terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Um curitibano em Black Mirror

Butcher Billy e um dos trabalhos (Reprodução)
"Isso é muito Black Mirror". O meme usado sempre que alguma situação estranha ligada à tecnologia aparece bem que poderia servir para ilustrar a história do cartunista curitibano Butcher Billy. Ao retratar cenas da série em seus trabalhos, postando no Twitter, acabou convidado a contribuir em dois episódios da quarta temporada. Com direito a uma capa antiga de HQ também desenhada por ele estampando a leitura de um personagem. Butcher também produziu capas de LPs lançados pela Netflix na Europa com músicas dos episódios. Quem conta a história é o produtor cultural Lucas Coelho, e você pode conferir neste link.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Tucano adversário de Alckmin defende legalização do aborto e da maconha e união homoafetiva

Virgílio: liberal (F: Pref. de Manaus)
Adversário de Geraldo Alckmin na indicação do PSDB para a disputa da Presidência da República, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, decidiu escancarar suas posições diante de assuntos polêmicos. "(...) sou a favor da legalização do aborto, da descriminalização da maconha e da união homoafetiva", declarou ao Estadão. Posicionando-se em temas delicados mesmo para candidatos da esquerda, Virgílio espera conquistar a ala mais liberal - quanto aos costumes - do tucanato. Ele também defendeu publicamente a privatização da Petrobras.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Confiança do consumidor termina o ano em baixa

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) caiu 0,5% em dezembro e atingiu 100,5 pontos. Ao longo do ano, o indicador tem alternado entre altas e baixas e, em dezembro, ficou em nível muito próximo ao do fim de 2016. As informações são de pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira, 19 de dezembro.

Conforme o levantamento, o índice está 7% menor do que a média histórica de 108,1 pontos. De acordo com o economista da CNI Marcelo Azevedo, embora as expectativas dos empresários apontadas na Sondagem Industrial de novembro sejam de aumento da demanda, as expectativas dos consumidores continuam oscilando em patamar baixo. “A recuperação da demanda tende a ser moderada”, declara.

Os quatro componentes de expectativas do INEC apresentaram queda entre novembro e dezembro. Os índices de expectativas para o desemprego, que caiu 5,3% em dezembro frente a novembro, e o para a inflação, com retração de 2,6% no período, tiveram as maiores quedas. O recuo desses indicadores sinaliza que os brasileiros esperam redução das vagas no mercado de trabalho e aumento dos preços.

O indicador de expectativas sobre a renda pessoal caiu 1% e o de compras de bens de maior valor teve queda de 1,3%. Apesar da falta de confiança sobre a renda pessoal e a economia, os consumidores estão mais satisfeitos com a situação financeira atual, cujo índice teve alta de 3,8% frente a novembro. O índice de endividamento cresceu 3,7% no período, sinalizando redução das dívidas das famílias.

SAIBA MAIS - Acesse a página do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC)para conhecer todos os detalhes do estudo.

(*) Da assessoria

Temer veta projeto de Anastasia que muda leis trabalhistas para servidores públicos de todo País

O interino Michel Temer considerou inconstitucional e vetou, na manhã desta segunda-feira (18), o Projeto de Lei 3831/2015, que estabelece normas gerais para a negociação coletiva na administração pública direta nos âmbitos federal, estadual e municipal. De autoria do senador Antonio Anastasia (PSDB/MG), o PL passou de forma unânime pelas duas casas do Congresso. O parlamentar acusou o governo de “ter medo de negociar” e afirmou, junto com a Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), que vai trabalhar para reverter a decisão.

Temer desconsiderou negociação de décadas, diz João Domingos (F: Divulgação)
O veto "vai de encontro à própria Reforma Trabalhista. O governo, que adotou negociação coletiva no setor privado com a prerrogativa de modernizar as relações de trabalho, se nega a fazer o mesmo no serviço público”, afirma João Domingos, presidente da CSPB. Para o sindicalista, houve falta de diálogo com os apoiadores do texto. “Nem mesmo o autor do PL foi consultado. O projeto passou de forma unânime pelo Congresso e por todas as comissões que tramitou. Foi um consenso entre parlamentares, sindicatos e servidores. Uma demanda de três décadas discutida de forma aberta no legislativo e derrubada sem diálogo, com uma canetada”, completa Domingos.

