segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Bolsonaro decide tirar do pobre para não mexer com o rico

bolsonaro e a renda cidadã
O anúncio de hoje, sem direito a perguntas de jornalistas, do programa Renda Cidadã, confirma a intenção do presidente Jair Bolsonaro de não mexer com os ricos, afirmam os integrantes da campanha Renda Básica Que Queremos. Como um Robin Hood às avessas, o governo prefere tirar dos pobres, usando recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), a principal fonte de recursos para a educação básica no país, afirma material distribuído à imprensa.

Confira:

"A campanha Renda Básica Que Queremos - que defende a manutenção da renda emergencial no patamar de R$ 600 até dezembro - repudia esse arranjo mambembe que reduz o valor que os beneficiários do Bolsa Família já recebem e põe em risco o destino das poucas verbas destinadas à educação básica.

Repudiamos que um mecanismo de redução de desigualdades sociais tão importante seja tratado como mero trampolim eleitoral, no qual o nome e o marketing fazem mais diferença do que sua efetividade e sua sustentabilidade no longo prazo.

O Brasil precisa de uma renda básica permanente porque a situação de exceção que o benefício emergencial pretendeu amenizar é a realidade de dezenas de milhões de brasileiros que vivem na pobreza. Nosso país nunca resgatará a dignidade de toda sua população se não encarar com seriedade a urgência de reduzir o hiato entre os mais ricos e os mais pobres, transferindo renda e provendo serviços públicos de qualidade.

O projeto anunciado hoje da Renda Cidadã é um claro exemplo da perversidade do teto de gastos sociais estabelecido pelo governo anterior, que embora não enfrentasse os efeitos deletérios da pandemia, já tinha ciência dos dramáticos índices de desigualdade social do país."

Família do Sítio fornece enxovais contra a covid-19 para supermercados locais do DF e Goiás

totens com acionamento por pedais para alcool gel
Totens de álcool tem acionamento por pedal (F: Divulgação)
A Família do Sítio está fechando parceria com redes locais de supermercados do DF e entorno para fornecer um enxoval de equipamentos de proteção contra a covid-19. O kit conta com um totem para aplicação de álcool em gel, máscaras para os caixas e marcações de fila para manter o distanciamento social. Até o momento, as cinco unidades da rede Ponto Alto já estão com o enxoval instalado e outras redes devem receber o material em breve.

“As grandes redes em geral já fizeram esse trabalho, mas nós identificamos que as redes locais, supermercados menores, não tinham marcação ou não estavam padronizadas”, conta a gerente de Trade Marketing da Família do Sítio, Ana Carolina Paz. “Esse enxoval é importantíssimo tanto para a proteção dos clientes como dos próprios funcionários. A Família do Sítio se preocupa muito com a segurança de todos que trabalham nas instalações e das equipes que estão na rua. Por que não teríamos o mesmo cuidado com nossos parceiros?”, continua.

O totem com álcool em gel possui acionamento por pedal, o que minimiza a necessidade de contato, e as marcações foram instaladas nas filas do caixa. Em alguns casos, por pedido do supermercado, as marcações foram instaladas também nas filas da padaria e do açougue.

A parceria está sendo fechada agora com o supermercado Rio Vermelho, de Formosa GO, e em breve outros estabelecimentos receberão o kit para contribuir com a segurança de todos os frequentadores.

Minerva Foods doa 150 testes rápidos para o município de Palmeiras de Goiás

município recebe testes rápidos de covid
Como forma manter o auxílio às instituições a enfrentar esse momento adverso e conter o avanço da COVID-19, a Minerva Foods, líder em exportação de carne bovina na América do Sul e uma das maiores empresas na produção e comercialização de carne in natura e seus derivados na região, doou 150 testes rápidos para diagnóstico do novo coronavírus à Secretaria Municipal de Saúde de Palmeiras de Goiás.

Doações anteriores à comunidade

Recentemente, a Minerva Foods disponibilizou 650 testes rápidos de diagnóstico da COVID-19 para as Secretarias Municipais de Saúde na região sendo 450 para Palmeiras de Goiás, 100 à Cezarina e mais 100 para Campestre, que totalizam 750 unidades. No último mês, a Companhia anunciou a doação de R﹩ 360 mil para subsidiar o aluguel de unidade hospitalar particular a fim de ampliar o atendimento e serviço público de urgência e emergência no combate à COVID-19. Além da doação de recursos financeiros, a Minerva Foods estendeu até setembro o aluguel da UTI Móvel cedida ao município de Palmeiras de Goiás.

