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quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Dinheiro de Geddel mataria a fome de 290 mil famílias

A cena faria - como outras têm feito - corar os produtores de House of Cards. Caixas e malas de dinheiro de origem desconhecida localizadas em apartamento atribuído ao ex-articulador político de Michel Temer, Geddel Vieira Lima. Após a contagem, que levou um dia inteiro, a Polícia Federal chegou a mais de R$ 50 milhões. Você já imaginou o que daria pra fazer con esse dinheiro? Veja algumas opções:


Confira o link original aqui.



quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Petrobras anuncia que combustível sobe hoje novamente

Prepare-se. A Petrobras anunciou novo aumento do preço de combustíveis, que passa a vigorar a partir de hoje, 31. O Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) da companhia decidiu aumentos de 0,5% na gasolina e 2,5% no diesel.

O novo aumento se soma aos demais praticados em agosto: + 3,4% na gasolina e + 2,2% no diesel. De acordo com a Petrobras, "os ajustes promovidos têm sido suficientes para garantir a aderência dos preços praticados pela companhia às volatilidades dos mercados de derivados e ao câmbio".

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Petrobras afasta diretor que contratou, sem licitação, empresa em que a filha trabalha

João Elek: suspeito de favorecer a filha (F: Divulgação)
A Petrobras informou no início da noite que decidiu afastar temporariamente o diretor de Governança e Conformidade, João Adalberto Elek Júnior. A decisão do Conselho de Administração (CA) da empresa foi tomada após a Comissão de Ética da Presidência da República (CEP) aplicar uma advertência ao diretor.

João Elek foi acusado, em denúncia anônima, de ter atuado na contratação de uma empresa de auditoria, a Deloitte, no momento em que sua própria filha participava de um processo seletivo para trabalhar na consultoria. A contratação foi feita sem licitação. A Petrobras alega que a dispensa de licitação ocorreu devido à necessidade urgente de investigar denúncias recebidas pela empresa. "A dispensa da licitação foi justificada tendo em vista os riscos que poderiam ser gerados para a companhia", diz a empresa.

Já a CEP considerou haver conflito de interesse na contratação, já que a auditoria em que a filha de Elek trabalha foi contratada justamente pela Diretoria de Governança e Conformidade (DGC), comandada pelo pai. O diretor ficará afastado até o julgamento do recurso que apresentará à Comissão de Ética da Presidência.

Vale lembrar que a Petrobras é o centro das investigações da operação Lava Jato e, mesmo após dois anos de operação, aparentemente, práticas reprováveis de sua diretoria, nomeada pelo governo Temer, continuam manchando o nome da maior empresa brasileira.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Após desinteresse de formados no Brasil, Mais Médicos convoca "estrangeiros"


Confirmando a realidade observada desde o início do Programa Mais Médicos em 2013, o Ministério da Saúde abriu 1.410 vagas para profissionais brasileiros formados em instituições de ensino estrangeiras, como Cuba e Bolívia, países que recebem grande número de estudantes. De acordo com o MS, 1.985 médicos disputam as vagas recusadas por pessoas que estudaram no Brasil.

Os profissionais têm até esta terça-feira (22) para escolher, por meio do site do sistema do Programa, as localidades de preferência entre as vagas disponíveis em 829 municípios e 9 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), informa o Ministério.

As oportunidades foram disponibilizadas pelo Ministério da Saúde após ofertar as vagas em três chamadas aos médicos brasileiros com registro no país, que têm prioridade em todos os editais, e mesmo assim não se interessaram pelo programa.

O resultado com a alocação dos profissionais está previsto para esta sexta-feira (25/08). O MS garante que não há motivos para temer a qualidade da formação desses profissionais. Após a seleção, eles passarão por um módulo de acolhimento, que consiste em um período de três semanas de treinamento e avaliação. O objetivo é assegurar que os profissionais sejam qualificados para atuar no Programa Mais Médicos. O início das atividades desses profissionais está previsto para 9 de outubro.

Confira a lista dos municípios com vagas de reposição

Com informações do MS  

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Jornal Extra cria editoria de Guerra para assuntos do Rio

Apesar da convicção do ministro da Defesa, Raul Jungmann, de que a "inteligência" vencerá o crime organizado no Rio de Janeiro, até o momento, as ações de segurança na cidade não parecem ter dado resultado - nem os criminosos parecem ter se incomodado. Com os índices de violência crescentes, o jornal Extra decidiu criar a editoria de Guerra para tratar dos crimes praticados na Cidade Maravilhosa.

