sexta-feira, 4 de março de 2016

Bolsonaro e Francischini: longe do Executivo



Abraçados no Legislativo (F: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)
Apesar da recepção de pop star que o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) teve ontem no aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, o momento não deve ter sido dos mais agradáveis para o político. Convidado a vir ao Paraná pelo colega Fernando Francischini (SD-PR), Bolsonaro chegou a Curitiba exatamente no dia em que a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) envolveu Francischini na Lava Jato - que tem seu epicentro exatamente na capital paranaense.

Nesse momento em que as investigações parecem não poupar ninguém, é natural pensar que todos os citados por Delcídio serão investigados. Ou seja, chegará o momento de o deputado paranaense dar suas explicações e apresentar as provas de sua alegada inocência.

Alimentando o sonho de disputar a prefeitura de Curitiba já há alguns anos, Francischini não parece hoje ter a mínima chance de vitória, apesar de seus fieis e inúmeros seguidores. O mesmo se poderia dizer de Bolsonaro disputando a Presidência. Apesar de, estranhamente, seus fãs apoiarem bravatas como ameaçar funcionários de universidades ou fiscais ambientais com armas de fogo, seu perfil, assim como o de Francischini e outros parlamentares "linha dura", não encontra eco na maioria da população.

Ou seja: serão sempre campeões de voto no Legislativo porque dentro do espectro da sociedade brasileira representam uma grande minoria. Mas estarão igualmente sempre longe dos cargos majoritários.

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