terça-feira, 2 de junho de 2020

Instituições da saúde realizam ato público em defesa da vida em Goiânia

Profissionais de saúde querem ser ouvidos (F: Divulgação)
O Conselho Municipal de Saúde e o Comitê Goiano em Defesa dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Saúde e Enfrentamento à Pandemia da Covid-19 realizaram um ato público nesta segunda-feira, 1º de junho, em defesa da vida.

Manifestantes se reuniram no Paço Municipal, às 10h, carregando faixas de alerta ao trabalho da linha de frente do Sistema Único de Saúde (SUS) e em defesa do isolamento social. Respeitando a distância de 2 metros, representantes de diversas entidades de saúde estiveram presentes e entregaram uma carta aberta ao prefeito de Goiânia, Iris Rezende, e à secretária Municipal de Saúde, Fátima Mrué.

O objetivo é alertar a Prefeitura de Goiânia sobre a reabertura do comércio, que deve ser debatida entre profissionais de saúde e técnicos da Secretaria de Saúde, além do setor empresarial. “Nós queríamos ter voz, pois estamos na linha de frente da luta desta pandemia. Conseguimos que o prefeito e a secretária nos ouvissem e se comprometessem a conversar com os setores relevantes antes de uma decisão tão séria em relação à flexibilização”, diz a presidenta do Conselho Municipal de Saúde, Celidalva Sousa Bittencourt.

Os trabalhadores também exigiram do prefeito uma maior midiatização sobre os cuidados com o coronavírus e a importância do isolamento social. Outro ponto discutido é que a flexibilização do comércio deve estar sujeita a critérios como testagem de pessoas e não uso do transporte coletivo.

A carta aberta chama a atenção para a progressão dos números de casos e mortes da covid-19, caso o isolamento social não aumente. A projeção da pesquisa da Universidade Federal de Goiás (UFG) aponta até 162 mortes por dia no estado de Goiás.

Assinam a carta aberta o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde-GO); Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de Goiás (Sinfar-GO); Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Estado de Goiás (Sintsep-GO); Sindicato das(os) Técnicas(os) e Auxiliares em Saúde Bucal do Estado de Goiás (Sintasb-GO); a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS); Federação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias (Fenasce); o Conselho Estadual de Saúde de Goiás (CES); Conselho Regional de Serviço Social 19ª Região (CRESS); Conselho Municipal de Saúde (CMS); Conselho Regional de Farmácia de Goiás (CRF); Sindicato dos Nutricionistas de Goiás (Sineg); Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego); Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde (Sindacs); Sindicato dos Odontologista no Estado de Goiás (Soego) e Fórum dos Conselhos Regionais da Área da Saúde (FCRAS-GO).

Covid-19: fake news podem colocar em risco a vida de asmáticos

Ronaldo Macedo: tratamento não deve ser interrompido
Com a pandemia do novo coronavírus (covid-19) uma avalanche de fake news sobre o tema tem inundado a internet, muitos delas confundem as pessoas e podem até colocar em risco suas vidas. Nas últimas semanas, boatos que circulam pela internet têm alarmado pacientes com asma.

“Cerca de 40% dos pacientes com asma que tenho atendido nos últimos dias chegam querendo saber se, por causa da pandemia do covid-19, elas devem parar com suas medicações”, destaca pneumologista Ronaldo Macedo, que trabalha no Hospital de Clínicas da Unicamp há quase 10 anos, onde é coordenador do Ambulatório de Doenças Pulmonares Difusas /Intersticiais.

Isso se deve ao fato de circularem pela internet e pelas redes sociais várias informações que afirmam, por exemplo, que o uso de corticoide inalatório (popularmente conhecido como bombinha para asma) deve ser interrompido, como uma forma de reduzir os riscos de contaminação pelo covid-19.  E há até fake news que dão conta de que as pessoas com asma são imunes ao novo coronavírus!

