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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Um ano e meio atrás, empresário bolsonarista minimizava pandemia: "Brasil não pode parar por 5 ou 7 mil mortes"

Era 23 de março de 2020 e pouco ainda se sabia sobre a evolução da pandemia do coronavírus. Não havia expectativa próxima de vacina, tratamento adequado para a covid-19, informações claras sobre o uso de máscara etc. Mas o distanciamento social era unanimidade entre os especialistas para conter o avanço da doença. Naquele dia, o empresário bolsonarista Junior Durski, que ficou milionário durante os governos Lula e Dilma, estarreceu o país em um vídeo em seu perfil do Instagram.

"Não podemos, por conta de cinco mil pessoas, sete mil pessoas que vão morrer, eu sei que é muito grave, eu sei que isso é um problema, mas muito mais grave é o que já acontece no Brasil", disse o dono das redes de hamburguerias Madero e Jerônimo, ao comprar as mortes por covid com as provocadas por outros problemas. "Não pode parar o Brasil, o Brasil tem que continuar trabalhando", comentou, ao endossar o discurso de Bolsonaro contra o fechamento do comércio por estados e municípios. "Infectologistas não podem querer fechar tudo", afirmou.


O vídeo, ainda no ar, continua recebendo críticas. "Não é que o Sr. acertou?!?!?! SETE MIL MORTOS HOJE!!!! Só errou a área geográfica. Em vez de Brasil, Curitiba", escreveu uma pessoa há duas semanas. "550 mil mortes", lembrou outro leitor há alguns dias.

Hoje, o Brasil superou as 585 mil mortes. Mas, felizmente, a curva está caindo rapidamente. Graças, vejam só, às restrições de circulação impostas por autoridades e à  ação dos cientistas que desenvolveram vacinas.

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Madero oferece brownie para clientes e recebe de volta #MaderoNuncaMais

Não deu certo a estratégia da hamburgueria Madero de oferecer minos para tentar reconquistar clientes. Em uma postagem de ontem no Facebook sugerindo que as pessoas baixem o aplicativo do restaurante para fazer pedidos, o Madero oferece como cortesia um brownie e um ketchup da marca. A ação vem depois que o proprietário da rede, que inclui ainda a hamburgueria Jerônimo, Junior Durski, causou revolta nacional ao defender o fim da quarentena imposta pelo coronavírus. "Não podemos parar porque 6 ou 7 mil pessoas vão morrer", disse.

Não satisfeito, Durski disse não ter se arrependido da declaração, em consonância com Jair Bolsonaro e contrariando todos os órgãos de saúde nacionais e mundiais. O empresário, que saltou de um para dezenas de restaurantes durante os governos Lula e Dilma, ainda reafirmou sua posição em defesa do governo federal.

Na postagem, as pessoas mostraram sua indignação com a insensibilidade do sócio de Luciano Huck. Das 327 reações registradas até agora, apenas dez demonstraram interesse na proposta. Todos os outros emojis são críticos.

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Nos comentários da postagem, porém, é onde fica mais claro que o Madero vai ter que trabalhar muito para recuperar a imagem - ou viver apenas de apoiadores de Jair Bolsonaro. Entre os 231 comentários ao anúncio, apenas dois - isso mesmo, dois - demonstram apoio à marca.

As críticas são duras e variadas:

"Enquanto a proprietária da Magazine Luiza doou 10 milhões para ajudar e disse que não vai demitir ninguém, o Sr Durski vai demitir 600 funcionários e não fez nenhuma doação. Mas tinha quase 2 bilhões para comprar o Beto Carrero.", disse Reginaldo Borowski.

"Faz de conta que estamos naquela contagem de 6 mil, 7 mil que se morrerem não vão fazer falta. Mas se deixarem de comprar seu hambúrguer talvez você feche as portas.", foi o comentário de Janaina Gasparin.

Já Frederico Burlamaqui sugeriu: "Em Curitiba, vou trocar pelo Riders Pub e pelo Mustang Sally. Tá na hora de apoiar o pequeno negócio que faz um produto tão bom quanto."

"Eu e minha família ADORÁVAMOS, mas em solidariedade às famílias que vão perder entes queridos, após a infeliz declaração do dono do Madero, nunca mais iremos frequentar este estabelecimento!", escreveu Luiz Néri Pfützenreuter, que ainda adicionou a hashtag  #maderonuncamais, que ganhou as mídias sociais desde a declaração de Durski.

Resta saber se, quando sentir o impacto, o Madero fará sua mea culpa e tentará consertar o estrago.