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quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Apenas 21% dos moradores do Centro-Oeste acreditam em melhoria das finanças familiares

Tradicional reduto do agronegócio, onde Bolsonaro mantém seus maiores níveis de aprovação (ao lado da região Sul), em torno de 30%, a região Centro-Oeste parece, também, desacreditada na capacidade do governo de recuperar o país. Na região, o número de pessoas que aguardam a recuperação financeira da família apenas em 2022 passou de 41% (junho) para 55% (setembro). A parcela dos que achavam que essa situação iria melhorar ainda este ano caiu de 29% (junho) para os atuais 21%. É o que revela  o Radar Febraban para a região.

Mesmo com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a análise de especialistas que mostram otimismo com o crescimento da economia em 5%, mesmo faltando 4 meses para o final do ano, a opinião pública do Centro-Oeste segue incrédula.

Os dados revelam que 70% dos que vivem na região acreditam que a economia só vai se recuperar a partir de 2022. Em junho, esse percentual era de 64%. Para 52%, o poder de compra vai encolher nos próximos seis meses. Em junho, essa avaliação era compartilhada por 51% das pessoas. Um indicador que registrou elevação considerável foi a expectativa sobre o aumento do desemprego (56% hoje, era de 45% em junho).

Essas são algumas das principais conclusões da nova pesquisa para a região Centro-Oeste, realizada entre os dias 2 e 7 de setembro pelo Ipespe, que ouviu 3 mil pessoas, maiores de 18 anos, em todo o país. 

Um indicador que registrou queda foi o número de entrevistados que acreditam num aumento da taxa de juros no próximo semestre: 68%, contra 70% verificados em junho.

A pesquisa mostra que 41% acreditam no aumento do acesso ao crédito para pessoas físicas e empresas, o maior índice do pais nesse quesito.

Ou seja, as bravatas, idas e voltas de Bolsonaro têm deixado mesmo os maiores entusiastas do estilo truculento e irresponsável do "mito" um pouco mais conscientes do desastre que foi - e está sendo - sua eleição.

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Índice de infelicidade dos brasileiros é o maior dos últimos 5 anos, aponta estudo

Foto: wirestock - freepik

Com alta taxa de desemprego e inflação crescente, o Brasil ocupa a 2ª posição em ranking que mede o mal-estar de 38 países, ficando atrás apenas da Turquia. De acordo com estudo do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre-FGV), o país tem 19,83% de desconforto socioeconômico, contra 26,28% da nação turca.

A lista de países que é avaliada relaciona membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que engloba economias avançadas e o Brasil, e quanto maior o índice de desconforto apresentado, pior é a taxa. Em terceiro lugar no ranking está a Espanha (16,09%), seguida por Colômbia (15,63%), Grécia (14,08%) e Chile (13,42%).

O índice de infelicidade, que é medido através da soma das taxas de inflação e de desemprego, atingiu o pior patamar dos últimos cinco anos no primeiro trimestre de 2021. O mesmo índice foi registrado em 2016, quando o país enfrentava uma grave recessão econômica.

Segundo Daniel Duque, pesquisador responsável pela pesquisa, o índice brasileiro é preocupante, pois, ao contrário da líder do ranking, o indicador brasileiro vem piorando ao longo do tempo, especialmente durante a segunda onda da pandemia causada pela Covid-19.

“A pandemia sem dúvidas tem um impacto profundo no índice de desconforto socioeconômico dos brasileiros, tendo em vista o crescimento das taxas de desemprego e alta da inflação”, comenta Thomas Carlsen, COO e co-fundador da mywork, startup especializada em controle de ponto online e gestão de departamento pessoal para pequenas e médias empresas. “Embora o PIB do país esteja voltando a crescer, os efeitos negativos sobre a economia vão perdurar por um bom tempo”, avalia ele.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Oportunidade na crise: startup simplifica processos de desligamento

Criada com o objetivo de desburocratizar os processos homologatórios realizados pela empresas, além de oferecer um desligamento mais humanizado entre empresas e ex-funcionários, a Medei foi fundada em 2011 pela empreendedora Fernanda Medei. A ideia da startup surgiu quando a advogada vivenciou na pele a dor de muitos funcionários no momento do desligamento: foram 120 dias até ser homologada. O Brasil tem mais de dez milhões de desempregados desde o final do governo Dilma Roussef e, apesar das promessas dos autores do impeachment, esse número só aumentou nos últimos anos, independentemente da pandemia de Covid-19.