“Essas informações não fazem sentido. Os pacientes asmáticos devem continuar seus tratamentos, para que seu quadro não se agrave e eles não tenham inclusive que ser internados, o que, no cenário atual, representa maior risco de contaminação pelo covid-19”, alerta Macedo, que é pneumologista formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.

“As medicações para tratamento da asma nunca devem ser suspensas. Os pacientes asmáticos devem manter o plano de tratamento traçado junto com seu médico e, se houver dúvida, procurar orientação médica. Manter regras de distanciamento social e higiene de mãos é imprescindível, bem como as medidas habituais para esta época do ano, como hidratação e vacinação contra gripe (influenza)”, completa Macedo.

Mais de 150 organizações e movimentos lamçam manifesto em defesa da democracia e contra ameaças de Bolsonaro

O Pacto pela Democracia, uma coalizão de 150 entidades da sociedade civil brasileira em prol da defesa e qualificação do regime democrático, lança nesta terça-feira (2), um manifesto contra a incessante escalada de intentos autoritários protagonizados pelo governo federal.

O manifesto reafirma o compromisso do Pacto pela Democracia em mobilizar a sociedade brasileira contra qualquer medida que acarrete na corrosão democrática e em desrespeito à Constituição Federal e ao Estado de Direito e se soma às muitas vozes que já se multiplicam na sociedade brasileira em defesa da democracia.

De acordo com o documento, "é preciso reconhecer que a ameaça fundamental à ordem democrática e ao bem-estar do país é o próprio presidente da república" e ele deve ser responsabilizado por suas ações.

O manifesto completo pode ser visto aqui: http://manifesto.pactopelademocracia.org.br/


domingo, 31 de maio de 2020

O que o Vakinha vai fazer com os R$ 77 mil arrecadados por grupo armado bolsonarista?

O grupo de extrema direita paramilitar armado que acampa em Brasília em apoio a Bolsonaro, o 300 pelo Brasil, arrecadou R$ 77 mil reais no site de financiamento coletivo Vakinha. Após questionamentos de uma pequena parte da imprensa, mas, provavelmente, muitos brasileiros perplexos com o financiamento de um grupo que admite publicamente a prática de crime - não é permitido o porte de armas nas ruas -, a campanha foi retirada do ar. O anúncio foi feito no perfil do Vakinha no Twitter. 


O que não se sabe, porém, é o que vai ser feito com o dinheiro arrecadado. Será destinado aos criminosos ou devolvido aos financiadores? Leandro Demori, editor executivo do The Intercept Brasil, em newsletter enviada a leitores, chama a atenção para um fato que merece análise: "O ticket médio dos doadores ao grupo era estranhamente alto: quase R$ 100 por pessoa". Eu, que já participei de inúmeras campanhas de financiamento coletivo em outras plataformas, concordo. As doações costumam ser, em esmagadora maioria, bem menores do que R$ 100 reais. Isso pode indicar que não são doadores comuns os tais financiadores... caso de polícia.

Demori relata a conversa que teve com o diretor de relacionamento do Vakinha, Flavio Steffens. Em troca de mensagens privadas, Steffens reclamou de seu e-mail particular ter sido exposto publicamente em tuíte do jornalista. Os pedidos de explicação devem ter sido muitos. Mas, como bem lembra Demori, o e-mail é público e pode ser consultado por qualquer pessoa no perfil do empresário no Linkedin.

Também enviei um pedido de explicação para Steffens, por e-mail, e aguardo resposta, que será publicada aqui, caso ela chegue. No Twitter, o Vakinha se calou sobre o destino do dinheiro. O empresário Luiz Felipe Gheller, fundador do site, bloqueou o acesso a seu perfil. Será que o valor vai ser - ou já foi - repassado ao grupo chamado de "milícia" pelo Ministério Público do Distrito Federal? Aguardamos.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

XP/Ipespe: Entre Moro e Bolsonaro, o presidente mente mais

Nova rodada da pesquisa XP/ Ipespe realizada na terça e na quarta feira mostra interrupção na tendência de alta na reprovação e queda na aprovação do presidente Jair Bolsonaro.