Em sua decisão, apoiada pelo Ministério de Justiça e pela Advocacia-Geral da União, o governo defendeu que o PL configura inconstitucionalidade formal, “por invadir competência legislativa de estados, Distrito Federal e municípios, não cabendo à união editar pretensa norma geral sobre negociação coletiva”. O veto afirma que também há vício de iniciativa, quando a competência para legislar sobre um certo assunto não é de quem encaminhou a proposta, por ser “matéria de iniciativa privativa do Presidente da República”.

Temer se enfraquece mais, diz Anastasia (F: Divulgação)
“Não há nenhuma inconstitucionalidade nesse projeto, pois trata-se meramente de norma procedimental, que cuida de mecanismos e meios para para que, de boa fé, se estabeleça a negociação coletiva no âmbito do servidor público”, explica o senador Antonio Anastasia. Para o parlamentar, o governo fere até as recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e “mostra fraqueza ao ter atitudes como essa”. “Esse é um projeto importante, recomendado pela OIT e adotado em muitos países, que passou pelo Congresso sem nenhuma oposição durante os três anos que tramitou. O governo demonstra seu descaso pelo servidor e se enfraquece ainda mais por atitudes como essa, quando poderia chamar para si o apoio dos sindicatos. Vamos trabalhar firme, ao lado dos demais parlamentares e sindicatos, para derrubar esse veto no Congresso Nacional”, finaliza Anastasia.   

O que diz o PL 3831
Segundo o projeto, a negociação poderá tratar de todas as questões relacionadas ao mundo do trabalho, como plano de carreira, criação de cargos, salário, condições de trabalho e estabilidade -- com abrangência da negociação definida livremente pelas duas partes. Poderá, por exemplo, envolver todos os servidores do estado ou município ou de apenas um órgão.

A participação na mesa de negociação será paritária. Se os servidores públicos não possuírem um sindicato específico, eles poderão ser representados por uma comissão de negociação, criada pela assembleia da categoria. Um dos pontos importantes do projeto é a permissão para que os dois lados da negociação solicitem a participação de um mediador, para resolver a questão em debate.

O texto prevê ainda punição para os dois lados da mesa de negociação quando houver desinteresse em adotar as medidas acordadas. Para o representante de órgão público, este tipo de conduta poderá ser enquadrado como infração disciplinar. Já os representantes dos empregados poderão ser multados em valor proporcional à condição econômica da entidade sindical.

(*) Com informações da assessoria

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Empresa de Gilmar Mendes recebeu dinheiro da Friboi, diz IstoÉ

Mendes e os negócios (F: Carlos Humberto/STF)
Conhecido por sua arrogância e práticas, no mínimo, passíveis de questionamentos éticos, como a soltura, por três vezes, do empresário Jacob Barata Filho, o "rei do ônibus" do Rio de Janeiro, o ministro do STF Gilmar Mendes agora pode enfrentar acusações mais sérias. Padrinho da casamento da filha de Barata, Mendes não se viu constrangido em libertar o compadre, em uma das inúmeras posições contrárias aos anseios dos cidadãos em reduzir a corrupção no país.

A revista IstoÉ desta semana traz revelações graves. Uma delas é a de que o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), de propriedade do ministro, recebeu R$ 2,1 milhões da J&F, holding que controla o Grupo JBS, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, como patrocínio de cinco eventos. A descoberta se deu durante as investigações da Operação Lava Jato.

A reportagem principal da revista fala de outra situação suspeita: a compra, pelo governo do Mato Grosso, de uma faculdade envolta em dívidas que já foi de Mendes e pertencia a sua irmã, por R$ 7,7 milhões. Para o Ministério Público, a operação apresenta inúmeras suspeitas de irregularidades. A operação foi realizada pelo ex-governador Silval Barbosa, que é amigo íntimo de Gilmar e está preso há quase dois anos. Os dois já foram flagrados em grampo autorizado pela Justiça em conversa questionável.

Leia a reportagem aqui.