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quarta-feira, 28 de julho de 2021

"Não andamos com arma no ombro", diz presidente da Associação Brasileira do Agronegócio sobre "homenagem" de Bolsonaro ao agricultor

Bolsonaro associa agricultor a homem armado
"Esse post não representa os agricultores brasileiros. Não andamos com armas no ombro, mas com o suor de quem trabalha honestamente de sol a sol." A declaração é de Marcello Brito, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), em resposta à "homenagem" do governo Bolsonaro ao Dia do Agricultor. Em uma postagem absolutamente descolada da realidade, o perfil da Secretaria Especial de Comunicação Social no Twitter publicou a foto de uma silhueta de um homem armado diante de uma plantação. 

"28 de julho, Dia do Agricultor. Alimentando o Brasil e o Mundo", dizia a peça, apagada sem explicações após a enxurrada de críticas. "Essa publicação envergonha o setor, as mulheres e homens do campo e o Brasil. Absurdo.", concluiu Brito, em resposta à Secom. Como o post original foi apagado, a postagem do dirigente também não aparece mais. Oficialmente, a Abag não quis se pronunciar.


Já a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) emitiu nota cobrando "reconhecimento e respeito" a quem produz alimentos. "Ao invés disso, recebemos do governo federal uma 'homenagem' totalmente desrespeitosa, com a imagem de uma pessoa no campo segurando uma espingarda. Exigimos respeito!", diz o texto.

"A CONTAG repudia totalmente essa postagem feita nas redes oficiais do governo e, enquanto representante dos agricultores e agricultoras familiares, expressa a sua indignação. Ao mesmo tempo, homenageia a todos os homens e mulheres que trabalham debaixo de chuva e de sol, no frio e no calor, de domingo a domingo, com pandemia e sem pandemia, semeando, cultivando e colhendo com amor e dedicação os alimentos que geram vida, saúde, renda e desenvolvimento em todo o País", continua o documento.

Leia a nota completa aqui.

Após o rechaçamento público, a Secom trocou a peça em comemoração à data.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

CONTAG defende manutenção de auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro

Estamos no sexto mês de enfrentamento à pandemia de Covid-19 no País e o cenário é de crise, com alto índice de desemprego, de miséria e de descaso do governo com os trabalhadores, trabalhadoras e com os pobres. A CONTAG recebeu com indignação a edição da Medida Provisória 1000/20, que reduz à metade o valor do auxílio emergencial, ou seja, R$ 300,00. Algumas regras inseridas no texto da MP também podem desenquadrar algumas famílias contempladas nas primeiras parcelas do auxílio.

Sabemos que o Brasil está em crise, como outros países, mas defendemos que seja mantido o valor de R$ 600 até dezembro, garantindo a soberania e segurança alimentar de milhares de famílias que passam por dificuldades neste momento de pandemia. Esse recurso também vem contribuindo positivamente na economia local, principalmente dos pequenos e médios municípios.

Na semana passada, inclusive, realizamos mobilização para denunciar o alto número de benefícios previdenciários negados pelo INSS. Muitas famílias do campo, por exemplo, com os pedidos indeferidos, estão sobrevivendo à custa do auxílio emergencial. Reduzir à metade é colocar em risco o bem-estar de todos e todas.

A crise pode ser superada pós-pandemia com o seu povo forte, saudável e sentindo-se protegido pelo Estado brasileiro.

Neste sentido, a CONTAG soma-se à luta das Centrais Sindicais pedindo que o Congresso Nacional rejeite a Medida Provisória do governo e mantenha o auxílio emergencial como foi aprovado no início da pandemia, com os mesmos critérios e atendendo também aos agricultores e agricultoras familiares que ficaram prejudicados(as) a partir do veto presidencial ao PL 735/2020.