A pesquisa é a primeira desde a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 abril, no âmbito do inquérito que investiga se houve tentativa de interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

Depois de um aumento de 8 pontos percentuais desde o fim de abril, o grupo que considera o governo ruim ou péssimo oscilou um ponto para baixo e totaliza 49%. Da mesma maneira, o grupo dos que consideram o governo ótimo ou bom, que caiu 6 pontos percentuais em um mês, agora oscilou um ponto para cima, atingindo 26%.


Também há relativa estabilidade na percepção sobre o caminho da economia: oscilou de 57% para 54% os que acham que ela está no caminho errado, enquanto os que a veem no caminho certo passaram de 28% para 27%.

Outro dado que interrompeu trajetória de deterioração foi a avaliação sobre a atuação de Bolsonaro no enfrentamento à crise. A avaliação ruim e péssima, que crescia desde março, oscilou três pontos para menos, e agora atinge 55%.

Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional nos dias 26 e 27 de maio. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Os entrevistados foram questionados também sobre o conteúdo do vídeo da reunião ministerial divulgado na última sexta feira: 71% tomaram conhecimento da gravação e, entre eles, 59% acreditam que a divulgação foi negativa para o governo, enquanto 30% acreditam que ela foi positiva.

Sobre o mesmo tema, na troca de acusações entre Bolsonaro e Sergio Moro, 46% acreditam que é o ex-ministro quem fala mais a verdade, enquanto 21% apontam o presidente.

Confira o levantamento completo no link abaixo.

Pesquisa XP_ 2020_05_27.pdf

Projeto estabelece prisão e multas para quem cometer crimes contra profissionais da imprensa

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) apresentou nessa quinta-feira (28) à noite na Câmara projeto que qualifica os crimes contra jornalistas e trabalhadores da imprensa no exercício da profissão e estabelece, nesses casos, pena de prisão e multas que podem chegar a R$30 mil. “Não podemos assistir de braços cruzados a situações cada vez mais frequentes de ataques a esses trabalhadores, que sofrem ameaças, agressões verbais e até físicas enquanto exercem – ou tentam exercer-  o seu ofício”, afirma o deputado.

As punições previstas pelo projeto são as seguintes:

- Para o caso de assassinato: reclusão de 12 a 30 anos e multa;

- Agressão física: reclusão de 2 a 4 anos e multa. Se resultar em incapacidade temporária para o trabalho de até 30 dias, perigo de vida e danos materiais aos equipamentos usados para o trabalho, a pena sobe para reclusão de 2 a 6 anos e multa. Aumenta-se a pena em 2/3 se a agressão é praticada por agente público no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las e nas dependências de órgãos públicos de quaisquer dos poderes da República. A pena é aumentada em 1/2 se a agressão for praticada por servidores da área de segurança pública ou com a sua conivência ou por mais de duas pessoas;

- Agressão verbal, com injúria, calúnia e difamação: detenção de 1 a 3 anos e multa. A pena é aumentada em 1/3 se o ataque ocorrer por redes sociais e/ou internet;

- Ameaça oral, escrita ou gestual: detenção de 1 a 3 anos e multa.

- Censura ao profissional por sua opinião, manifestação política ou ideológica, praticada por agentes públicos, como políticos ou policiais, entre outros: detenção de 6 meses a 1 ano e multa.

Também fica estabelecida pena de 1 a 2 anos e multa para o crime de omissão de agente público que, ao presenciar ou ter ciência de atos que atentam contra profissionais de imprensa, deixar de prestar assistência ou acionar as autoridades competentes.