As doações anteriores também incluíram 10 mil pares de luvas descartáveis; mais de 15 mil máscaras descartáveis; 834 kg de carne (enlatada e almondega); cerca de 2.300 medicamentos; e 500 cestas básicas. As doações tiveram como destino a Secretaria Municipal de Saúde de Palmeira de Goiás, o Lar São Vicente, a Prefeitura Municipal e o SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.

65% dos brasileiros pagariam mais por produtos de lojas que priorizam saúde e segurança de clientes

<a href='https://br.freepik.com/vetores/infografico'>Infográfico vetor criado por freepik - br.freepik.com</a>
(Imagem: freepik)
Quase dois terços (65%) dos brasileiros estão dispostos a pagar mais por produtos em lojas que estão fazendo um trabalho melhor para garantir a saúde e a segurança de seus clientes durante a pandemia. Destes, 84% pagariam até 10% a mais no valor do item, 12% pagariam até 25% a mais e 4% pagariam acima de 25% a mais.

O dado faz parte da “Consumer Health and Safety Brasil”, uma pesquisa sindicalizada realizada com 800 pessoas de todo o Brasil e comercializada pela Ipsos com o objetivo de mapear informações sobre o que faz os consumidores se sentirem seguros em pontos de venda físicos, comparando resultados de diferentes setores de atividade e região e oferecendo insights e estratégias possíveis para a retomada comercial após a flexibilização das restrições impostas pela pandemia.

No estudo, os respondentes avaliaram quais medidas implementadas pelos estabelecimentos para manter os clientes saudáveis e seguros durante a crise sanitária consideravam mais relevantes. Em primeiro lugar, ficou a obrigatoriedade do uso de máscaras por clientes, citada como uma precaução essencial por 54% dos ouvidos. Já o uso de máscaras por funcionários apareceu na segunda posição, com 51%. A medida de disponibilizar álcool em gel para clientes dentro da loja veio em terceiro (45%), seguida da disponibilidade do mesmo na porta de entrada (44%). Fechando o top 5, ter funcionários desinfetando carrinhos de compras, entrada e caixas à vista dos consumidores foi considerado essencial por 38%.

Dos 800 entrevistados que participaram da pesquisa, 88% disseram ter visitado um supermercado nos últimos 30 dias, 76% foram à farmácia, 52% ao banco, 45% ao posto de gasolina e 36% frequentaram um armazém/mercearia.

O “novo normal”

A pesquisa apontou ainda que 75%, ou seja, três em cada quatro consumidores ouvidos, não se sentiriam confortáveis em voltar imediatamente a frequentar pontos de venda físicos uma vez removidas todas as restrições de funcionamento impostas pelas autoridades, como limitação de ocupação, limitação de dias e horários de funcionamento, exclusividade de horário para determinados públicos, alteração de rotina, dentre outros.

Destes, 10% esperariam uma semana antes de voltar às lojas e instalações comerciais, 14% retornariam em 2 ou 3 semanas e 13% em um mês. Um terço (32%) só se sentiria confortável em voltar depois de, pelo menos, 3 meses e 7% dizem que nunca se sentirão bem novamente em pontos de venda físicos. Considerando a base de pessoas que demonstra desconforto, 63% dizem que teriam medo de ficar doentes e 55% se preocupam que haveria muita gente comprando nas lojas.

Na hipótese de remoção das restrições e reabertura total, apenas 14% dos entrevistados afirmaram que estariam confortáveis em voltar a frequentar estabelecimentos comerciais imediatamente; 10% não souberam responder.

O estudo “Consumer Health and Safety Brasil” foi realizado com uma amostra de 800 brasileiros com idade acima de 18 anos de todo o país, que visitaram pelo menos uma empresa nos setores pesquisados nos últimos 30 dias. O levantamento dos dados aconteceu entre os dias 19 e 26 de junho de 2020. A margem de erro é de 3,5 p.p..

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Bolsonarista para professora: "Só por eu ter um no meio das pernas já sou melhor do que você"

rayker oliveira exonerado da prefeitura de Goianésia
Nas redes sociais, Rayker mostra apoio a Bolsonaro (Repdodução)
O funcionário público comissionado da prefeitura de Goianésia (GO) Rayker Jeorge da Silva Oliveira foi exonerado do cargo de assessor de apoio executivo do gabinete do prefeito após ofensas machistas contra uma professora da cidade. Assessor direto do prefeito Renato Menezes de Castro (MDB), Rayker se envolveu em uma discussão com a professora e enviou a ela vários áudios com ofensas, que acabaram viralizando. Em um dos áudios, o servidor fala:

"Só pelo fato de eu ter um no meio das pernas já sou melhor do que você, entendeu? Só na escala da evolução tenho uma resistência física muito maior, tenho inteligência maior (sic) e ganho um salário melhor. Então sou basicamente um deus. E você, é quem?"

