segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Abaixo-assinado quer mudar o significado de "patroa" no dicionário

anitta patroa no dicionario
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Uma petição online criada na plataforma Change.org cobra a alteração do significado do termo "patroa" nos dicionários. De acordo com o documento, "a definição de 'patroa' nos dicionários de língua portuguesa, e o resultado da busca no Google quando a palavra é pesquisada, traz um significado pejorativo e machista, que coloca a mulher em submissão (mulher do patrão; dona de casa). Diferente do que aparece como significado para o termo 'patrão'".

O abaixo-assinado está sendo distribuído por e-mail e compartilhado nas mídias sociais e cobra da "editora Melhoramentos, da Oxford University Press e do Google que sejam feitas as devidas correções em fundamentações cabíveis!".

"Patroa é tudo o que está na definição de patrão, só que no feminino", ressalta a petição, que lembra ainda que o alerta foi feito pela cantora Anitta.

Definições

"Abaixo seguem as definições dos dois termos retiradas do dicionário online Michaelis:

pa·tro·a 

sf

1 Mulher do patrão.

2 Mulher que é responsável pela administração da casa; dona de casa.

3 Mulher que dirige certos estabelecimentos ou serviços.

4 COLOQ Vesposa, acepção 2.

5 COLOQ Tratamento respeitoso dirigido a uma senhora por algumas pessoas.

pa·trão

sm

1 Proprietário de empresa, fábrica, oficina, fazenda etc., em relação a seus empregados; empregador: “Ano após ano, mal entrava o mês de novembro, Tibério punha-se a caminho do Rio Grande do Sul, de Antares e das suas terras, onde tornava a ser o estancieiro, o patrão, o homem que manda, desmanda e grita” (EV).

2 Chefe de um escritório, uma repartição, de uma empresa, um estabelecimento comercial, uma fábrica etc., que tem sob sua responsabilidade funcionários, empregados, operários etc.: “Bem me lembro de que, naquela ocasião, dizia o Sodré Viana: ‘– Se me despedirem, e se minha família passar fome, mato o patrão. Mato’” (NR).

3 O dono da casa em relação aos criados; senhor: “Mais um telefonema, e o ruivo vai passar a palavra a um dos gêmeos, que irá direto ao ponto; dirá que se não pintar a grana, o irmão da dondoca leva chumbo no meio dos cornos. O copeiro ficará assustado e sem ação, pois o patrão estará na ponte aérea […]” (CB).

4 Pessoa notável que tem sob sua proteção pessoas, entidades, instituições etc.; patrono, protetor.

5 Tratamento respeitoso que pessoas humildes usam ao se dirigir a determinadas pessoas.

6 REG (AM) Chefe do seringal ou seu dono.

7 NÁUT Aquele que comanda uma embarcação pequena, principalmente barcos de regata."

Você pode assinar a petição aqui.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Municípios goianos não têm protocolo para volta às aulas presenciais

A maioria das secretarias municipais de ensino ainda não elaborou protocolo para retorno das aulas presenciais. A constatação é do Gabinete de Enfrentamento aos Efeitos da Pandemia na Educação Pública (Gaepe-GO), que apurou as principais dificuldades enfrentadas pelo setor educacional nos municípios goianos, por meio de um amplo questionário respondido por 167 gestores da educação municipal e 119 conselhos municipais de Educação, dentre os 246 municípios do Estado.

A pesquisa permitiu conhecer as ações que estão sendo tomadas e deve servir de base para que o Gaepe possa contribuir para a minimização dos impactos negativos decorrentes da pandemia.

A maioria das respostas indica que as videoaulas, as redes sociais e as plataformas on-line são amplamente utilizadas pelas redes municipais de ensino como atividades pedagógicas não presenciais, embora o material impresso não tenha sido abandonado no período. Dentre as dificuldades apresentadas destacaram-se a desatualização dos contatos, internet e equipamentos insuficientes ou indisponíveis, falta de capacitação dos professores nas atividades à distância, não avaliação do aprendizado e falta de plano para diagnosticar a situação após o retorno.

Para garantir a prestação do serviço educacional aos alunos que não possuem acesso às ferramentas de internet ou computador, as escolas municipais, em sua maioria, estão utilizando atividades impressas, apostilas e livros complementares retirados nas unidades escolares, ou entregues nas residências dos estudantes.

Com relação à frequência, avaliação e monitoramento das atividades pedagógicas não presenciais, a maioria faz o registro e promove as avaliações de acordo com a resposta das atividades propostas. Foram criados canais de comunicação entre os órgãos dos sistemas de ensino, escolas e os pais utilizando-se de telefone e/ou WhatsApp tanto das escolas quanto dos professores.

Quanto à alimentação escolar, a maioria das escolas municipais está distribuindo alimentos aos alunos com o responsável retirando diretamente na escola, ou entregando na residência do estudante.