A proposta determina ainda que a presença dos profissionais de imprensa nos eventos e pronunciamentos públicos será assegurada em área reservada que proporcione visibilidade e acesso aos fatos, com credenciamento próprio e segurança específica. Segundo o projeto, o Estado Brasileiro tem o dever de garantir aos profissionais a liberdade de exercício e integridade física e moral e é vedada seletividade a profissional ou veículo de comunicação social que represente censura ou restrição de natureza política ou ideológica.

Para embasar a proposta, o deputado Elias Vaz cita relatório da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), publicado em janeiro, que informa aumento de 54,07% dos ataques a veículos de comunicação e jornalistas no ano passado em comparação a 2018. “Esses ataques não se tratam de crimes comuns, são repletos de simbolismo, uma vez que representam um ataque à própria democracia, à liberdade de expressão e pensamento, ao direito de informação e à transparência. Pior ainda quando vem com a violência, com a agressão, recheada de ódio, de incitação da população, mostrando a face mais autoritária de um governo, de um grupo e de uma classe”, conclui Elias Vaz.

Também assinam o projeto o líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon (RJ),  e os deputados do partido Lídice da Mata (BA), Denis Bezerra (CE), Heitor Schuch(RS), Bira do Pindaré (MA), Marcelo Nilo(BA), Mauro Nazif (RO), Camilo Capiberibe (AP), Luciano Ducci (PR) e Ted Conti (ES), João H. Campos (PE) e Vilson da Fetaemg (MG).

quarta-feira, 27 de maio de 2020

"Bandido disfarçado de político, aberração moral", diz Congresso em Foco sobre Bolsonaro em editorial

Em duro editorial publicado na segunda-feira, o Congresso em Foco, site especializado na cobertura política nacional, chamou Jair Bolsonaro de "um bandido disfarçado de político". O documento comenta a decisão do Grupo Globo e da Folha de não enviarem mais jornalistas - constantemente agredidos verbalmente e com ameaças físicas por apoiadores de Bolsonaro - ao cercadinho da imprensa em frente ao Palácio do Planalto.

"Claro que um político medianamente preparado, uma vez na condição de líder eleito da nação, teria uma atitude de certa ponderação no trato com a imprensa. Evidente, também, que a regra não poderia ser aplicada a uma aberração moral, intelectual, política e administrativa como Jair Messias Bolsonaro. Aconteceu o contrário. Mais poderoso, Bolsonaro se sentiu no direito de desrespeitar ainda mais o trabalho jornalístico", diz o texto, ressaltando o incentivo do presidente às agressões.

O Congresso em Foco admite que a própria imprensa tem culpa pela ascensão de Bolsonaro, ao dar tanta publicidade às aberrações que ele produziu nos anos de Parlamento. E lembra que,  "ao menosprezar, mandar calar a boca, se recusar a responder perguntas, ameaçar e retaliar, Bolsonaro deixa de tratar dos muitos temas espinhosos de um governo que conquistou fama mundial pela prepotência e pela inépcia."

"Incrível foi assistir nas últimas semanas à reverberação do ódio presidencial em escala nacional. Recompensa financeira para quem agredir repórter da TV Globo em Brasília. Empresário de comunicação defendendo apedrejamento de jornalistas na Paraíba. Jornalistas ameaçados de morte em Belo Horizonte. Que pesadelo! Que vergonha! Que absurdo! E farsantes invocando Deus e a Bíblia para declarar apoio a isso!!!", ressalta, ainda, o editorial.

E convoca toda a sociedade brasileira a não se sentir encurralada por 25% de eleitores, talvez menos, que ainda apoiam o lunático que chegou ao posto mais alto do país:

"Temos de reagir. Todos. Jornalistas, veículos, anunciantes, entidades da sociedade civil, artistas, trabalhadores, empresários, o porteiro do prédio, você que nos lê agora e até aquela sua tia que votou em Bolsonaro mas está arrependida, porque é uma pessoa de bem e não aprova o banditismo que se apoderou da república. Um banditismo que demonstra sua desumanidade extrema ao desdenhar a pandemia de covid-19, ignorar todas as recomendações sanitárias ditadas pela ciência e lançar a população a um genocídio que vai superar em muito as 23.473 mortes neste momento registradas pelo Ministério da Saúde."