Ouça um dos áudios: 

O agressor se declara como bolsonarista nas redes sociais e já fez diversas postagens atacando o que considera grupos adversários de Jair Bolsonaro. Também existem postagens homofóbicas e machistas. Em uma delas, no Twitter, ele diz:

"É ridículo se gravar malhando em casa com objetos aleatórios? É. Tá errado? Não. Enquanto tiver gostosas aleatórias enfiadas numa calça colada e fio dental do tipo "meu marido morreu, estou tão só" postando tudo nas redes sociais, eu defenderei essa prática ridícula até a morte."



Em outra, comenta: "Entre no casamento só com a bunda e o RG, saia dele com metade das coisas do cara." Os impropérios continuam contra estudantes universitários, gays, cantores de MPB e por aí vai.

Na discussão com a pedagoga ele ainda se vangloria de ser advogado e garante que teria mais quatro anos de "vida boa" na prefeitura caso Castro, que não é mais candidato, se reelegesse: "No final, nós vamos ganhar e pisar na goela de todo mundo".



O prefeito de Goianésia emitiu uma nota em que repudia as declarações do servidor: "A Prefeitura de Goianésia repudia veementemente as declarações presentes em um áudio de Whatsapp que circulou, fazendo declarações aos profissionais da educação. Salientamos ainda, que nosso respeito e valorização por essa classe sempre foi prioridade (...)", diz trecho do documento.

A Ordem dos Advogados do Brasil (Subseção de Goianésia) também considerou as declarações de Rayker "hostis, desonrosas e preconceituosas". 

Após a polêmica, o agressor tornou privada sua conta no Instagram e pediu desculpas "a todos os professores e pedagogos", alegando que sua discussão era com uma única pessoa que o atacava.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

STF encaminha notícia-crime contra ex-ministro de Bolsonaro por falsidade ideológica

bolsonaro e o ministro fake
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber encaminhou para a primeira instância uma notícia-crime contra o ex-ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, por falsidade ideológica, por conta das inconsistências encontradas no currículo do professor na época em que foi convidado por Bolsonaro para assumir a pasta.

O advogado Ricardo Bretanha Schmidt, que peticionou a notícia-crime, afirmou que o ex-ministro cometeu delito tipificado no artigo 299 do Código Penal. “Pois com sua conduta, inseriu ou fez inserir, em documento particular, declaração falsa, com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, o de possuir o título de Doutor em Administração, o que de fato não possui”, escreveu no documento. Caso seja condenado, Carlos Decotelli pode pegar uma reclusão de um a três anos, além do  pagamento de multa no valor de R$ 3.500,00. 

Troca-troca na Educação

Até agora, na gestão de Bolsonaro, Decotelli foi o terceiro ministro na pasta da Educação, onde substituiu Abraham Weitraub. Ele nem chegou a ser empossado por conta das diversas inconsistências que foram vindo à tona sobre a formação profissional do professor. A primeira que surgiu, foi o título de doutorado, onde o reitor da Universidade de Rosário, na Argentina, negou que o educador tinha concluído o curso. 

O ex-ministro retirou a menção à conclusão do curso da plataforma Lattes, relatando apenas que finalizou os créditos necessários, mas que não havia apresentado a tese, exigência obrigatória para o título de doutor. Na ocasião, Decotelli disse que não apresentou a tese porque não tinha mais interesse em permanecer na Argentina.

Por André Phelipe, Regra dos Terços

Monitor de Secas indica ampliação da área com seca para 97% de Goiás em agosto

Entre julho e agosto, estado registrou áreas com seca fraca, moderada, grave e extrema, totalizando 97% do território goiano. Este é o maior percentual do fenômeno em Goiás desde sua entrada no Mapa do Monitor em junho deste ano

A última atualização do Monitor de Secas aponta que em Goiás, em agosto, os indicadores de curto prazo apontam para uma condição de piora na severidade da seca, que foi registrada em seu nível grave, passando de 24,98% para 40,39% do território goiano entre julho e agosto. Também houve aumento das áreas com seca fraca e moderada e da área total com o fenômeno, que subiu de 93,36% para 97,71% na comparação entre os últimos dois meses. Este é o maior percentual desde a entrada de Goiás no Mapa do Monitor em junho deste ano. Os impactos agora são de curto e longo prazo. 