Segundo reportagem do Comunique-se, o jornal informa que “continuará a noticiar os crimes que ocorrem em qualquer metrópole do mundo: homicídios, latrocínios, crimes sexuais. Mas tudo aquilo que foge ao padrão da normalidade civilizatória, e que só vemos no Rio, estará nas páginas da editoria de guerra”.

"Vamos golpear o crime organizado, as operações não serão anunciadas, só quando forem deflagradas. O que vai presidir as operações é a inteligência. A palavra-chave é inteligência. Queremos chegar no comando do crime", anunciou Jungmann em julho.

Porém, citando dados sigilosos do próprio governo, o Extra avalia que a situação está longe de ser resolvida, apesar das promessas do ministro: "No Facebook, o post que anuncia a nova editoria traz a capa do jornal com reportagem especial de Rafael Soares. Na apuração, intitulada 'Dossiê secreto do Estado revela: É Guerra', o jornalista revela o teor de documentos que estão sob sigilo até 2021. O post já gerou mais de 2 mil compartilhamentos e 3 mil reações, além de inúmeros comentários dos leitores.", diz a reportagem do Comunique-se.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

"Governo fabrica déficits para emplacar suas reformas", diz auditora Lucia Fattorelli

Lucia Fatorelli condena discurso do governo (F: Divulgação)
A auditora aposentada Maria Lucia Fattorelli, fundadora da associação Auditoria Cidadão da Dívida e uma das responsáveis por auditorias na Grécia e no Equador, afirmou que o governo Temer cria factoides para embutir na consciência da população que apenas com as reformas Trabalhista e Previdenciária o Brasil voltará a crescer. O tema foi debatido durante o segundo dia do IV Congresso Nacional da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NSCT), que ocorre em Luziânia (GO) entre 26 e 28 de junho, com a participação de mais de mil sindicalistas.

"Ao apresentar os gastos previdenciário, o Governo Federal não considera a cesta toda. Ele pega somente a contribuição do INSS e compara com a despesa total, desprezando Confins, PIS, PASEP e outros recursos que fazem parte da Seguridade Social. A conta está errada e o governo fabrica esse déficit propositalmente e de forma criminosa", afirma Fattorelli.

Para a especialista, ao contrário do que afirma a equipe do Planalto, a dívida pública é a grande responsável pela atual crise econômica, mais que os casos de desvio de verbas oriundos da corrupção. "De 1995 a 2015, tivemos um superávit primário de um trilhão de reais. Quer dizer, o problema da crise não está nos gastos sociais ou no investimento público, mas na prática de juro abusivo e de amortização de um passivo sem fim, que hoje consome 44% do Orçamento Geral da União. Gastos com saúde, educação e Previdência, juntos, não ultrapassam os 30% desse montante. Essa conta mostra que estamos priorizando o mercado ou invés da população", finaliza Lucia.

O economista Márcio Pochmann, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), também participou do IV Congresso e ressaltou outros aspectos importantes para o reaquecimento da economia, como a volta de investimentos em infraestrutura. "A dívida pública é expressiva e corrói parte importante do orçamento nacional, sufocando o país com altas taxas de juros. Além disso, o Brasil tem uma estrutura defasada e em construção. Se iniciou uma renovação da nossa infraestrutura nos anos 2000, mas não se conseguiu concluir. O Estado fez muita coisa, mas se pressupõe um apoio do setor privado, que está acorrentado pelo processo de financeirização das riquezas do nacionais”, concluiu. 

Da Assessoria



segunda-feira, 5 de junho de 2017

REDE, PSB e PPL realizam "ato cívico" no TSE para acompanhar o julgamento da chapa Dilma/Temer

A Rede Sustentabilidade, o PSB e o PPL realizam na próxima terça-feira, 6 de junho, um ato cívico cultural em frente ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), para acompanhar a retomada do julgamento do processo da chapa Dilma Rousseff/Michel Temer. Em clima de arraial, integrantes dos três partidos farão debates com os presentes sobre a necessidade de cassação dessa candidatura vencedora em 2014 para que se realize uma nova eleição presidencial. Outro objetivo do ato é reiterar o apoio à Operação Lava Jato.
 
A mobilização começa às 14h e contará com as participações das principais lideranças, parlamentares e militantes das três legendas. No local, será montada uma tenda onde acontecerão as atividades do ato ao longo da tarde, até o início do julgamento, previsto para as 19h. Para a REDE o julgamento e a cassação da chapa são os melhores caminhos para contornar a crise política do país, pois permitirá a realização de uma nova eleição para presidente.
 
