quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Candidato bolsonarista a prefeito de Goiânia foge de debate ao vivo e leva ensaboada de apresentador

major araújo fugiu do debate
Major Araújo (esq): quis mitar, foi cancelado (Reprodução TBC)
O candidato do PSL a prefeito de Goiânia, deputado federal Major Araújo, protagonizou uma cena grotesca ao fugir de um debate promovido ontem à noite pela TV Brasil Central/Cultura, a emissora pública de Goiás. E levou um pito, ao vivo, do apresentador Paulo Beringhs.

Apesar de seus representantes terem participado das reuniões que definiram as regras do debate - e assinado um documento -, o candidato disse discordar do formato, que, segundo ele, teria sido escolhido pelo governador Ronaldo Caiado (DEM).

Em virtude do grande número de candidatos, 16 ao todo, a TBC decidiu realizar a discussão em etapas, de acordo com a colocação de cada um nas pesquisas. Em levantamento do Ibope divulgado pela TV Anhanguera/Globo, ontem, Major Araújo aparece em sexto lugar, com apenas 3% das intenções de voto. Ele debateria com Drª Cristina (PL), que tem 1%, Talles Barreto (PSDB), que tem 0%, e Samuel Almeida (PROS), com 1%, que não compareceu.

Araújo queria participar com os líderes, Maguito Vilela (MDB), com 28%; Vanderlan Cardoso (PSD), com 27%; e Adriana Accorsi (PT), que tem 11% das intenções, na mesma pesquisa.

"(O debate) foi decidido pelos representantes que aqui estiveram, dos senhores, e também pelos nossos jornalistas, que merecem respeito, eu gostaria que o senhor respeitasse os nossos jornalistas. O senhor fez uma acusação caluniosa e eu quero defender todo mundo que participou dessa reunião", disse Beringhs. "Se o senhor quer combater a velha política, o senhor tem que começar a mudar a sua mentalidade, de achar que o senhor está sendo perseguido a todo momento por todo mundo. Ninguém aqui persegue ninguém", continuou.

Ao ser confrontado com a informação de que seus representantes assinaram o documento que definiu as regras do debate, Araújo disse que se arrependeu. "Então o senhor precisa começar a escolher melhor seus representantes também. Comece por aí, quem sabe um dia chega na política essa mudança que o senhor tanto almeja", concluiu o apresentador.

Assista ao vídeo abaixo.

Major Araújo e Gustavo Gayer (DC) se autointitulam candidatos bolsonaristas em Goiânia. O democrata cristão também tem índices pífios nas pesquisas, 1% no último levantamento, o que revela que colar no presidente não tem sido um bom negócio.

A confusão nos estúdios da TBC também foi gravada por celulares. Abaixo, mais um trecho do vexame do major.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Grupo Mulheres do Brasil cria carta de adesão para candidatas

O Grupo Mulheres do Brasil, presidido pela empresária Luiza Helena Trajano, lança esta semana uma carta compromisso para candidatas ao legislativo e às prefeituras de todo o País. Apesar de ser suprapartidário, o movimento quer que mais mulheres sejam eleitas para atuar no poder público e se comprometam com causas relacionadas a defesa dos direitos humanos, igualdade racial, liberdade de imprensa, saneamento básico, saúde e ensino público de qualidade.

Por meio do documento, de domínio público, as candidatas a prefeitas, vice-prefeitas e vereadoras informarão que compartilham dos mesmos ideais do Grupo, hoje com cerca de 68 mil participantes.

Segundo Lígia Pinto, uma das líderes do Comitê de Políticas Públicas do coletivo, o projeto expande o diálogo com as candidaturas e com os partidos, cria um canal de comunicação sobre as pautas prioritárias do Grupo Mulheres do Brasil e, na medida em que é divulgada, dá a essas candidatas uma visibilidade maior num espaço majoritariamente masculino.

"Não queremos falar apenas de representatividade formal, que sabemos que é baixa, mas de compromisso com os projetos. Temos uma atuação que é referência nos direitos especiais da mulher, mas também em outros temas que nos são caros", pontua Ligia.

O Grupo Mulheres do Brasil tem 110 núcleos no Brasil e no exterior. "Nós, como cidadãs, teremos um instrumento de fiscalização das candidatas que aderirem à carta e forem eleitas. Elas, em contrapartida, terão uma ampla rede de apoio em sua jornada pública", explica Marisa Cesar, CEO do Grupo Mulheres do Brasil.

Para aderir à Carta Compromisso, a candidata deve enviar um e-mail para politicaspublicas@grupomulheresdobrasil.org.br, solicitando o documento e informando nome completo, nome de campanha, número da candidatura, cidade e estado. Em seguida, ela receberá a carta com as instruções.

Salário é motivo de insatisfação para 79,1% dos jornalistas no Brasil

Pesquisa da Apex/Comunique-se revela que quase a metade dos profissionais de imprensa ganha até R$ 3 mil

Imagem: freepik
A maioria absoluta dos jornalistas brasileiros (79,1%) está insatisfeita com os seus vencimentos. Apenas 18% dos profissionais de imprensa afirmam que estão contentes com os salários. Ao todo, 45,1% dos repórteres e editores ganham até R$ 3 mil por mês. Os dados são de pesquisa conjunta entre a agência Apex e o Grupo Comunique-se, com 266 jornalistas em todo o País.