A partir de sua experiência, a empresária desenvolveu uma plataforma que otimiza e facilita os processos de desligamento do começo ao fim, facilitando o trabalho dos gestores de RH ao garantir controle dos prazos estabelecidos por lei, gestão de documentos, homologações em qualquer lugar do Brasil por meio da tecnologia de videoconferência e, segundo informações da empresa, diminuição de custos em até 95%. Além disso, a ferramenta também oferece economia de tempo na gestão, somente em 2019 foram 40 mil horas a menos.

Já os funcionários contam com informações claras, além de um atendimento personalizado e acolhedor, na medida em que o momento permita, que possibilitam que se sintam confortáveis para tirar dúvidas.

Fernanda: demissão sem burocracia (Buzzi Fotos)
"A experiência atual é muito negativa. O funcionário não entende os valores envolvidos no momento da homologação contratual (descrito no Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho), tendo aquela sensação de que está sendo passado para trás. Já o Recursos Humanos com um modelo totalmente manual, oferece uma gestão morosa de documentação e uma falta de controle na gestão de processos em locais distantes da sede, por exemplo", explica Fernanda Medei, CEO e fundadora da startup. Foi nesse cenário que vimos uma real necessidade de mercado por uma ferramenta, que suprisse problemas gerados ao final da jornada do colaborador nas empresas, muitas vezes esquecida, mas não menos importante", complementa.

Entre os serviços oferecidos pela Medei estão a personalização da plataforma, com ferramenta customizável para cada empresa; disponível em nuvem, oferece as garantias de segurança pela atual legislação e LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e analytics disponível, em que a empresa analisa todos os dados do ex-funcionário, além de obter insights práticos.

A plataforma está disponível em dois modelos de atendimentos: Enterprise (presencial) e Fit (100% digital). Aos que preferem atuação física, a Medei possui uma rede com mais de 600 representantes em todo o Brasil para a homologação em um dos seus escritórios. Esse modelo atende empresas que exigem documentos impressos com assinatura do colaborador e quando é necessária a aprovação de sindicatos das categorias de trabalho.

Já para os que optam pelo Fit, em um serviço totalmente digital, os documentos são assinados digitalmente e entregues ao funcionário e empresa por meio de um sistema seguro e controlado na plataforma. As assinaturas são feitas de acordo com as normas estipuladas pela ICP Brasil (instituto Nacional de Tecnologia da Informação), garantindo validade legal desses documentos.

quinta-feira, 12 de março de 2020

Desempregados estão, em média, há um ano e três meses sem trabalho


Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com pessoas que estão sem trabalho, revela que os desempregados brasileiros já estão há um ano e três meses, em média, sem ocupação formal. O levantamento mostra ainda que 51% dos entrevistados estariam dispostos a receber menos que a remuneração do último emprego, sobretudo por que precisam voltar ao mercado de trabalho (19%). Outros 18% argumentam que o que importa neste momento é arranjar um emprego para pagar as despesas, enquanto 13% afirmam ser mais fácil procurar oportunidades melhores quando se está empregado.

A demora para se recolocar no mercado de trabalho tem feito com que essas pessoas busquem outras formas de sustento, como o trabalho informal. De acordo com a pesquisa, praticamente quatro em cada dez desempregados têm recorrido ao trabalho temporário para se sustentar (39%), principalmente com serviços gerais (19%), com revenda de produtos (14%) e com venda de comidas (13%).

Além dos trabalhos informais, 30% admitem que ao menos parte de suas despesas estão sendo pagas por pais, filhos, amigos ou outros familiares. Também há aqueles que utilizado o seguro-desemprego (8%) e do acerto recebido da empresa em que trabalhavam (7%).

“O desemprego muitas vezes obriga as pessoas a buscarem alternativas para constituir renda. O aumento da informalidade também está relacionado à chamada ‘gig economy’, ou ‘economia dos bicos’ – aquela que diz respeito aos motoristas e entregadores de aplicativos, por exemplo. As plataformas digitais facilitam a contratação de pessoas e oferecem oportunidade de geração de renda para milhões de desempregados. Por outro lado, esses trabalhadores não têm direitos assegurados e ou vínculo empregatício”, alerta o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), José César da Costa.


