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segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Médico desabafa e conta como o 'kit covid' afetou a administração do hospital de campanha

Dr. Malek Imad e equipe do hospital (F: Acervo pessoal)
Nos primeiros momentos de pandemia no país, assim como no resto do mundo, quando pouco se sabia sobre o coronavírus e seu comportamento em relação ao nosso organismo, diversas avenidas de teste com medicamentos e terapias foram exploradas. Quando se tem uma doença tão destrutiva agindo de maneira rápida e sem controle é normal que se considerem diferentes caminhos, como foi o caso da hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina no começo de 2020.

“Conforme o tempo foi passando, com novos dados e entidades sérias se posicionando contra a eficácia destes medicamentos, como médico, não podia responsavelmente indicá-los à pacientes já tão debilitados”, comenta o doutor Malek Imad, especialista em medicina de Urgência e Emergência, sobre a sua experiência administrando um dos hospitais de campanha do Estado de São Paulo.

Apesar de ter sido recomendado e até usado em alguns pacientes logo na chegada do coronavírus, o chamado ‘kit covid’, não tem efeitos efetivos contra a doença. A comunidade médica, incluindo a OMS, vem deixando bem claro através de diversos pronunciamentos durante o último ano, que a melhor maneira de evitar a contaminação é através do isolamento, o uso de máscara e depois da sua criação, a vacina.

Claro, existem estudos publicados a favor do uso destes medicamentos, porém, nenhum deles traz um embasamento de pesquisa concreto. “Em qualquer estudo científico, em especial no campo da medicina, existe uma ordem que deve ser respeitada para ter resultados imparciais e corretos,” explica Imad sobre a pesquisa feita pelo médico francês Didier Raoult, publicada em março de 2020, usada por muitos que defendem o uso do kit. “Mas, neste caso a metodologia foi desrespeitada e um resultado obtido desta maneira não pode ser levado a sério, principalmente quando falamos de vidas humanas.”

Desde então, Raoult foi denunciado pela Sociedade de Patologia Infecciosa de Língua Francesa (SPILF), por promoção indevida de medicamentos. Apesar disso, de certa maneira, o estrago já havia sido feito. O estudo do francês foi usado pela comunidade contra o isolamento e como arma política em diversas ocasiões, e não só no Brasil.

“Depois que a informação falsa se espalhou e caiu na boca do povo, tivemos de lidar com uma situação delicada, tanto eu quanto minha equipe, durante o atendimento no hospital de campanha,” conta o especialista. “Muitas pessoas queriam de qualquer maneira, pacientes e familiares, que eu prescrevesse o kit covid”, acrescenta.

Imad compartilha como teve que, além da dificuldade de cuidar de pacientes com uma doença incurável, impedir que os pacientes sob o seu cuidado não recebessem nenhum destes remédios como tratamento, e se manter firme na decisão mesmo com uma forte pressão pública.

“Coisas das mais diversas aconteceram nesse período,” relembra. “Tivemos brigas da equipe com pessoas que queriam o tratamento precoce, visitantes levando o kit covid escondido para os internados, e houve até um protesto fora do hospital para que implementássemos os medicamentos no tratamento.”

Mesmo com ações por vezes hostis, para o médico a população não deve ser culpada. “Estamos falando de um momento de extremo medo e apreensão num âmbito mundial, lidando com uma doença devastadora. No final, a responsabilidade de acalmar as pessoas e fazer com que a informação correta chegue a elas é da política pública”, pontua o especialista.

Devido a falta de informação, e ainda a própria desinformação, o mito do tratamento precoce permanece até hoje, mesmo com a chegada da vacina. Imad destaca que esses remédios não são ineficazes sempre, como a hidroxicloroquina que é essencial no tratamento da lúpus. “Eles só são realmente vazios contra o coronavírus. Além de serem medicamentos de ação forte, que podem afetar o fígado e o coração, deixando sequelas desnecessárias.”

Mesmo com reações adversas, doutor Malek Imad conseguiu seguir com seu plano de tratamento baseado em dados científicos, assim como uma medicina humanizada. “Apesar das dificuldades, tenho muito orgulho de meu trabalho no hospital de campanha. Acredito que minha decisão ajudou muito a comunidade de que fiz parte durante aquele período, e reforço que no momento, a única via que temos contra a doença é a vacina,” finaliza.

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Goiás já gastou R$ 1 bi com a pandemia

Os gastos de Goiás no combate à covid-19 já ultrapassam a marca de R$ 1,1 bilhão desde o início da pandemia no primeiro trimestre de 2020 até o dia 19 de abril deste ano. Do total empenhado, já foram efetivamente pagos a fornecedores R$ 943,5 milhões. Os dados foram apresentados no segundo Relatório Estratégico de Gastos com a Covid-19 produzido pelo Serviço de Informações Estratégicas da Secretaria de Controle Externo do Tribunal de Contas de Goiás (TCE-GO).

O boletim mostra a execução orçamentária e financeira dos gastos relacionados ao enfrentamento da doença e informações sobre as aquisições realizadas em função da pandemia. O universo de dados orçamentários e financeiros foi separado em dois blocos a fim de possibilitar a análise, distintamente, das aplicações dos recursos estaduais, sob a jurisdição do TCE-GO, e dos Federais, a cargo do Tribunal de Contas da União.

                                                                                                       Fonte: TCE-GO
Os valores são originários quase que na mesma proporção de recursos federais (R$ 573 milhões) e estaduais (R$ 560 milhões). O boletim também apresenta dados relativos à natureza das despesas realizadas, por destinação, com a relação das empresas dos beneficiários dos recursos. A maior parte foi destinada à contratação de leitos hospitalares.

As informações estão na seção Observatório do Cidadão, item Gastos com a Covid-19, por meio de painéis que possuem recursos de navegação e filtros que permitem chegar ao detalhamento dos dados.


quarta-feira, 28 de abril de 2021

Em Balbúrdias na Quarentena, goianiense fala sobre saúde, governos e mudanças durante a pandemia

Dedicado aos profissionais do SUS e da rede privada de saúde e aos professores, Balbúrdias na Quarentena é o retrato das dores e da realidade dos brasileiros durante o ano de 2020. 

