Cotada até recentemente para vice na chapa de Lula (PT) à Presidência, a empresária Luiza Trajano, para desespero dos bolsonaristas, foi eleita pela quinta vez consecutiva como a líder de negócio com melhor reputação no Brasil. A presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza e presidente do Grupo Mulheres do Brasil foi escolhida pela consultoria espanhola Merco, monitor corporativo de referência na América Latina e Espanha.
"Com muita emoção e
responsabilidade, agradeço a cada um que votou em mim. Podem ter
certeza de que meu compromisso com o certo, com a reputação e com o
Brasil continua ainda muito mais forte, principalmente depois desta
quinta vez sendo eleita a líder de melhor reputação do país",
afirma a empresária.
Enquanto Luíza trabalha, silenciosa e discretamente pelo país - e é reconhecida internacionalmente por isso -, alguns preferem se vestir de palhaço, de verde e amarelo, pra tentar aparecer. Aparece, mas nunca é levado a sério.
Há muitos anos circula a informação de que o jornalista Boris Casoy, aquele que, no Jornal da Band de 31 de dezembro de 2009, humilhou dois garis que desejavam "feliz ano novo" na abertura do programa, integrou o grupo de extrema direita Comando de Caça aos Comunistas (CCC). Mas eu, particularmente, nunca tinha me dado ao trabalho de verificar qualquer coisa nesse sentido. Até que caiu em minhas mãos uma edição da revista O Cruzeiro de 09 de novembro de 1968.
Reportagem de Pedro Medeiros intitulada "CCC ou o Comando do Terror", lista, entre os terroristas adoradores de Hitler e defensores da ditadura militar no Brasil, o jovem estudante de direito "Boris Cazoy ou Kassoy", que "conclamou os alunos do Mackenzie a tomar a USP, de cuja invasão participou.".
Medeiros se referia ao episódio em que estudantes de direito do elitista Mackenzie e da própria USP atacaram colegas da Universidade de São Paulo, especialmente os da faculdade de filosofia, com armas pesadas e auxílio policial. É uma das mais conhecidas ações do CCC.
Naquele 31 de dezembro de 2009, Boris disparou: "Que merda, dois lixeiros desejando felicidades... do alto de suas vassouras... dois lixeiros... o mais baixo da escala do trabalho." Ele pensava que seu microfone estivesse desligado.
Vídeo em que Boris Casoy humilha garis
Assim, na surdina, ele agia também no grupo neonazista, segundo a reportagem de O Cruzeiro. "Andava armado mas, segundo os colegas, é incapaz de atirar em alguém. Mora na Rua Itapeva. Acham-no mole com os comunistas", diz o texto.
Casoy em 1968 (O Cruzeiro)
A propósito, o subtítulo da matéria é: "São muitos, a organização é grande. Nos seus feitos estão os ataques aos artistas de RODA VIVA e à USP. Todos são violentos. Alguns, covardes".O CCC, que recebia a retaguarda do Exército, forças policiais e do governo ditatorial brasileiro, foi responsável por atentados à bomba, depredações, sequestros, torturas e assassinatos. Poucos, talvez nenhum dos terroristas, foram punidos.
Em 2010, Pedro Medeiros deu uma entrevista afirmando que os nomes que listou como integrantes do CCC não tiveram suas participações necessariamente comprovadas. Eles constavam de uma agenda que ele roubou de um dos membros.
O comportamento do colunista da CNN, porém, ao longo de sua trajetória na TV, traz veracidade à informação. Quem mais odeia os pobres do que a extrema direita? O que pensam os bolsonaristas de carteirinha sobre quem diverge de suas opiniões de manada? Quem não se lembra da entrevista que Casoy, ainda na Rede TV, fez com Flávio Bolsonaro, no auge das denúncias de rachadinha, sem fazer absolutamente nenhuma menção ao caso?
Felizmente, apesar de tudo, estamos em outra fase civilizatória no Brasil. Caso contrário, esses fantasmas que o bolsonarismo ressuscitou das trevas poderiam fazer mais estragos do que já fazem.
A rodada de março do levantamento eleitoral realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas revela estabilidade de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) e queda de Sergio Moro (Podemos) em relação aos meses anteriores. O candidato petista continua na liderança, com leve queda entre fevereiro (40,1%) e março (39%). Candidato do Centrão, Bolsonaro subiu 2 pontos percentuais, de 29,1% para 31,1%. Sergio Moro, por sua vez, registrou queda fora da margem de erro, que é de 2,2 pp, caindo de 10,1% em fevereiro para 7,5% em março.
Em quarto lugar, Ciro Gomes (PDT) foi de 5,6% para 6,9%. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) caiu de 2,4% para 2,2%. Os demais candidatos não atingiram 1%.
O levantamento ouviu 2.200 pessoas entre os dias 03 e 08 de março e está registrada no TSE sob o número BR-06682/2022.
