das principais avenidas da cidade. A medida passou a valer nesta segunda-feira e inclui vias como Avenida Anhanguera, Avenida 136, Avenida Mutirão e Avenida Castelo Branco.

A medida integra o Programa de Desobstrução de Vias Arteriais e visa a dar mais fluidez ao trânsito, segundo o prefeito. Para o comércio varejista, porém, a decisão, sem consulta à categoria e debate com a população, trará prejuízos ao comércio. 

"(...) a proibição de estacionamento afastará o consumidor das lojas de rua, desestimulando o consumo, provocando queda das vendas e um consequente impacto negativo na economia de Goiânia", afirma o Sindilojas. Para a CDL, "a retirada das vagas de estacionamento nessas importantes regiões comerciais afetará o fluxo de consumidores, desestimulando o consumo, reduzindo as vendas e colocando em risco a sobrevivência de centenas de estabelecimentos".

As entidades afirmam ser favoráveis a medidas para melhorar o fluxo de veículos na cidade, mas criticam a decisão unilateral do prefeito e cobram, em contraponto, mais vagas de estacionamento. "(...) o sindicato defende a permanência e até a criação de novas vagas de estacionamento em locais de grande movimento no comércio", diz o Sindilojas. 

"Embora a entidade apoie medidas que visem melhorar a fluidez do trânsito e a mobilidade urbana, considera inaceitável que tal iniciativa seja implementada sem um planejamento adequado que leve em conta os impactos no setor comercial e na economia local", afirma a CDL.

Em seus primeiros dias de governo, Mabel vem sendo criticado por tomar decisões sem estudos técnicos ou qualquer debate com a sociedade, como no caso da permissão para motos trafegar em corredores exclusivos para ônibus, que, em menos de dois meses, já provocou a morte de um motociclista.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Lei garante leitos separados para mães de natimorto ou com óbito fetal em Goiânia

Foto: Nuraghies/Freepik
O presidente da Câmara de Goiânia, vereador Romário Policarpo (PRD), promulgou, nesta quarta-feira (5), a Lei 11.303, de 20 de dezembro de 2024, de autoria da vereadora Aava Santiago (PSDB). A nova lei determina que as unidades de saúde credenciadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), bem como as da rede privada no município, ofereçam leitos separados para mães de natimorto e para aquelas diagnosticadas com óbito fetal.

A lei estabelece que essas parturientes devem ser acomodadas em áreas distintas das demais mães. Além disso, assegura o direito a um acompanhante durante o período de internação e prevê encaminhamento para acompanhamento psicológico, caso necessário. As unidades de saúde também deverão expor a redação da lei em locais de fácil visualização nos setores de maternidade.

A iniciativa teve repercussão nacional, sendo destacada por veículos como a Revista Crescer, que enfatizou a importância da medida para humanizar o atendimento às mães enlutadas.

“Precisamos trabalhar a empatia e a solidariedade em relação a essas mulheres que, nesse momento profundamente traumático da perda de seus bebês, permanecem internadas nos mesmos quartos que mães com seus recém-nascidos. As unidades de saúde devem adotar medidas simples para evitar o agravamento dos danos emocionais das pacientes. Essa lei é para que a gente trate a vida das mulheres a partir de suas histórias e de seus sentimentos, e não apenas como estatísticas”, justifica Aava Santiago.

Dados do DataSUS indicam que, em 2019, foram registrados 856 óbitos fetais em Goiás, evidenciando a necessidade de estruturas adequadas nas unidades de saúde para atender essas mães. Estudos apontam que a exposição de parturientes enlutadas a recém-nascidos pode intensificar o luto, aumentando riscos de depressão e de transtornos psicológicos.

Nos comentários de publicações da vereadora Aava Santiago, diversas mães ressaltaram a importância da lei e o impacto que a medida teria produzido nas experiências vivenciadas. Muitas destacam a necessidade de privacidade e de acolhimento em um momento tão doloroso. “Eu perdi o meu aos seis meses de gestação. Tive indução de parto normal, senti todas as dores de um parto normal, foi horrível. Depois, me botaram junto de mães. Na hora da visita perguntavam: ‘Cadê o bebê dela?’ E eu ouvindo. Foi quando uma enfermeira viu isso e me mudou de setor”, relatou Marcela Bragotto.

Renata Nunes também reforçou a relevância da nova lei. “Cara, isso é tão necessário! Quando perdi meu bebê na minha primeira gestação, também passei por essa situação e dói muito. Via as mães passando com seus bebês no colo, os vários choros no corredor, e eu lá sentada esperando para fazer a curetagem. Foi o dia mais difícil da minha vida.” Esses relatos evidenciam o sofrimento enfrentado por mães enlutadas e reforçam a necessidade de medidas que garantam atendimento mais sensível e humanizado.

A promulgação da lei representa avanço significativo na humanização do atendimento às mães que enfrentam a perda de seus bebês, garantindo-lhes dignidade e suporte emocional nesse momento delicado.