quinta-feira, 12 de novembro de 2020

13 anunciantes deixam a Gazeta do Povo após o site decidir manter e defender Constantino

Veículo publicou ontem matéria anônima para criticar anonimato do grupo Sleeping Giants Brasil

Pelo menos 13 anunciantes deixaram de veicular seus anúncios na Gazeta do Povo após o site paranaense decidir manter e defender explicitamente o colunista Rodrigo Constantino, que disse, entre outras aberrações, em uma live, que, se sua filha fosse estuprada em uma festa com bebidas e homens, não só deixaria a filha de "castigo feio" como não denunciaria o agressor. A informação da decisão dos anunciantes é da própria Gazeta.

Em matéria não assinada, o site critica o coletivo Sleeping Giants Brasil, iniciativa que, seguindo exemplo norte-americano, surgiu para combater a disseminação de fake news e discurso de ódio, comuns a apoiadores do bolsonarismo. A Gazeta critica e utiliza entrevistas de especialistas para ameaçar o grupo, que chama de "milícia virtual". 

Página de Rodrigo Constantino na Gazeta exibe apenas anúncios do próprio site (Reprodução)

Após as declarações de Constantino, que incluíram trechos como "feministas são mocreias e vadias", e culpavam a vítima em casos de estupro, as rádios Jovem Pan e Guaíba, o jornal Correio do Povo, a Record News e o site R7 deixaram de veicular as atrocidades de Constantino.

A Gazeta, em carta aos leitores assinada pela dona do site, Ana Amélia Cunha Pereira Filizola, defendeu que o colunista foi mal compreendido e que tudo havia sido explicado - lembrem-se, ele disse que feministas são "vadias" -, por isso, a decisão de mantê-lo. Não é, ao que parece, o que pensam os anunciantes.

Apesar das ameaças, Gazeta, e da defesa incondicional de um governo errático e autoritário, nós vamos continuar.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Após comemoração de Bolsonaro pela suspensão, Anvisa autoriza retomada do estudo da CoronaVac

Testes liberados (F: Instituto Butantan)
Buscando atender ao princípio da transparência, a ANVISA informa que acaba de autorizar a retomada do estudo clínico relacionado à vacina Coronavac, que tem como patrocinador o Instituto Butantan, informa, em nota, a Agência.

A entidade voltou a defender a interrupção dos estudos, comemorada por Bolsonaro como uma vitória contra o governador de São Paulo, João Doria.

"A medida, de caráter exclusivamente técnico, levou em consideração os dados que eram de conhecimento da Agência até aquele momento e os preceitos científicos e legais que devem nortear as nossas ações, especialmente o princípio da precaução que prevê a prudência, a cautela decisória quando conhecimento científico não é capaz de afastar a possibilidade de dano", dia a nota.

"Importante esclarecer que uma suspensão não significa necessariamente que o produto sob investigação não tenha qualidade, segurança ou eficácia. A suspensão e retomada de estudos clínicos são eventos comuns em pesquisa clínica e todos os estudos destinados a registro de medicamentos que estão autorizados no país são avaliados previamente pela ANVISA com o objetivo de preservar a segurança para os voluntários do estudo.

A ANVISA assegura mais uma vez o compromisso com a população brasileira de atestar a qualidade dos dados dos estudos clínicos e a segurança dos voluntários, conferindo também o máximo de celeridade ao processo", esclarece, ainda, o documento.

Leia a nota na íntegra aqui.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Declaração de Bolsonaro deixa o Exército entre a r*la e a xe#*ca

Dizer que Bolsonaro é insano é repetir o óbvio. Isso sem comentar sua falta de preparo, incompetência e maldade. Mas até quem sabe de tudo isso, eventualmente, se surpreende.

Além de chamar os brasileiros de "maricas" por causa da Covid-19, que já matou 160 mil pessoas - pessoas de verdade, não robôs -, o presidente da maior economia da América Latina resolveu ameaçar declarar guerra aos Estados Unidos. Isso se Biden resolver engrossar com a questão ambiental no Brasil.

O disparate de Bolsonaro não passou imune. Tags como #renuncia, #renunciaBolsonaro e o termo Exército Brasileiro passaram a ocupar a lista de assuntos mais comentados do Twitter.

Para coroar o surrealismo da situação, Exército ficou entre outros dois termos do momento, r*ola e xer#*a. 

E, não por isso, o Exército virou piada. Uma das melhores foi: "quero ver quando o Exército Brasileiro invadir os EUA e pintar todos os meio fios e caules de árvore de branco."

E não parou por aí. Bolsonaro, mais uma vez, deixou o meme pronto.

