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terça-feira, 7 de julho de 2020

Pesquisa identifica relação entre bairros com mais casos de Covid-19 e o uso de transporte público

Uma análise do Instituto Pólis, realizada em parceria com o LabCidade (Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade), órgão ligado à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, sugere que a Covid-19 está se espalhando de forma mais intensa onde os moradores utilizaram transporte público para trabalhar durante a pandemia.

Os pesquisadores correlacionaram bairros de São Paulo, que mais registraram hospitalizações pela Covid-19 ou Síndrome Respiratória Aguda e Grave (SRAG), por causa não identificada, com o local de origem de trabalhadores que utilizam o transporte público como principal meio de locomoção.

A análise mostrou que os territórios com mais internações na cidade (DataSus), estão localizados em regiões que figuram como os principais pontos de origem das viagens diárias (Pesquisa Origem Destino e SPTrans). São exemplos os bairros de Capão Redondo, Jardim Ângela, Brasilândia, Cachoeirinha, Sapopemba, Iguatemi, Cidade Tiradentes, Itaquera e Cidade Ademar.

Para a análise, foram utilizados dados do Datasus de hospitalizações por Covid-19 e por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda e Grave) não identificada a partir do CEP, referentes a março deste ano até 18 de maio, última data em que os códigos postais dos pacientes foram disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Essas informações foram balizadas com as de circulação de ônibus municipais do dia 5 de junho, fornecida pela SPTrans, e dados da Pesquisa Origem Destino, feita em 2017 pelo Metrô de São Paulo, que trata sobre as rotas e motivações dos que usam o transporte público na capital.

Foram consideradas pessoas que utilizam o transporte público para trabalhar, que não possuem ensino superior e que ocupam cargos não executivos. Esse perfil foi selecionado porque, em geral, as pessoas com formação superior, em cargos executivos e profissionais liberais, são as que aderiram ao teletrabalho.

“Em síntese, é possível afirmar que quem está sendo mais atingido pela Covid-19 são as pessoas que tiveram que sair para trabalhar. Entretanto, apesar de termos mapeado os locais que concentram os maiores números de origens ou destinos dos fluxos de circulação por transporte coletivo, não é possível ainda afirmar se o contágio ocorreu no percurso do transporte, no local de trabalho ou no local de moradia”, afirmam os pesquisadores.

“Se o maior número de óbitos está nos territórios que tiveram mais pessoas saindo para trabalhar durante o período de isolamento, temos que pensar tanto em políticas que as protejam em seus percursos como  ampliar o direito ao isolamento paras as pessoas que não estão envolvidas com serviços essenciais, mas precisam trabalhar para garantir seu sustento”, completam.

quarta-feira, 4 de março de 2020

Táxi-lotação poderá ser criado em Goiânia

Aprovado em primeira votação nesta quarta-feira (04), durante sessão plenária na Câmara de Goiânia, o projeto de lei nº 266/2019, de autoria do vereador Paulo Magalhães (PSD), que autoriza instituir o serviço de táxi-lotação em Goiânia, como transporte alternativo complementar aos serviços de táxi comum.

A matéria tem como objetivo deixar os taxistas fazerem lotação nos bairros para evitar que os motoristas circulem sem passageiros. A tarifa será acessível e definida por ato do Chefe do Executivo municipal.

“Buscando ajudar os taxistas a ter aumento nas viagens e ainda oferecer um complemento ao transporte público, que muitas vezes é demorado e não oferece a devida segurança ao passageiro, o táxi-lotação é uma alternativa viável não apenas para aqueles que buscam mais comodidade nos deslocamentos, como também para os que querem mais segurança", justifica o vereador.

Atualmente, outros municípios brasileiros já possuem esse serviço, como Caxias do Sul, São Paulo, Imperatriz, Belo Horizonte, Porto Alegre, entre outros.

O projeto revoga a lei municipal nº 5.467, que autorizou a implantação do táxi-lotação em 1979. Contudo, ela não teve eficácia e o serviço não pôde ser efetivado.
Paulo Magalhães quer táxi-lotação (F: Divulgação)
De acordo com Paulo Magalhães, com a legalização dos aplicativos de mobilidade urbana disponíveis no mercado os taxistas perderam espaço devido à questão do preço e da facilidade de se compartilhar viagens com outros passageiros, o que é mais rendável para o motorista e mais econômico para o passageiro.

O projeto precisa ainda passar por uma segunda votação na Câmara antes de ser enviado para análise do Executivo.

(*) Com informações da assessoria