quarta-feira, 28 de abril de 2021

E-book dá voz às minorias sociais em tempos de pandemia

A pandemia de Covid-19 afetou toda a humanidade de forma nunca vista no último século. Cada indivíduo, em sua esfera de atuação precisou rever muitas de suas práticas, crenças e planos. Porém, grupos mais bem representados nas esferas de poder, a saber brancos, em sua maioria homens sofreram as consequências de forma muito diferentes daqueles com menor visibilidade social.

Para dar voz a esses grupos e discutir como o mundo digital, o grande ambiente de relacionamento do nosso século, foi capaz de amenizar as consequências e criar novas conexões para facilitar a vida, o programa de cursos De Olho na Rede elaborou o e-book “As minorias e o mundo digital pós-covid 19”.

A publicação - que tem lançamento em live nesta quarta-feira - traz relatos e estudos sobre as condições dos idosos, mulheres, mulheres negras, pessoas com deficiência, periféricos, além de outros temas como educação e gordofobia. São 130 páginas com 16 artigos de estudiosos, jornalistas e membros dos grupos representados.

O livro, organizado por Naia Veneranda Gomes da Silveira e Ivone Ananias dos Santos Rocha, tem navegação acessível para deficientes visuais e está disponível gratuitamente para download a partir da página  deolhonaredecurso.com.br/e-book.

Em Balbúrdias na Quarentena, goianiense fala sobre saúde, governos e mudanças durante a pandemia

Dedicado aos profissionais do SUS e da rede privada de saúde e aos professores, Balbúrdias na Quarentena é o retrato das dores e da realidade dos brasileiros durante o ano de 2020. 

Dividida em duas partes, a obra da escritora Luísa Nogueira discute a sustentabilidade e registra, nas entrelinhas, o descaso das lideranças em orientar a população sobre os riscos de aglomerações e outras medidas de segurança. 

A primeira etapa da produção questiona as mudanças no estilo de vida das pessoas e o que é sustentabilidade. Já a parte número dois é um mensário da quarentena, com notícias sobre o desenvolvimento da vacina, o avanço do vírus pelo país e o mundo e as balbúrdias da autora durante os meses de confinamento.  

São textos escritos durante a dor do isolamento social, ora otimistas, ora tristes, ora desesperados diante de tantas mortes. 

Não vou dizer que hoje, muitos, como eu, completam mais de seis meses na quarentena; não vou falar da esperança de todos nós na tal curva cair. Às vezes cai, vêm aglomerações, sobe mais uma vez; na espera de uma medicação, de uma vacina, de um compromisso maior do governo para com o povo; na esperança de o pesadelo ser somente uma noite de sono ruim.”
(Balbúrdias na Quarentena, pág. 98)

Além da crítica social e do relato no confinamento, Balbúrdias na Quarentena presenteia o leitor que, ainda diante o cenário pandêmico, se vê na necessidade de fazer uma mudança residencial. O relato de Luísa sobre o processo de mudança meio ao vírus é um verdadeiro manual para os preocupados em como agilizar o processo.  

A obra, de 128 páginas, custa R$ 39 e pode ser encontrada neste link: 

 https://loja.umlivro.com.br/balburdias-na-quarentena-5560489/p

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Moro e o impeachment de Dilma, em três atos. Por Eduardo Cunha

A parcial atuação do então juiz Sergio Moro é um dos temas abordados no livro Tchau, querida – O diário do impeachment, escrito pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e sua filha a publicitária Danielle Cunha. De acordo com o político, Moro - hoje, claramente com objetivos político-eleitorais - ajudou em três atos: o da prisão de João Santana, a condução coercitiva de Lula e o vazamento dos diálogos de Dilma e Lula.

Duas frases do livro, publicado pela Matrix Editora e à venda por R$ 99,00, dão o tom da obra de Eduardo Cunha: “Quem com golpe fere, com golpe será ferido” (numa referência ao apoio do PT ao impeachment de Collor) e “Não se tira presidente, se coloca presidente”, dita pelo senador Ciro Nogueira a Cunha durante jantar em Nova York, quando se discutia o processo de afastamento da ex-presidente. Ou seja, enquanto a discussão ficasse em tirar a Dilma, não iria dar em nada, mas se o assunto fosse a substituição de Dilma por Michel, dependendo da articulação dele, Temer, a saída de Dilma poderia prosperar.