O Mapa do Monitor de agosto registra o aumento das áreas com seca em 12 das 19 unidades da Federação acompanhadas: Alagoas, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. A redução de áreas com o fenômeno aconteceu somente na Bahia e no Espírito Santo, sendo que o Distrito Federal se manteve sem seca. Enquanto Mato Grosso do Sul manteve 100% de seu território com seca, os três estados do Sul – Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina – ainda não podem ter sua situação comparada com meses anteriores porque estreiam no Mapa do Monitor de agosto, que é o mais recente. 

seca piora na região centro-oeste
Mapa comparativo aponto piora na situação do Centro-Oeste (Fonte: Monitor de Secas)

Em termos de severidade do fenômeno, oito estados tiveram o agravamento da seca entre julho e agosto: Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins. Em outras oito unidades da Federação, o grau de severidade da seca se manteve: Alagoas, Ceará, Distrito Federal (sem seca), Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Ainda não é possível fazer tal comparação para os três estados do Sul. 

Clique aqui para verificar a situação de agosto de 2020 em todos os estados com o Monitor de Secas.

Mês seco

Em termos climatológicos, agosto é um mês seco nas unidades da Federação que compõem o Mapa do Monitor, exceto no litoral leste do Nordeste e em grande parte do Sul. Em muitos desses locais, os valores climatológicos de precipitação são inferiores a 20mm: Piauí, Ceará, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, norte de Mato Grosso do Sul, centro-sul do Maranhão e oeste do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia. Por outro lado, agosto é o último mês do período chuvoso no litoral leste do Nordeste, na faixa que se estende desde o Rio Grande do Norte até a Bahia, com valores de precipitação mensal acima de 150mm. No Sul a precipitação esperada varia, em média, de 50 a 150mm.

As maiores precipitações registradas em agosto, acima de 200mm, ocorreram no Paraná, em parte do noroeste do Rio Grande do Sul, bem como no extremo sul e em parte do leste do Mato Grosso do Sul. Totais mensais acima de 150mm foram observados em Santa Catarina (exceto no extremo sul e serra catarinense) e em boa parte do litoral leste do Nordeste (desde Pernambuco até a Bahia). Em grande parte dos estados em que agosto é um dos meses mais secos do ano, houve ausência de precipitação ou acumulados inferiores a 2mm.

As chuvas em agosto ficaram em torno da média em uma grande parte dos estados monitorados no Sudeste, Tocantins e Goiás. Precipitações acima da média foram observadas no Paraná, sudoeste e centro-leste de Mato Grosso do Sul e no leste da Bahia. As chuvas abaixo da média foram registradas sobretudo no sul de Santa Catarina, no sudoeste gaúcho e na faixa leste do Rio Grande do Norte até Alagoas. 

Monitoramento contínuo

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor agora abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Tocantins, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. O processo de expansão continuará até chegar a todas as unidades da Federação. O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração.

 O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. Em Goiás, a Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) é o órgão que atua no Monitor de Secas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 18 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido. 

Em operação desde 2014, o Monitor de Secas iniciou suas atividades pelo Nordeste, historicamente a região mais afetada por esse tipo de fenômeno climático. No fim de 2018, com a metodologia já consolidada e entendendo que todas as regiões do País são afetadas em maior ou menor grau por secas, foi iniciada a expansão da ferramenta para incluir outras regiões.

O Monitor de Secas foi concebido com base o no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica uma seca relativa – as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região – ou a ausência do fenômeno.

95 municípios podem ter segundo turno nas Eleições Municipais de 2020

95 municípios podem ter segundo turno
Municípios com mais de 200 mil habitantes podem ter 2º turno (F: Divulgação)
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 95 municípios com mais de 200 mil habitantes podem ter de promover um segundo turno de votação para escolher prefeitos e vice-prefeitos nas Eleições Municipais de 2020. Este ano, o pleito ocorre nos dias 15 e 29 de novembro, primeiro e segundo turno, respectivamente, por conta da pandemia da Covid-19. 

Segundo a Constituição, o segundo turno para a escolha de prefeito deve ocorrer quando nenhum dos candidatos conseguir, no primeiro turno, mais da metade dos votos válidos. Se isso ocorrer, os dois mais votados no primeiro turno vão à disputa no segundo. 

