O comentário se deu durante discussão online entre alunos da 8ª série do Colégio Adventista IABC de Abadiânia, no entorno do Distrito Federal. "Querem que eu dê minha opinião? Muito sério. Acho que os meninos vão concordar. Muitas vezes, a mulher é realmente culpada pelo estupro, de alguma coisa nesse sentido. Por que é que a mulher tem que ficar provocando o coitadinho do homem?", argumentou.
Para embasar sua opinião, a professora questionou mulheres que usam roupas como "shortinho" na rua, "chamando a atenção dos homens".
Assista ao vídeo:
O fato repercutiu nas redes sociais e muitas pessoas, inclusive ex-alunos, cobraram uma posição do colégio, que emitiu uma nota criticando a declaração da funcionária.
Leia abaixo:
"Comunicado Oficial Instituto Adventista Brasil Central
O Instituto Adventista Brasil Central (IABC) não compactua com qualquer opinião de cunho pessoal de seus funcionários que atribua à vítima culpa por ação criminosa. A instituição reforça, ainda, que todo ato de violência física, verbal e/ou sexual deve ser punido nos termos da legislação brasileira, e lamenta profundamente o ocorrido na manhã desta quarta-feira, 04, em uma das salas de aula do colégio. As medidas necessárias já foram tomadas e a funcionária em questão foi afastada de suas funções."
Ainda assim, alguns internautas questionaram a posição do colégio. "Lamentável o ocorrido. Felizmente carrego boas lembranças do IABC, foi uma das melhores experiências da minha vida. Fico triste em saber o que aconteceu, decepcionada com a professora que aliás me deu aula também. Espero que fique claro que até vestida dos pés a cabeça a mulher tem que passar por situações assim, aliás até às crianças né! Torço para que haja uma movimentação, aliás mais uma pois vi que o colégio acabou de fazer uma, mas nunca é exagero enfatizar que nós mulheres merecemos respeito. No que se diz respeito a minha experiência no colégio, foi incrível e sempre fui tratada com respeito. Gostaria que as alunas atuais também fossem, assim como todas as mulheres no mundo todo", disse Kamila Macedo, na página do Facebook do Adventista.