terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Atos isolados e intolerância política não podem acabar com democracia dos bares, diz Abrabar

Uma sequência de atos isolados e violência física e psicológica envolvendo intolerância política ganhou as manchetes da imprensa nacional nos últimos meses. Estas ações não podem por em risco a democracia e a tolerância que sempre norteou a gestão de bares e casas noturnas de Curitiba e em todo o Brasil, afirma a Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) e a Federação Paranaense de Turismo (Futurismo), entidades associadas à Confederação Nacional de Turismo (CNTur).

Fotomontagem: William Henrique 
“Esse ponto que chegou, com estes fatos envolvendo violência por intolerância política preocupa muito a nossa categoria, pois está acabando a paz total e pequenos atos isolados incendeiam este clima beligerante cada vez mais em todo Brasil e Curitiba não esta imune”, disse Fábio Aguayo, presidente da Abrabar. “Só que todos os lados estão fazendo mal para todos. Estamos virando um hospício com liberdade de vendas de bebidas e direito de dançar”, ressaltou.

As notícias envolvendo casos de violência e até homicídios por defesas extremistas de políticos e ideologias, ganham destaque quase que diariamente na imprensa do país. No Rio de Janeiro, um homem entrou no bar, e após consumir bebida alcoólica, atacou e quebrou uma placa com o nome da ex-vereadora Marielle (morta a tiros em 2018) e um quadro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Beligerância
Em Curitiba, a proprietária de um bar que se intitula anti-Bolsonaro, diz que prefere “falir a servir fascista”, como ela define apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. No Mato Grosso, a Polícia Civil confirmou que um apoiador de Bolsonaro foi morto após uma discussão por divergências políticas. Em Foz do Iguaçu, no Paraná, um ex-agente penal defensor do ex-presidente matou a tiros um ex-guarda municipal durante sua festa de aniversário, que tinha como tema Lula e o PT.

“Os bares e restaurantes sempre foram espaços democráticos, caracterizados pela tolerância a diversas perspectivas”, recordou Fábio Aguayo. No entanto, segundo o presidente da Abrabar, ultimamente esses locais têm se transformado em palco de disputas entre diferentes 'lados', resultando em discussões fúteis e, lamentavelmente, até em agressões gratuitas”.

“Infelizmente, parece que esquecemos do sábio ditado que costumava prevalecer nos bares: 'não se discute futebol, política e religião'. Esse princípio mantinha a harmonia entre os frequentadores, independentemente de suas crenças, opiniões políticas ou preferências esportivas. Todos compartilhavam o mesmo espaço, brindando à vida e à boemia, respeitando os líderes, dogmas e times de coração uns dos outros”, completou.

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

O coronel, a polícia coagida e os justiceiros de plantão

“É absurda e revoltante a flexibilização da legislação”. Com essa declaração, entre aspas, indignada, o Governo de Goiás noticiou a ida do governador Ronaldo Caiado (UB) ao velório, no último domingo, da jovem Amélia Vitória de Jesus, de 14 anos, brutalmente violentada e assassinada na semana passada.

Prontamente, a declaração foi reproduzida pela imprensa, talvez cansada, talvez irresponsável ou, talvez, apenas interessada nos altos valores recebidos do governo. Ninguém, ninguém mesmo para perguntar ao governador – ou, no íntimo, a si mesmo – sobre qual “flexibilização” ele falava. Houve alguma mudança no Código Penal brasileiro que tenha reduzido penas, afrouxado punições?

Pelo contrário. A lei nº 13.104, de 2015, no governo Dilma Rousseff (PT), tipificou o feminicídio, aumentando as penas para crimes cometidos contra mulheres devido ao gênero. Inclusive, aumentando em 1/3 quando cometido contra adolescentes menores de 14 anos.

Por que, então, Caiado teria inventado – e sua máquina de comunicação reproduzido com tanta ênfase – uma suposta “flexibilização”?

Ora, basta ter dois neurônios para deduzir. Envolto em sua bolha de elogiadores e incentivado a disputar uma improvável Presidência da República em 2026, Caiado quer se colocar como herdeiro político do inelegível Jair Bolsonaro (PL). Não é de hoje que tem buscado aparecer ao lado do extremista em suas andanças por Goiânia.

