terça-feira, 16 de abril de 2019

Câmara de Goiânia aprova projeto que inclui o ensino de Libras na rede municipal de Educação

Dr.ª Cristina: acesso ao aprendizado
(F: Radrielle Amaral)
A Câmara Municipal de Goiânia aprovou, em segunda votação, nesta terça-feira, 16, projeto de autoria da vereadora Dra. Cristina (PSDB) que inclui o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) nas escolas da rede pública em Goiânia. A vereadora destaca que a matéria garantirá cidadania e dignidade no aprendizado, um exemplo de inclusão, com baixíssimo custo ao município. “Como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, defendo a inclusão e a disponibilização de instrumentos que possibilitem a participação efetiva de crianças com deficiência auditiva no aprendizado”, afirma.
O projeto estabelece que Libras seja disciplina obrigatória, da Educação Infantil até o Ensino Fundamental. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB) já determina que sejam garantidos professores especializados ou capacitados para atender alunos com qualquer especificidade em sala de aula. O projeto segue agora para análise do Executivo.
Da assessoria

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Elias Vaz pede convocação de ministro para explicar ameaças à deputada federal Alê Silva

O deputado federal Elias Vaz (PSB - GO) protocolou nesta segunda-feira (15) requerimento à Secretaria da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle convocando o Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, para prestar esclarecimentos sobre a suposta ameaça de morte que teria feito à deputada federal Alê Silva (PSL - MG). No último final de semana, a imprensa nacional publicou várias reportagens em que a parlamentar afirma ter sofrido a ameaça do Ministro durante uma reunião com correligionários, no final de março, em Belo Horizonte (MG). 

Segundo a deputada, o ataque teria ocorrido após relato da existência de esquema de candidaturas laranjas comandadas por Marcelo, com o objetivo de fraudar a distribuição do fundo partidário. Alê Silva chegou a prestar depoimento na Polícia Federal em Brasília, no último dia 10, solicitando proteção policial. “O ministro deve uma satisfação não só à Câmara Federal, mas também à sociedade. Pesam contra ele acusações muito graves”, afirma Elias Vaz.

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Documentário goiano que revela tortura de índios na Ditadura representará o Brasil em festival internacional no Egito

Krenak: proibidos de falar na própria língua pelos militares (Divulgação)
O documentário Resplendor, dirigido pelos diretores goianos Claudia Nunes e Erico Rassi, representará o Brasil no 21˚ Festival Internacional de Documentários e Curtas de Ismailia (Egito), onde será exibido no dia 14 de abril com a presença de Claudia Nunes.

O filme conta a história do Reformatório Krenak, o presídio indígena da ditadura militar, cuja existência veio à tona durante as investigações feitas pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), instalada em 2011, para apurar crimes e violações de direitos humanos cometidos durante os governos militares. Um requerimento da Comissão Justiça e Paz (SP), Grupo Tortura Nunca Mais (SP) e Associação Juristas pela Democracia motivou a criação do Grupo de Trabalho Indígena.

O centro de detenção foi construído dentro do território indígena Krenak, na região de Resplendor (MG) e posteriormente, transferido para a Fazenda Guarani em Carmésia (MG), onde funcionava um quartel da polícia militar mineira.

De 1967 a 1972, foram encarcerados, no mínimo, 86 índios de 19 etnias, de 11 estados brasileiros diferentes, no Reformatório Krenak. Após esse período, tanto os presos como todo o povo Krenak foram transferidos para a Fazenda Guarani, em Carmésia (MG), que recebeu cerca de 76 novos presos indígenas de todo o país para confinamento por mais oito anos. Esses são os números confirmados pela existência de documentos oficiais como as fichas do Reformatório, mas acredita-se serem muito maiores.