Já no fim da tarde, o ato cívico cultural também contará com apresentações artísticas e culturais, com bandas musicais. Essa atividade prosseguirá até 19h, quando o julgamento deve começar. Para acompanhar todos os passos do plenário do TSE, os organizadores montarão um telão na tenda que irá transmitir a sessão aos presentes.
 
O julgamento da chapa Dilma/Temer
O julgamento começou no dia 4 de abril, mas foi suspenso para que outras testemunhas fossem inseridas no contexto. Desde o fim de 2015, a REDE tem defendido que o melhor caminho para a crise é o processo de cassação da chapa em tramitação no TSE.
 
Da Assessoria

sexta-feira, 26 de maio de 2017

A confiança em queda no governo Temer

Por Doacir Gonçalves de Quadros

No dia 17 de maio acompanhávamos atentos os desdobramentos da divulgação do áudio pelo Jornal O Globo, que sugere a participação e a cumplicidade do atual presidente Michel Temer em ações contra a maior atividade anticorrupção no país: a Operação Lava Jato. É mais um escândalo que passa a fazer parte das estatísticas de nosso país e estima-se que dezenas de escândalos políticos já foram divulgados em 2017.

No sentido literal, a palavra escândalo significa alguma ação ou atividade oculta que, depois de divulgada, mostra uma violação de certos valores e normas. No caso dos escândalos políticos, a maioria divulgada é do tipo “financeiro”. Este é o tipo de escândalo no qual o dinheiro público, que deveria ser investido para atender aos interesses da população, é desviado pelos representantes públicos para fins privados. Se, por um lado, felizmente a divulgação dos escândalos políticos tende a contribuir para coibir a falta de transparência da gestão pública, servindo também para recuperar a responsabilidade pública dos representantes públicos, por outro lado, há o risco de ruir a confiança e a denegrir a imagem de “toda” a política perante a população.

No Brasil espera-se que as estatísticas sobre a divulgação dos escândalos políticos aumentem e por algumas razões. A primeira é que eles são amplamente noticiáveis e, como vivemos em uma democracia, a imprensa tem a garantia do exercício da sua liberdade profissional e investigativa. Uma segunda razão é a de que os escândalos políticos refletem algo já indicado pelos brasileiros, desde as manifestações de junho de 2013, como o principal problema do país: a corrupção na política.  Essa percepção foi corroborada pelo levantamento da FGV, denominado Índice de Confiança na Justiça, que apontou que somente 11% dos brasileiros confiam na instituição Presidência da República e 10% no Congresso Nacional. Portanto, a imprensa mostra algo que o brasileiro já sabe e condena.

É bom lembrar que nos regimes democráticos os atributos como a confiança e a reputação recebidas da população são cruciais para determinar o sucesso ou o insucesso dos políticos e dos governos. Uma vez que no Brasil os políticos e governantes estão envolvidos com frequência no uso de atividades ocultas de violação de normas, exaure-se a sua reputação e a confiança recebida da população.

Nos próximos dias este é o desfecho esperado sobre o governo Temer. A divulgação do áudio maculou a reputação e a confiança que ainda se poderia ter ao seu governo. Com a confiança exaurida, o presidente Temer não terá como garantir e manter o apoio do Congresso Nacional e da população ao seu governo e aos seus projetos. Para confirmar é só aguardarmos as próximas pesquisas de opinião sobre a satisfação com o governo Temer.

Doacir Gonçalves de Quadros é professor do curso de Ciência Política e do Mestrado acadêmico em Direito do Centro Universitário Internacional Uninter.



quarta-feira, 24 de maio de 2017

Câmara divulga ofício e nega ter pedido Exército nas ruas

A Câmara Federal divulgou agora há pouco pelo Twitter a imagem do ofício encaminhado ao governo solicitando a "realização pela Força Nacional de Segurança Pública de atividades de coordenação de ações e operações integradas de segurança em grandes eventos".

O ofício foi divulgado após deputados da Oposição acusarem o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) de ter solicitado a presença do Exército nas ruas. Segundo a assessoria de Comunicação, o objetivo era "proteger manifestantes, servidores e patrimônio público."