O discurso de justiçamento contra criminosos (e suspeitos, como é o caso) cola como adesivo instantâneo na horda bolsonarista, sedenta de sangue. E imputar uma suposta – esta, sim, criminosa – ligação dos políticos de esquerda com o crime, como tentam fazer com Lula (PT) e, mais recentemente com o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB), inclusive com montagens grosseiras feitas no Paint, cola mais ainda.

Apesar da declaração do governador, em nenhum momento as reportagens citam qualquer “flexibilização”, tratando, apenas, e com todo o direito, de criticar o atual Código Penal. Obviamente, porque não há.

A declaração de Caiado, o sentenciamento sumário de um inocente, neste caso, pelo governador, coagiu a polícia a prendê-lo uma segunda vez – ele já havia sido interrogado e solto, por falta de provas – e dar nome, imagem e endereço para a imprensa, igualmente sedenta de cliques. Foi o que bastou para que sua casa fosse incendiada e, provavelmente, faltou pouco para um linchamento.

“Ah, mas ele já responde por estupro”. Ok. Vamos discutir o endurecimento do Código Penal? Vamos. Também acho um absurdo um assassino, por exemplo, passar apenas seis anos na cadeia. Mas essa é outra história. Indignação não pode ser motivo para imputação de falsos crimes a outras pessoas. Especialmente por autoridades que devem guardar a jurada Constituição.

Um ator incentivando a leitura

Olha que interessante: longe dos holofotes, o ator Luciano Szafir tem se dedicado a um projeto bacana, o incentivo à leitura. Presidente do Instituto Formando Leitores, lançado durante a última edição da Bienal do Livro do Rio de Janeiro, Szafir também integra o Grupo LJS Educar, que desenvolve projetos educacionais pelo país.

Afirma que cerca de 90.000 kits pedagógicos já foram distribuídos para instituições de ensino, beneficiando 450.000 usuários, entre professores, estudantes e seus familiares. A parceria se dedica a fomentar a leitura entre estudantes da rede pública através de projetos que já alcançaram diversas cidades.

Entre os projetos estão atividades de responsabilidade social, pesquisas, campanhas literárias, cursos, capacitações, avaliações de resultados de projetos literários, palestras, debates e simpósios.

Considerando a estimativa de que cada brasileiro lê, em média, menos de três livros completos por ano – e que quase 100 mil estudantes zeraram a redação no último Enem -, é um bom exemplo.

terça-feira, 31 de outubro de 2023

E a caçada real a Telmário Mota terminou em Goiás

Telmário, preso em Nerópolis (F: Polícia Civil)
Temos que admitir: as polícias têm muita criatividade (em alguns casos) e ironia ao nomear suas operações. Não sei ao certo a origem do nome da fazenda do ex-senador bolsonarista Telmário Mota (sem partido), Caçada Real, em Roraima. Imagino ser uma ironia contra os defensores do meio ambiente e críticos da caça de animais silvestres. É típico desse tipo de cidadão de bem, defensor da família, de deus e dos bons costumes.

Gente de bem (Reprodução)
Sendo ou não sendo, o fato de a operação de busca do poderoso político, suspeito de estupro da própria filha e assassinato de uma ex-namorada, ser chamada, também, de Caçada Real, é a ironia elevada ao cubo.

Foragido desde que a justiça determinou sua prisão, Motta foi detido em Nerópolis, aqui pertinho de Goiânia, ontem à noite, pela Polícia Civil de Goiás, "a melhor do Brasil", como não se cansa de repetir o governador Ronaldo Caiado (UB). A caçada terminou. Resta à Justiça fazer seu trabalho.

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Líder do Hamas diz não temer invasão de Gaza

(Reprodução YouTube/InquizeX)
Porta voz do grupo extremista Hamas, Abu Ubaida declarou não temer a iminente invasão de Gaza por terra anunciada por Israel. Em uma rede social, desafiou: "A ameaça da ocupação de lançar uma agressão terrestre contra o nosso povo não nos intimida e estamos prontos para isso".