Que eles chegaram ao governo com a intenção de acabar com todos os avanços civilizatórios conquistados pelo Brasil nas últimas décadas, todos sabem. Direitos coletivos, deveres cívicos, respeito ao meio ambiente, respeito à diversidade, direitos humanos, defesa da vida etc etc etc são temas odiados pelo bolsonarismo. Mas colocar crianças em risco - por serem incapazes de tomar suas próprias decisões - talvez seja a principal maldade da trupe de Jair Bolsonaro (PL), o presidente do Centrão.
Levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) aponta que, durante o feriado de carnaval, o desrespeito à legislação de trânsito em relação às crianças - uso do bebê conforto, da cadeirinha ou do assento elevado - aumentou 73% entre 2021 e 2022. Foram 953 infrações contra 542 no ano passado. Vale lembrar que Bolsonaro tentou retirar essa obrigatoriedade do Código de Trânsito Brasileiro, sendo impedido pelo Congresso, durante a revisão da lei no ano passado.
"Quando usados e
instalados corretamente, esses dispositivos reduzem em até 71% a
chance de morte de uma criança em caso de acidente de trânsito. É
preciso que a conscientização sobre a segurança no trânsito seja
contínua, cada vez mais falada, pois também é uma questão de
saúde pública. Quando os acidentes não matam, os sobreviventes de
politraumatismos poucas vezes retornam à vida comum”, esclarece o presidente da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (TRAUMA), Vincenzo Giordano Neto.
Ainda de acordo com a PRF,
também houve crescimento de 16% em acidentes graves, de 6% de
feridos e de 18% em mortos em relação ao ano passado. As autuações pela falta do cinto de segurança aumentaram em 6%, o que deixa claro o nexo entre as informações. Os números são muito preocupantes, alerta Giordano Neto.
Mas eles parecem não fazer nenhuma diferença para a cúpula que tenta, a todo custo, deseducar o país. Afinal, são apenas vidas humanas.
Um encontro organizado para discutir a presença feminina na política terá apenas homens como debatedores. O "Ciclo Brasil de Ideias: Mulher", terá como palestrantes Jair Bolsonaro (PL), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, além do vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). A informação está na coluna de Mônica Bergamo, na Folha.
Presidente do Grupo Voto, entidade promotora do evento, Karim Miskulin ressalta que os ciclos de poder são dominados por homens, por isso a escolha dos debatedores. "Nós, normalmente, não temos acesso a essas autoridades", explica. De acordo com a organizadora, a plateia será exclusivamente feminina e o objetivo é "romper com os ciclos de poder masculino".
Trabalhei próximo a Valério Luiz em meu início de carreira, na TV Brasil Central (TBC), no final dos anos 1990. Eu, no jornalismo, ele, no esporte. Nunca fui seu amigo próximo, mas não me esqueço das referências, sempre elogiosas, dos colegas cinegrafistas em relação a ele. "O Valério nem precisava escrever o off (texto que se ouve nas reportagens televisivas), gravava direto, de cabeça", diziam, diante de minha demora de novato ao redigir a reportagem.
Pois bem, no próximo dia 14 de março pode ser que uma injustiça de quase uma década seja corrigida: o
Plenário do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) será palco do
júri popular que decidirá sobre o futuro dos réus acusados pelo
assassinato de Valério Luiz, morto covardemente em 5 de julho de 2012,
com cinco tiros, ao sair da rádio em que trabalhava. Radialista e
jornalista esportivo, Valério era conhecido por seus comentários
críticos e diretos.
Segundo
o inquérito policial, a sua atuação como jornalista foi o que
motivou o crime, que envolveu cinco pessoas, entre elas, o cabo da
Polícia Militar Ademar
Figueiredo Aguiar
Filho, o sargento reformado da Polícia Militar Djalma Gomes da
Silva, Urbano de Carvalho Malta, Marcos Vinícius Pereira Xavier e
Maurício Borges Sampaio (ex-cartorário e ex-presidente do Atlético
Clube Goianiense, clube do qual Valério era torcedor e principal
alvo de seus comentários na rádio em que trabalhava).
Conforme
aponta o filho do radialista e assistente da acusação, Valério
Luiz Filho, o atrito entre o comunicador e Maurício
Sampaio vinha de longa data.
Durante os
nove anos em que o crime restou sem resolução, o
ex-dirigente buscou meios de
atrasar o julgamento e de impedir que o caso de homicídio fosse
levado a Júri Popular - tentativa que felizmente não prosperou,
afirma.
Ainda assim, o Júri foi adiado por diversas vezes sob diferentes
justificativas - a exemplo do adiamento, em 2019, a partir da
alegação do juiz responsável de que não haveria estrutura para
comportar julgamento de tamanha repercussão no Foro correspondente.
Desde 2020, a pandemia de covid-19
veio protelando ainda mais a realização do julgamento, uma vez
tendo sido determinado o adiamento de Júris pelo Conselho Nacional
de Justiça.
Denise
Dora, diretora-executiva da ARTIGO 19, organização que atua pela
defesa e promoção do direito à liberdade de expressão e que
acompanha o caso desde o início, espera que o julgamento contribua
para o avanço na busca por justiça. Para Denise, uma absolvição,
neste caso, seria uma medida que reforçaria ainda mais o cenário de
impunidade nos crimes contra comunicadores no país e evidenciaria a
insegurança dos profissionais da comunicação.