Eleições 2020: Prazo para envio de candidaturas aos cartórios eleitorais e internet termina neste sábado (26)

TSE: baixo número de candidatos para eleições deste ano

TSE recebe lista com mais de sete mil nomes de gestores públicos que tiveram contas rejeitadas pelo TCU

Entre as capitais, 25 têm mais de 200 mil eleitores. A exceção é Palmas. Neste caso, ganha a eleição quem tiver mais votos. Não há pleito no Distrito Federal. O estado de São Paulo é o que tem o maior número de municípios com mais de 200 mil eleitores. São 28 cidades, ao todo. Em seguida, vem o Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Desde as últimas eleições municipais, em 2016. mais três cidades entraram para o grupo de locais que podem ter segundo turno para prefeito e vice-prefeito: Ribeirão das Neves (MG), Paulista (PE) e Petrolina (PE). 

Fonte: Brasil 61

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Pandemia leva a Globo a cancelar entrevistas em estúdio e a propor alteração na composição do debate de primeiro turno

Debates só serão realizados onde houver acordo para a participação dos quatro candidatos mais bem colocados em pesquisa eleitoral

debate na globo
De acordo com comunicado interno divulgado hoje pela direção de Jornalismo da Globo, com as restrições impostas pela pandemia, a Globo decidiu que só fará debates no primeiro turno das eleições municipais onde houver acordo entre os partidos para que apenas os quatro mais bem colocados candidatos na pesquisa eleitoral mais recente (Ibope ou DataFolha) participem dos debates. Pelos mesmos motivos, as entrevistas em estúdio com os candidatos também não serão feitas. 

Abaixo o comunicado com todos os detalhes, no qual a Globo garante uma cobertura das eleições ainda mais extensa que em anos anteriores, com assuntos temáticos, abordando com mais intensidade aqueles de maior interesse do público revelados por pesquisas:   

Comunicado

“Desde o início da Pandemia, a Globo tem se esforçado ao máximo para esclarecer o público sobre como evitar o contágio pelo coronavírus. Como prestam um serviço essencial, seus jornalistas não pararam de trabalhar, mas seguem um rígido protocolo para evitar ao máximo que adoeçam. 

No planejamento para cobrir as eleições municipais, acreditou-se que o país chegaria a outubro com taxas de contágio sob controle, o que, infelizmente, não ocorrerá. Há outro aspecto: o elevado número de candidatos a prefeito em quase todas as cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, para citar apenas três, com dez ou mais candidatos. Isso impõe grandes desafios.

Para se ter uma ideia, com dez candidatos, considerando que cada um possa ser acompanhado de apenas dois assessores (no passado esse número era superior a dez), haveria 30 pessoas ligadas às campanhas no estúdio num debate de primeiro turno. Acrescentando a equipe da Globo minimamente necessária para realizar o evento com qualidade, esse número supera 200 pessoas, incluindo jornalistas, câmeras, produtores, profissionais da sala de controle técnico, tecnologia, comunicação, operações e segurança (num debate normal, com plateia e convidados, é o dobro disso). Não há protocolo sanitário que garanta a saúde aos profissionais da Globo e aos candidatos. 

Além disso, a severidade da legislação eleitoral não permite que a Globo possa exigir que sejam cumpridas as medidas de precaução (realização de certo número de testes necessários anteriores ao debate, afastamento entre as campanhas no estúdio, respeito aos espaços delimitados pelos painéis de acrílico, posicionamento no estúdio, uso de máscara o tempo todo por assessores). Também não permite que o candidato seja impedido de participar do debate ou dele afastado caso não cumpra as medidas. Isso é grave. Recente ato oficial em Brasília mostrou que, mesmo medidas de precaução, como painéis de acrílico separando autoridades, uso de máscaras e presença limitada a um mínimo, não evitaram que um surto fosse atribuído ao evento. 

A alternativa de fazer um debate de forma remota não é possível. Os candidatos precisam ser tratados de forma equânime e ter as mesmas condições, e o público precisa perceber isso. Um candidato pode injustamente ser acusado de estar com ponto eletrônico, de estar recebendo ajuda de assessores, por exemplo. A transmissão pode cair num momento importante do debate, e a Globo ser injustamente acusada de ser a culpada ou, da mesma forma, e também de forma injusta, o candidato ou sua campanha serem acusados de terem provocado a interrupção para fugir de um momento difícil. 