De acordo com fontes israelenses, o grupo mantém 203 reféns escondidos em território palestino, inclusive crianças, mas isso parece não preocupar Israel, que segue bombardeando constantemente alvos civis na Faixa de Gaza, inclusive no sul, para onde ordenou que a população fugisse.

Ontem, a organização Médico Sem Fronteiras alegou que, sem eletricidade, pacientes devem morrer por falta de atendimento. Imagens de mulheres, idosos e crianças atingidas pelos bombardeios israelenses são constantes na mídia, mas não parecem sensibilizar as autoridades.

Palestinos também sofrem com a falta de água, remédio e comida, desde que se iniciou o cerco israelense à Faixa de Gaza. Na fronteira com o Egito, centenas de caminhões com doações para os refugiados aguardam liberação para entrar no país.

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Coordenador de Médicos Sem Fronteiras fala em situação catastrófica de civis em Gaza

Leia a seguir depoimento de Léo Cans, coordenador de Projeto de MSF na Palestina

A situação em Gaza é catastrófica. Os hospitais estão sobrecarregados. O número de feridos é extremamente alto - há um fluxo constante em todos os hospitais da Faixa de Gaza. As equipes médicas estão exaustas, trabalhando sem parar para tratar os feridos.

Imagens diretas de Gaza e Israel (Reprodução/YouTube)
Os bombardeios são muito intensos. Prédios inteiros estão sendo destruídos, incluindo um, na noite passada, bem próximo ao escritório de Médicos Sem Fronteiras (MSF). Às vezes, as pessoas recebem uma mensagem de texto no meio da noite dizendo para evacuarem suas casas, como aconteceu com alguns dos membros da nossa equipe em Gaza. Você tem de acordar seus filhos no meio da noite e sair de casa, sem levar nenhum de seus pertences, para chegar a um lugar seguro. Mas, muitas vezes, as pessoas não sabem para onde ir. Elas se encontram do lado de fora, no meio da noite, sob uma chuva de bombas. Onde elas podem encontrar segurança?

As estimativas mais recentes são de que haja cerca de 200 mil pessoas deslocadas, principalmente pessoas que receberam essas mensagens e cujas casas foram destruídas. Elas precisam de tudo: água, um lugar para tomar banho, comida, um colchão para dormir... em resumo, são necessidades variadas, mas básicas.

Agora, o governo israelense decidiu cortar completamente o fornecimento de água e eletricidade, e a rede telefônica foi muito danificada. Nesta manhã (10/10), não conseguimos entrar em contato com nossas equipes em Gaza por telefone. Tudo isso torna extremamente difícil a coordenação das operações de resgate e o acesso aos feridos.

Hoje, em Gaza, as pessoas estão aterrorizadas. Falo regularmente com nossos colegas de lá. Eles são pessoas muito fortes porque, infelizmente, já passaram por muitas guerras, mas a situação atual está lhes causando extrema ansiedade. Eles dizem que desta vez é diferente: eles não veem uma saída e se perguntam como tudo isso vai acabar. Eles estão enfrentando um terrível sofrimento mental. Não há palavras para descrever o que as pessoas estão passando.

Quanto a MSF, estamos muito preocupados em ver que as instalações médicas não foram poupadas. Um dos hospitais que apoiamos foi atingido por um ataque aéreo e ficou danificado. Outro ataque aéreo destruiu uma ambulância que transportava os feridos, bem em frente ao hospital onde trabalhamos. A equipe de MSF, que estava operando um paciente, teve que deixar o hospital às pressas. Repetimos: as instalações médicas devem ser respeitadas. Isso não é algo que deva ser negociado.

Atualmente, MSF está doando medicamentos essenciais e equipamentos médicos para os principais hospitais da Faixa de Gaza. Também enviamos equipes cirúrgicas a dois hospitais para ajudar a tratar os feridos. Nos próximos dias, também haverá muitas cirurgias pós-operatórias a serem realizadas, já que a maioria dos feridos que recebemos precisará de várias intervenções cirúrgicas antes de serem salvos. Nesta segunda-feira (09/10), também montamos uma clínica no centro da cidade de Gaza para pessoas com outros ferimentos, que tentaremos manter aberta se as condições permitirem.