“Era um critério totalmente subjetivo. O que dava margem a todo tipo de autoritarismo, decisão arbitrária, errada, equivocada. Aquilo que era compreendido como uma rebeldia poderia conter na verdade uma reivindicação política de uma ampliação de uma terra, por exemplo. Bastava rotular ele como um arruaceiro ou um bêbado, pronto, funcionava como uma espada na cabeça dos índios, porque todos eles eram ameaçados da transferência se continuassem reivindicando. Se você continuar fazendo, você vai parar no Krenak. Isso pairava no ar”, conta o jornalista Rubens Valente.

O documentário construiu sua narrativa a partir do relato do ex-preso e sobrevivente Krenak, Burum Rimem, conhecido como João Bugre, e um rico material de pesquisa que incluiu o livro “Os Fuzis e as Flechas”, do jornalista investigativo Rubens Valente; teses de mestrado e doutorado, “Os Índios e a Caserna” – do indigenista e cientista político Egon Heck e “Sobre os Viventes do Rio Doce e da Fazenda Guarani – Dois Presídios Federais para Índios durante a Ditadura Militar” – do cientista social Antonio Jonas Dias Filho; e o Parecer Técnico Psicológico sobre os efeitos dos impactos psicossociais da violência política sofrida pelo Povo Krenak, elaborado pelo psicólogo Bruno Simões Gonçalves.

O cientista social Antonio Jonas Dias Filho considera o Reformatório Krenak como um “Auschwitz brasileiro, porque você prende, tortura, mata, desaparece”. Entre as várias violações de direitos humanos, o indigenista Egon Heck, cita o tronco, que era bastante comum. “Junto da cadeia, tinha o tronco. O tronco era um pau fincado no pátio da aldeia, onde eram amarrados aqueles que tinham cometido determinados atos que desgostavam a estrutura de poder instituída pelo SPI, pela Funai ou pela própria comunidade”, diz ele.

A proibição de falar em sua própria língua e praticar seus rituais ancestrais deixou marcas psicológicas no povo Krenak. “É um prejuízo radical, vão sobrando fragmentos que as pessoas mais velhas vão mantendo, vão resistindo, vão falando. Apesar da violência que estão sofrendo, vão falando escondido, vão mostrando. Os falantes da língua antes do Reformatório foi caindo vertiginosamente a ponto de quase não ter mais falantes, sobrarem alguns mais velhos que aos poucos vão recuperando”, relata o psicólogo Bruno Simões.

O filme apresenta imagens raras da época dos acervos do Arquivo Nacional e do Museu do Índio como a cena da visita do presidente Costa e Silva na Ilha do Bananal em que ele oferece uma espingarda ao cacique Karajá e o ensina a manejá-la; a histórica declaração à TV portuguesa do ministro do Interior do governo Médici, Costa Cavancanti, negando a prática de genocídio indígena no país, que vinha sendo denunciado internacionalmente; e propagandas institucionais dos governos militares para angariar a simpatia da população aos projetos do Milagre Econômico, entre outras.

Uma das únicas imagens fotográficas que registra presos do Reformatório Krenak durante o período de trabalhos forçados, sendo vigiados por soldados, foi encontrada no arquivo do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e compõe o amplo acervo histórico apresentado pelo filme.

O documentário Resplendor foi produzido pela Vietnam Fimes com recursos do Edital de Produção de Conteúdo para TVs Públicas da Ancine, financiado pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) / Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e distribuído pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

(*) Com informações da assessoria

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Dary Jr. lança projeto Dario Julio & Os Franciscanos com clipe inspirado por Manoel de Barros

O amigo Dary Jr., companheiro de profissão - jornalismo - também é músico talentoso. Acabo de receber da assessoria do moço a informação sobre seu novo projeto: Dario Julio & Os Franciscanos. Assista ao clipe e acompanhe as informações abaixo:


Reinvenção artística do cantor e compositor Dary, o projeto Dario Julio & Os Franciscanos propõe uma viagem ao tempo em sua estreia. Descrito como algo que estaria tocando em uma rádio AM em meados dos anos 70, o projeto marca o começo oficial da carreira solo do artista sul-mato-grossense radicado no Paraná. O primeiro single,  “Como Diria o Poeta”, é uma homenagem ao escritor Manoel de Barros. A faixa ganha um clipe, já disponível no YouTube.

