quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Bolsonaro: "Não tem nada mais próximo do comunismo do que o meio militar"

Em entrevista ao Estadão, em 1999, o então deputado Jair Bolsonaro (PSL) se desmanchou em elogios ao presidente da Venezuela à época, Hugo Chávez. “Chávez é uma esperança para a América Latina e gostaria muito que essa filosofia chegasse ao Brasil”, disse o parlamentar. “Acho ele ímpar. Pretendo ir à Venezuela e tentar conhecê-lo", disse, em reprodução das declarações pela Veja.

Diz, ainda, a matéria:

"Questionado sobre o que achava de Chávez ser apoiado na época pelos comunistas, Bolsonaro afirmou: 'Ele não é anticomunista e eu também não sou. Na verdade, não tem nada mais próximo do comunismo do que o meio militar'. Ele também disse que o venezuelano remetia ao marechal Castelo Branco, Primeiro presidente do Brasil durante a ditadura militar, entre 1964 e 1967.

'Acho que ele [Chávez] vai fazer o que os militares fizeram no Brasil em 1964, com muito mais força. Só espero que a oposição não descambe para a guerrilha, como fez aqui´, afirmou".

O link da reportagem original é este aqui.

Universidade do Sul da Califórnia emite nota rechaçando fake news de pesquisa eleitoral

A Universidade do Sul da Califórnia foi surpreendida com a notícia de que estaria envolvida em pesquisas de intenção de voto no Brasil. Isto não é verdade e se trata de fake news.

Segue abaixo uma declaração oficial da USC.

"Ao contrário do que está sendo afirmado em posts na internet, a University of Southern California não realizou pesquisa sobre as eleições no Brasil e repudia a tentativa de envolver o nome da universidade para espalhar notícias falsas no Brasil. Estamos investigando a origem do post para tomar as medidas cabíveis para prevenir a disseminação de fake news".

(*) Da assessoria

Após coagir funcionários, dono do Grupo Condor emite nota de esclarecimento em acordo com o MP

O presidente do Grupo Condor, Pedro Joanir Zonta, assinou, nesta terça-feira, um acordo com o MPT-PR para a divulgação de nota de esclarecimento sobre a carta encaminhada aos trabalhadores da rede de supermercados na última segunda-feira. Na ocasião, o Ministério Público entendeu que Zonta havia coagido funcionários a votar em Jair Bolsonaro (PSL) para presidente.

O documento já foi encaminhado, ao término da audiência, aos grupo de WhatsApp que receberam a carta. Na sequência, será também enviado para todos os trabalhadores que tenham acesso ao-mail institucional da rede de supermercados. Além disso, a carta deverá ser impressa e afixada junto aos sistemas de registro de ponto, em substituição à anterior.

Em até 48 horas, deverá ser publicado um texto, no site do Condor, com um extrato da nota pública do Ministério Público do Trabalho, assinada nesta segunda-feira pelo procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury.

Em caso de descumprimento do acordo, o MPT estabeleceu multa diária de R$100 mil.

Leia a carta:

terça-feira, 2 de outubro de 2018

MP vai investigar possível coação de dono do Grupo Condor em favor de Bolsonaro

Zonta: suspeita de coação de funcionários (F: Divulgação)
O Ministério Público Eleitoral instaurou procedimento contra o Grupo Condor de supermercados para apurar possível constrangimento de funcionários. Objetivo é averiguar se presidente da empresa infringiu ofensa ao direito de escolha dos empregados

A media visa investigar o empresário Pedro Joanir Zonta, após a divulgação da “Carta aos Colaboradores do Grupo Condor”, na qual o empresário declara que vai votar em Bolsonaro e por quais razões.

A intenção do Ministério Público Eleitoral é aferir se as declarações constantes na carta podem, de alguma forma, constranger os funcionários do grupo. O voto universal, direto e secreto é um dos pilares da democracia brasileira. Assim, todos os eleitores devem ter a liberdade de escolher o candidato que melhor o representa.

Nas relações de trabalho existe o que, no direito, é chamado de “temor reverencial”, que consiste no receito de desagradar a certa pessoa de quem se é psicológica, social ou economicamente dependente. No caso dos empregados do Grupo Condor, existe a dependência econômica, pois seus salários são pagos por quem assinou a carta.

No entendimento da Procuradora Regional Eleitoral, Eloisa Helena Machado, a coação é clara, pois, numa época de desemprego exacerbado, o funcionário pode temer a perda de seu emprego, seja pelas rezões políticas expostas na carta, seja por retaliação do empregador, caso venha a saber que seu “pedido” não foi atendido. “Quando o dono de uma grande empresa divulga a seus funcionários em quem irá votar e, ao mesmo tempo, pede 'que confiem em mim e nele para colocar o Brasil no rumo certo', há clara ofensa ao direito de escolha desses empregados”, afirma a procuradora.

Além disso, será apurado também se o Grupo Condor está, de alguma forma, financiando a campanha eleitoral do candidato ao qual declarou apoio. O financiamento de campanhas eleitorais por pessoas jurídicas é vedada em nosso ordenamento jurídico.

Os empregados do Grupo Condor podem fazer denúncias sobre a situação na empresa pelos canais de atendimento do Ministério Público Federal (MPF): pelo e-mail do Núcleo de Atendimento ao Cidadão (prpr-nac@mpf.mp.br) ou pela sala de atendimento ao cidadão disponível no portal do MPF (www.mpf.mp.br/para-o-cidadao/sac).

(*) Com informações do MP Eleitoral

Cida determina sindicância para apurar fatos investigados pela Lava Jato

Cida quer descolar seu nome de investigados (F: AEN)
O Diário Oficial do Paraná traz na sua edição de hoje a publicação de ato da Secretaria de Infraestrutura e Logística abrindo sindicância para apurar fatos investigados pela Lava Jato referentes à Operação Integração II.

A medida é resultado da determinação da governadora Cida Borghetti para que a Controladoria Geral do Estado tomasse as providências cabíveis em relação às denúncias envolvendo o programa de concessões. A partir disso, a Secretaria de Infraestrutura foi oficiada, abriu sindicância e comunicou as seis concessionárias sobre a investigação administrativa em curso.

"Também determinei à Procuradoria Geral do Estado que buscasse imediatamente resguardar os interesses da população. Ontem a PGE entrou com uma ação pedindo o bloqueio dos bens da empresas e dos seus controladores. Estamos aguardando a decisão da Justiça. Em paralelo estamos tomando outras providências. Estou estarrecida com as revelações  e não descansarei enquanto não apurar todos os fatos", ressalta a governadora Cida Borghetti.

(*) Com informações da AEN