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quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Assassinato do jogador Daniel teve a participação de filho de políticos influentes

Cristiana e Juninho: estupro descartado (Reprodução Facebook)
A polícia do Paraná começa a desvendar a motivação e a forma do assassinato do jogador Daniel. Ao contrário da versão sustentada pelo (agora suposto) assassino confesso Edison Brittes, o Juninho, de que teria cometido o crime sozinho, os indícios apontam para a participação de um dos filhos de um casal de políticos de São José dos Pinhais, cidade na região metropolitana de Curitiba onde o jogador foi agredido e morto.

Segundo depoimento de Juninho, revelado pelo UOL Esportes, outras pessoas participaram das agressões, todas já identificadas pela polícia. O empresário deu detalhes das agressões, mas se recusou a falar como o jogador foi morto. Ele disse ter assumido o crime sozinho para proteger o filho dos políticos, que tem um irmão gêmeo que também estava na festa, mas não teria participado das agressões.

A polícia também descartou a possibilidade de tentativa de estupro da mulher de Juninho por parte de Daniel. Juninho, a mulher Cristiana Brittes e a filha do casal, Allana, amiga de Daniel, continuam presos.

terça-feira, 31 de julho de 2018

Polícia do Paraná prende executivos das distribuidoras da Shell, Ipiranga e Petrobras

Operação deflagrada pela Divisão de Combate à Corrupção (DCCO), da Polícia Civil, nesta terça-feira (31) prendeu executivos das três maiores distribuidoras de combustíveis do país. A ação realizada em Curitiba foi batizada de “Margem Controlada” e envolveu a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba, órgão do Ministério Público do Paraná (MP-PR), a Polícia Militar e Polícia Científica.


De acordo com o delegado Renato Figueroa, responsável pela DCCO, a investigação levou mais de um ano. Neste período, quatro delações premiadas feitas por empresários do setor de combustível foram homologadas pelo juiz Antônio Carlos Schiebel Filho, da 11º Vara Criminal de Curitiba. Há indícios de que os suspeitos controlavam de forma indevida o preço final do combustível nas bombas dos postos bandeirados (vinculados a uma única distribuidora) de Curitiba. “A lei da livre concorrência não ocorria em Curitiba”, sustenta Figueroa.

Os detidos vão responder por abuso de poder econômico e formação de organização criminosa, com penas de dois a 13 anos de prisão. "Havia uma definição (do preço do combustível) por região na cidade. Em uma (área) mais elitizada, cobravam mais. Em outra, tinham que sufocar a concorrência. Aí jogavam o preço próximo ou abaixo do custo", explicou o promotor Maximiliano Deliberador, da promotoria de Defesa do Consumidor.


A polícia cumpriu 20 mandados judicias, sendo oito de prisão temporária, válida por cinco dias, podendo ser prorrogada por igual período, e outros 12 de busca e apreensão. Ainda foi afastado o sigilo telemático (e-mail) de nove pessoas. Foram presos três assessores comerciais da Petrobras Distribuidora S.A, um gerente comercial e um assessor da Ipiranga Produtos de Petróleo S.A e um gerente e dois assessores comerciais da Shell (Raízen Combustíveis S.A). Um gerente da Petrobras Distribuidora foi alvo de busca e apreensão e policiais ainda cumpriram mandados nos escritórios que as três empresas. Foram apreendidos celulares, computadores e documentos.

AÇÃO CONTROLADA – Durante a investigação os delatores produziram dezenas de provas que reforçam a suspeita da atuação da quadrilha no controle do preço final do litro do combustível nas bombas dos postos de gasolina de Curitiba. Na prática o esquema criminoso partia de ação legal, que era a obrigatoriedade dos postos de assinar um contrato de exclusividade com a distribuidora que concedeu a bandeira.

A partir daí, gerentes e assessores comerciais das distribuidoras vendiam o combustível de acordo com o preço que seria praticado pelo dono do posto. Se o valor do litro da gasolina na bomba fosse, por exemplo, R$ 4,19, a distribuidora repassaria o produto a R$ 3,99. A ação controlava o preço nas bombas e, conseqüentemente, a margem de lucro dos empresários – impedindo a livre concorrência.

Durante a investigação, a polícia descobriu que as empresas distribuidoras faziam uma espécie de vigilância sobre o preço cobrado pelos postos. Para isso, usavam serviços de empresas de motoboys, que circulavam pela cidade tirando fotos dos valores praticados. As imagens serviriam para aferir se o acordo da negociação estava sendo cumprido pelos proprietários.

