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quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Tarifaço: preço dos ovos e legumes ficam mais baixos para brasileiros

F: kamranaydinov/freepic
Algumas semanas atrás, alguns "gênios" diziam que, por conta o tarifaço de Trump contra o país, os brasileiros passariam a pagar mais caro, vejam, só, pelos alimentos. Claro que raciocínio lógico não é uma característica que se espere da extrema direita e de supostos analistas que flertam com ela. Mas qualquer estudante de 5ª série, ao contrário de alguns "analistas de mercado" conhece a lei da oferta e da procura: as exportações caem, a oferta interna aumenta e o resultado, obviamente, é a redução de preços. Mas isso não vale pra eles, paciência. Talvez na terra plana seja diferente.

O fato é que  os brasileiros pagaram menos em agosto por produtos listados nas tarifas de exporta
ção dos Estados Unidos. Alimentos como ovos assistiram a uma queda de 4% em seu preço médio, enquanto as carnes vermelhas tiveram redução de até 3,4%, de acordo com um novo levantamento da Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados que desenvolve soluções para a gestão da cadeia de consumo.

O estudo “Variações de Preços: Brasil & Regiões” revela que a maior retração ocorreu na categoria de legumes, com queda de 6,7% que foram influenciados por melhores condições climáticas e consequente maior oferta. Entre os produtos de origem animal, os cortes bovinos passaram de R$ 38,07 em julho para R$ 36,77 em agosto, uma retração de 3,4%, enquanto a carne suína caiu de R$ 19,45 para R$ 18,87 - um recuo de 3%. A farinha de mandioca também registrou baixa de 2,5%.

Um dos fatores que mais influenciou o comportamento dos preços em agosto foi o aumento da taxação de importados. “Como os Estados Unidos são um dos maiores compradores de carnes e derivados de soja do Brasil, o ‘tarifaço’ reduziu o volume exportado, o que elevou a oferta interna e pressionou os preços para baixo nessas categorias”, explica Anna Carolina Fercher, líder de Dados Estratégicos na Neogrid.

“O efeito não fica restrito à balança comercial, pois impacta diretamente o carrinho de compras dos brasileiros. Para os próximos meses a expectativa é de que os preços permaneçam estáveis, refletindo uma inflação mais controlada”, analisa Fercher. Ela alerta, no entanto, que o mercado segue sensível a fatores como safra, logística e câmbio.

Em contrapartida, outras categorias registraram alta em agosto, como creme dental (1,9%), margarina (1,7%), óleo de soja (1,6%) e sal (1,6%), que tiveram incremento nos preços médios. Entre os itens de lazer e bebidas, a cerveja apresentou elevação de 1,2%.

Maiores altas acumuladas em 2025

Considerando o acumulado de dezembro de 2024 até agosto de 2025, o café, tanto em pó quanto em grãos, continua a liderar com o preço médio por quilo de R$ 73,75, apresentando variação de 37,6% no período analisado. Outros produtos que registraram aumentos foram margarina (6,3%), creme dental (5,7%), pão (2,1%) e refrigerantes (1,3%).

Variações de preços em julho no centro-oeste

Na região centro-oeste, as categorias que apresentaram maior elevação de preço foram farinha de trigo (4,8%), biscoito (3,4%), sal (3,4%), refrigerante (3,3%) e papel higiênico (3,2%). Em contrapartida, os maiores recuos foram observados em legumes (-9,4%), ovos (-8,8%), carne de frango (-6,5%), carne suína (-6,2%) e massas alimentícias (-2,6%).

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Preços de ovos, arroz e feijão recuam em julho e trazem alívio ao bolso do brasileiro

Imagem: Freepik
Em julho, o consumidor brasileiro conseguiu dar um respiro no orçamento e levar para casa um carrinho de compras mais completo. De acordo com o novo estudo “Variações de Preços: Brasil & Regiões”, realizado pela Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados que desenvolve soluções para a gestão da cadeia de consumo, as categorias de itens básicos, como ovos, arroz e feijão, tiveram recuo nos preços médios no último mês.

Entre os destaques, os legumes apresentaram a maior redução no período, com queda de 11,2% – passando de R$ 6,06 em junho para R$ 5,38 em julho. Os ovos, que vinham registrando aumentos expressivos nos últimos meses, baixaram 8,2% no mesmo intervalo. A tradicional dupla do prato brasileiro também ficou mais barata: o arroz teve reajuste de 4,9%, com o preço médio caindo de R$ 5,40 para R$ 5,14, enquanto o feijão retraiu 3%, indo de R$ 6,61 para R$ 6,41.

“Embora o recuo dos itens básicos tenha oferecido um alívio no bolso do consumidor, esse cenário deve ser visto com cautela no longo prazo. As pressões externas, como o aumento dos custos logísticos e a desvalorização cambial, continuam a operar como forças restritivas para uma recuperação duradoura dos preços”, analisa Anna Carolina Fercher, líder de Dados Estratégicos na Neogrid. 