A maioria das secretarias não fez estimativa de gastos extras com pessoal para o retorno às aulas e, em geral, ainda não elaborou protocolo para retorno das aulas presenciais. As secretarias municipais de educação relatam, porém, que pretendem utilizar o modelo híbrido, entre presencial e à distância. Mas é substancial o número de municípios que darão aos pais a opção por uma das modalidades.

O Gaepe é uma articulação interinstitucional que reúne os tribunais de contas do Estado e dos Municípios de Goiás, o Ministério Público, o Judiciário, a Defensoria Pública, gestores da educação, sob coordenação do Instituto Articule e do Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa (CTE-IRB).

Os questionários sobre as providências tomadas pelas redes de ensino durante a pandemia foram coordenados por Alessandra Gotti e Ismar Cruz, do Instituto Articule, pelo conselheiro Fabrício Motta e pelo auditor Roberto Coutinho, ambos do TCM-GO.  A pesquisa e a análise de dados foram da procuradora-geral do Ministério Público de Contas juto ao TCE-GO, Maísa de Castro Sousa e do auditor Roberto Coutinho (TCM-GO).

Um resumo da pesquisa, contendo gráficos e números obtidos, pode ser acessado no site do TCE-GO, em Ficha Temática produzida pela Diretoria de Comunicação do TCE-GO, com design gráfico de Candice Sebba.

Bolsonaro pagou 6 vezes mais pela cloroquina, aponta TCU

bolsonaro defende a cloroquina
Bolsonaro propagandista da cloroquina (Reprodução)
O discurso de probidade e cuidado com as contas públicas do governo federal parece não encontrar respaldo nas práticas de Jair Bolsonaro. Análise dos gastos recentes do governo durante a pandemia de Covid-19 pelo Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que o governo pagou seis vezes mais do que o normal pelo medicamento cloroquina, adotado por Bolsonaro, sem qualquer comprovação científica, como a cura para a doença.

“Embora o possível aumento do custo dos insumos, do transporte e do dólar possa ter influenciado o aumento do preço, ainda assim adquirir o produto por um valor seis vezes maior numa compra sem licitação, a meu ver, representa um forte indício de eventual superfaturamento, situação que merece ser devidamente apurada pelo controle externo da administração pública”, escreveu o subprocurador-geral do Ministério Público de Contas, Lucas Rocha Furtado, ao pedir análise do TCU da produção da cloroquina pelo Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército (LQFEX). As informações são do Congresso em Foco. A apuração no TCU começou em junho.

Suspeitas

Diante das suspeitas, o procurador pediu que o Tribunal “decida pela adoção das medidas necessárias a apurar a ocorrência de possível superfaturamento na compra pelo Comando do Exército de insumo para a fabricação do medicamento cloroquina, bem como avaliar a gestão de risco envolvida na decisão em aumentar a produção do fármaco em 84 vezes nos últimos meses, em comparação ao mesmo período nos anos de 2017 a 2019, averiguando a responsabilidade direta do Presidente da República na orientação e determinação para o incremento dessa produção, sem que haja comprovação médica ou científica de que o medicamento seja útil para o tratamento da Covid-19”.

Atualmente, são quatro os principais processos que questionam as ações do governo: três no Supremo Tribunal Federal e um no Tribunal de Contas da União.

Já no STF, os três processos que tramitam sobre o tema têm relação com a escolha do governo em insistir no uso do remédio mesmo sem comprovações científicas que sustentem esta escolha. 

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Goiás é o 12º no ranking de competitividade dos estados

A Região Centro-Oeste ficou na metade superior do Ranking Geral de Competitividade dos Estados 2020. Enquanto Goiás ficou de fora dos dez estados mais competitivos apesar de ter subido uma posição, o Distrito Federal mantém a mesma posição dos últimos dois anos. O Mato Grosso permaneceu na nona colocação. Já o Mato Grosso do Sul recuou.

O Ranking de Competitividades dos Estados é realizado há nove anos pelo CLP (Centro de Liderança Pública), em parceria com a B3, Tendências Consultoria e a Economist Intelligence Unit.

Goiás

O Estado subiu uma posição e ficou na 12ª colocação no Ranking Geral. Goiás teve bom desempenho em alguns indicadores: Infraestrutura (+5 posições), em que se sobressai a melhora no índice Qualidade das Rodovias. Houve alta também no pilar Potencial de Mercado (+5 posições) e em Inovação (+3 posições), com destaque para melhoras significativas em Bolsa de Mestrado e Doutorado e Investimentos Públicos em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). Entretanto, houve recuo em alguns pilares: Eficiência da Máquina Pública (-3 posições) e Sustentabilidade Social (-1 posição). Manteve-se na 8ª colocação em Educação.

