Já tramita no Senado o projeto de lei 434/2018, de autoria do paranaense Roberto Requião (MDB). Denominada Lei Onix Lorenzoni, a proposta altera a lei 12.850, incluindo o seguinte texto:
“Art. 1º-A. A critério do juiz, poderá ser concedido perdão judicial
em caso de crimes eleitorais, contra a administração pública ou
contra o sistema financeiro nacional, desde que o réu atenda às
seguintes condições:
I – demonstre arrependimento;
II – confesse a prática do crime; e
III – apresente pedido público de perdão e de dispensa da pena.
Parágrafo único. Caso seja nomeado para o cargo de ministro
de estado, o juízo do feito criminal determinará de ofício o perdão
judicial, desde que cumpridas as condições previstas no caput.”
O projeto foi inspirado na declaração do político e ex-juiz Sérgio Moro, que disse não ver problemas na prática de crime de seu colega de ministério no governo Bozonaro Onix Lorenzoni, que admitiu ter recebido caixa 2 da JBS, empresa de Joesley Batista. Segundo Moro, Onix pediu perdão pelo crime, portanto, não merece ser punido.
Moro parece ter esquecido uma declaração sua de abril do ano passado, em que dizia que "caixa 2 é pior do que corrupção". Baseado na nova visão do futuro ministro da Justiça, Requião propôs a alteração na lei.
Você pode votar a favor ou contra o projeto clicando aqui.
quinta-feira, 8 de novembro de 2018
Assassinato do jogador Daniel teve a participação de filho de políticos influentes
Cristiana e Juninho: estupro descartado (Reprodução Facebook) |
Segundo depoimento de Juninho, revelado pelo UOL Esportes, outras pessoas participaram das agressões, todas já identificadas pela polícia. O empresário deu detalhes das agressões, mas se recusou a falar como o jogador foi morto. Ele disse ter assumido o crime sozinho para proteger o filho dos políticos, que tem um irmão gêmeo que também estava na festa, mas não teria participado das agressões.
A polícia também descartou a possibilidade de tentativa de estupro da mulher de Juninho por parte de Daniel. Juninho, a mulher Cristiana Brittes e a filha do casal, Allana, amiga de Daniel, continuam presos.
terça-feira, 6 de novembro de 2018
Ex-petista e atual secretário do governo tucano quer abrir igreja em Goiânia
Tayrone com Marconi Perillo (PSDB) e Paulo Garcia (PT): abandono da política em nome da evangelização |
Jornalista de formação e eleito vereador pelo PT, Tayrone, que tem fortes ligações com a igreja católica, especialmente com o padre Robson Oliveira, titular do Santuário do Divino Pai Eterno de Trindade, Região Metropolitana de Goiânia, se aboletou no ninho tucano após divergências com o então prefeito Paulo Garcia (PT) (morto em 2017) durante votação do aumento do IPTU ainda na gestão passada, quando passou a integrar altos cargos no governo do peessedebista Marconi Perillo.
"Não quero um projeto de denominação católica ou evangélica. Será um novo plano de evangelização, obviamente, respeitando minhas origens e também outras correntes cristãs. Acredito que a mudança do mundo passa pela evangelização, por isso fiz essa opção", declarou Tayrone.
Os tucanos perderam o governo do estado para Ronaldo Caiado (DEM) ainda no primeiro turno após 20 anos no comando do estado, com breves espaços para partidos aliados.
Contatado pelo Mais Goiás para analisar a decisão do afilhado religioso, o ocupado padre Robson disse que "só teria agenda para falar cinco minutos ao telefone com esta reportagem no final deste ano".
quinta-feira, 25 de outubro de 2018
Alunos e professores do Basileu França protestam contra atraso de salários
Professores e alunos protestam no Basileu |
O Basileu é gerido pela OS (Organização Social) Cegecon e os professores são contratados em regime de CLT, que determina o pagamento dos salários até o quinto dia útil do mês subsequente.
Os constantes atrasos têm sido justificados pela OS como resultado de repasses não realizados pelo governo do estado.
Professor da FGV analisa o cenário político-eleitoral
Para Carlos Pereira, cientista político da Fundação Getulio Vargas (FGV), a atual polarização que tomou conta do ambiente eleitoral é fruto do descrédito nos políticos, alinhado a uma conjuntura econômica sem precedentes. Segundo ele, a reação do eleitorado é uma resposta aos escândalos, quase diários, envolvendo políticos radicados em partidos tradicionais.
"Este cenário gerou um descrédito e uma incapacidade desses partidos políticos de continuarem a representar a sociedade brasileira. De certo ponto, o candidato que soube, de uma forma hábil e eficaz, 'se vender' para esses eleitores desiludidos como uma alternativa contra tudo que está aí, levou vantagem na corrida eleitoral", analisa Carlos Pereira.
O cientista político da FGV ressalta, no entanto, que essa polarização vem desde o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e que, talvez, tenha sido constatada no país apenas no período pré-1964, quando um presidente renunciou e outro quase não assumiu.
"No momento, o discurso conservador se torna viável contra o Partido dos Trabalhadores (PT), que sofreu as maiores punições nos casos de corrupção. Já a estratégia de autovitimização, principalmente após a prisão do ex-presidente Lula, surtiu efeito como alternativa do PT à onda conservadora. Assim os dois polos se tornaram viáveis e ao mesmo tempo se retroalimentam", diz o especialista, que ressalta a possibilidade, não concretizada, de o centro servir como alternativa. Porém, "o centro ficou órfão", atesta Pereira.
Intolerância – O professor afirma que, após a redemocratização, a sociedade brasileira avançou em políticas de inclusão e de tolerância. No entanto, ele sustenta que parte da população, contrária a essas mudanças, se viu, após 30 anos, representada, pela primeira vez, por um candidato que verbaliza essa discordância. "Não acredito que apenas o eleitorado conservador responda pelo sucesso do candidato Bolsonaro. Existe muito antipetismo, mas não resta dúvida que esse conservadorismo estava latente em nossa sociedade", esclarece o cientista político.
O Pereira adverte para os perigos de aumento da onda de intolerância. O especialista diz que o candidato Bolsonaro não pode estimular esse comportamento. "É inaceitável que a população se utilize da polarização política como forma de expressão violenta. As instituições devem ficar atentas a isso e dar um basta", observa.
Fake News - O cientista político constata que a disseminação de notícias falsas nas eleições de 2018 é imensa. De acordo com ele, contudo, é compreensível que a Justiça esteja com dificuldades para coibir esse tipo de comportamento nas redes. "Tudo é muito novo. Precisa-se de um arsenal tecnológico para fazer frente a essa iniciativa fraudulenta.
(*) Da assessoria
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