A Divisão de Combate à Corrupção criou um e-mail para receber denúncias de donos de postos de gasolina sobre a atuação ilegal de representantes das distribuidoras. A denúncia pode ser feita pelo e-mail dcco.denuncia@pc.pr.gov.br
Mais de 50 policiais, dentre eles da própria Divisão, do COPE (Centro de Operações Policiais Especiais), Nuciber (Núcleo de Combate aos Ciber Crimes), além de quatro delegados da Divisão, dois promotores de Justiça e servidores do Instituto de Criminalística participaram da operação, que aconteceu na cidade de Curitiba.

(*) Com informações da Agência de Notícias do Paraná

sábado, 11 de novembro de 2017

Policial levou vereador para Batalhão porque se arrependeu da prisão

O sargento da Polícia Militar que prendeu ontem o vereador Vinicius Cirqueira (Pros), vice-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, em uma blitz conduziu o parlamentar ao Batalhão de Choque ao perceber a arbitrariedade da ação. O procedimento correto nesses casos é levar à Central de Flagrantes, para a autuação da autoridade civil, ou seja, um delegado. A informação foi obtida por uma fonte do blog.

Em entrevista coletiva ontem o próprio porta-voz da PM, tenente-coronel Marcelo Granja, disse que o policial não soube como proceder: "Ele foi para o Batalhão de Choque visando o que, por ele ter ficado, na hora, ele não sabia o que fazia", declarou o coronel.



O blog apurou que o sargento que efetuou a prisão (em um dos vídeos, ele aparece dando uma joelhada no vereador, que está algemado), que não teve o nome revelado, segundo testemunhas porque retirou a tarja com a identificação da farda, queria, na verdade, liberar o vereador no próprio batalhão, sem oficializar a prisão. Mas foi impedido pelo comandante local, que o obrigou a concluir o procedimento, provavelmente percebendo o tamanho do problema criado.

Parte da ação foi filmada por outro vereador, o guarda municipal Romário Policarpo (PTC), que estava no carro junto com Cirqueira.

Racismo

 

A confusão se deu, segundo conta Policarpo, após o veículo oficial da vice-presidência da Câmara ter sido parado em uma blitz. Nele estavam os dois vereadores e o assessor Armindo Júnior. O primeiro policial teria liberado o veículo após verificar a documentação. Um sargento, porém, teria obrigado os ocupantes a descerem do veículo após ofensas racistas: "Ele disse que não era para liberar o carro porque tinham dois negrinhos de olho vermelho dentro do carro. Era para descer todo mundo e revistar o carro porque tinha alguma coisa", afirma Policarpo.

Cirqueira teria sido preso ao defender Policarpo e Armindo das ofensas. Ele pagou fiança de R$ 3 mil e foi liberado. Os vereadores decidiram também registrar uma ocorrência por racismo contra o sargento. A PM afirma que vai apurar o caso.

Em nota, o presidente da Câmara, vereador Andrey Azeredo (PMDB), repudiou a ação dos policiais. 

Confira:

Câmara Municipal de Goiânia repudia ato envolvendo vereadores

A Câmara Municipal de Goiânia, como uma Casa de leis, preza pelo cumprimento dos direitos e deveres de todo e qualquer cidadão. Assim como o princípio da dignidade da pessoa humana, que é constitucional, e dos valores fundamentais do Estado Democrático de Direito.

Diante do fato ocorrido na tarde desta sexta feira, 10, envolvendo dois vereadores de Goiânia, Vinícius Cirqueira, vice-Presidente da Casa, e Romário Policarpo, a Câmara Municipal de Goiânia repudia veementemente a forma como se desencadeou uma abordagem policial durante uma blitz.

A Câmara Municipal de Goiânia destaca o bom e respeitoso relacionamento que tem com a instituição Polícia Militar do Estado de Goiás, mas lamenta profundamente este fato isolado envolvendo alguns policiais integrantes desta força de segurança pública.

Os questionamentos são em relação ao uso desproporcional da força, inclusive com o uso desnecessário de algemas no vereador Vinícius Cirqueira e a forma racista como o vereador Romário Policarpo e um servidor da Câmara, que são negros, foram tratados por um policial.

Acompanhamos de perto todos os trâmites na delegacia. A Câmara Municipal de Goiânia se coloca na defesa dos direitos dos cidadãos e das prerrogativas de todos os vereadores, que são os legítimos representantes da população goianiense. Esperamos por parte das autoridades competentes a devida investigação e esclarecimento dos fatos de forma célere e responsável.


Goiânia, 10 de novembro de 2017.


Andrey Azeredo
Presidente da Câmara Municipal de Goiânia