“Alguns produtos ainda sofrem por conta das condições climáticas adversas, que reduziram a oferta global, ao mesmo tempo em que o impacto do ‘tarifaço’ dos Estados Unidos será um fator determinante do ritmo do mercado interno em agosto. O resultado é uma volatilidade contínua que se manifesta, inclusive, em categorias menos relacionadas diretamente a commodities, como produtos de higiene e limpeza”, acrescenta Fercher.

Em contrapartida, alguns itens apresentaram leves variações em julho. O creme dental, por exemplo, teve aumento 2,1% em relação ao mês anterior. O leite UHT e o refrigerante tiveram elevação de 0,4% cada, ao passo que tanto o desinfetante como o óleo de soja apresentaram incremento de 0,3%.

Maiores altas acumuladas em 2025

Considerando o acumulado de dezembro de 2024 até julho de 2025, o café em pó e em grãos permanece como líder absoluto das altas, saltando de R$ 53,90 para R$ 74,14 no intervalo – uma variação de alta de 38,4%. Logo em seguida, aparecem itens como a margarina (4,4%), o creme dental (3,7%), o leite em pó (2%) e o pão (1,2%).

Variações de preços em julho no Centro-oeste

No Centro-Oeste, o creme dental liderou as altas com variação de 5,4%, acompanhado pelo frango (4,8%), desinfetante (4,4%), açúcar (3,1%) e café em pó e em grãos (2,5%). As maiores quedas no mês foram registradas nos legumes (-15,1%), ovos (-8,6%), farinha de trigo (-4,4%), feijão (-4%) e arroz (-3,9%).

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Genial/Quaest: Queda na inflação dos alimentos e reação ao tarifaço de Trump ajudam governo Lula a ter a melhor aprovação desde janeiro

A quinta rodada da pesquisa Genial/Quaest de 2025 mostra que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é desaprovado por 51% dos eleitores e aprovado por 46%, ao fim de dois anos e oito meses. Apesar da desaprovação pela maioria, o resultado confirma a tendência de recuperação da avaliação do governo iniciada na pesquisa anterior, de julho, depois de registrar recuos sucessivos de dezembro até maio, quando foi registrado o resultado mais negativo: 57% de desaprovação contra 40% de aprovação.

Confira a pesquisa completa neste link.

 A melhora na aprovação do governo aconteceu na maior parte dos recortes da pesquisa, principalmente na base de apoio do presidente e entre os eleitores que declaram não ter posição política. Entre as mulheres, a aprovação oscilou positivamente dois pontos percentuais e encostou na desaprovação, de 49%.

A comparação entre os governos Lula e Bolsonaro voltou a registrar vantagem para o presidente: 43% o consideram melhor, contra 40% em julho; o percentual dos que pensam o recuou de 44% para 38%. Entre os eleitores que informam não ter posicionamento político, a avaliação também se inverteu. Na pesquisa atual, 37% dizem que o governo Lula é melhor, 32% que é igual e 27% que é pior.

Alimentos em destaque


O grande destaque da pesquisa é a queda na inflação dos alimentos. A percepção de que houve alta no preço da comida recuou de 76% em julho para 60% em agosto. Para 20% os preços ficaram iguais e para 18%, caíram (eram 8% em julho). Essa percepção se repete em todas as regiões. Como consequência, a opinião de que o poder de compra é menor do que há um ano recuou de 80% para 70%, e a expectativa para os próximos meses, que vinha se deteriorando continuamente, agora está dividida ao meio: 40% acham que o panorama vai piorar, 40% que vai melhorar.


Para o CEO da Quaest, Felipe Nunes, a melhora na aprovação do governo Lula em agosto resulta da combinação de fatores econômicos e políticos.


“A percepção do comportamento do preço dos alimentos trouxe alívio às famílias e reduziu a pressão sobre o custo de vida. Ao mesmo tempo, a postura firme de Lula diante do tarifaço imposto por Donald Trump foi vista como sinal de liderança e defesa dos interesses nacionais. Menos pressão inflacionária somada à imagem de um presidente que reage a desafios externos ajudam a explicar o avanço de sua aprovação neste momento”, diz Nunes. 


Tarifaço: O embate entre Trump e o governo brasileiro é de amplo conhecimento do eleitor, constatou a pesquisa. 84% disseram que souberam da carta do presidente americano para Lula, contra 60% em julho, enquanto o percentual de desconhecimento caiu de 33% para 16%. Para 71%, Trump está errado ao impor taxas por acreditar que existe perseguição ao ex-presidente Bolsonaro.


Nesse embate, Lula e o PT estão fazendo o que é mais certo para 48% dos entrevistados, enquanto para 28% Bolsonaro e seus aliados é que têm razão. Para 15% ninguém está certo. Ao mesmo tempo, 41% consideram que o presidente está se aproveitando da situação para se promover, contra 49% que avaliam que Lula está agindo em defesa do Brasil. Sobre Eduardo Bolsonaro, a maioria (69%) dizem que o deputado está defendendo os interesses dele e de sua família, enquanto 23% acreditam que está defendendo os interesses do Brasil.