Dividida em duas partes, a obra da escritora Luísa Nogueira discute a sustentabilidade e registra, nas entrelinhas, o descaso das lideranças em orientar a população sobre os riscos de aglomerações e outras medidas de segurança. 

A primeira etapa da produção questiona as mudanças no estilo de vida das pessoas e o que é sustentabilidade. Já a parte número dois é um mensário da quarentena, com notícias sobre o desenvolvimento da vacina, o avanço do vírus pelo país e o mundo e as balbúrdias da autora durante os meses de confinamento.  

São textos escritos durante a dor do isolamento social, ora otimistas, ora tristes, ora desesperados diante de tantas mortes. 

Não vou dizer que hoje, muitos, como eu, completam mais de seis meses na quarentena; não vou falar da esperança de todos nós na tal curva cair. Às vezes cai, vêm aglomerações, sobe mais uma vez; na espera de uma medicação, de uma vacina, de um compromisso maior do governo para com o povo; na esperança de o pesadelo ser somente uma noite de sono ruim.”
(Balbúrdias na Quarentena, pág. 98)

Além da crítica social e do relato no confinamento, Balbúrdias na Quarentena presenteia o leitor que, ainda diante o cenário pandêmico, se vê na necessidade de fazer uma mudança residencial. O relato de Luísa sobre o processo de mudança meio ao vírus é um verdadeiro manual para os preocupados em como agilizar o processo.  

A obra, de 128 páginas, custa R$ 39 e pode ser encontrada neste link: 

 https://loja.umlivro.com.br/balburdias-na-quarentena-5560489/p

terça-feira, 20 de abril de 2021

Mais jovens graves nas UTIs no primeiro trimestre de 2021


A Rede Americas, braço médico-hospitalar do United Health Group Brasil, levantou o perfil do paciente COVID-19 em suas 18 unidades divididas entre as regiões Sudeste, Centro-Oeste, além do Norte e o Nordeste do país. O estudo comprovou um aumento de mais jovens graves nas Unidades de Terapia Intensiva do grupo, caso do Rio de Janeiro, com um salto 5.3%, em janeiro, para 14.7%, no mês de março, na faixa etária dos 18 aos 44 anos. Também chama a atenção, na capital Fluminense, as pessoas de meia idade (45 a 64 anos de vida) com aumento de 18% para 42%. Em São Paulo, no grupo dos 18 aos 44 anos, há um aumento de 17% para 19% e, de 37% para 45%, nos acometidos pela doença entre 45 e os 64 anos de vida.
 

Victor Cravo, coordenador nacional das Unidades de Terapia Intensiva da Rede Americas, analisa os dados e faz um comparativo com os meses de novembro e dezembro em que era percebido um aumento da gravidade predominantemente nos mais idosos. “Hoje, são os adultos jovens e de meia idade, que estão cada vez mais presentes nas nossas UTIs, o que pode ser atribuído ao relaxamento nas medidas de prevenção, como o distanciamento social, aumento das aglomerações e a redução quanto ao uso de máscaras, tão necessários enquanto não há vacina para todos”, avalia o especialista.  

Outra preocupação é a ausência de comorbidades nessa população jovem, que vem agravando devido à COVID-19. “Ainda há muito a ser pesquisado com relação aos problemas desencadeados pelo novo coronavírus, mas essa gravidade pode estar diretamente relacionada à carga viral mais alta somada à grande exposição, o que resultaria em uma capacidade menor de resposta do organismo dessa população”, observa Cravo.   

O estudo também traz um panorama do aumento de adultos nas unidades do Distrito Federal, Norte e do Nordeste do país, com uma escalada de 12% para 17,3%, entre as pessoas dos 18 aos 44 anos e uma queda naquelas pertencentes ao grupo dos 45 aos 64 anos de vida: de 42,2% para 35,2% nessa faixa de idade.   

Um dado positivo é a redução dos octogenários na maioria das UTIs do grupo, o que já pode ser considerado um reflexo da vacinação nessa faixa de idade (queda de 46% para 36%). “Por outro lado, no Nordeste e Distrito Federal, especificamente, ainda há aumento desse público na faixa etária dos 80 anos (de 8,4%para 13.3%)”, diz. 

sexta-feira, 12 de março de 2021

Restaurante em Goiânia respeita lockdown e doa todo o estoque de comida para 150 famílias carentes

Chef Marco: respeito à lei e à vida (F: Divulgação)
O chef Marco Soares, em conjunto com a equipe do Magna Restaurante, autorizou a doação de todo o estoque de vegetais orgânicos, carne fresca e peixes para mais de 150 famílias carentes que foram cadastradas na cidade de Aparecida de Goiânia.

O Magna restaurante, juntamente com seu chef e equipe, já ajuda comunidades carentes desde o começo da pandemia. "Têm pessoas que estão passando fome, essa é a realidade de hoje. Se temos como ajudar, é o que faremos", ressalta Marco.

Indo na contramão da maioria dos restaurantes, o Magna Restaurante também só voltará a funcionar no começo de abril. "Nós entendemos as dificuldades que são manter um restaurante fechado durante o período de lockdown, mas contudo, em respeito ao decreto Estadual e Municipal, sobretudo a vida humana e todos que morreram devido essa doença, inclusive um de nossos sócios, fecharemos até o final de março, inclusive as modalidades de delivery de drive thru", declara o chef.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

TCE-GO solicita informações sobre estoque de oxigênio para uso hospitalar

O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) Sebastião Tejota, relator da Secretaria de Estado de Saúde, encaminhou  hoje ofício ao titular da pasta, Ismael Alexandrino, para que, no prazo de dois dias, informe à Corte de Contas se o estoque de oxigênio da rede estadual é suficiente para atender um eventual aumento expressivo da demanda, semelhante ao que ocorreu no estado do Amazonas.  A iniciativa segue recomendação do Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC), como resposta ao aumento considerável do número de casos de Covid-19 em todo o País e a grave crise que se instalou no Amazonas.