O editorial completo você pode ler aqui.

Dados de morte materna pela COVID somem das estatísticas oficiais

Todo ano, aos 28 de maio, o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, gineco-obstetras, entidades médicas, organizações de mulheres e instituições plurais interrelacionadas à saúde destacam esse antigo drama das brasileiras de todas as classes, em especial das mais vulneráveis socialmente.

Neste 2020, a data ganha contorno de relevância ainda maior e de preocupação ímpar. O Brasil, que há anos distancia-se de cumprir o estabelecido pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), vê suas taxas piorarem ainda mais, em decorrência de um quadro que mescla falhas de gestão e falta de transparência na divulgação de óbitos provocados pela Covid-19.

A realidade – estarrecedora - é a de que não há dados oficiais sobre a morte de mulheres grávidas vítimas do Sars-CoV-2. São poucos os estados que oferecem estes dados, mas não são poucas as notícias veiculadas pela imprensa.

“Nosso país precisa se estruturar para o atendimento das gestantes com COVID”, afirma a presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do estado de São Paulo, SOGESP, Rossana Pulcineli Vieira Francisco.

Antes da pandemia, os índices de mortalidade materna do País já se encontravam elevados, colocando-o muito acima da meta da Organização das Nações Unidas para 2015 (isso mesmo, para cinco anos atrás), que previa a redução de 35 para cada 100 mil nascidos vivos. Estamos mais longe ainda do patamar tido como aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de 20 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos.

“É uma situação grave e extremamente triste, pois um óbito materno acaba mexendo com toda a estrutura familiar”, destaca Rossana. Além da perda teoricamente evitável de uma vida, há uma criança que ficará sem uma mãe para cuidar dela e um núcleo de parentes desestruturado por negligência com a questão. É urgente discutir essas mortes estão ocorrendo e como isso irá impactar na razão de morte materna do Brasil”.

Na atual conjuntura, é imperativo a conscientização da sociedade. O pré-natal, assim como todo o protocolo de assistência à gestante tem que continuar normalmente. É indispensável que as futuras mães estejam informadas de que prosseguir com o acompanhamento à gravidez pode salvar sua vida e a do bebê.

Aliás, não é hora nem de se cogitar em abandonar o pré-natal. As gestantes têm de se cuidar com mais e mais atenção, vislumbrando a meta de um parto tranquilo, seguro e humanizado, em uma estrutura organizada e estruturada.

Entre 16 países, Brasil é o que tem mais medo de retornar às aulas e ao trabalho, mostra Ipsos

Sete em cada dez brasileiros (68%) não desejam retornar aos seus locais de trabalho nas próximas semanas - sendo que 48% dizem que não se sentiriam confortáveis e 20% afirmam categoricamente que não voltariam a trabalhar no período proposto. É o que aponta a 12ª onda da pesquisa Tracking the Coronavirus, realizada semanalmente pela Ipsos com entrevistados de 16 países.

O Brasil é a nação que apresenta maior resistência ao retorno. Na segunda posição, está a Espanha, onde 56% dos ouvidos localmente demonstram desconforto com a ideia de sair de casa para trabalhar em um futuro próximo. A África do Sul completa o pódio, com 53%.

Na outra ponta do ranking, figura a Coreia do Sul, onde apenas 18% dos participantes locais do estudo dizem que não se sentiriam confortáveis em voltar aos seus locais de trabalho. Logo depois vem a Austrália, com 29%; e a China, com 35%.