Por tudo isso, a Globo decidiu que só fará debates no primeiro turno onde haja acordo entre os partidos para que apenas os quatro mais bem colocados candidatos na pesquisa eleitoral mais recente (Ibope ou DataFolha) participem dos debates. A Globo vai lutar por esse acordo. O debate de segundo turno permanece com a data prevista.  

Da mesma forma, as entrevistas em estúdio com os candidatos também não serão feitas. A característica dessas entrevistas é terem tempos iguais para todos e mesmo grau de dificuldade. São feitas em muitos dias consecutivos, com os candidatos sentados próximos dos entrevistadores e dos câmeras. E os candidatos comparecem a elas com assessores. É impossível conhecer o nível de exposição de candidatos ao vírus durante uma campanha. Não se pode garantir como interagem com os eleitores nas ruas. 

Os estúdios da Globo são ambientes altamente controlados para evitar contágio de seus profissionais. O risco de submeter suas equipes ao coronavírus por dias seguidos de contatos com candidatos em permanente exposição às ruas é muito alto. Pelas mesmas razões elencadas sobre debates, não é possível realizá-las de maneira remota. 

Essas medidas são válidas para todas as quatro emissoras Globo (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Recife onde há eleições) e recomendadas a todas as suas afiliadas, que seguem o mesmo protocolo. 

Fora esses pontos, a Globo fará uma cobertura das eleições ainda mais extensa que em anos anteriores, com assuntos temáticos, abordando com mais intensidade aqueles de maior interesse do público revelados por pesquisas, esmiuçará os planos dos candidatos, a viabilidade deles e como pretendem alcançá-los, os pontos polêmicos de cada candidatura, ouvindo diariamente os candidatos sobre os temas abordados, mas de forma segura. E divulgará pesquisas eleitorais do Ibope e/ou DataFolha.

O jornalismo fará o que tem feito ao longo de toda essa pandemia: oferecer informação de qualidade, mas seguindo todos os protocolos sanitários. E precisa dar o exemplo. Não pode cobrar dos outros o que não faz para si”.

Quase 300 organizações da sociedade civil lançam campanha por R$ 600 da renda emergencial até dezembro

auxilio emergencial de 600 reais
Enquanto o brasileiro se assusta com o aumento generalizado dos itens da cesta básica, o governo federal reduz a renda básica emergencial para metade de seu valor original. Em um contexto de pandemia ainda fora de controle, desemprego em alta e indicativos da escalada da fome e da pobreza, quase 300 organizações da sociedade civil, entre elas a CONTAG, estão lançando a campanha #600AtéDezembro. O objetivo é pressionar o Congresso a votar e alterar a MP 1000/20, permitindo a manutenção do valor de R$ 600 mensais do benefício, e de R$ 1200 para mães chefes de família, sem qualquer alteração nos demais programas sociais do governo.

“É uma enorme falácia posicionar essa questão como tirar do pobre para o paupérrimo, escondendo que os ricos também fazem parte dessa equação”, lembra Paola Carvalho, diretora de relações institucionais da Rede Brasileira de Renda Básica, que integra a campanha Renda Básica Que Queremos. “Em todo o mundo a pandemia foi mais um momento de concentração de renda e no Brasil, onde a desigualdade é astronômica, as consequências foram ainda mais perversas, empurrando milhares de brasileiros para a fome e a pobreza. É hora do Congresso Nacional fazer sua parte para reduzir essa injustiça”, completa.

Pelas regras de tramitação, a MP passa a valer no momento de sua publicação, e tem até 120 dias para ser votada. Ou seja, se a medida não for apreciada no Congresso, os 300 reais vão continuar valendo até dezembro. Como no dia 30 de setembro terminam os pagamentos das parcelas desse mês, é precisamos que até lá já tenha sido restabelecido o valor de R$ 600 reais do benefício. Por isso, a campanha está lançando um abaixo-assinado a ser encaminhado aos Congressistas:

https://www.600atedezembro.org.br

Incapacidade do governo

Diante da incapacidade do governo Jair Bolsonaro de controlar a pandemia da Covid-19, a economia brasileira permanece estagnada, com efeitos dramáticos sobre pequenas empresas e a economia informal, dois grandes geradores de atividade produtiva. Nesse contexto, a renda básica emergencial também foi uma alavanca da economia: apenas em julho favoreceu o consumo de 50,7% das famílias do país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Naquele mês, 107,11 milhões de pessoas moravam em domicílios com pelo menos uma pessoa recebendo a transferência de renda. Entre os 10% mais pobres, o auxílio chegou a 86,6% dos brasileiros, e no Norte e no Nordeste cerca de 60% dos domicílios o recebem. Sem essa injeção de recursos na economia, a recessão poderia ser ainda pior.