O documento também questiona se, com o acréscimo do número de internações, o quantitativo de profissionais de saúde seria suficiente; que diligências estão sendo realizadas para evitar uma crise semelhante à instaurada no Amazonas; qual a situação dos contratos com empresas fornecedoras de oxigênio e ainda se o Estado possuiu número suficiente de seringas para dar sequência ao Plano de Imunizações. A depender das respostas, o relator poderá solicitar novas providências.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

77% dos brasileiros apoiam obrigatoriedade de vacinação contra doenças infecciosas graves, aponta Ipsos

No Brasil e no mundo, o coronavírus foi citado como o maior problema que a saúde enfrenta atualmente

Ipsos Global Health Service Monitor 2020 é um levantamento com 20 mil pessoas de 27 países que lança luz aos principais desafios da saúde na opinião dos cidadãos do mundo, além de avaliações dos serviços de saúde de cada país. Um dos dados de destaque da pesquisa é que, para 77% dos entrevistados no Brasil, se vacinar contra doenças infecciosas graves deveria ser obrigatório; 10% discordam da afirmação e 13% não concordam e nem discordam. O percentual brasileiro que endossa a medida de imunização fica acima da média global de 64%, considerando todas as nações analisadas.

Entre os 27 países, aqueles cujos entrevistados mais acreditam que a vacinação deveria ser compulsória são: Malásia (86%), Argentina (82%) e Arábia Saudita (80%). O Brasil ficou empatado com o Chile (77%) em quinto lugar, logo atrás do Peru (78%). Por outro lado, Rússia (44%), Estados Unidos (50%), França (50%), Polônia (50%), Hungria (52%) e Japão (52%) são as nações que apresentam os índices mais baixos de concordância com a obrigatoriedade de tomar vacina contra doenças infecciosas graves.



Os maiores problemas da saúde no Brasil e no mundo

O resultado do levantamento consolidou a pandemia de Covid-19 como a grande vilã da saúde atualmente. Das 27 nações avaliadas, 26 acreditam que o coronavírus é a maior enfermidade que o povo de seu país enfrenta hoje. Apenas a Rússia responde diferente, colocando o câncer na primeira posição.

No ranking brasileiro, 82% citaram o coronavírus. O câncer e a saúde mental ficaram empatados com 27%, seguidos pelo estresse (18%) e pelo abuso de drogas (14%). Já os grandes problemas globais são: coronavírus (72%), câncer (37%), saúde mental (26%), estresse (21%) e obesidade (18%).

A pesquisa on-line foi realizada com 20.009 pessoas com idade de 16 a 74 anos em 27 países, entre os dias 25 de setembro e 09 de outubro de 2020. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.

Todos os dados do estudo estão disponíveis para download neste link: https://we.tl/t-krHZyP1NZq

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Negacionista da pandemia, deputado bolsonarista Osmar Terra vai para a UTI por complicações da Covid-19

Osmar Terra e Bolsonaro: negacionistas da pandemia

Um dos parlamentares mais enfáticos na defesa das irresponsáveis declarações de Jair Bolsonaro em relação à pandemia de Covid-19, o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) teve que ser transferido para a UTI por complicações da doença nesta segunda-feira (23). Ele está internado no Hospital São Lucas, da PUC-RS, com dificuldade para respirar. A internação ocorre dez dias após Terra anunciar que estava com a doença. 

Na ocasião, o negacionista disse, em sua conta no Twitter, que estava bem e sem sintomas. "Já iniciei tratamento precoce com hidroxicloroquina e ivermectina", disse o ex-ministro, que também é médico.

Ao que parece, o tratamento defendido por Bolsonaro não funcionou com o ministro, assim como com o senador Arolde Oliveira (PSD-RJ), que morreu em outubro vítima da doença. Assim como Oliveira, Terra defende o uso da cloroquina e do vermífugo ivermectina como tratamento. Também é contra o isolamento e nega a gravidade da Covid.

O boletim médico divulgado pelo hospital diz que Terra está "estável, com bom padrão respiratório" e que "apresenta melhora no quadro geral". Ao site Gaúcha Zero Hora, o infectologista Fabiano Ramos, ao ser questionado se Osmar Terra estava com muita dificuldade de respirar, respondeu: "É, por isso que precisou ir para a UTI".

Confira a nota do hospital:

Informamos que o deputado federal Osmar Terra, admitido no Hospital São Lucas da PUCRS no domingo, 22, permanece internado para tratamento dos sintomas decorrentes da COVID-19. O paciente se encontra estável, com bom padrão respiratório, apresenta melhora no quadro geral e está respondendo às medidas adotadas até o momento, sob os cuidados do infectologista Dr. Fabiano Ramos.

Dr. Saulo Gomes Bornhorst – Diretor Técnico

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

4 em cada 5 brasileiros tomariam vacina contra Covid-19, mostra Ipsos

Entre os que optam pela não-vacinação, 48% justificam que os testes clínicos estão avançando rápido demais

No Brasil, 81% das pessoas se vacinariam contra a Covid-19 caso uma imunização estivesse disponível. É o que mostra a edição de outubro da pesquisa “Global Attitudes on a Covid-19 Vaccine”, realizada pela Ipsos com entrevistados de 15 países, sendo mil brasileiros. Em agosto, eram 88%.

Considerando todas as nações participantes do estudo, a média global de pessoas que pretendem se vacinar é de 73%. Índia (87%), China (85%) e Coreia do Sul (83%) lideram com os índices mais altos de adesão à vacinação – o Brasil vem em 4º lugar. Já os países com menor intenção de se imunizar contra a Covid-19 são França (54%), Estados Unidos s Espanha (empatados com 64%) e Itália (65%). Desde o último levantamento, há pouco mais de dois meses, houve declínio na intenção de tomar vacina em 10 das 15 nações avaliadas.