Bolsonarista para diarista: "Vai fazer mocotó, que é comida de pobre. Vou cuspir na sua cara"

Valeriano, de "extremo bom gosto" (Reprodução Facebook)
O cerimonialista Valeriano Pinto Coelho Filho, de Anápolis, a 50 km de Goiânia, protagonizou mais um episódio que revela o desprezo que eleitores bolsonaristas têm por pessoas humildes. Em áudio enviado a uma diarista, após ela avisar que não poderia realizar o trabalho naquele dia, Valeriano desferiu inúmeras agressões à funcionária. 

“Com certeza vou arrumar outra pessoa. Pessoa digna de frequentar minha casa e limpar as minhas sujeiras. Você não é digna de limpar nada. Para mim, você não passa de um lixo. No dia que eu te ajudei com aqueles tijolos, foi por causa do [Nome de homem]. Dá vontade de ir aí e quebrar tijolo por tijolo na sua cabeça", disse. 

"Vai fazer mocotó que é comida de pobre. Isso que você sabe fazer. Tenho ódio de me misturar com gentalha como você. No dia que eu te ver na rua, gentalha, vou cuspir na sua cara. Não cruza meu caminho. Se você não tem hombridade de honrar seus compromissos, eu tenho”, concluiu, quando Maria José de Souza Marques, de 54 anos, que trabalha em uma lanchonete avisou que teria que ir ao estabelecimento preparar o item, que havia acabado.

Ouça:


Em seu perfil no Facebook, Valeriano, muito conhecido na cidade, se descreve como "de extremo bom gosto", "básico", e "apaixonado pela vida". Em entrevista a veículos de comunicação após a repercussão do caso, Valeriano alegou que a diarista "é de casa" e por isso teria liberdade de falar assim com a funcionária, que teria ajudado em diversas ocasiões, como na doação de tijolos. Maria José nega a proximidade e registrou boletim de ocorrência.


Eleições: PT e PSOL são partidos favoritos de 39% da geração Z que irá votar

Pesquisa da Yubo mapeou as preferências de jovens no Brasil sobre política e as eleições deste ano

Imagem: freepick
A poucos dias das eleições municipais, as redes sociais estão sendo agitadas por memes, debates acalorados, filtros e transmissões ao vivo. Os jovens da Geração Z, é claro, não poderiam ficar de fora e estão tratando do tema em todas as suas redes, entre elas o Yubo - uma plataforma social focada em fornecer um ambiente online seguro onde os jovens têm a liberdade de socializar com pessoas de sua própria faixa etária. Para mapear as preferências dos usuários brasileiros sobre política, o aplicativo conduziu este mês uma pesquisa com mais de três mil respondentes.

De acordo com os dados da pesquisa, dos jovens ouvidos por Yubo que irão votar neste ano, 39% afirma que pretende votar em candidatos do Partido dos Trabalhadores (PT) ou do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

Por serem nativos digitais, quase 70% dos respondentes afirmou que usa somente as redes sociais para se atualizar sobre o tema. Muitos desses jovens também utilizam as redes para se posicionar sobre política e discutir assuntos relevantes para a escolha de um novo prefeito ou vereador em sua cidade. Entre os usuários do Yubo, 52% se consideram politicamente ativos nas redes sociais e somente 38% preferem evitar estes temas e apenas acompanhar os posts sobre o assunto.

Prioridades na política

Os jovens da Geração Z estão atentos às propostas dos candidatos e têm algumas prioridades na hora de escolher quem levará os seus votos.

Em primeiro lugar, com votos de 70% dos usuários, está a preocupação do político com os cuidados essenciais à população, com a construção e manutenção de escolas, hospitais e auxílios do governo para quem mais precisa

Para 45% dos respondentes, é prioritário que o candidato faça parte ou apoie grupos LGBTQ+, negros ou deficientes.

Em terceiro lugar, 40% dos jovens afirmam que sua prioridade para escolher um candidato é a realização de melhorias em obras de infraestrutura, como saneamento básico, transporte público e trânsito. 

Outro assunto que reflete nas preferências políticas dos jovens é a visão da própria família sobre o assunto. 55% deles disseram que têm, em partes, o mesmo direcionamento e opiniões de seus pais. Por outro lado, 21% têm ideias totalmente diferentes, o que pode significar bastante dor de cabeça ou ainda debates enriquecedores com a própria família.

“Como acontece frequentemente, os jovens veem nas redes sociais uma plataforma para trocar ideias e entender sobre política e isso ressalta a importância de transformar esses ambientes em um espaço seguro. Yubo se posiciona como esse espaço social em que a geração Z consegue conversar sem medo de retaliação ou métricas de engajamento”, diz Sacha Lazimi, cofundador e CEO do Yubo. 

O Yubo possui um modelo que evita a divulgação de notícias falsas, já que o App é focado em conversas em tempo real entre pequenos grupos de pessoas e não promove conteúdo para grandes públicos.