São cinco anos desde o 17 de abril de 2016, quando o voto de número 367, proferido por Bruno Araújo na Câmara dos Deputados, valeu uma festa no Congresso e em grande parte do país, dando início à primeira etapa do impeachment, processo sacramentado algumas semanas depois.

Tudo o que se noticiou até agora sobre esse fato histórico é praticamente nada frente às revelações bombásticas do ex-presidente da Câmara. Poucos políticos brasileiros conhecem em detalhes as engrenagens da Casa, seu regimento e sabem interpretar os movimentos da política, como ele escreve: “O meu conhecimento do processo legislativo e do regimento da casa, me davam uma enorme vantagem sobre o governo. Todas as armadilhas regimentais, que eles poderiam utilizar, estavam já previstas por mim e seriam facilmente derrotadas”.

Cunha foi o centro de uma disputa de interesses que envolveu dois pesos-pesados: de um lado o ex-presidente Lula, querendo manter Dilma e o PT no poder. Do outro, o então vice-presidente Michel Temer, se mexendo para assumir a Presidência, enquanto movimentos pró e contra o impeachment se articulavam nas ruas e nos corredores do Congresso.

Em suas 808 páginas, a obra de Cunha traz revelações surpreendentes. Como, por exemplo, o fato de Aloizio Mercadante ter prejudicado Dilma e sua articulação política, sendo um dos responsáveis pela queda da então presidente. “Ele não só impedia Michel de cumprir os acordos firmados com os partidos da base, como também colocava na cabeça de Dilma, que Michel estava usando a articulação política do governo para dominar os grupos políticos, se cacifando para o impeachment” – diz Cunha em um dos trechos do livro.

Cunha mostra como o empresário Joesley Batista transitava com desenvoltura no meio político, com diversos interesses. Foi na casa de Joesley, em São Paulo, que Cunha se encontrou com Lula, às vésperas do impeachment. O dono da J&F, entre outras coisas, pediu a Temer a nomeação de Henrique Meirelles para Ministro da Fazenda, e que Temer falasse da política cambial do seu futuro governo para segurar a queda do dólar. Joesley fez gestões junto a Fachin para votar a ADI 5526, para tentar reverter o afastamento de Cunha, combinada para agosto de 2016, abortada pela renúncia de Eduardo Cunha à presidência da Câmara. E mostra as conversas do empresário para conseguir o apoio de partidos como PP, PSD e PR à tese do afastamento de Dilma.

Mas, para Cunha, Temer sempre foi comandado por Moreira Franco: “Não havia movimento político nenhum, que não fosse o combinado com ele. Moreira era o cérebro de Michel, sendo que no seu governo, foi quem efetivamente mandou. As relações entre eles extrapolaram e muito as relações políticas”.

Sobre a MP dos Portos, no governo Dilma, Cunha acha estranho que até agora o assunto não faça parte da delação da Odebrecht, não tenha sido objeto de investigação e responsabilização. Diz ele no livro: “Em toda a minha história no parlamento, nunca vi um ato de governo tão carimbado para beneficiar a uma empresa, como esse ato beneficiou a Odebrecht”.

O Exército também entra no relato. O General Villas Bôas demonstrava para Cunha que conhecia a rotina de Dilma no governo: os militares que a cercavam, como ajudantes de ordem, no dia a dia dela, serviam de fonte de informações para os comandantes.

Além desses, outros assuntos importantes e até curiosos são abordados na obra:

- Os bastidores da votação da PEC da Bengala.

- O ministério que Dilma ofereceu para que Cunha recuasse do rompimento com o governo.

- As ofertas de Jaques Wágner.

- As conversas com Lula: a primeira, em um hotel em São Paulo (março de 2015), quando inclusive falaram de Fachin, a pedido de Joesley. A segunda, na casa de Temer em São Paulo (junho de 2015), sobre a convocação de Paulo Okamoto para a CPI da Petrobras; e a terceira, em setembro de 2015, no Hotel Blue Tree Brasília, quando Lula comunicou a Cunha a troca de Mercadante por Jaques Wagner na Casa Civil, que ocorreria no fim daquele mês. Cunha mostra como enxergava o ex-presidente: “Lula tinha uma grande virtude, o que o diferenciava do PT. Ele era pragmático. Não se importava com o que o adversário tivesse já feito que o prejudicasse. Achava que sempre poderia evitar um mal maior, se fizesse um acordo para conter os danos. Ele não agia por raiva ou por impulso. Ele media o benefício que podia auferir, independente do prejuízo já obtido”.

