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quarta-feira, 3 de março de 2021

Conselheiros recusam permanecer na Petrobras e criticam ingerência de Bolsonaro

Quatro conselheiros integrantes do Conselho de Administração da Petrobras se negaram a permanecer no cargo após a decisão de Jair Bolsonaro de intervir na empresa ao demitir o presidente Eduardo Leal. Pelo menos dois deles teceram críticas explícitas à intervenção do suposto mandatário liberal - mas que se mostra mais estatizante do que muita gente da esquerda. "A mudança proposta pelo acionista majoritário, embora amparado nos preceitos societários, não se coaduna com as melhores práticas de gestão, nas quais procuro guiar minha trajetória empresarial", criticou o conselheiro Omar Carneiro da Cunha.

Já o conselheiro Paulo Cesar de Souza deixou clara sua insatisfação com as práticas antiliberais: "Em virtude que meu mandato de Conselheiro de Administração será, em breve, interrompido inesperadamente peço, por favor, para não ser reconduzido ao Conselho de Administração na próxima Assembleia", ressaltou. Os conselheiros João Cox Neto e Nivio Ziviani, que também se recusaram a permanecer, foram mais diplomáticos e afirmaram deixar o posto por questões pessoais. 

Os demissionários fizeram questão de ressaltar as ações da atual diretoria: "Aproveito para registrar meu respeito e reconhecimento pelo excelente trabalho desenvolvido pela Diretoria Executiva e funcionários da Petrobras bem como pelos meus colegas Conselheiros sob a liderança do Presidente Eduardo Leal”, afirmou Souza e Silva.

Carneiro da Cunha disse: "(...) participei em um Conselho de Administração de altíssimo nível, que se manteve aderente as estratégias devidamente aprovadas, e seguindo os mais altos níveis de governança e de conformidade com os estatutos da empresa, e aos mais altos padrões de gestão empresarial. Lidei com uma Diretoria do mais alto padrão e funcionários excepcionais. A mudança proposta pelo acionista majoritário, embora amparado nos preceitos societários, não se coaduna com as melhores práticas de gestão, nas quais procuro guiar minha trajetória empresarial. Sendo assim, acredito que minha contribuição ao Conselho de Administração e à empresa seria fortemente afetada, e minha efetividade reduzida".

Ele também deixou clara sua insatisfação: "Em virtude dos recentes acontecimentos relacionados as alterações na alta administração da Petrobras, e os posicionamentos externados pelo representante maior do acionista controlador da mesma, não me sinto na posição de aceitar a recondução de meu nome como Conselheiro desta renomada empresa, na qual tive o privilégio de servir nos últimos sete meses".

A recondução desses Conselheiros havia sido proposta pelo próprio governo, em uma tentativa de acalmar os ânimos do mercado enquanto as ações da Petrobras derretem na Bolsa.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Declaração de Bolsonaro sobre combustíveis é "irresponsável e inconsequente", diz Fenafisco

A provocação de Jair Bolsonaro aos governadores nesta quarta-feira, alegando que zeraria os impostos federais sobre os combustíveis caso os estados aceitassem redução no ICMS - a principal fonte de receita dos estados - vem sendo criticada por entidades. Para o Fenafisco, a declaração constrange e chantageia publicamente os governadores e serve para "proteger os ganhos dos acionistas privados da Petrobras". Leia a nota:

NOTA DE POSICIONAMENTO

A declaração do presidente Jair Bolsonaro, dada nesta quarta-feira (5), em que se propõe a zerar os tributos federais sobre combustíveis se os governadores aceitarem a redução do ICMS nos estados, é irresponsável e inconsequente. Num momento de agravamento da desigualdade social, aumento da pobreza e redução dos recursos para saúde, educação, saneamento e segurança, o que o presidente propõe ao país é o aumento da miséria e da violência e exclusão social.

Além de irresponsável e inconsequente, por seus efeitos catastróficos, a declaração do presidente constrange e chantageia publicamente os governadores - exigindo-lhes que ajam como algozes da população - e funciona, portanto, como escaramuça para proteger os ganhos dos acionistas privados da Petrobras.

Charles Alcantara, presidente da Fenafisco (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital)

sexta-feira, 29 de março de 2019

Conselho do Ministério Público abre ação contra Dallagnol por fundo biolionário

Orlando Rochadel quer detalhes sobre os R$ 2,5 bi de Dallagnol (F: Conjur)
O corregedor nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel, determinou a instauração de reclamação disciplinar contra os procuradores regionais designados para atuar no acordo extrajudicial firmado entre o MP e a Petrobras para a criação de uma fundação da operação “lava jato”.