A renda básica emergencial aprovada pelo Congresso em março deste ano é resultado de projeto desenvolvido pela campanha Renda Básica Que Queremos em reação à proposta inicial de apenas R$ 200 reais do governo federal. Encaminhada aos congressistas, ela foi incorporada a projetos em tramitação e permitiram triplicar o valor inicialmente proposto pelo ministro Paulo Guedes.  De março para cá, a campanha Renda Básica Que Queremos tem tido papel de destaque na interlocução com o Congresso Nacional para a manutenção do benefício. 

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Abaixo-assinado quer mudar o significado de "patroa" no dicionário

anitta patroa no dicionario
Adicionar legenda
Uma petição online criada na plataforma Change.org cobra a alteração do significado do termo "patroa" nos dicionários. De acordo com o documento, "a definição de 'patroa' nos dicionários de língua portuguesa, e o resultado da busca no Google quando a palavra é pesquisada, traz um significado pejorativo e machista, que coloca a mulher em submissão (mulher do patrão; dona de casa). Diferente do que aparece como significado para o termo 'patrão'".

O abaixo-assinado está sendo distribuído por e-mail e compartilhado nas mídias sociais e cobra da "editora Melhoramentos, da Oxford University Press e do Google que sejam feitas as devidas correções em fundamentações cabíveis!".

"Patroa é tudo o que está na definição de patrão, só que no feminino", ressalta a petição, que lembra ainda que o alerta foi feito pela cantora Anitta.

Definições

"Abaixo seguem as definições dos dois termos retiradas do dicionário online Michaelis:

pa·tro·a 

sf

1 Mulher do patrão.

2 Mulher que é responsável pela administração da casa; dona de casa.

3 Mulher que dirige certos estabelecimentos ou serviços.

4 COLOQ Vesposa, acepção 2.

5 COLOQ Tratamento respeitoso dirigido a uma senhora por algumas pessoas.

pa·trão

sm

1 Proprietário de empresa, fábrica, oficina, fazenda etc., em relação a seus empregados; empregador: “Ano após ano, mal entrava o mês de novembro, Tibério punha-se a caminho do Rio Grande do Sul, de Antares e das suas terras, onde tornava a ser o estancieiro, o patrão, o homem que manda, desmanda e grita” (EV).

2 Chefe de um escritório, uma repartição, de uma empresa, um estabelecimento comercial, uma fábrica etc., que tem sob sua responsabilidade funcionários, empregados, operários etc.: “Bem me lembro de que, naquela ocasião, dizia o Sodré Viana: ‘– Se me despedirem, e se minha família passar fome, mato o patrão. Mato’” (NR).

3 O dono da casa em relação aos criados; senhor: “Mais um telefonema, e o ruivo vai passar a palavra a um dos gêmeos, que irá direto ao ponto; dirá que se não pintar a grana, o irmão da dondoca leva chumbo no meio dos cornos. O copeiro ficará assustado e sem ação, pois o patrão estará na ponte aérea […]” (CB).

4 Pessoa notável que tem sob sua proteção pessoas, entidades, instituições etc.; patrono, protetor.

5 Tratamento respeitoso que pessoas humildes usam ao se dirigir a determinadas pessoas.

6 REG (AM) Chefe do seringal ou seu dono.

7 NÁUT Aquele que comanda uma embarcação pequena, principalmente barcos de regata."

Você pode assinar a petição aqui.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Municípios goianos não têm protocolo para volta às aulas presenciais

A maioria das secretarias municipais de ensino ainda não elaborou protocolo para retorno das aulas presenciais. A constatação é do Gabinete de Enfrentamento aos Efeitos da Pandemia na Educação Pública (Gaepe-GO), que apurou as principais dificuldades enfrentadas pelo setor educacional nos municípios goianos, por meio de um amplo questionário respondido por 167 gestores da educação municipal e 119 conselhos municipais de Educação, dentre os 246 municípios do Estado.

A pesquisa permitiu conhecer as ações que estão sendo tomadas e deve servir de base para que o Gaepe possa contribuir para a minimização dos impactos negativos decorrentes da pandemia.

A maioria das respostas indica que as videoaulas, as redes sociais e as plataformas on-line são amplamente utilizadas pelas redes municipais de ensino como atividades pedagógicas não presenciais, embora o material impresso não tenha sido abandonado no período. Dentre as dificuldades apresentadas destacaram-se a desatualização dos contatos, internet e equipamentos insuficientes ou indisponíveis, falta de capacitação dos professores nas atividades à distância, não avaliação do aprendizado e falta de plano para diagnosticar a situação após o retorno.