Desemprego atinge principalmente os mais pobres, do sexo feminino, jovens e que possuem o ensino médio

A pesquisa mostra que o desemprego vem afetando, em grande medida, as camadas mais vulneráveis da população: seis em cada dez desempregados são mulheres (61%), enquanto 39% são homens. A média de idade é de 33 anos, sendo que a maior parte corresponde aos jovens de 18 a 24 anos (34%) e à faixa etária de 25 a 34 anos (24%).

Considerando o nível de renda, verifica-se que nove em cada dez brasileiros sem ocupação pertencem às classes C, D e E (95%), enquanto apenas 5% estão nas Classe A e B.

Em relação à escolaridade, 59% possuem entre o ensino médio completo e ensino superior incompleto, ao passo em que 31% têm o 2º grau incompleto e 10% o ensino superior completo. Apenas 8% falam outro idioma. Tendo em vista o estado civil, 55% são solteiros e 26% correspondem aos casados; pouco mais da metade dos entrevistados possui filhos (52%).



(*) Com informações da assessoria

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Descrença no governo: 4,7 milhões de pessoas desistiram de procurar emprego

Empreendedorismo como sobrevivência (F: Matheus Santanna)
Uma pesquisa recente divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que 4,7 milhões de pessoas desistiram de procurar emprego em 2018. Os chamados desalentados representam 38,9% dos desempregados no país, número que aumentou quase 200% nos últimos quatro anos – em 2014, eram 1,5 milhão de desalentados. “O que não significa que eles não estejam produzindo”, esclarece a empreendedora Geovana Conti, sócia fundadora da empresa social curitibana de desenvolvimento humano Y (Youngers).

A junção da crise econômica com a chegada das novas tecnologias aposentou inúmeras vagas e desestimulou quem buscava por uma oportunidade. “Isso reflete nos números. Depois de anos tentando, mandando currículo e sendo recusado em propostas, eles desistem mesmo do mercado de trabalho”, garante Geovana. Como os boletos, no entanto, não param de chegar, a empreendedora lembra que o emprego informal e o empreendedorismo acabam sendo possibilidades bastante interessantes.

Foi o que observou Alex Santos, o Leco. Morador da Vila das Torres, ele estava desempregado há três anos quando mirou na criatividade para reconstruir a vida. Em frente à sua casa ele mantém o Brechó do Leco onde vende artigos de decoração e outros objetos usados e doados pela comunidade. Com esse pequeno negócio e o trabalho de fotógrafo amador ele tira hoje seu sustento. “Ter passado pela Y me trouxe ideias e perspectivas de lucro para os meus negócios. Como atingir o cliente sem espantá-lo, por exemplo. Me trouxe um conhecimento que eu não tinha. Além dos parceiros que conheci”, afirma.

Em busca do próximo salário
Na quarta-feira, 5 de junho, Geovana lança em nome da empresa social Y um site que promete indicar um caminho para o próximo salário. Nomeupróximosalário.com.br qualquer pessoa com acesso à internet terá à disposição conteúdos exclusivos e de qualidade sobre empregabilidade. A metolodogia  compreende a extensa bagagem profissional de Geovana, que já atuou em pequenas e grandes empresas como funcionária antes de criar o próprio negócio.

(*) Com informações da assessoria de imprensa

terça-feira, 29 de maio de 2018

Para a Folha, desemprego aumentou; para o G1, recuou

À esquerda, manchete da Folha; G1 foi mais generoso com o governo

Os dados do desemprego divulgados hoje pelo IBGE tiveram interpretações diferentes entre alguns veículos de comunicação. Para o Folha de S.Paulo, o desemprego aumentou. Para o G1, da Globo, o desemprego diminuiu.

Nenhuma das duas informações está errada. A Folha compara os dados do trimestre encerrado em abril com o encerrado em janeiro. Entre novembro de 2017 e janeiro de 2018, o índice era de 12,2% e, entre fevereiro e abril deste ano, o número saltou para 12,9%.

Já o G1 preferiu outro recorte: comparou os trimestres encerrados em abril e março, quando houve ligeira queda, de 13,1% para 12,9%.

Como, para a maioria dos leitores, o que vale é a manchete, porque poucos se dão ao trabalho de ler a notícia, cada veículo serve ao seu senhor.