Na segunda de manhã, recebemos um menino de 13 anos cujo corpo estava quase completamente queimado depois que uma bomba caiu bem perto de sua casa, iniciando um incêndio. Esses são casos muito complicados de tratar nessas condições e, quando há crianças envolvidas, é muito difícil de suportar.

A intensidade da violência e dos bombardeios é chocante, assim como o número de mortos. A declaração de guerra não deve, em hipótese alguma, levar à punição coletiva da população de Gaza. Cortar o fornecimento de água, eletricidade e combustível é inaceitável, pois pune toda a população e a priva de suas necessidades básicas.

Léo Cans é coordenador de projeto de MSF na Palestina, atualmente baseado em Jerusalém.

Tigrão cercado de seguranças, deputado bolsonarista Amauri Ribeiro parte para cima de colega na Alego

Valentão pediu arrego (Reprodução/TV Alego)
Acostumado a pagar de machão na tribuna da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o deputado estadual bolsonarista Amauri Ribeiro (União Brasil) foi contido por colegas e seguranças ao partir para cima do deputado Mauro Rubem (PT) durante a sessão desta terça-feira (10). Mauro Rubem expunha as atrocidades históricas cometidas pelo governo de Israel contra palestinos inocentes, enquanto Ribeiro defendia a política israelense que inclui a prisão de mulheres e crianças a partir de 12 anos pelo país judeu.

Ao ser contestado, Ribeiro começou a gritar para atrapalhar a fala de Rubem, quando esse devolveu: "pare de me xingar, senão vou te chamar de 'tchutchuca' e você não vai gostar". Diante da insistência do bolsonarista, Mauro relembrou que os deputados "não iriam apanhar", como Ribeiro fez com a filha. Nesse momento, Ribeiro partiu para cima do colega, sendo contido no plenário. A sessão foi encerrada na sequência.

Assista ao vídeo:

Espancamento

Filha espancada (Reprodução/Facebook)
Mauro Rubem se referia ao espancamento de uma das três filhas de Amauri Ribeiro, de 15 anos, em 2015, quando era prefeito de Piracanjuba. À época, as imagens das agressões viralizaram e o então prefeito publicou vídeo se vangloriando dos hematomas deixados da filha.

A violência contra a mulher é uma tônica do bolsonarismo raiz. Durante os quatro anos de desgoverno Bolsonaro (PL), foram inúmeras as agressões verbais contra jornalistas e adversárias políticas, sempre aplaudidas pelos red pills.

Em 2021, a Câmara Municipal de Goiânia emitiu uma nota de repúdio contra Amauri Ribeiro por ameaças explícitas contra a vereadora Lucíula do Recanto (PSD). "A Mesa Diretora determinou nesta sexta-feira (6/8) à Procuradoria Geral a adoção das medidas legais cabíveis em defesa da honra e do livre direito de atuação, manifestação e expressão da vereadora e dos demais 34 vereadores que compõem o Plenário do Poder Legislativo da Capital.", dizia o documento.

Na própria Alego, Ribeiro, reiteradamente, tem atacado a deputada Bia de Lima, do PT, e responde a processo na Comissão de Ética por violência de gênero. Na mesma sessão em que tentou agredir Mauro Rubem, chamou a deputada de "malandra".

Tchutchuca

No final de agosto deste ano, Amauri Ribeiro foi alvo de busca e apreensão pelo Polícia Federal (PF), por ter admitido que financiou os acampamentos golpistas após a vitória de Lula (PT) sobre Bolsonaro, que resultaram na tentativa de golpe de estado em 8 de janeiro.

“Eu também deveria estar preso. […] Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro. Eu acampei lá e também fiquei na porta porque sou patriota”, declarou, em julho, durante sessão ordinária da Alego.

Após a operação, como todo bom bolsonarista, negou o que havia dito e pediu arrego ao STF.

terça-feira, 10 de outubro de 2023

Hamas ameaça atacar cidade israelense de Ashkelon

Em comunicado enviado hoje a simpatizantes, o porta-voz do Hamas, Abu Ubaida, ameaça atacar a cidade israelense de Ashkelon, próxima à Faixa da Gaza. O suposto ataque seria uma resposta ao cerco de Gaza, que teve água, energia e fornecimento de alimentos cortados por Israel, o que afeta civis como mulheres, idosos e crianças.