Para garantir a prestação do serviço educacional aos alunos que não possuem acesso às ferramentas de internet ou computador, as escolas municipais, em sua maioria, estão utilizando atividades impressas, apostilas e livros complementares retirados nas unidades escolares, ou entregues nas residências dos estudantes.

Com relação à frequência, avaliação e monitoramento das atividades pedagógicas não presenciais, a maioria faz o registro e promove as avaliações de acordo com a resposta das atividades propostas. Foram criados canais de comunicação entre os órgãos dos sistemas de ensino, escolas e os pais utilizando-se de telefone e/ou WhatsApp tanto das escolas quanto dos professores.

Quanto à alimentação escolar, a maioria das escolas municipais está distribuindo alimentos aos alunos com o responsável retirando diretamente na escola, ou entregando na residência do estudante.

A maioria das secretarias não fez estimativa de gastos extras com pessoal para o retorno às aulas e, em geral, ainda não elaborou protocolo para retorno das aulas presenciais. As secretarias municipais de educação relatam, porém, que pretendem utilizar o modelo híbrido, entre presencial e à distância. Mas é substancial o número de municípios que darão aos pais a opção por uma das modalidades.

O Gaepe é uma articulação interinstitucional que reúne os tribunais de contas do Estado e dos Municípios de Goiás, o Ministério Público, o Judiciário, a Defensoria Pública, gestores da educação, sob coordenação do Instituto Articule e do Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa (CTE-IRB).

Os questionários sobre as providências tomadas pelas redes de ensino durante a pandemia foram coordenados por Alessandra Gotti e Ismar Cruz, do Instituto Articule, pelo conselheiro Fabrício Motta e pelo auditor Roberto Coutinho, ambos do TCM-GO.  A pesquisa e a análise de dados foram da procuradora-geral do Ministério Público de Contas juto ao TCE-GO, Maísa de Castro Sousa e do auditor Roberto Coutinho (TCM-GO).

Um resumo da pesquisa, contendo gráficos e números obtidos, pode ser acessado no site do TCE-GO, em Ficha Temática produzida pela Diretoria de Comunicação do TCE-GO, com design gráfico de Candice Sebba.

Bolsonaro pagou 6 vezes mais pela cloroquina, aponta TCU

bolsonaro defende a cloroquina
Bolsonaro propagandista da cloroquina (Reprodução)
O discurso de probidade e cuidado com as contas públicas do governo federal parece não encontrar respaldo nas práticas de Jair Bolsonaro. Análise dos gastos recentes do governo durante a pandemia de Covid-19 pelo Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que o governo pagou seis vezes mais do que o normal pelo medicamento cloroquina, adotado por Bolsonaro, sem qualquer comprovação científica, como a cura para a doença.

“Embora o possível aumento do custo dos insumos, do transporte e do dólar possa ter influenciado o aumento do preço, ainda assim adquirir o produto por um valor seis vezes maior numa compra sem licitação, a meu ver, representa um forte indício de eventual superfaturamento, situação que merece ser devidamente apurada pelo controle externo da administração pública”, escreveu o subprocurador-geral do Ministério Público de Contas, Lucas Rocha Furtado, ao pedir análise do TCU da produção da cloroquina pelo Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército (LQFEX). As informações são do Congresso em Foco. A apuração no TCU começou em junho.

Suspeitas

Diante das suspeitas, o procurador pediu que o Tribunal “decida pela adoção das medidas necessárias a apurar a ocorrência de possível superfaturamento na compra pelo Comando do Exército de insumo para a fabricação do medicamento cloroquina, bem como avaliar a gestão de risco envolvida na decisão em aumentar a produção do fármaco em 84 vezes nos últimos meses, em comparação ao mesmo período nos anos de 2017 a 2019, averiguando a responsabilidade direta do Presidente da República na orientação e determinação para o incremento dessa produção, sem que haja comprovação médica ou científica de que o medicamento seja útil para o tratamento da Covid-19”.

Atualmente, são quatro os principais processos que questionam as ações do governo: três no Supremo Tribunal Federal e um no Tribunal de Contas da União.

Já no STF, os três processos que tramitam sobre o tema têm relação com a escolha do governo em insistir no uso do remédio mesmo sem comprovações científicas que sustentem esta escolha.