Eu não vivo na mesma frequência do Mundo. Na verdade, não vivo na mesma frequência do lugar-comum, dos comunzinhos, porque o mundo é de todas as frequências. Eu não vivo na frequência da tradicional família brasileira da mulher, marido e amante – hipocrisia, aqui, passou longe. E, como diria Sidónio Muralha, “pago o preço”. Eu não vivo na frequência da igreja que prega o uso de armas pra resolver divergências. Que prega a agressão – deem um Google – a adversários. Não vivo na frequência de quem acha comum furar o sinal, estacionar na vaga do idoso ou do deficiente como se fosse a coisa mais natural… do Mundo. Eu não me importo de ser deslocado da realidade quando a realidade é essa daí. Me cobrem coerência. Mas não me peçam falsidade.
sexta-feira, 23 de setembro de 2022
Reflexões em um país destruído
quinta-feira, 30 de junho de 2022
Colégio Visão demite professor após chilique de candidato a deputado bolsonarista que agrediu enfermeiras
O Colégio Visão, de Goiânia, demitiu o professor de sociologia Osvaldo Machado em um episódio grotesco de censura após a aplicação de uma prova. O motivo, uma tirinha que abordava a atuação policial para que os alunos discorressem criticamente sobre o tema.
Pois bem, em uma interpretação exatamente oposta do conteúdo, o candidato a deputado federal bolsonarista Gustavo Gayer, conhecido por agredir enfermeiras durante uma manifestação em Brasília, taxou a obra de doutrinária. Foi o que bastou para que o colégio, vejam só, contrariando os pais que pagam as mensalidades e os próprios alunos, demitisse o professor.Isso mesmo, o Colégio Visão demitiu um professor por ensinar o que ele é pago para assinar depois de uma alucinação de um político bolsonarista. A falta de liberdade nesses tempos sombrios que estamos vivendo é estarrecedora. Ah, outra pérola do currículo de Gayer foi a participação dele, há apenas cinco dias, em um evento com um foragido da justiça.
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| A tirinha "doutrinária" |
Bem, no perfil do Instagram do colégio, alunos e ex-alunos estão criticando duramente a decisão da escola. No próprio colégio também há manifestações contra a censura.
O lema do colégio? "Quem tem visão vai longe".
sexta-feira, 17 de junho de 2022
Procuradora da República e ex-candidato a prefeito de Goiânia participam de evento com foragido da Justiça nos Estados Unidos
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| Flyer divulgado em grupos bolsonaristas |
Em seu site, a integrante do Ministério Público Federal se identifica assim:
"Olá! Sou Procuradora da República há 22 anos e Professora de Processo Penal. Fui coordenadora do Núcleo de Combate à Corrupção em São Paulo/SP e integrante da Força Tarefa da Operação Lava Jato/SP por 2 anos. Sou mestre em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e especialista em Direito Penal e Direito Processual Penal pela Escola Superior do Ministério Público de São Paulo (ESMPSP). Fui professora universitária e sou palestrante."
Lá, ela vende cursos para exame da OAB, provas de concursos entre outros. Além de Thaméa, outros ilustres brasileiros se uniram no escárnio à Justiça e no apoio ao foragido Allan: o ex-candidato a prefeito de Goiânia Gustavo Gayer (Democracia Cristã), conhecido por agredir enfermeiras em Brasília; a jornalista curitibana Cristina Graeml, colunista da Gazeta do Povo, entre outros brasileiros de bem, defensores da ordem e da lei.
O flyer foi denunciado primeiramente pelo jornalista Eduardo Matysiak em seu perfil no Twitter.
Ah, sim: eles também pedem seu apoio, por meio de pix, para custear as férias Massachusetts.
sexta-feira, 10 de junho de 2022
Internautas resgatam fotos de um dos Bolsonaro ao lado de coronel preso por estuprar criança de 2 anos
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| Flávio Bolsonaro em duas oportunidades com o estuprador de bebês |
terça-feira, 7 de junho de 2022
Após ser adiado três vezes, júri popular de responsáveis pelo assassinato do jornalista Valério Luiz está marcado para 13 de junho
O ex-cartorário Maurício Borges Sampaio, suposto mandante do assassinato do radialista Valério Luiz, e outros quatro suspeitos devem ir a julgamento pelo crime no próximo dia 13. São eles o açougueiro Marcos Vinícius Pereira Xavier, o cabo Ademar Figueiredo Aguiar Filho e o sargento reformado Djalma Gomes da Silva, ambos da Polícia Militar; além e Urbano de Carvalho Malta, que era funcionário de Sampaio, também ex-presidente do Atlético Goianiense.
Valério
foi morto covardemente com cinco tiros, em 5 de julho de 2012, ao
sair da rádio em que trabalhava. Ele era conhecido por seus
comentários críticos sobre esportes, especialmente sobre a gestão
de Sampaio frente ao clube.
Conforme aponta o filho do jornalista e assistente da acusação Valério Luiz Filho, o atrito entre o comunicador e o ex-presidente do time vinha de longa data. A relação entre a cobertura jornalística esportiva e a atuação do suposto mandante não é ocasional, e explicita a conexão entre o assassinato e o exercício da liberdade de expressão – onde o primeiro opera como meio de inviabilizar o segundo.
Durante estes quase dez anos em que o crime restou sem resolução, Maurício Sampaio buscou meios de atrasar o julgamento e de impedir que o caso de homicídio fosse levado a júri popular – tentativa que não prosperou. Ainda assim, o júri foi adiado por diversas vezes sob diferentes justificativas, a exemplo do adiamento, em 2019, a partir da alegação do juiz responsável de que não haveria estrutura para comportar julgamento de tamanha repercussão no Foro correspondente. Desde 2020, a pandemia de covid-19 prejudicou ainda mais a realização do julgamento, uma vez tendo sido determinado o adiamento de júris pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Nós, colegas de Valério, aguardamos ansiosamente o resultado do Júri.