Ainda de acordo com a pesquisa, 4 em cada 10 entrevistados brasileiros (40%) acreditam que a vacina só estará disponível para o uso geral daqui 4 a 6 meses. Mais otimistas, 23% acham que a imunização vai à mercado entre 2 a 3 meses e 4% creem que será em 1 mês. Entre aqueles com uma expectativa mais baixa, 11% acreditam que o país terá vacinação daqui 9 meses, 12% acham que só após um ano e 10%, ou seja, 1 em cada 10, creem que a vacina contra Covid-19 só estará disponível daqui 18 meses ou mais.

Justificando a não-vacinação

Entre o percentual de brasileiros que não tomaria a vacina caso estivesse disponível, 48% justificaram que estão preocupados com o avanço muito rápido dos testes clínicos. Além disso, 27% citaram preocupação com os efeitos colaterais, 7% não se vacinariam pois não acreditam que a imunização seria eficaz, 7% alegam que o risco de contágio pela Covid-19 é baixo, 6% se declaram contra vacinações em geral e 3% mencionaram outras razões. Globalmente, o motivo mais citado foi a preocupação com efeitos colaterais (34%).

Quando perguntados se concordam que “a chance de ter Covid-19 é tão pequena que a vacina não é necessária”, o percentual de respostas afirmativas dos brasileiros ficou entre os mais baixos. Apenas 18% concordam com a frase, atrás do Canadá (16% de concordância) e Coreia do Sul, México e Reino Unido (cada um deles com 17%). Por outro lado, os países que mais concordam são Índia (52%), Estados Unidos (31%) e China (29%).

A pesquisa on-line foi realizada entre os dias 08 e 13 de outubro de 2020 com 18.526 entrevistados de 15 países com idade de 16 a 74 anos. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

65% dos brasileiros pagariam mais por produtos de lojas que priorizam saúde e segurança de clientes

<a href='https://br.freepik.com/vetores/infografico'>Infográfico vetor criado por freepik - br.freepik.com</a>
(Imagem: freepik)
Quase dois terços (65%) dos brasileiros estão dispostos a pagar mais por produtos em lojas que estão fazendo um trabalho melhor para garantir a saúde e a segurança de seus clientes durante a pandemia. Destes, 84% pagariam até 10% a mais no valor do item, 12% pagariam até 25% a mais e 4% pagariam acima de 25% a mais.

O dado faz parte da “Consumer Health and Safety Brasil”, uma pesquisa sindicalizada realizada com 800 pessoas de todo o Brasil e comercializada pela Ipsos com o objetivo de mapear informações sobre o que faz os consumidores se sentirem seguros em pontos de venda físicos, comparando resultados de diferentes setores de atividade e região e oferecendo insights e estratégias possíveis para a retomada comercial após a flexibilização das restrições impostas pela pandemia.

No estudo, os respondentes avaliaram quais medidas implementadas pelos estabelecimentos para manter os clientes saudáveis e seguros durante a crise sanitária consideravam mais relevantes. Em primeiro lugar, ficou a obrigatoriedade do uso de máscaras por clientes, citada como uma precaução essencial por 54% dos ouvidos. Já o uso de máscaras por funcionários apareceu na segunda posição, com 51%. A medida de disponibilizar álcool em gel para clientes dentro da loja veio em terceiro (45%), seguida da disponibilidade do mesmo na porta de entrada (44%). Fechando o top 5, ter funcionários desinfetando carrinhos de compras, entrada e caixas à vista dos consumidores foi considerado essencial por 38%.

Dos 800 entrevistados que participaram da pesquisa, 88% disseram ter visitado um supermercado nos últimos 30 dias, 76% foram à farmácia, 52% ao banco, 45% ao posto de gasolina e 36% frequentaram um armazém/mercearia.

O “novo normal”

A pesquisa apontou ainda que 75%, ou seja, três em cada quatro consumidores ouvidos, não se sentiriam confortáveis em voltar imediatamente a frequentar pontos de venda físicos uma vez removidas todas as restrições de funcionamento impostas pelas autoridades, como limitação de ocupação, limitação de dias e horários de funcionamento, exclusividade de horário para determinados públicos, alteração de rotina, dentre outros.

Destes, 10% esperariam uma semana antes de voltar às lojas e instalações comerciais, 14% retornariam em 2 ou 3 semanas e 13% em um mês. Um terço (32%) só se sentiria confortável em voltar depois de, pelo menos, 3 meses e 7% dizem que nunca se sentirão bem novamente em pontos de venda físicos. Considerando a base de pessoas que demonstra desconforto, 63% dizem que teriam medo de ficar doentes e 55% se preocupam que haveria muita gente comprando nas lojas.

Na hipótese de remoção das restrições e reabertura total, apenas 14% dos entrevistados afirmaram que estariam confortáveis em voltar a frequentar estabelecimentos comerciais imediatamente; 10% não souberam responder.

O estudo “Consumer Health and Safety Brasil” foi realizado com uma amostra de 800 brasileiros com idade acima de 18 anos de todo o país, que visitaram pelo menos uma empresa nos setores pesquisados nos últimos 30 dias. O levantamento dos dados aconteceu entre os dias 19 e 26 de junho de 2020. A margem de erro é de 3,5 p.p..

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Projeto musical em hospitais de GO resgata memórias da infância de pacientes com Covid-19

paciente com covid-19 assiste a live
Paciente do Hutrin assiste a live (F: Divulgação)
A pandemia do coronavírus começa a desacelerar na maior parte do país. Em Goiás, a situação é de estabilidade em relação aos últimos 15 dias. No Estado, segundo a Secretaria Estadual de Saúde foram confirmados 174.409 casos.

Mas a doença continua levando muita gente para os hospitais no interior do Estado e causado preocupação a médicos, doentes e familiares.

Um momento de alívio dessa tensão é o projeto Amor Cantado - Acolhimento Musical, uma iniciativa do Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (MD), que já beneficiou centenas de pacientes desde o início da implantação, em agosto, e movimentou uma audiência de mais de 1000 visualizações no canal TV IMED. São mais de 180 minutos de programação.

