quinta-feira, 18 de maio de 2023

Seguranças do Carrefour e as câmeras corporais

Casal agredido em  loja Big de Salvador (Reprodução)
O Carrefour anunciou ontem que os seguranças de todos os supermercados da rede passarão a usar câmeras corporais nas áreas externas das lojas. Internamente, o equipamento já é obrigatório, segundo o grupo.

A decisão veio após mais um caso de agressão a pessoas negras, desta vez, no Big Bom Preço, que integra a rede, em Salvador. Suspeitos de furto de leite em pó, um casal leva tapas no rosto de um segurança.

O caso mais grave de acusação de racismo contra o Grupo Carrefour ocorreu em novembro de 2020, quando João Alberto Silveira Freitas, então com 40 anos, foi agredido e morto por asfixia no estacionamento de uma loja Carrefour de Porto Alegre. Tudo acompanhado de perto pela então gerente do estabelecimento e filmado por clientes.

Recentemente, também, a professora Isabel Oliveira (43) tirou a roupa para fazer compras em uma loja Atacadão de Curitiba, do mesmo grupo, após ser perseguida por um segurança pelos corredores do mercado. 

O Grupo Carrefour afirma ainda que funcionários próprios e terceirizados estão passando por treinamentos para aprender a lidar com os clientes.

Bastaria um mínimo de empatia e de respeito às leis.

Mas, após quatro anos de um governo de barbárie, em que fazer justiça com as próprias mãos era insistentemente incentivada pelo bolsonarismo, talvez leve-se tempo até voltarmos à normalidade e sermos um país minimamente decente.

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