A música é uma jornada sentimental pelas imagens da infância do compositor para homenagear o poeta pantaneiro e fazer um passeio pela cidade natal de Dary, Corumbá. Essas lembranças inspiraram o artista no álbum “O Menino Velho da Fronteira”, que junta o soft rock, o brega e a MPB radiofônica do início dos anos 1970.

Dary em seu novo projeto (Foto: Divulgação)

Conhecido pelo seu trabalho com as bandas Terminal Guadalupe e lorena foi embora..., Dary começou a chamar atenção no começo dos anos 2000. Ao lado do Terminal Guadalupe, ele conseguiu o respeito da crítica com sua música cheia de influências pós-punk e crítica social. A banda ganhou, pelo voto popular, o Prêmio Laboratório Pop de Melhor Disco Independente de 2005 com o álbum “VC Vai Perder o Chão”. Em 2007, o disco “A Marcha dos Invisíveis” entrou nas principais listas de melhores álbuns do ano da mídia especializada. O tom politizado das letras mudou de foco, com o compositor buscando resistir em forma de afeto.

"Ainda digo e penso quase as mesmas coisas sobre o mundo e as pessoas, mas o tempo e a vida me fizeram buscar outras palavras", justifica Dary.

O novo projeto começou a ganhar forças em 2014, quando Dary foi convidado para participar do álbum “Ainda Somos os Mesmos”, tributo ao disco “Alucinação”, de Belchior. A regravação de “Apenas Um Rapaz Latino-americano” foi a primeira de Dario Julio & Os Franciscanos e contou com o apoio decisivo do multi-instrumentista Matt Duarte. No final do mesmo ano, já ao lado de outro multi-instrumentista, Manoel Magalhães, foi convidado para mais um tributo, agora para celebrar os 30 anos da banda Engenheiros do Hawaii - “Números” foi a canção regravada.

A partir de 2017, Dary começou a escrever novas músicas e a resgatar composições perdidas, se distanciando do que já havia feito em trabalhos anteriores e focando em revisitar as suas memórias. Assim como o projeto teve sua gênese nos tributos a artistas que marcaram sua trajetória, as músicas que Dary ouvia enquanto crescia serviram de inspiração para o álbum de estreia.

Com a ajuda do guitarrista Bruno Sguissardi, convidado a produzir o material, ele passou a formatar “O Menino Velho da Fronteira”. Além de Dary e Bruno, o disco conta com Ivan Rodrigues (bateria), Marcelo França (baixo), Matheus Bittencourt (guitarra) e Romann (piano e teclado).

Antecipado pelo single “Como Diria o Poeta”, que ganhou vídeo dirigido por Rapha Moraes, o disco de estreia de Dario Julio & Os Franciscanos chega aos serviços de streaming em abril.

No Paraná, Bolsonaro é mais "péssimo" do que "ótimo", revela pesquisa

100 dias de governo em queda livre (F: Igo Estrela/Metrópoles)
O Instituto Paraná Pesquisas divulgou na última semana o primeiro levantamento sobre a avaliação do governo de Jair Bolsonaro. Ainda bem avaliado no quadro geral, Bolsonaro, porém, foi considerado "péssimo" por 12,6% dos paranaenses, contra 12,3% que consideram a administração do ex-militar "ótima". O estudo foi encomendado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

Para 33,5% dos habitantes, a administração de Bolsonaro é "boa"; 29,5% avaliam como "regular"; e 9,6% consideram o pesselista "ruim". Os números revelam o descontentamento com os primeiros 100 dias do governo Bolsonaro, já que, no estado, o então candidato teve 68,4% dos votos.

A aprovação da administração é maior entre os homens de classes A e B. A pesquisa ouviu 2.508 pessoas entre os dias 31 de março e 05 de abril e tem 95% de nível de confiança dentro da margem de erro de 2%.