Volta às aulas

A expectativa de entrevistados de todo o mundo para que crianças e adolescentes voltem às aulas também foi colocada em questão. Mais uma vez, os brasileiros encabeçam a lista dos mais resistentes a este retorno. No Brasil, 85% dizem que não se sentiriam confortáveis deixando que seus filhos frequentem a escola nas próximas semanas. Destes, 44% não permitiriam de modo algum que isso acontecesse.

A objeção também é alta na África do Sul e na Espanha. Em ambos os países, 80% dos ouvidos não se sentem confortáveis com a volta às aulas de suas crianças. No terceiro posto, há outro empate, desta vez entre Canadá e Itália, ambos com 78%.

A pesquisa on-line foi realizada com 16 mil adultos de 16 países entre os dias 07 e 10 de maio de 2020, sendo 1.000 entrevistas no Brasil. A margem de erro é de 3,5 p.p..

terça-feira, 26 de maio de 2020

Assista: Grupo pró-democracia põe defensores da ditadura bolsonaristas pra correr

Aos gritos de "recua, fascista, recua, é o poder popular que tá na rua", um grupo de manifestantes pró-democracia impediu mais uma manifestação em favor da ditadura por defensores de Jair Bolsonaro. O fato ocorreu em Porto Alegre no último domingo e o vídeo mostrando a ação se espalhou pelas redes sociais.

"Nós precisamos apresentar para esses setores que eles não vão estar nas ruas sozinhos", disse a socióloga Suelen Gonçalves", justificando o ato em período de isolamento social. Desde o início da quarentena, bolsonaristas têm ocupado as ruas ignorando a pandemia de Covid-19, reproduzindo o comportamento de Bolsonaro.


A nutricionista Priscila Voigt lembrou que o apoio a Bolsonaro vem caindo desde o surgimento do novo coronavírus. "É uma meia dúzia contra milhares de brasileiros que estão insatisfeitos, que não concordam, que não querem mais Bolsonaro na presidência do nosso país", disse. "É mais um evento de paz pra quem prega o ódio", afirmou o metalúrgico Hugo Barbosa, que comemorou a adesão das torcidas organizadas do Grêmio e do Inter ao protesto.

Tudo foi acompanhado de perto pela Polícia Militar gaúcha. A PM vem sendo hostilizada nas mídias sociais bolsonaristas por fazer cumprir os decretos estaduais de distanciamento social, contra a vontade de Bolsonaro.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Coronavírus: Afrebras repudia piada de mau gosto de Bolsonaro com tubaína


A Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil) repudia a infeliz declaração do presidente Jair Bolsonaro dizendo que "quem é de direta toma cloroquina; quem é de esquerda, tubaína", no mesmo dia em que o país registrou, pela primeira vez, mais de mil mortes por coronavírus em 24 horas. A entidade defende que o governo, em vez de politizar o uso do medicamento, deve acabar com as regalias fiscais milionárias concedidas a multinacionais de bebidas na Zona Franca de Manaus, para amenizar o momento de crise econômica agravada pela pandemia no país.

A declaração de Bolsonaro foi proferida nesta terça-feira (19), durante uma live. A Afrebras representa mais de 100 indústrias de bebidas regionais no Brasil, entre as quais os produtores de tubaína. Boa parte das fábricas regionais está se mobilizando para fazer doações de alimentos e álcool em gel a comunidades pobres para tentar diminuir os impactos da crise. A entidade destaca que vários hospitais ou leitos de hospitais de campanha poderiam ser construídos com o dinheiro da farra de benefícios fiscais.


Para que o governo federal use o dinheiro de incentivos fiscais no combate ao coronavírus, o presidente da Afrebras, Fernando Rodrigues de Bairros, pede que Bolsonaro revogue o Decreto 10.254/2020. Com essa medida, o governo federal permite dobrar, de junho a novembro, o valor do crédito tributário de 4% para 8% sobre o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) pago por multinacionais de bebidas. Há denúncias de que até a publicidade dessas corporações de bebidas é paga com dinheiro público.

