Que o país está em frangalhos, ninguém nega. Que medidas duras e impopulares deverão ser tomadas nos próximos meses, por quem quer que seja, idem. Uma delas, porém, já provoca rebuliço: a proposta de aliados de Michel Temer de desvincular benefícios, entre eles os da Previdência, dos reajustes do salário mínimo. Para analistas aliados ao vice, essa - e outras medidas, como o fim do gasto obrigatório com saúde e educação - seria a única maneira de controlar as contas do país sem aumentar impostos. Hoje, o ministro da Previdência, Miguel Rosseto, classificou a ideia de "um crime contra 22 milhões de aposentados". Confira a nota na íntegra:
NOTA OFICIAL
Ministro reage com indignação à proposta de desvincular a Previdência ao reajuste do salário mínimo
O ministro Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência Social) reagiu com
indignação à notícia veiculada nesta terça-feira de que o grupo que
apoia o vice-presidente Michel Temer vai insistir na proposta de
desvincular benefícios - incluindo
os da Previdência - dos reajustes concedidos ao salário mínimo. Na
avaliação de Rossetto, essa desvinculação é criminosa. "Essa proposta é
um crime contra 22 milhões de aposentados urbanos e rurais que
conquistaram dignidade a partir dessa vinculação", afirmou.
A vinculação dos pagamentos previdenciários ao reajuste do salário
mínimo é um dos grandes responsáveis pela retirada de famílias da linha
pobreza.
Assessoria de Imprensa
Ministério do Trabalho e Previdência Social