Confira


Atualizando: O Planalto informou que as Forças Armadas foram convocadas porque há apenas cem homens da Força Nacional de Segurança em Brasília.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Se chapa Dilma/Temer for cassada, legislação exige eleição direta, defendem juristas

Cassação da chapa: solução ou um novo problema? (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
A solução apontada por muitos aliados para uma saída honrosa de Michel Temer do governo pode levar a uma situação ainda mais delicada. Diante da recusa de Temer em renunciar e da pouca probabilidade de um impeachment, as atenções se voltaram para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, a partir do dia 6 de junho, começa a julgar a chapa Dilma/Temer, em ação proposta pelo PSDB.


A saída de Temer por essa via é vista por muitos como a menos traumática. Não haveria um grande embate no Congresso e acalmaria os ânimos de governistas e oposicionistas.


O problema é que, nesse caso, em tese, teria que ser aplicado o parágrafo 4° do artigo 224 do Código Eleitoral, atualizado em 2015, na Minirreforma Eleitoral, pela lei 13.165, que diz:


Art. 224


(...)


§ 3o A decisão da Justiça Eleitoral que importe o indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda do mandato de candidato eleito em pleito majoritário acarreta, após o trânsito em julgado, a realização de novas eleições, independentemente do número de votos anulados. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)


§ 4° A eleição a que se refere o § 3° correrá a expensas da Justiça Eleitoral e será: (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)

I - indireta, se a vacância do cargo ocorrer a menos de seis meses do final do mandato; (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)


II - direta, nos demais casos. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)



Ou seja: se o cargo ficar vago faltando mais de seis meses para o fim do mandato, o Código, atualizado pela lei 13.165/2015, determina eleições diretas.

Nesse caso, não haveria nenhum conflito com o artigo 81 da Constituição, que diz:


Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.

§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.

§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. 

Ou seja: a vacância só ocorre se o mandato for considerado legal. Porém, se a chapa for cassada, é como se a eleição não tivesse ocorrido, portanto, não se trataria de vacância e sim de um mandato inexistente.


Um jurista ouvido pelo blog diz, sobre o artigo 224:


“Convive em perfeita harmonia com o Art. 81 da Constituição, sem nenhuma incompatibilidade. E isso pelo fato de que o Art. 81 fala que ocorrendo ‘vacância’ no último biênio se faz eleição indireta. Ocorre que o termo ‘vacância’ pressupõe que a investidura no cargo foi válida, o que não ocorre quando a justiça eleitoral reconhece que a eleição foi fraudada. Nesta hipótese, a cassação eleitoral retroage à data da eleição (como se o cassado nunca tivesse sido eleito). Portanto, não seria ‘vacância’, pois na realidade aquele cargo nunca foi ocupado de forma válida. Vacância só existe em caso de renúncia, morte ou impeachment do presidente e do vice-presidente”.


Ou seja, por essa visão, aos olhos da lei, se Temer renunciar ou for cassado pelo Congresso, valeria o artigo 81 da Constituição, com eleição indireta. Se a chapa for cassada pelo TSE, valeria o artigo 224 do Código Eleitoral, com eleição direta.


Essa tese já havia sido defendida por Glauco Salomão Leite (doutor em Direito Público pela Universidade Federal de Pernambuco e membro do grupo Recife de Estudos Constitucionais) no site Conjur em janeiro, portanto, muito antes de haver a possibilidade de queda do governo por outros meios que não a ação no TSE.

“(…) existe um entendimento consolidado na jurisprudência eleitoral segundo o qual a perda de mandato oriunda de eleições ilegítimas é situação distinta daquela prevista na CF referente à dupla vacância”, diz um trecho do artigo, também defendendo que não existe conflito entre as duas situações.

Ele relembra ainda o caso da cassação dos governadores e vices do Ceará, Cássio Cunha Lima e José Lacerda Neto, e do Maranhão, Jackson Lago e Luís Carlos Porto, substituídos pelos segundos colocados. "Esses dois casos são suficientes para se perceber que existe um entendimento consolidado na jurisprudência eleitoral segundo o qual a perda de mandato oriunda de eleições ilegítimas é situação distinta daquela prevista na CF referente à dupla vacância", diz o artigo.

O tema, de qualquer forma, está longe de ser unânime.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot,  ajuizou ação direta de inconstitucionalidade questionando a legalidade dos §§ 3º e 4º, do artigo 224, na redação conferida pela Minirreforma Eleitoral, por contrariarem, na avaliação dele, o artigo 81, da Constituição.

O próprio TSE tem decisões contraditórias sobre o assunto, conforme pode-se observar neste link.