O programa Larica Total 10 Anos Depois, exibido na semana passada pelo Canal Brasil e atualmente disponível em plataformas de streaming, causou frisson entre os fãs, entre eles, este que vos fala. Apesar de nem de longe me aventurar pelo mundo gastronômico - sempre comprei pronto tudo o que como -, virei espectador cativo do programa comandado pelo divertidíssimo ator metido a chef Paulo Tiefenthaler ou Paulo de Oliveira, como se identifica o personagem.
Pra quem não conhece, O Larica Total prepara receitas "com o que tem". Uma salsicha e um pão velho, por exemplo, viram um ensinamento sobre flambar. Nesse nível. Uma pena que Paulo e os diretores do programa, Caíto Mainier, Leandro Ramos e Felipe Abrahão descartam qualquer possibilidade de retorno periódico do Larica, que deixou de ter novas gravações em 2012, apesar de continuar com reprises no Canal Brasil e disponível no You Tube.
Um exemplo do sucesso do Larica é a campanha para edição de um livro com as receitas de guerrilha no Catarse. A meta de R$ 53.420 foi batida imediatamente e o projeto já arrecadou três vezes mais. O lançamento está previsto para junho. Será uma saborosa espera.
Nada de folga no feriado de carnaval em Goiás. É o que informa o Sindilojas-GO (Sindicato do Comércio Varejista de Goiás) aos associados. A entidade alega que, sem definição da Convenção
Coletiva de Trabalho, não existe "nenhum impedimento
legal para abertura das lojas nos dias 28 de fevereiro e 1º de
março, segunda e terça-feira de Carnaval."
O sindicato ressalta, porém, que
deverá ser observada a legislação municipal, verificando se na
cidade onde a empresa funciona será permitida a abertura do comércio
local, uma vez que nos decretos locais podem haver diferenças nas regras
e horários de funcionamento.
"As lojas devem continuar seguindo
rigorosamente as medidas de prevenção à Covid-19, como o uso
obrigatório de máscaras, disponibilidade ao público do álcool em
gel 70% e o distanciamento social.", diz o comunicado.
Sem autorização da Anvisa para comercialização no Brasil, a vacina russa Sputnik Light passa a ser produzida no país para exportação pela farmacêutica União Química. O presidente do laboratório,
Fernando de Castro Marques, integrante da missão empresarial
realizada nesta semana à Rússia, se encontrou com a direção do
Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI) com o objetivo de tratar
da documentação regulatória da vacina.
Como resultado deste
encontro, a companhia decidiu que dará entrada, nos próximos dias,
no pedido de registro definitivo da Sputnik Light na Anvisa para também ser
fornecida no Brasil. A União Química é a primeira empresa da
América Latina a produzir, integralmente, uma vacina contra a
covid-19, desde a produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA)
até o envasamento em ampolas.
Representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia manifestaran hoje mais uma de suas facetas autoritárias. A entidade criticou a derrubada do veto do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) pela Câmara Municipal de Goiânia ao projeto do vice presidente do Legislativo, Clécio Alves (MDB), que altera o nome da Avenida Castelo Branco, general da ditadura brasileira, para Avenida Iris Rezende Machado, -ex-prefeito de Goiânia morto no início do ano - o maior líder político de Goiás.
A entidade prefere manter o nome do ditador torturador Castelo Branco em detrimento do nome de um democrata, a despeito de todas as contestações político-ideológicas que possam surgir. Esse é o empresariado brasileiro.
Os representantes de Goiás, estado ruralista, na Câmara dos Deputados, como era de se esperar, não decepcionaram os barões do agronegócio. A bancada goiana, formada por 17 parlamentares, votou, em ampla maioria, no projeto de lei que facilita a entrada de agrotóxicos no Brasil, inclusive os banidos em outros países, e dificulta a atuação dos órgãos de regulação e fiscalização.
Apenas dois deputados goianos foram contra: Elias Vaz (PSB) e Rubens Otoni (PT). Treze deputados foram a favor de levar veneno a sua mesa. Dois não compareceram à votação: Flávia Morais (PDT-GO) e Lucas
Vergilio (Solidaried-GO).
Mais veneno na sua mesa (F: Eduardo Tavares/Revista do Brasil)
Ex-assessor do ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello - o pior ministro da Saúde do governo Bolsonaro, antes do surgimento de Marcelo Queiroga -, Airton Antonio Soligo, foi preso pela polícia civil catarinense em Boa Vista, capital de Roraima, sob a acusação de estupro.
Airton Cascavel, como é conhecido, foi denunciado por uma jovem de 18 anos, cuidadora de sua mãe em Joinville. As informações estão no UOL. A prisão ocorreu após investigação policial motivada por uma denúncia ao 181. Soligo será agora levado para a audiência de custódia, que definirá se ele permanece preso ou responderá a acusação em liberdade.