Rochadel deu prazo de dez dias para que os procuradores Deltan Martinazzo Dallagnol, Antônio Carlos Welter, Isabel Cristina Groba Vieira, Januário Paludo, Felipe D’ella Camargo, Orlando Martello, Diogo Castor De Mattos, Roberson Henrique Pozzobon, Julio Carlos Motta Noronha, Jerusa Burmann Viecilli, Paulo Roberto G. De Carvalho, Athayde Ribeiro Costa e Laura Gonçalves Tessler se pronunciem sobre a atuação.

A reclamação, apresentada pelo Partido dos Trabalhadores, pede ainda o afastamento imediato do procurador Deltan Dallagnol da coordenadoria da operação “lava jato” em Curitiba.
No fim de janeiro, Dallagnol começou a negociar com a Caixa Econômica Federal alternativas de investimento nos procedimentos para organizar a fundação que administraria o fundo de R$ 2,5 bilhões formado com dinheiro da Petrobras. Entretanto, o acordo foi suspenso em 12 de março pelo STF a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
As informações são de Gabriela Coelho, do Conjur.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Tucano adversário de Alckmin defende legalização do aborto e da maconha e união homoafetiva

Virgílio: liberal (F: Pref. de Manaus)
Adversário de Geraldo Alckmin na indicação do PSDB para a disputa da Presidência da República, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, decidiu escancarar suas posições diante de assuntos polêmicos. "(...) sou a favor da legalização do aborto, da descriminalização da maconha e da união homoafetiva", declarou ao Estadão. Posicionando-se em temas delicados mesmo para candidatos da esquerda, Virgílio espera conquistar a ala mais liberal - quanto aos costumes - do tucanato. Ele também defendeu publicamente a privatização da Petrobras.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Petrobras anuncia mais um aumento no preço dos combustíveis

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira mais um aumento nos preços dos combustíveis. O índice é de + 2,3% para a gasolina e + 1,9% para o diesel. De acordo com a empresa, "o reajuste foi causado principalmente pelo aumento das cotações dos produtos e do petróleo no mercado exterior, influenciado pela geopolítica internacional, assim como pela continuidade da política de contenção da oferta pela Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep). Além disso, verificou-se uma depreciação do valor do real frente ao dólar."

Uma curiosidade: O título da nota enviada à imprensa não usa o termo "aumento" e sim "avaliação". Veja: "Petrobras anuncia avaliação de preços de gasolina e diesel".

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Petrobras anuncia que combustível sobe hoje novamente

Prepare-se. A Petrobras anunciou novo aumento do preço de combustíveis, que passa a vigorar a partir de hoje, 31. O Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) da companhia decidiu aumentos de 0,5% na gasolina e 2,5% no diesel.

O novo aumento se soma aos demais praticados em agosto: + 3,4% na gasolina e + 2,2% no diesel. De acordo com a Petrobras, "os ajustes promovidos têm sido suficientes para garantir a aderência dos preços praticados pela companhia às volatilidades dos mercados de derivados e ao câmbio".

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Petrobras afasta diretor que contratou, sem licitação, empresa em que a filha trabalha

João Elek: suspeito de favorecer a filha (F: Divulgação)
A Petrobras informou no início da noite que decidiu afastar temporariamente o diretor de Governança e Conformidade, João Adalberto Elek Júnior. A decisão do Conselho de Administração (CA) da empresa foi tomada após a Comissão de Ética da Presidência da República (CEP) aplicar uma advertência ao diretor.

João Elek foi acusado, em denúncia anônima, de ter atuado na contratação de uma empresa de auditoria, a Deloitte, no momento em que sua própria filha participava de um processo seletivo para trabalhar na consultoria. A contratação foi feita sem licitação. A Petrobras alega que a dispensa de licitação ocorreu devido à necessidade urgente de investigar denúncias recebidas pela empresa. "A dispensa da licitação foi justificada tendo em vista os riscos que poderiam ser gerados para a companhia", diz a empresa.

Já a CEP considerou haver conflito de interesse na contratação, já que a auditoria em que a filha de Elek trabalha foi contratada justamente pela Diretoria de Governança e Conformidade (DGC), comandada pelo pai. O diretor ficará afastado até o julgamento do recurso que apresentará à Comissão de Ética da Presidência.

Vale lembrar que a Petrobras é o centro das investigações da operação Lava Jato e, mesmo após dois anos de operação, aparentemente, práticas reprováveis de sua diretoria, nomeada pelo governo Temer, continuam manchando o nome da maior empresa brasileira.