Um outro jurista ouvido pelo blog diz: “Em caso de conflito sempre prevalece a Constituição. Eleição indireta em 30 dias”.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Rossoni defende saída do PSDB de ministério

O chefe da Casa Civil do Paraná e deputado federal licenciado, Valdir Rossoni, defende a saída do PSDB do governo Michel Temer (PMDB) e a entrega de todos os ministérios, mas a manutenção do apoio da legenda ao atual governo no Congresso Nacional. A declaração foi feita no domingo (21), durante transmissão ao vivo pelo facebook.

Rossoni é ex-presidente do PSDB-PR e um importante interlocutor da bancada estadual. “O PSDB é o segundo maior partido de sustentação do governo, atrás apenas do PMDB. Não podemos abandonar o país, a agenda econômica e as reformas. Ou corremos o risco de colaborar para o agravamento da crise. E isso vai atingir principalmente os trabalhadores e piorar o número de desempregados, que hoje já atinge perto de 14 milhões de trabalhadores. Neste momento é preciso ter responsabilidade e pensar na nação e no povo brasileiro”, explicou.

A cúpula do PSDB deve aguardar o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pedido de suspensão do inquérito contra o presidente, na quarta-feira (24), para decidir se mantem ou retira o apoio ao governo.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Caos no país começou com aventura irresponsável pós-outubro 2014

Sou parlamentarista. Contra a personificação de salvador da pátria que o Presidencialismo, geralmente, provoca. Mas, no sistema presidencialista, há que se seguir suas regras.

O resultado das urnas em outubro de 2014 até pode ter sido desastroso. Até pode ter contrariado 49% do eleitorado. Até pode ter sido o anúncio de quatro anos de mazelas econômicas. Mas foi o resultado das urnas, a essência da democracia.

A aventura absolutamente irresponsável de alguns líderes políticos nos dias que se seguiram ao segundo turno das eleições presidenciais, endossando a paranoica suspeita de fraude nas urnas, foi um desserviço maquiavélico que, hoje, cobra seu preço.

Não que, tecnicamente, não fosse possível fraudar um programa de computador. Mas, a logística necessária para se fraudar uma eleição presidencial, com observadores das mais variadas instituições – inclusive dos partidos concorrentes –, técnicos, autoridades, trabalhadores terceirizados, hackers a serviço da Justiça Eleitoral, OAB etc etc etc acompanhando todo o processo tornaria essa uma operação inexequível.

Sabendo disso, e tendo participado do mesmo processo eleitoral, sem nenhum questionamento nas outras esferas que não a eleição presidencial, os políticos que fizeram coro com os lunáticos, iniciando um processo de desestabilização do governo que culminou com o impeachment de Dilma Roussef e, agora, com a aparente destituição de Temer, são os grandes responsáveis pelo buraco sem fundo em que o Brasil se encontra.

Não adianta, agora, como pateticamente tentaram fazer alguns, apelar para a governabilidade, para a estabilidade e recuperação da economia e para a confiabilidade internacional do país. Já era. A irresponsabilidade está simplesmente cobrando seu preço. Não há como pacificar o país.

E, pior: ainda que a eleição indireta seja a solução constitucional para a reposição do presidente, fica a dúvida: as ruas aceitarão? Ou, até que se promova uma eleição direta continuaremos envolvidos no caos?

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Reoneração da Folha de Pagamento pode significar retrocesso, avalia especialista

Marco Aurélio Poffo: retrocesso
Num momento em que a economia brasileira dá os primeiros sinais de retomada, a reoneração da folha de pagamento pode significar um retrocesso. A elevação da carga tributária com a revogação da desoneração da folha foi anunciada pelo governo federal na noite da última quarta-feira (29).

O advogado especialista em Direito Tributário, sócio do escritório BPH Advogados, Marco Aurélio Poffo, informa que a política de desoneração da folha de pagamento começou em 2011, substituindo a cobrança de uma alíquota de 20% de contribuição previdenciária sobre a folha de salários, por um percentual que variava de 1,5% a 2,5% do faturamento, dependendo do setor empresarial.


“Na indústria têxtil, por exemplo, começou sendo cobrado 1%, depois passou-se para 1,5%. Nas empresas de software era 2% e aumentou para 4,5%. Esse reajuste já havia sido imputado no ano passado. Mesmo assim, é mais barato para as empresas de software e têxteis - em sua grande maioria - continuar na desoneração da folha, do que pagar 20% sobre a folha de salário, como será obrigatório com a revogação da desoneração. A ação acarretará um aumento considerável no custo das empresas, tanto de informática, quanto têxteis - os principais setores da nossa economia local”, revela Poffo.