Assista a uma das lives:

“Adorei a ideia da live. É muito divertido e emocionante, algumas músicas lembraram a minha infância e a minha família, que estou sentindo muita falta. Foi especial ver algo assim”, conta a paciente do HRL Fabiana de Jesus, de 41 anos.

O projeto de musicoterapia tem por objetivo humanizar ainda mais o atendimento oferecido no Hospital de Urgências de Trindade e no Hospital Regional de Luziânia.

“Já enfrentei muita coisa na vida, mas nada chegou perto do que estou passando agora. Ainda bem que temos um hospital como esse. A live é dedicada aos pacientes, mas todos que trabalham aqui merecem muito”, diz Fábio Amorin, de 45 anos, paciente do Hospital Regional de Luziânia.

As lives do projeto Amor Cantado acontecem todas as quartas, às 15h. Os pacientes internados nas enfermarias assistem à transmissão ao vivo por meio dos televisores instalados nas unidades. Os colaboradores e os familiares podem acompanhar a apresentação através de tablets, smartphones, computadores ou smart TV.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

7.000 trabalhadores de saúde já morreram de Covid-19 em todo o mundo; Brasil é o quarto

Uma nova análise da Anistia Internacional constatou que pelo menos 7.000 trabalhadores da saúde em todo o mundo já morreram depois de contrair a Covid-19. O país mais afetado foi o México, com pelo menos 1.320 óbitos, o maior número de qualquer país.

A Anistia Internacional também registrou alto número de mortes de trabalhadores da saúde nos EUA (1.077) e no Brasil (634), onde os índices de infecção e de mortalidade estão altos desde o início da pandemia, além de números alarmantes na África do Sul (240) e Índia (537), onde os índices de infecção subiram vertiginosamente nos últimos meses.

"O fato de mais de 7.000 pessoas terem morrido tentando salvar outras é uma crise em escala espantosa. Todo trabalhador da saúde tem o direito à segurança no trabalho, e é um escândalo que tantos deles estejam pagando o preço mais alto de todos", disse Steve Cockburn, diretor de Justiça Econômica e Social da Anistia Internacional.

"Passados muitos meses do início da pandemia, trabalhadores da saúde ainda estão morrendo em escala chocante em países como no México, Brasil e Estados Unidos, enquanto a propagação acelerada de infecções na África do Sul e Índia mostra a urgência de todos os países agirem. É preciso haver cooperação global para assegurar que todos os trabalhadores da saúde recebam equipamentos de proteção adequados, para que possam continuar realizando seu trabalho vital sem colocar suas próprias vidas em risco", continua Steve.

Em relatório de 13 de julho , a Anistia Internacional constatou que mais de 3.000 trabalhadores da saúde haviam morrido depois de contrair a COVID-19. As cifras mais recentes são causadas pelo índice crescente de Covid-19 em vários países, além da disponibilidade de novas fontes de dados. Os países com os números mais altos de profissionais de saúde mortos por COVID-19 incluem o México (1.320), EUA (1.077), Reino Unido (649), Brasil (634), Rússia (631), Índia (573), África do Sul (240), Itália (188), Indonésia (181), Peru (183), Irã (164) e Egito (159).

As cifras dos diferentes países podem nem sempre ser diretamente comparáveis, devido aos métodos diferentes usados para coletar dados e às definições de trabalhadores da saúde utilizadas nos países distintos.

Devido à subnotificação em muitos dos países incluídos na análise, é provável que os números citados representem uma subestimativa grande.

Brasil: falta de EPIs e protocolos claros

Pelo menos 634 trabalhadores da saúde já morreram de Covid-19 no Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) e a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e de Comunidade (SBMFC), parceiras da Anistia na campanha Nossas Vidas Importam, trabalhadores da saúde se queixam da insuficiência de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), da falta de protocolos claros para lidar com infecções, ausência de apoio à saúde mental, proteção social mínima para os familiares dos trabalhadores e contratos precários dos contratados em base emergencial.

"Exigimos dos governos que tomem medidas urgentes para proteger a vida dos trabalhadores da saúde. Além de aumentar a oferta de equipamentos de proteção, as autoridades públicas devem ouvir as queixas desses profissionais da saúde sobre suas condições de trabalho e devem respeitar seus direitos de se organizar", afirma Jurema Werneck, Diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil.

"Ao longo da pandemia, as pessoas ao redor do mundo vêm saudando trabalhadores da saúde como heróis. Mas esse reconhecimento soa vazio quando tantos trabalhadores estão morrendo por falta de proteção básica", completa Jurema.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Bolsonaristas vão às ruas contra a vacina para Covid-19 em Curitiba. “Não queremos a vacina, nós temos a cloroquina”

 Erick Mota/Regra dos Terços

Inspirados pelo discurso de Jair Bolsonaro, que defende a cloroquina como cura milagrosa da Covid-19, curitibanos foram para o calçadão da Rua XV, em Curitiba, para pedir a liberação do remédio, que não tem eficácia comprovada, como tratamento precoce para a doença viral.

Os manifestantes também declararam que “vitamina d, luz do Sol e caminhada” teriam poder de curar a doença causada pelo vírus.

No último dia 31, Jair Bolsonaro declarou que “ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”. A declaração antivacina foi compartilhada com destaque para a frase pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom).

Em abril de 2019 o movimento antivacinação foi incluído no relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos dez maiores riscos à saúde global. Segundo o órgão, esse movimento negacionista da ciência é tão perigoso quanto os vírus.

Veja o vídeo: https://twitter.com/regradostercos/status/1303087102159196161



terça-feira, 18 de agosto de 2020

Na UTI em estado grave, cantor Cauan ironizou distanciamento e "desafiou" coronavírus no início da pandemia

 O cantor sertanejo goiano Cauan, que forma dupla com Cleber, está internado em uma UTI em Goiânia com 70% dos pulmões comprometidos pela Covid-19. Seria apenas mais um triste caso da doença, que já matou mais de 108 mil pessoas no país, se internautas não tivessem recuperado um vídeo em que o artista ironiza o distanciamento social determinado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) e "desafia" o coronavívus.