- A articulação para rejeição do pedido de impeachment e aprovação de recurso no plenário, com reunião da casa de Rodrigo Maia.

- O pedido de impeachment assinado e guardado num cofre, em 29 de outubro de 2015, caso Cunha fosse afastado ou morresse.

- O parecer do impeachment feito por Gustavo Rocha, aprovado pelo Temer.

- A atuação de Moro no impeachment, em três atos: o da prisão de João Santana, a condução coercitiva de Lula e o vazamento dos diálogos de Dilma e Lula.

- O afastamento da presidência da Câmara.

Cunha também faz propostas para mudanças na política do Brasil e mostra pontos de sua defesa, incluindo a posição do MPF de que ele era apenas usufrutuário de contas na Suíça.

Um livro para entender as entranhas do poder e os bastidores da política.

Estrela traz de volta boneca Moranguinho

Desejo de dez entre dez meninas nos anos 1980, a clássica boneca Moranguinho está de volta em edição comemorativa. As vendas são exclusivas pelo e-commerce da Estrela. “O retorno a um sucesso do passado reforça os laços de afinidade e amor da marca com as mamães e agora suas filhas. Sucesso desde seu lançamento, a encantadora Moranguinho agora não está sozinha, tem a companhia de suas três amigas de aroma inconfundível”, informa a fábrica. Moranguinho vem acompanhada da Laranjinha, Uvinha e Maçãzinha.

Pogobol

Para os saudosistas, a Estrela relembra ainda que também trouxe de volta o Pogobol, o pula-pula individual em formato do planeta Saturno. Após as versões das cores originais, lançadas em 1987, verde e roxo e laranja e amarelo, o brinquedo chega ao mercado também nas cores preto e laranja.

Os lançamentos fazem parte das comemorações dos 84 anos da Estrela, a marca de brinquedos mais famosa do país.

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Hospitais em GO lançam projeto “Árvore da Vida” para celebrar altas de pacientes recuperados da Covid-19

Profissional de saúde instala folhas no Hutrin (Divulgação)
A Árvore da Vida é um símbolo sagrado que atravessa gerações e que está presente nas mais variadas culturas. Ela representa vitalidade, força e a capacidade de superar adversidades, que são características também dos que venceram a batalha contra a Covid-19.

Pensando nessa simbologia milenar, o Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento – IMED elaborou um projeto para humanizar, comemorar e dar visibilidade ao atendimento oferecido à população. A partir desta semana, os pacientes que tiverem alta nos Hospitais de Urgência de Trindade (Hutrin), Regional de Luziânia (HRL), Regional de Formosa (HRF) e Regional de São Luís de Montes Belos – Dr. Geraldo Landó (HRSLMB), unidades de saúde pública geridas pelo instituto no interior de Goiás, terão seus nomes inseridos nos ramos da árvore por meio de adesivos em formato de folhas que representam a vida.

“Nada mais significativo do que simbolizar a recuperação de nossos pacientes por meio de uma árvore. A representação da folhagem cheia de vida, preenchida com o nome de cada um deles, servirá como combustível para continuarmos firmes na luta contra o vírus”, afirma Getro de Oliveira Pádua, diretor do IMED.

O primeiro hospital a dar início ao projeto foi o Regional de Luziânia, unidade de saúde pública do Estado de Goiás que ganhou destaque na luta contra a Covid-19 com mais de 930 altas nos últimos 11 meses. Na tarde da última quarta-feira (21) a direção do HRL e alguns profissionais da saúde incluíram os primeiros nomes de pacientes que conseguiram vencer a batalha contra a doença.

“É muito gratificante ver o resultado do nosso trabalho por meio de um painel visual. Ele vai nos dar uma dimensão ainda maior da importância que temos para a sociedade”, conta Francisco Amud, diretor do HRL.

Na manhã desta quinta-feira (22) o projeto foi inaugurado nos hospitais de Urgência de Trindade, Regional de Formosa e Regional São Luís de Montes Belos.