A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), inclusive, divulgou nota observando que qualquer medida que resulte em aumento no volume de impostos pagos pelas empresas e pelos cidadãos, seja em nível federal, estadual ou municipal, constitui mais um obstáculo à volta do crescimento econômico, indispensável para que o País possa reduzir o desemprego, que está insustentável.


Despesas e déficit
O anúncio envolveu um bloqueio de R$ 42,1 bilhões de despesas previstas no Orçamento e a reoneração da folha de pagamento de cerca de 50 setores para cumprir a meta de chegar ao fim do ano com um déficit de R$ 139 bilhões.


A reoneração da folha deve ser feita por Medida Provisória (MP) para começar a vigorar no segundo semestre. Com isso, o governo deve arrecadar cerca de R$ 8 bilhões, metade do custo de R$ 16 bilhões estimado para esse ano. Uma vez editada, a MP precisa ser aprovada pelo Congresso.

Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a decisão objetiva corrigir um processo do passado. "Existe a preservação de alguns setores altamente geradores de mão-de-obra e para os quais, de fato, essa medida faz efeito", declarou Meirelles.


Alíquotas
O programa tem hoje seis alíquotas em vigor:
- 1,0%: Fabricantes de produtos à base de carnes, peixes e pães
- 1,5%: Transportes aéreo, marítimo, de carga e armazenamento de contêineres; Jornalismo e radiodifusão; Produtos têxteis e calçados
- 2,0%: Construção civil até o fim das obras; Transportes rodoviário, metroviário e ferroviário de passageiros
- 2,5%: Fabricação e varejo de produtos diversos; Manutenção de aeronaves; Navegação de apoios marítimos e de portuário; Manutenção e reparação de embarcações
- 4,5%: Tecnologia da informação (TI) e de comunicação (TIC); Concepção de desenvolvimento de circuitos integrados; Setor hoteleiro; Construção civil; Obras de infraestrutura

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Campanha “Gente boa também mata” vira alvo do Conar

Os memes não perdoaram o deslize da campanha

Veiculada desde o final do ano passado pelo governo federal, a campanha de trânsito “Gente boa também mata” desagradou desde o início. Criada pela agência Nova/sb, a ideia era mostrar que pessoas “boas”, e não apenas as inconsequentes, podem provocar acidentes de trânsito, dependendo de sua conduta. Mas as peças não pegaram bem entre as pessoas de bem.

Protetores de animais ficaram irados
Especialmente uma delas, em que um cartaz ressalta que “Quem resgata animais na rua pode matar”. Assim, em letras garrafais, para só depois, sem destaque, aparecer a explicação: “Não use o celular ao volante”. Há outras. Mas, nesse caso, mexeram com o público errado. Os protetores de animais beiram ao xiitismo. Não deixaram barato. Tanto fizeram que o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) abriu processo, nesta terça-feira, 10, para investigar a campanha.

Isso, mesmo após o governo ter decidido retirar os cartazes das ruas. “Numa campanha de publicidade, tudo o que é preciso explicar já não é bom”, admitiu o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, ao Blog do Camarotti, no G1. Os vídeos, no entanto, permanecem no ar, até onde se sabe. Sem, contudo, a assinatura do próprio ministério.

Governo admitiu equívoco

Em seu perfil no Facebook, onde as peças foram bombardeadas, a Pasta atribui o material à Secretaria de Comunicação Social do governo e, “por isso, a assinatura do ministério será retirada da campanha”. Foram e estão sendo muitas as explicações aos internautas. Que, por sua vez, claro, não perdoaram com seus memes e críticas bem-humorados.

Tempos modernos, em que os gestores públicos – e nós, comunicadores – ainda estão aprendendo a lidar com essa linha direta com o cidadão. Vale para o bem, vale para o mal.

E, cuidado: pessoas boas podem ser maus jornalistas!

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Tentando melhorar a imagem, Temer muda A Voz do Brasil

Novos quadros, mais dinamismo e principalmente interação com o ouvinte. Essas são as promessas da nova Voz do Brasil, que estreia segunda-feira, 31. O programa também traz novos apresentadores, Airton Medeiros e Gláucia Gomes. Desde o início do governo, Michel Temer vem promovendo mudanças nos produtos de comunicação federais, numa tentativa de melhorar a imagem, abalada por constantes citações de ministros e aliados em delações premiadas e outros casos de corrupção ou tráfico de influências.

Confira a nova chamada do programa.