No vídeo, gravado em março, Cauan aparece ao lado de amigos em um apartamento.

"Nós tá (sic) escondido do Caiado aqui, e olha quem chegou aqui. Peita aqui Caiado", diz um dos amigos. O sertanejo responde: “"Peita ni nós, coronavírus. Peita, coronavírus, vem ni nós (sic)". O amigo completa: "Peita. Aqui não, aqui nós não pega o bicho não (sic). "A viola vai comer agorinha".

Assista:

De acordo com a coluna Notícias da TV do UOL, Cauan passou mal no dia 07, foi internado no dia 12 e transferido para a UTI três dias depois. Segundo a família, o cantor apresentou uma leve melhora no quadro.

Este é pelo menos o segundo caso de figuras proeminentes goianas que menosprezam a pandemia e desconsideram as orientações da OMS. Em julho, o médico Joaquim Inácio de Melo Júnior defendeu em entrevista na TV o uso de invermectina contra a Covid, também usandoa ironia.

"Tô de quarentena, já tem oito dias; desse jeito aqui, ó, na UTI", disse, dando tapinhas no rosto, ao afirmar que tinha Covid-19, mas graças ao vermífugo, estava bem. O apresentador pergunta: "O senhor chegou a ir para a UTI, doutor?". "Claro que não", respondeu o médico.

Dias depois da entrevista, o cirurgião foi encaminhado às pressas para a UTI e a família iniciou uma campanha na internet para arrecadar plasma para o tratamento. Joaquim recebeu alta no final de julho. Já os pacientes que foram "tratados" com o mesmo vermífugo por um grupo de médicos do qual Joaquim fazia parte, não se sabe.

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

PV denuncia Estado brasileiro em corte internacional por crimes contra a humanidade

O Partido Verde protocola, nesta segunda-feira (10), denúncia contra o Estado Brasileiro por crime contra a humanidade na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos – OEA. Dentre as acusações, a legenda afirma que o descaso do governo federal, que já ceifou a vida de 100 mil brasileiros, demonstra o claro descumprimento de artigos do pacto da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San José).

Faixa em frente ao Palácio do Planalto ressalta atos irresponsáveis de Bolsonaro (Reprodução Twitter)

No extenso documento, que apresenta um compilado de denúncias feitas ao governo, o PV apresenta fatos que constituem violações à Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San José), em particular aos artigos 4º (direito à vida) e 5º (direito à integridade pessoal), combinados com o disposto no artigo 1.1 (obrigação de respeitar e garantir os direitos estabelecidos na Convenção), e ao Protocolo de San Salvador, em particular ao artigo 10 (direito à saúde).

As denúncias elencadas apresentam um histórico lamentável da Presidência da República na gestão da crise sanitária. Desde a decretação da pandemia mundial, pela Organização Mundial da Saúde, o presidente Bolsonaro tem adotado uma série de comportamentos contrários aos protocolos de segurança sanitária; desde passeios públicos ferindo o isolamento social e sem os devidos cuidados sanitários (uso de máscaras e não aglomeração), sistemáticas manifestações de estímulo ao não cumprimento do isolamento, bem como decretos do presidente em que se incluíram atividades como cultos religiosos, salões de beleza e academias ao roll das essenciais.

As atitudes do presidente refletem diretamente na gestão dos órgãos envolvidos no combate ao novo coronavírus. Vale ressaltar que pesquisa coordenada pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) indica que o número de infectados no Brasil pelo coronavírus é cerca de 6,5 vezes maior do que mostram os dados oficiais. Atualmente, mais de 1% (um por cento) da população já foi contaminada pelos vírus e o número encontra-se em escalada.

A petição apresenta ainda a demissão do então Ministro da Saúde Luiz Mandetta, e a consequente nomeação de Panzuello, interinamente, que resultou na demissão da equipe técnica que integrava as gestões anteriores, o que comprometeu o prosseguimento dos trabalhos realizados pelo órgão. Com o avanço das mortes, que hoje somam-se mais de 100 mil, uma das principais preocupações do governo brasileiro foi a aquisição do medicamento “Cloroquina”, cuja eficácia não foi comprovada por estudos científicos na luta contra a COVID-19 e, mesmo assim, foi recomendada para uso da população pelo presidente.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Ministro da Saúde recebe defensores do uso de ozônio pelo ânus para tratar Covid-19

Pazuello (camisa branca) com defensores da ozonioterapia retal (F: mídias sociais)
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, recebeu em Brasília defensores do uso do ozônio como forma de tratamento para a Covid-19. A informação é do site Metrópole. A prática, segundo o site, já é usada em hospitais do sul do país e ganhou notoriedade após o prefeito de Itajaí, no litoral de Santa Catarina, Volnei Morastoni, defender a aplicação do ozônio pelo ânus, em vídeo que viralizou nas mídias sociais.

A ozonioterapia é uma prática experimental sem eficácia comprovada para qualquer tratamento e seu uso é autorizado pelas entidades médicas apenas nesses casos. No pronunciamento, Volnei explica que "é uma aplicação simples, rápida, de dois, três minutinhos por dia, uma aplicação tranquilíssima, com um catéter fininho, e isso dá um resultado excelente. São dez dias seguidos".

O encontro com o ministro foi intermediado pelo deputado Giovani Cherini (PL-RS) e o motivo era discutir as ações de saúde no Rio Grande do Sul e o tema fez parte da conversa. O grupo era liderado pela médica Maria Emília Gadelha Serra. Em fotos nas redes sociais, ela destacou o assunto tratado: “Ozonioterapia na Saúde!”, pregou.

Participaram da reunião com o ministro Pazuello, segundo o site, o assessor parlamentar da pasta, Gustavo Machado Pires, o diretor do Departamento de Gestão da Educação na Saúde (Deges), Vinícius Nunes Azevedo. Eles conversaram com a presidente da Sociedade Brasileira de Ozonioterapia, Emília Serra Gadelha.