Confira a evolução dos estados da região Centro-Oeste no Ranking de Competitividade nos últimos três anos:

ranking de competitividade dos estados

Distrito Federal

Em 3º lugar pelo quinto ano consecutivo no Ranking Geral, o Distrito Federal fica atrás apenas de São Paulo e Santa Catarina entre os estados mais competitivos do Brasil. Subiu da 6ª para 3ª posição no pilar Sustentabilidade Social, com melhoras relativas nos indicadores de Inadequação de Moradia, Famílias Abaixo da Linha da Pobreza, Formalidade do Mercado de Trabalho e Inserção Econômica dos Jovens.

Líder no pilar de Sustentabilidade Ambiental, o Distrito Federal se destaca nos indicadores Serviços Urbanos, Emissões de CO², Destinação do Lixo, Tratamento de Esgoto e Perda de Água. Manteve-se no topo na categoria Capital Humano e na 6ª colocação em Educação. Também registra ótimo desempenho nos pilares Segurança Pública (+3 posições), Inovação (+5 posições). Contudo, o Estado perdeu 13 posições no pilar de Eficiência da Máquina Pública e 7 no de Potencial de Mercado.

Mato Grosso

O Estado manteve-se na 9ª colocação. É o pilar de Solidez Fiscal que merece mais atenção do Mato Grosso, já que ele ocupa a 18ª posição, com alta de 6 posições na comparação com 2019 e melhoras nos índices Taxa de Investimentos, Solvência Fiscal e Resultado Primário. Porém, peca em Sucesso do Planejamento Orçamentário. Destaque também para o pilar Potencial de Mercado com avanço de 4 posições e registro do melhor resultado no indicador de Taxa de Crescimento, impulsionado pelos bons desempenhos da agropecuária e indústria de biocombustíveis.

Mato Grosso apresenta uma das maiores quedas de posição no pilar Segurança Pública, ao cair 5 colocações. Também registrou queda de 11 colocações em Eficiência da Máquina Pública, 6 em Inovação, 3 em Capital Humano, 2 em Infraestrutura e uma posição em Educação. O Estado tem bom desempenho em Sustentabilidade Social (+1 posição).

Mato Grosso do Sul

O Estado teve o segundo melhor desempenho da região Centro-Oeste apesar de ter caído uma posição na comparação com a edição anterior e ter ficado na 6ª colocação.

Está em os estados com os maiores avanços no pilar Capital Humano em que ganhou 7 posições e chegou à 10ª colocação, com destaque para os indicadores PEA com Ensino Superior e Qualificação dos Trabalhadores.

MS caiu 4 colocações em Segurança Pública, Potencial de Mercado e Sustentabilidade Ambiental. Ainda, registrou queda de 3 posições em Educação, Eficiência da Máquina Pública e Solidez Fiscal.

O levantamento será apresentado na íntegra nesta quinta-feira, 17, às 10h, em webinar transmitido pela TV Estadão. O evento vai contar com a participação de oito governadores em quatro painéis temáticos. A mediação dos debates será comandada pela jornalista e apresentadora Vera Magalhães. Assista neste link: http://conteudo.clp.org.br/inscricao-ranking-de-competitividade-dos-estados-2020

Projeto musical em hospitais de GO resgata memórias da infância de pacientes com Covid-19

paciente com covid-19 assiste a live
Paciente do Hutrin assiste a live (F: Divulgação)
A pandemia do coronavírus começa a desacelerar na maior parte do país. Em Goiás, a situação é de estabilidade em relação aos últimos 15 dias. No Estado, segundo a Secretaria Estadual de Saúde foram confirmados 174.409 casos.

Mas a doença continua levando muita gente para os hospitais no interior do Estado e causado preocupação a médicos, doentes e familiares.

Um momento de alívio dessa tensão é o projeto Amor Cantado - Acolhimento Musical, uma iniciativa do Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (MD), que já beneficiou centenas de pacientes desde o início da implantação, em agosto, e movimentou uma audiência de mais de 1000 visualizações no canal TV IMED. São mais de 180 minutos de programação.

Assista a uma das lives:

“Adorei a ideia da live. É muito divertido e emocionante, algumas músicas lembraram a minha infância e a minha família, que estou sentindo muita falta. Foi especial ver algo assim”, conta a paciente do HRL Fabiana de Jesus, de 41 anos.

O projeto de musicoterapia tem por objetivo humanizar ainda mais o atendimento oferecido no Hospital de Urgências de Trindade e no Hospital Regional de Luziânia.

“Já enfrentei muita coisa na vida, mas nada chegou perto do que estou passando agora. Ainda bem que temos um hospital como esse. A live é dedicada aos pacientes, mas todos que trabalham aqui merecem muito”, diz Fábio Amorin, de 45 anos, paciente do Hospital Regional de Luziânia.

As lives do projeto Amor Cantado acontecem todas as quartas, às 15h. Os pacientes internados nas enfermarias assistem à transmissão ao vivo por meio dos televisores instalados nas unidades. Os colaboradores e os familiares podem acompanhar a apresentação através de tablets, smartphones, computadores ou smart TV.