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segunda-feira, 14 de junho de 2021

CPI da Covid e TCU recebem relatório sobre desvio de verba de publicidade exclusiva para o combate à pandemia

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) entregou neste domingo (13) ao presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, documentação sobre o desvio de R$ 52 milhões para publicidade de combate à Covid-19, mas que foram usados em propagandas de ações institucionais do Executivo. O parlamentar comprovou a irregularidade a partir de relatórios que solicitou à Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) e também de materiais públicos da própria CPI.

“É vergonhoso. Bolsonaro usou dinheiro público de forma irregular para promover o governo em vez de aplicar no combate à pandemia. Esse dinheiro tinha destino já definido, não poderia ser alterado”, explica o deputado. Elias Vaz também vai encaminhar nesta segunda-feira (14) representação ao Tribunal de Contas da União pedindo fiscalização de desvio de finalidade.

A verba alocada pela medida provisória 942, de abril de 2020, que liberou créditos extraordinários para o combate à doença, faz parte do Orçamento de Guerra (usado para enfrentar a calamidade pública decorrente da pandemia) e tinha o objetivo de informar a população e minimizar os impactos decorrentes da proliferação da doença.

A Secom solicitou ainda verba dos Ministério da Saúde e da Cidadania. “Foram realizados quatro TED’s (termos de execução descentralizada) das pastas para a Secretaria transferindo dinheiro para alardear ações do governo”, conta Elias Vaz. “Os recursos deveriam ser aplicados, por exemplo, em campanhas de uso de máscara, álcool em gel e isolamento social. Do ponto de vista orçamentário, o governo cometeu um crime”, explica o deputado.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Marcas retiram anúncios do Facebook em protesto contra discurso de ódio

Grandes marcas internacionais estão retirando seus anúncios do Facebook e do Instagram em protesto à inércia das plataformas em relação aos discursos de ódio postados em suas redes - e ao enorme lucro proporcionado a elas com a veiculação dos anúncios.

A mais recente é a gigante norte-americana das telecomunicações Verizon, que se juntou ao boicote pelo menos até o final de julho. "Temos políticas de conteúdos muito estritas, e tolerância zero para quando elas são violadas. Estamos suspendendo a nossa publicidade até que o Facebook consiga criar uma solução aceitável que nos deixe confortáveis e que seja consistente com o que fizemos com o YouTube e outros parceiros", declarou o administrador da Verizon, John Nitti, ao Financial Times. 

A empresa gastou 850 mil dólares em anúncios no Facebook apenas nas três primeiras semanas de junho. A decisão de suspender a campanha aconteceu depois de a Verizon ter sido denunciada por um anúncio seu no Facebook ter aparecido num vídeo que promovia discursos de ódio e mensagens anti-semitas.

“Vamos suspender todos os anúncios no Facebook e Instagram, até ao final de julho, aguardando-se uma ação significativa da parte da gigante rede social”, anunciou, igualmente, “com orgulho”, a marca desportiva californiana Patagonia. Outras duas marcas internacionais, a REI, também de vestuário desportivo, e a Upwork, plataforma de recrutamento, a Talkspace, app ligada à saúde mental, e a Braze, empresa de softwarw, também já aderiram ao apelo #StopHateForProfit.

De acordo com o "Financial Times", a marca de sorvetes Ben & Jerry's e a agência Goodby Silvestein juntaram-se igualmente ao movimento contra os discursos de ódio.

Carolyn Everson, vice-presidente do Facebook responsável pelos negócios globais, já reagiu na CNN. Disse que respeita a decisão de qualquer marca, embora avance que a rede social está focada “no importante trabalho de remover discursos de ódio e de disponibilizar informação critica sobre votações”. 

As informações são do jornal Português Expresso.

No Brasil, a chegada do grupo ativista Sleeping Giants, que também denuncia anúncios em sites e postagens que disseminam fake news ou discursos de ódio, também tem dado muita dor de cabeça às grandes empresas e muitas delas já reagiram contra a vinculação das marcas a este tema. 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Campanha “Gente boa também mata” vira alvo do Conar

Os memes não perdoaram o deslize da campanha

Veiculada desde o final do ano passado pelo governo federal, a campanha de trânsito “Gente boa também mata” desagradou desde o início. Criada pela agência Nova/sb, a ideia era mostrar que pessoas “boas”, e não apenas as inconsequentes, podem provocar acidentes de trânsito, dependendo de sua conduta. Mas as peças não pegaram bem entre as pessoas de bem.

Protetores de animais ficaram irados
Especialmente uma delas, em que um cartaz ressalta que “Quem resgata animais na rua pode matar”. Assim, em letras garrafais, para só depois, sem destaque, aparecer a explicação: “Não use o celular ao volante”. Há outras. Mas, nesse caso, mexeram com o público errado. Os protetores de animais beiram ao xiitismo. Não deixaram barato. Tanto fizeram que o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) abriu processo, nesta terça-feira, 10, para investigar a campanha.

Isso, mesmo após o governo ter decidido retirar os cartazes das ruas. “Numa campanha de publicidade, tudo o que é preciso explicar já não é bom”, admitiu o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, ao Blog do Camarotti, no G1. Os vídeos, no entanto, permanecem no ar, até onde se sabe. Sem, contudo, a assinatura do próprio ministério.

Governo admitiu equívoco

Em seu perfil no Facebook, onde as peças foram bombardeadas, a Pasta atribui o material à Secretaria de Comunicação Social do governo e, “por isso, a assinatura do ministério será retirada da campanha”. Foram e estão sendo muitas as explicações aos internautas. Que, por sua vez, claro, não perdoaram com seus memes e críticas bem-humorados.

Tempos modernos, em que os gestores públicos – e nós, comunicadores – ainda estão aprendendo a lidar com essa linha direta com o cidadão. Vale para o bem, vale para o mal.

E, cuidado: pessoas boas podem ser maus jornalistas!