Também estiveram com o ministro os deputados Osmar Terra (MDB-RS) e Darsísio Perondi, além de Airton Antônio Soligo, conhecido como Airton Cascavel, assessor especial do ministro.

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Movimento NÓS chega a Goiás e lança campanha convidando consumidores a apoiar o comércio de seu bairro

O Movimento NÓS, coalizão criada por oito das principais companhias de alimentos e bebidas do país para apoiar a retomada dos negócios do pequeno varejo - assim que liberadas as atividades - chega a Goiás e lança, através de um filme veiculado nas plataformas digitais, um convite aos consumidores para juntar-se ao movimento e incentivar o pequeno comerciante de seu bairro.

O NÓS é composto por Ambev, Aurora Alimentos, BRF, Coca-Cola Brasil, Grupo Heineken, Mondelēz International, Nestlé e PepsiCo. A coalizão está beneficiando, segundo o movimento, mais de 300 mil pequenos comércios em todo o Brasil, que empregam cerca de 1 milhão de pessoas e proporcionam impacto positivo em aproximadamente 3 milhões de vidas, incluindo as famílias destes empreendedores. As ações tiveram início na segunda quinzena de junho nos locais onde a reabertura dos estabelecimentos foi autorizada.

Goiás é um dos primeiros Estados do país a receber as ações da iniciativa, onde devem ser beneficiados pequenos comércios. A partir dessa semana, pequenos varejos vão receber kits com cartilhas, cartazes, máscaras e álcool em gel para se manterem em segurança durante a retomada das atividades, além de terem acesso às demais frentes de apoio propostas pela coalizão.

"Não podemos pensar apenas nos interesses individuais no momento pelo qual estamos passando com a COVID-19. É a hora de nos unirmos por um único objetivo: ajudar o país a atravessar esse período com o menor impacto possível. Os pequenos varejistas são nossos parceiros e não podemos medir esforços para ajudá-los a superar essa crise", afirmam, em carta, os oito CEOs das empresas fundadoras do Movimento NÓS.

O Movimento NÓS tem como foco de apoio quatro frentes principais, estruturadas para contemplar os principais desafios enfrentados pelo pequeno varejo na retomada de suas atividades. Esse trabalho inclui (1) a reabertura segura com foco na saúde, (2) o reabastecimento facilitado do estoque, (3) o fortalecimento da relação entre comércios locais e consumidores, e (4) a divulgação de informações relevantes do mercado.

A campanha é resultado de um trabalho de cocriação de três agências, que estão apoiando o Movimento Nós pro bono e juntas assinam esse trabalho: AlmapBBDO, DPZ e WMcCann.


segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Retorno aos escritórios no Centro-Oeste deve ocorrer entre setembro e dezembro, diz KPMG

Uma pesquisa realizada pela KPMG apontou que 25,5% das empresas do Centro-Oeste devem reabrir os escritórios entre setembro e dezembro deste ano. Segundo o estudo, cerca de 22% dos empreendimentos da região já voltaram ao trabalho presencial antes de julho, enquanto 16,3% deles esperam retornar ainda no mês de agosto. Essas são algumas das conclusões da "Pesquisa nacional: como será o retorno aos escritórios", que avalia as perspectivas de retomada das organizações durante a pandemia.

Quando questionados se a empresa adotará uma estratégia de retorno gradativo, para 31% dos empresários a previsão é de que a retomada inicial aos escritórios contemple até 50% dos profissionais da empresa. Já para 23,6% deles, a volta ao trabalho presencial deve atingir todo o quadro de funcionários da organização, enquanto cerca de 22% esperam voltar ao regime presencial com no máximo 30% dos empregados.

"Apesar de termos registro de casos desde março no Centro-Oeste, existe uma percepção de que esta foi a última região afetada pela covid-19. Isto se deve a vários fatores, incluindo a dimensão territorial e o número de casos confirmados que se manteve baixo nos primeiros meses da pandemia. Foi somente em maio que a curva começou a subir na região como um todo. Por esse motivo, as empresas estão mais cautelosas quanto ao retorno presencial das atividades", analisa o sócio da KPMG, Ray Souza.

Com relação à produtividade dos colaboradores durante a pandemia, para 45,5% dos entrevistados não houve aumento, nem queda no desempenho obtido no período. Para outros 31%, no entanto, esse índice aumentou em até 20%, enquanto para 11% deles houve um crescimento superior a 20% no rendimento dos funcionários.

"A pesquisa aponta que as empresas estão buscando se adaptar a essa nova realidade, implementando medidas para que o retorno dos funcionários aconteça de forma segura. A retomada será gradativa até para que os gestores possam avaliar a efetividade da implementação desse processo", afirma André Coutinho, sócio-líder de clientes e mercados da KPMG no Brasil e na América do Sul.

Sobre a pesquisa
A "Pesquisa nacional: como será o retorno aos escritórios" foi feita no mês de junho, deste ano, com empresários dos seguintes setores: agronegócio (8%); consumo e varejo (11%); energia e recursos naturais (8%); governo (2%); saúde e ciências da vida (7%); mercados industriais (16%); infraestrutura (6%); setor financeiro (18%); tecnologia, mídia e telecomunicações (9%); serviços (14%); e ONGs (1%). Já a distribuição geográfica dos entrevistados foi 77,9% no Sudeste; 8,1% no Sul, 7,6% no Centro Oeste, 3,6% no Nordeste e 2,6% no Norte. O conteúdo está disponível na íntegra no link: http://home.kpmg/br/pt/home/insights/2020/07/pesquisa-nacional-como-sera-retorno-aos-escritorios.html.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

90,1% das pequenas empresas de transporte que recorreram ao Pronampe ainda esperam linha de crédito do governo Bolsonaro

Desde o início da pandemia de Covid-19, há quatro meses, 52,0% das empresas de transporte solicitaram aos bancos algum tipo de financiamento, sendo que mais da metade delas (54,3%) teve a sua solicitação negada. E 59,8% afirmam conhecer o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) - iniciativa do governo federal que busca viabilizar crédito para empresas de pequeno porte. Dessas, 39,6% solicitaram crédito pelo programa e, das que solicitaram, 90,1% tiveram a solicitação negada ou ainda esperam o retorno do pedido.