“Os rendimentos dos jornalistas não estão de acordo com seu elevado grau médio de formação”, explica Luiz Chinan, professor do MBA de Gestão da Comunicação da Aberje/Eseg e criador da iniciativa Berkeley Institute no Brasil. A mesma pesquisa Apex/Comunique-se revela que 51,6% dos profissionais da imprensa são pós-graduados e 42,5% afirmam realizar anualmente cursos de aperfeiçoamento. “Há, claramente, uma defasagem entre capacitação e salário”, complementa Chinan.

Para enfrentar essa situação, o Clube de Imprensa e o Berkeley Institute criaram o projeto “Jornalista Plano B”. O objetivo é oferecer um conjunto de recursos para que repórteres e editores possam encontrar oportunidades de carreira e renda com seus próprios conteúdos no ambiente digital.

O projeto

Os profissionais de imprensa que quiserem participar do projeto “Jornalista Plano B” podem se inscrever gratuitamente por meio do link https://bit.ly/3lwoX4h e já começar a receber as ferramentas do programa.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Petição tenta barrar decreto de Bolsonaro que exclui crianças com deficiência do convívio com outras pessoas

O decreto nº 10.502 editado por Jair Bolsonaro de forma, mais uma vez, autoritária, sem consultar qualquer setor da sociedade civil sobre seu teor, especialmente os principais interessados no assunto, como não poderia deixar de ser, nasceu envolvido em polêmicas.

Sob a fajuta justificativa de que os pais de crianças com deficiência devem ter o direito de escolher em que tipo de escola o filho deve estudar, a cruel decisão do governo, na prática, segrega as crianças em escolas especiais, privando-as do convívio com outros colegas, tidos como normais, que poderiam contribuir - e muito - com seu desenvolvimento, como já apontaram inúmeros estudos científicos sobre o tema. 

Uma petição aberta na plataforma Change-org tenta reverter a decisão retrógrada, autoritária e desconectada da realidade imposta por Bolsonaro aos pais que querem unicamente, o bem-estar de seus filhos. Para assinar, basta acessar o link ao final deste post.

Abaixo, o texto que apresenta a petição:

No passado, Pessoas com Deficiência - PCD eram excluídas da Sociedade, de forma até cruel. No Nazismo, crianças eram mortas, só para citar uma das crueldade para com esses seres humanos indefesos, num passado recente, que devemos abominar. Famílias abandonavam e algumas ainda abandonam seus filhos, com algum tipo de Deficiência enquanto outras lutam, com muito amor, pela sua inclusão na sociedade.

O Plano Nacional de Educação Especial - PNEE e, mais recentemente, em 2015, a Lei Brasileira de Inclusão - LBI,  visam incluir, cada vez mais, alunos com deficiência nas salas de aula, junto com os alunos não deficientes, respeitando as diferenças e a diversidade, nas escolas públicas e privadas, em cumprimento à Constituição Cidadã Brasileira  de 1988.

O Decreto 10502 de 2020, aprovado pela Presidência da República, sem ouvir os envolvidos na luta PCD, modifica o PNEE estabelecendo que os pais terão “direito de escolha” se querem matricular seus filhos em escolas ou salas especiais, tirando-os do convívio com os demais alunos ou em escolas regulares, que devem ser legalmente inclusivas.

Ao invés de prover as escolas de adaptações e professores treinados, oferece a possibilidade de separar estes alunos PCD em guetos, nada inclusivos e que não beneficiam nem a estes, nem aos outros, que devem aprender a respeitar a diversidade. 

Diante deste retrocesso, pedimos ao Presidente da Câmara Rodrigo Maia que coloque em votação, em regime de Urgência, o PDL427/2020, que anula este Decreto nada inclusivo e aos parlamentares, que votem SIM a esse Projeto de Lei.

MAIS AMOR, POR FAVOR 

NADA SOBRE NÓS SEM NÓS!

SIM À INCLUSÃO!

Para assinar, clique aqui.


sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Tribunal de Contas suspende locação de veículos da segurança pública em Goiás

tce suspende licitação da ssp goiás
Edson Ferrari: "indícios robustos" (F: TCE-GO)

Em medida cautelar adotada pelo conselheiro Edson Ferrari, referendada em sessão plenária remota concluída nesta quinta-feira (15/out), o Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO) determinou a suspensão temporária do pregão eletrônico da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-GO) para contratar serviços de locação de veículos automotores, pelo período de 60 meses. A decisão refere-se aos lotes 8 e 10, que tiveram como vencedora a empresa Nossa Frota e tem validade até que seja julgado o mérito de representação formulada por empresa preterida na licitação. 

Para o relator, há no processo “indícios robustos de constituição de grupo econômico ou jurídico para utilizar-se ilicitamente dos benefícios da Lei Complementar nº 123/2006”, concedidos a microempresas e empresas de pequeno porte para que possam usufruir de um tratamento diferenciado (norma de proteção e incentivo ao empreendedorismo). O conselheiro entende que “esse arranjo não pode ser tolerado”.

Conforme a representação, membros de uma mesma família administram várias empresas; algumas empresas possuem o mesmo endereço registrado em seus respectivos estatutos; há a identificação do grupo Locarauto nas fachadas dessas empresas, como também na página do Linkedin que mencionava todas as empresas integrantes do grupo.

Nesse ponto, o representante observa que “tal perfil foi excluído no Linkedin após a apresentação do primeiro recurso administrativo contra a Nossa Frota, o que evidencia a tentativa de ocultar a existência do grupo econômico ou coligação de empresas”.

PERIGO DA DEMORA

Ferrari também ponderou a existência do chamado “perigo da demora”, pela iminência da celebração de contrato com a licitante, tendo em vista a homologação do certame no dia 29/09/2020.