"Em resposta ao crime do inimigo de deslocar o nosso povo e forçá-lo a fugir de suas casas em várias áreas da Faixa de Gaza, estamos a dar aos residentes da cidade ocupada de Ashkelon um prazo para partirem antes das cinco horas de hoje", diz o comunicado.

A 64 km ao sul de Tel-Aviv, Ashkelon era majoritariamente árabe antes da ocupação por Israel em 1948. Em outras duas postagens, o Hamas postou um vídeo mostrando uma coletânea de imagens de movimentação de combatentes, entrevistas coletivas e destruição de supostas áreas de Israel no ataque do final de semana. O prazo termina às 11 horas de Brasília.

Líder do Hamas promete pronunciamento para hoje

Em meio à contraofensiva israelense contra Gaza, o porta-voz do Hamas, Abu Ubaida, deve fazer um pronunciamento "em breve". É o que informa o grupo nas redes sociais. Hoje, Israel diz que ao menos 1,5 mil invasores foram encontrados mortos em seu território.

Em um canal do Telegram, aparentemente criado por simpatizantes do Hamas, intitulado "Abu Ubaida, comando, ouvimos sua voz insolente", informações sobre a invasão do território israelense passaram a circular a partir de domingo. A última postagem do canal era de 24 de julho. Desde a incursão, foram postadas mensagens convocando simpatizantes para se juntar à causa do Hamas e informando sobre a operação do grupo, que é considerado "terrorista" por diversos países. Há, também, uma mensagem em áudio atribuída a Ubaida.

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Moraes pede 17 anos para goiano pelo 8 de janeiro

Carmo pode pegar 17 anos (Reprodução)
O ministro do STF Alexandre de Moraes votou pela condenação a 17 anos de prisão para o goiano Marcello Lopes do Carmo pela tentativa de golpe de estado em 8 de janeiro. São 15 anos e seis meses em regime fechado e um ano e seis meses em regime aberto. Se for condenado nos termos do voto do relator, como tem ocorrido nos julgamentos, Carmo terá que pagar, ainda, multa de R$ 44 mil.

Morador de Aparecida de Goiânia, o apoiador de Jair Bolsonaro (PL) de 39 anos foi preso no Palácio do Planalto após participar da depredação do local, segundo a denúncia.

Como ocorreu com os golpistas julgados anteriormente, Carmo também alega que não pretendia derrubar o governo eleito e que não participou do quebra-quebra. Teria invadido o Palácio do Planalto apenas para manifestar sua inconformidade com o resultado democrático das eleições.  

Em seu perfil no Facebook, porém, em uma postagem de 7 de janeiro, Carmo convoca apoiadores do golpe a ir de ônibus a Brasília. "Só 20,00 reais patriota chama (SIC)". No dia da invasão, ele publicou vídeo em que aparece usando máscara contra gás dentro do

Planalto. Em outras das quatro publicações realizadas naquele dia, também em seu perfil, grita: "Forças Armadas, salvem o Brasil", junto com outros baderneiros.

Além de Marcello do Carmo, que responde em liberdade desde 7 de agosto, outros cinco golpistas começaram a ser julgados nesta sexta-feira, com penas que variam de 14 a 17 anos. Esperamos que recebam pena exemplar.

terça-feira, 3 de outubro de 2023

TIM ativa 5G em Anápolis, Pirenópolis e Rio Quente

A TIM acaba de ativar a rede 5G em Anápolis, Pirenópolis e Rio Quente. Além desses três municípios, o 5G da TIM está presente em Goiânia, Caldas Novas e Aparecida de Goiânia. Em Anápolis, o sinal 5G passará a estar presente em 119 bairros da cidade, que conta com uma revenda e 102 pontos de recarga. No estado de Goiás a TIM está presente com 24 revendas, 7 lojas próprias e 3.112 pontos de recarga.