"Se o presidente Bolsonaro, de fato, se preocupa com o Brasil, agora é a hora de acabar de vez com a concessão de benefícios fiscais para multinacionais na Zona Franca de Manaus e reverter o dinheiro para o combate ao coronavírus", afirma Bairros. "A revogação do decreto poderá representar uma economia de quase R$ 2 bilhões aos cofres públicos", destaca ele.


Mais informações aqui.

terça-feira, 19 de maio de 2020

Hospital Regional de Luziânia tem vagas de trabalho


Para começar a atender ainda nessa semana o Hospital de Luziânia, em Goiás, está com vagas de trabalho abertas. Nessa primeira fase o Instituto de Medicina, Estudos e desenvolvimento – IMED – abriu processo seletivo para contratação imediata de 138 profissionais entre enfermeiros, técnicos e pessoal administrativo. O edital está no site www.imed.org.br e os currículos são recebidos exclusivamente por e-mail. O endereço é selecaorh.luziania@imed.org.br.

O hospital, que se estrutura para começar a atender a população, recebeu 10 respiradores, recuperados pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e Senai. Há outros 12 já comprados pelo Município, com o que serão 23 para uso na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) que abre para atender, principalmente, casos de Covid-19. Dos 72 leitos, 20 são de UTI e 31 para casos semicríticos. A previsão é de que o atendimento à população comece na próxima quinta-feira.

Cerca de 1,2 milhão de pessoas moram na região e serão beneficiadas pela nova unidade de saúde. Luziânia tem 51 casos confirmados e três mortes causadas pelo Coronavírus.

Plataforma desenvolvida por universitários auxilia PMEs de Goiás

Com o cenário da pandemia do coronavírus que se instalou globalmente, a realidade de muitas empresas mudou e uma das mais afetados são as PMEs. Visando auxiliar os pequenos empresários, a Brasil Júnior, instância que representa as Empresas Juniores brasileira, acaba de lançar a nova versão da plataforma "Unidos pelo Brasil", com o objetivo de oferecer ajuda gratuita para este público.

"Frente a atual crise, entendemos nossa oportunidade e responsabilidade. Oportunidade de, através do que acreditamos, auxiliar centenas de pequenos empreendedores a passar com o mínimo de danos possível por esse momento, e nossa responsabilidade em colocar em prática o poder de 15 mil jovens frente a uma crise sem precedentes e assim, colocar a educação empreendedora como uma importante ferramenta na formação de lideranças capazes de mudar o país", afirma Ana Beatriz Cesa, presidente da Brasil Júnior.

O suporte acontece por meio de uma metodologia desenvolvida pela Brasil Júnior com auxílio de parceiros e mantenedores - que são empresas que fazem doações e que tornam esse projeto viável. O objetivo para 2020 é auxiliar mais de 100 pequenos empreendedores em todo o Brasil.

Neste ciclo, os focos das mentorias serão com temas sobre contingenciamento de custos e oportunidades de crescimento. Todo o processo acontecerá de forma online, pela plataforma do "UnidopelBrasil" Esse formato também impulsiona os resultados antecipados para o pequeno empreendedor, mesmo durante o período de quarentena e isolamento social.

Para os Pequenos Empreendedores que buscam receber o auxílio, podem se inscrever por meio do link. Para se inscrever os candidatos precisam ser PME e será feito uma triagem, para verificar a existência do CNPJ. Será então realizado um pré-diagnóstico da situação da empresa, para que a mentoria seja melhor direcionada na solução dos problemas que esses empreendedores vem enfrentando.

Já para realizar uma doação para o projeto é necessário clicar no mesmo link . Pessoas físicas ou jurídicas podem apoiar o "Unidos pelo Brasil". Esse projeto já uniu mais de 600 empresas juniores e 20 mil empresários juniores que auxiliaram, em média, 11 mil projetos de 27 federações no País.