segunda-feira, 30 de maio de 2022

Termômetro das eleições, atualizado a cada 12 horas

Confesso que nunca tinha ouvido o termo "odds", mas descobri que se trata de uma metodologia utilizada especialmente por sites de apostas esportivas para avaliar as chances de cada resultado acontecer. 

Confira no quadro abaixo, em tempo real, a probabilidade de cada candidato vencer as eleições. Quanto menor a odd, maior a porcentagem:

 

Pois bem, uma dessas empresas, a Odds Scanner, lançou no último dia 25 uma plataforma  chamada Live Tracker - Odds das Eleições Presidenciais 2022, com o objetivo de analisar e comparar as probabilidades de vitória dos candidatos à presidência. No momento em que esse texto foi postado, Lula (PT) estava na liderança com 63,29% de probabilidade de vencer, seguido pelo candidato do Centrão, Jair Bolsonaro (PL), com 34,48%. Ciro (PDT), obviamente, corre por fora com apenas 2%.

Alguns candidatos que já abandonaram a disputa, porém, entram na lista porque foram citados nas bases de dados que o sistema analisa no contexto das eleições. Por outro lado, outros, que confirmam a candidatura, não aparecem.

A ferramenta cruza dados atualizados de casas de apostas que atuam no país, notícias recentes e histórico dos candidatos, assim como pesquisas de intenção de voto (no momento, é usada a Pesquisa Ipespe, divulgada em 13 de maio de 2022).

As odds e a probabilidade de vencer são atualizadas a cada 12 horas.

Será que agora a ficha dos bolsominions cai?

OBS: Texto atualizado às 12h23 do dia 07/06/2022

Anonymous revela os nomes dos policiais federais que provocaram a morte de Genivaldo em câmara de gás

O perfil Anonymous revelou, no Twitter, os nomes de dois dos três policiais rodoviários federais que provocaram a morte, por asfixia no porta-malas de uma viatura, do sergipano Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos. São eles Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia. A revelação fez com que a PRF indicasse o terceiro participante do crime, Kleber Nascimento Freitas, que não aparece nas imagens em que os dois primeiros prendem Genivaldo e lançam gás lacrimogêneo no porta-malas do veículo, provocando a morte da vítima por asfixia.

Os nomes dos três já circulavam em alguns sites, como o The Intercept Brasil, mas não era possível saber quais deles haviam participado da sessão de tortura. Com o vazamento dos dados, a PRF mudou o discurso, inicialmente afirmando tratar-se de "procedimento padrão", para afirmar, agora, que não compactua com o procedimento adotado.

sábado, 28 de maio de 2022

PRF: Genivaldo sem capacete, morte; Bolsonaro e amigos sem capacete, festa

A grotesca, inacreditável e inaceitável morte de Genivaldo de Jesus Santos, esquizofrênico de 38 anos, em uma câmara de gás montada no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Sergipe é mais um capítulo da escalada de violência contra civis, obviamente pobres e humildes, incentivada pelo bolsonarismo. 

Amparadas por falas como "eu sou a favor da tortura", emitidas pelo desprezível comandante do país, e crentes na impunidade - catapultadas por parte da população igualmente pobre e ignorante que se acha elite -, as forças de segurança nunca foram tão mortais. 

Abordagens violentas contra cidadãos comuns, principalmente pretos e pobres, mas não só - em Goiânia, um advogado foi espancado por policiais militares em frente às câmeras de celulares sem o menor constrangimento -, se tornaram rotineiras. E aplaudidas por "cidadãos de bem" que repetem, quase catarticamente,  o bordão assassino "bandido bom é bandido morto", sem perceber que, para as polícias, bandido pode ser qualquer um com quem se cruze na rua.

O descrédito das instituições, sabiamente implantado pelo aprendiz de ditador e pior presidente de todos os tempos, faz as pessoas acreditarem na tese de que as coisas só podem e devem ser resolvidas com violência. São tão massacradas pela máquina de propaganda hipnótica bolsonarista que não conseguem enxergar que qualquer um poderia ser Genivaldo. Não conseguem ver que poderia ser um filho, um pai, um irmão a ter o azar de cruzar com um policial sádico e sofrer as mesmas consequências. É de se ter pena, eu diria.

Candidato ao governo de Goiás, Major Vitor Hugo com Bolsonaro, sem capacete

Diz a PRF que Genivaldo foi colocado na câmara de gás por estar pilotando uma moto sem capacete. Poderia ser alguém sem o cinto de segurança. Sem uma lanterna. Com o retrovisor trincado. Poderiam ser igualmente vítimas de sanha assassina de muitos "agentes da lei". Essa é a mesma PRF que escolta as motociatas de Bolsonaro, várias, vejam só, sem capacete.

Aqui mesmo em Goiás, o candidato bolsonarista ao governo, o deputado do Centrão Major Vitor Hugo (PL), pegou carona com o ídolo sem o equipamento de segurança. 

Felizmente, a internet está aí para nos lembrar, sempre, a hipocrisia e a canalhice de alguns.

quarta-feira, 13 de abril de 2022

A Lava Jato casa vez mais se firma como um partido político e revela suas verdadeiras intenções

Primeiro foi o ex-juiz e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro Sergio Moro. Depois, sua mulher, a advogada Rosângela Moro, aquela que disse que via "Moro e Bolsonaro como um só". Mais tarde, o procurador Deltan Dallagnol. E, agora, Rodrigo Janot. Todos filiados primeiramente ao Podemos. Moro e Rosângela, sabe-se, traíram o partido e filiaram-se ao União Brasil. Todos eles em busca de uma boquinha na seara que, vejam só, diziam combater.

A Lava Jato, se ainda é possível desmoraliza-se cada vez mais. E revela verdadeiramente seus propósitos, além de explicar claramente suas violações legais.

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Veja onde trabalham as maiores vítimas de violência de gênero na imprensa

Em meio à onda de fake news promovida pelo bolsonarismo nas eleições de 2018, o principal efeito colateral, até de forma óbvia, foi o ódio à imprensa. A informação verdadeira e os consequentes desmentidos das barbaridades disseminadas pelos mentirosos apoiadores do lunático que comanda o país, claro, não agradaram.

De acordo com um levantamento inédito produzido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), 127 jornalistas e meios de comunicação foram alvos de ataques de gênero em 2021. Os profissionais mais atacados atuam na televisão (47%); em jornais nativos impressos (20,1%); em jornais nativos digitais (14,3%); e na rádio (9,2%).