Os dados fazem parte da nova rodada da Pesquisa de Impacto no Transporte - Covid-19, da CNT (Confederação Nacional do Transporte), que revela que quase 75% das empresas do setor tiveram queda de demanda em junho. Mais da metade delas (57,2%) avaliou que essa retração foi grande. A pesquisa revela ainda que, diante das dificuldades de acesso a crédito em grandes bancos e sem auxílio do governo Bolsonaro desde o início da pandemia, mais de um terço das empresas (34,0%) precisou recorrer ao crédito rotativo. Essa é a linha com as taxas de juros mais elevadas do mercado.

O presidente da CNT, Vander Costa, avalia que os resultados dessa nova rodada reforçam ainda mais o cenário de diminuição drástica da demanda e do faturamento do setor, além de revelar grandes dificuldades, por parte dos transportadores, para pagar obrigações rotineiras. Segundo ele, é urgente a apresentação de um plano de socorro imediato às transportadoras, de modo a oferecer uma linha de crédito exclusiva e pré-aprovada, com taxas de juros reduzidas e carência estendida. "Entendemos que, após quatro meses de pandemia, se as iniciativas governamentais durante a crise não refletirem, na prática, o socorro emergencial efetivo às empresas, muitas transportadores irão encerrar suas atividades e segmentos, como o urbano de passageiros, podem entrar em colapso, o que certamente comprometerá o funcionamento e o abastecimento das cidades brasileiras, além da retomada da atividade econômica."

Entre as medidas consideradas prioritárias pelo setor para o atual momento, 50,8% das empresas destacam a importância da isenção de tributos federais durante a pandemia; e 50,7%, a disponibilização de crédito com carência estendida e taxas de juros reduzidas. Além disso, 39,3% citaram a necessidade da manutenção da desoneração da folha para o setor transportador. Essas pautas vêm sendo mencionadas pelos transportadores desde o início da pandemia.

Alguns números da quarta rodada da Pesquisa de Impacto no Transporte - Covid-19

- 74,6% das empresas de transporte apontaram que houve diminuição da demanda em junho

- 60,7% indicaram uma nova diminuição do seu faturamento em junho

- 80,1% esperam uma nova diminuição do seu faturamento em julho

- 79,8% projetam impactos negativos da crise em sua empresa por pelo menos mais quatro meses

- 41,8% afirmaram que a capacidade de pagamento está muito comprometida - dificuldade para manter gastos com a folha de pagamento, parcelas de financiamentos, tributos, aluguéis, entre outros

- 26,4% conseguem permanecer operando com recursos próprios por, no máximo, mais um mês

- 21,3% já precisaram recorrer a linhas de financiamento para complementar o fluxo de caixa e cobrir a sua operação

- 52,0% solicitaram aos bancos algum tipo de financiamento, sendo que mais da metade delas (54,3%) teve a sua solicitação negada

- 39,6% das que conhecem o Pronampe solicitaram crédito pelo programa, sendo que 90,1% tiveram a solicitação negada ou ainda esperam o retorno do pedido.

- 34,0% precisaram recorrer ao crédito rotativo desde o início da pandemia

- 42,5% das empresas de transporte já haviam adotado a suspensão temporária do contrato de trabalho como uma alternativa para dar algum alívio ao seu fluxo de caixa

- 42,7% recorreram à redução proporcional de jornada e salários

- 43,6% precisaram utilizar demissões como alternativa de última instância

- 50,8% enfatizam a importância da isenção de tributos federais durante a pandemia

- 50,7% destacam a necessidade de disponibilização de crédito com carência estendida e taxas de juros reduzidas

Acesse aqui os resultados da quarta rodada da Pesquisa de Impacto no Transporte - Covid-19

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Justiça obriga homem a cumprir isolamento social

Com apenas quatro respiradores hospitalares e sem estrutura para atender pacientes graves na cidade, o município mineiro de Itamarandiba ajuizou ação para obrigar um morador com suspeita de covid-19 a cumprir medidas de isolamento e distanciamento social.

A juíza da Vara Única da comarca, Juliana Cristina Costa Lobato, deferiu o pedido de antecipação de tutela de urgência para que o homem respeite a quarentena e as demais normas médicas, evitando disseminar o vírus.

O morador também não pode se opor a realizar o teste para detectar o coronavírus e, em caso de atendimento médico de urgência, só deve transitar com equipamentos de proteção individual. Se desrespeitar a decisão judicial, o homem pode pagar multa de R$ 200 a cada ato.

Segundo o município, ele desobedeceu orientações do serviço médico local após procurar o hospital com sintomas da doença. Foram prescritos medicamentos e quarentena por 14 dias. Decorrido esse período, ele deveria submeter-se à realização de teste de covid-19, em conformidade com os protocolos sanitários vigentes.

Isolamento voluntário

O morador chegou a assinar um termo de declaração consentindo com o isolamento voluntário. Seis dias depois, ele ligou para o hospital relatando uma suposta melhora nos sintomas e o retorno ao trabalho no dia seguinte. O rapaz foi orientado da necessidade de cumprir a quarentena, mas técnicos da assistência social e integrantes da fiscalização municipal não o encontraram mais em sua residência.

A juíza Juliana Lobato ressaltou que o "desrespeito às orientações médicas e a negativa de cumprir isolamento domiciliar demonstram o descaso com a situação da gravidade vivida pela população mundial, menosprezo pela vida humana e ausência de responsabilidade social". A magistrada determinou que a Polícia Militar deve comunicar imediatamente à Justiça o descumprimento das medidas impostas ao morador.

O processo tramita em segredo de Justiça.