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terça-feira, 6 de junho de 2017

VIAGEM A CUBA: O aeroporto José Martí e o visto para entrar no país

O centro do poder cubano em Havana
O desembarque e o embarque do aeroporto Internacional José Martí, em Havana, parecem pertencer a dois aeroportos diferentes. O embarque, apesar de não se comparar ao de muitos outros aeroportos, tem o que deve ter: casas de câmbio, lojinhas, um modesto duty free, duas ou três lanchonetes em que você encontra sanduíches simples, água, café, cerveja e refrigerante. Não espere mais do que isso. Em alguns momentos, nem isso.

Já o desembarque é uma confusão, ao menos na época do ano em que chegamos, final de dezembro, quando os turistas se aglomeram. Lá, você tem que dividir espaço com as centenas de cubanos que chegam com produtos importados. Já a imigração é bem rápida e sem burocracia, basta apresentar o passaporte e o visto, ou a tarjeta turística, como eles chamam, e receber um carimbo rosa.

(A propósito, o visto você pode solicitar pessoalmente em Brasília e São Paulo ou pelo correio, nesse caso, bem mais caro. Você pode imprimir o formulário e obter informações neste site e, dependendo do estado em que mora, enviar a documentação para a embaixada ou o consulado).

Vista do Malecón a partir do Hotel Nacional
Bem, tivemos a infelicidade de ter nossa bagagem extraviada. Foram cerca de quatro horas no aeroporto após o desembarque em busca da mala onde estavam minhas coisas, da Aline e do Théo. Uma fila enorme para registrar o extravio. Duas funcionárias simpáticas porém exaustas em uma salinha para atender um monte de gente que também perdeu a bagagem - voamos Latam. Um comprovante emitido em impressora matricial em uma folha de papel cortada estreitinha para economizar. Mas, apesar da desconfiança, no dia seguinte o comunicado estava no sistema online de rastreamento da Latam.

Depois de todo esse tempo, o taxista que haviam enviado para nos esperar (a Ana providenciou pra gente) evidentemente tinha ido embora. Foi quando encontramos um por conta própria e passamos o maior susto de nossas vidas, situação que eu conto no próximo texto.

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quarta-feira, 10 de maio de 2017

VIAGEM A CUBA: Como sobreviver no país com a bagagem extraviada

Esse não é o tema principal desta série de textos, fotos e vídeos sobre Cuba. É apenas um dos componentes de nossa viagem - pai, mãe e bebê aniversariante - de 15 dias pelo país. Como enfrentamos alguma dificuldade para obter informações - e optamos por viajar sem apoio de agências de turismo - sobre o que e como fazer, decidimos contar um pouco do que se passou conosco entre o final de 2016 e o início de 2017. Serão vários textos (fotos e vídeos), nem todos na sequência da viagem, com dicas, curiosidades, impressões e informações em geral sobre Havana, Cienfuegos e Trinidad, cidades que visitamos.


Ao final de cada postagem você vai encontrar links para as outras.



Planejando a viagem


Cuba foi nossa primeira viagem internacional. Quando decidimos ir ao país, no início de 2016, Fidel ainda estava vivo. Mas a aproximação com os Estados Unidos, então de Obama, nos fez acreditar que a ilha poderia mudar mais rapidamente do que o esperado. E queríamos ver Cuba como a Cuba de que ouvimos falar.


Restaurantes ao lado da Plaza de La Catedral, em Havana
Outra decisão que tomamos, válida para esta e futuras viagens, é evitar os pacotes turísticos - ao menos os completos. A intenção é não ficar amarrados a roteiros pré-estabelecidos e conhecer mais a fundo o dia a dia do país em questão. Então, buscamos apoio em uma agência apenas para a compra das passagens.


(Eles nos enviaram sugestões de hotel e locação de carro, ambas caras na nossa avaliação. Um veículo para os 15 dias sairia por cerca de 2 mil dólares.)


Antes mesmo de planejar a viagem, já havíamos decidido que, quando fôssemos, ficaríamos em casas de família, um novo negócio que surgiu no país, autorizado pelo governo, e bem mais barato, além da convivência próxima com as pessoas.


Pesquisando em sites de hospedagem - não são todos os que trazem informações sobre Cuba. Devido ao bloqueio norte-americano, os sediados nos EUA são proibidos de incluir informações sobre o país. O mesmo vale para sites de busca de passagem aérea -, encontramos o contato da Ana María Perera, uma senhora muito simpática que montou uma pequena rede de contatos pelo país e que pode, além de te hospedar em Havana, providenciar suas reservas nas outras cidades que você queria visitar.


O contato foi feito cerca de seis meses antes da viagem porque, em dezembro, Cuba é invadida por turistas de todas as partes do mundo. Nós mesmos não ficamos na casa da Ana, reservada desde o meio do ano, e sim na de sua irmã, Mary. Ambas ficam em El Vedado, um bonito e tranquilo bairro de Havana.

Suíte em que ficamos em Havana, na Casa de Mary, bairro El Vedado
Foi Ana quem nos reservou as hospedagens em Cienfuegos (onde tivemos um pequeno contratempo, que contaremos em outro post) e Trinidad. A diária foi de 40 CUCs (o peso cubano usado por turistas) em Havana e 35 nas outras cidades. 

Nesse quesito vale uma ressalva: o dólar e o euro têm cotações bem próximas ao CUC, praticamente de um pra um. O dólar, porém, sofre uma tarifação extra de 10%, o que pode deixar a moeda mais cara dependendo da conversão que você vai fazer para o real. Ou seja, se o dólar estiver bem mais barato que o euro em real, talvez valha levar dólar. Essa é uma conta que deixamos para os economistas. Nós levamos euro e trocamos quase sempre de um pra um.