“A chegada do 5G em Anápolis abre oportunidades para o investimento em tecnologia e inovação das grandes empresas que estão presentes no município. Com uma tecnologia muito mais rápida e segura, outros serviços podem ser desenvolvidos neste importante polo industrial para o estado”, afirma a diretora da TIM Centro-Oeste e Norte, Graciela Berlezi.

Vale ressaltar, no entanto, que o sinal da operadora é muito ruim no interior do Estado, especialmente nos deslocamentos. O que não é exclusividade da Tim, sejamos honestos. 

“Assim como a TIM vem fazendo em outros estados, fechamos um importante circuito turístico em Goiás. A rota que envolve Pirenópolis, Rio Quente e Caldas Novas está entre as mais procuradas do estado pelos viajantes. São cidades onde a rede 5G pode impulsionar a economia local, sobretudo o turismo, principal fonte de renda desses municípios. Estamos promovendo um salto de qualidade de conectividade entre os moradores da cidade e milhões de turistas que visitam os três municípios anualmente”, reforça Berlezi.

Aguardemos, portanto, para ver como fica o serviço a partir de agora. Para usar o 5G, basta possuir um smartphone compatível com a tecnologia, sem necessidade de troca de chip. Com quase metade das antenas do país, a TIM garante que continuará expandindo a cobertura 5G em Goiás, de acordo com as demandas de mercado e a viabilidade técnica de cada município. 

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Instituto Brasil-Israel critica fala de Flávio Bolsonaro que compara depredadores de Brasília às vítimas do Holocausto

Flávio Bolsonaro compara criminosos a vítimas (Reprodução) 
O Instituto Brasil-Israel (IBI) criticou a declaração do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) feita nesta terça (26), durante sessão da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de janeiro. O senador disse que “As prisões das milhares de pessoas nos dias 8 e 9 de janeiro foram feitas nos moldes nazistas”.

Em nota, o Instituto Brasil-Israel destaca:


“A declaração feita hoje por Flávio Bolsonaro em que compara vítimas do Holocausto aos depredadores de Brasília é um caso clássico de banalização do Holocausto.


Flávio decide entrar em resoluções assustadoras, sendo desrespeitoso e ofensivo com a memória. Fala de mulheres grávidas e crianças a caminho da câmara de gás e dos crematórios nazistas para compará-los aos infratores condenados pelo vandalismo em Brasília.


Ao contrário dos detidos e presos por crimes em Brasília, as vítimas dos nazistas não cometeram crime algum, e foram exterminadas em razão de sua identidade religiosa, nacional, sexual ou política.


Por fim, Flávio Bolsonaro afirma ter visitado o Museu do Holocausto em Jerusalém, o que o legitimaria a fazer tais comentários. Mais uma distorção negacionista que fere a memória das vítimas.”


Instituto Brasil-Israel

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Não, ministra Anielle, ir à final da Copa do Brasil não foi correto

Rodrigues (CBF) e Franco no combate ao racismo (Reprodução X)
Criticada por ter utilizado um avião da FAB para ir ao estádio do Morumbi durante a final da Copa do Brasil entre São Paulo e Flamengo no último domingo, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, partiu para o ataque. Em postagem no X, escreveu:

“É inacreditável que uma ministra seja questionada por ir fazer o seu trabalho de combate ao racismo e cumprir o seu dever. Vemos que as noções estão invertidas quando avançamos em um acordo histórico de enfrentamento ao racismo e somos criticados por isso."

Ainda que tenha assinado um protocolo de intenções para o combate ao racismo no futebol com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, no estádio, a célebre frase de que "à mulher de César não basta ser, tem que parecer honesta" se enquadraria perfeitamente na situação.

A assinatura de tal documento - e não se nega sua importância - poderia ter sido feiro em outra ocasião e local - o gabinete ministerial, por exemplo, gerando, inclusive, repercussão positiva na imprensa, que no dia só estava obviamente interessada no jogo.

Ministra Anielle, reconhecer a inadequação da atitude seria honroso. Defender o ato com a veemência de quem se sente injustiçada e, pior, insinuar que os críticos são contra o combate ao racismo não pega bem. Fique atenta para a próxima.